segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Conhecendo a Irlanda: Cliffs of Moher

Conhecendo a Irlanda: Cliffs of Moher

Os Cliffs of Moher estão localizados no condado de Clare (ou Co. Clare) do lado oeste da ilha dos Leprechauns, beirando o oceano atlântico.

Considerado uma das maiores atrações da Irlanda e também um dos finalistas das Sete Maravilhas do Mundo da Natureza, os Cliffs of Moher são um conjunto de penhascos lindíssimos que se extendem por 8 kilometros.
A formação geológica é surpreendente e é possível ver as diferentes marcas feitas por velhos canais fluviais por toda a encosta. As marcas mais antigas datam mais de 300 milhões de anos (não é mole não), encantando nossos olhos e atiçando nossa imaginação.
Próxima ao ponto mais alto, há 214 metros de altura do mar, há uma pequena to chamada O’Brien Tower. (Construída em 1835 por Cornelius O’Brien, descendente do primeiro Rei da Irlanda, Brian Boru). Ela é uma espécie de observatório para que se possa apreciar os Cliffs of Moher do melhor ângulo, contudo é uma torre pequena e uma vez que você paga para entrar (dois euros) há pouco espaço para se ter uma boa vista, porque o topo da torre é muito apertado e as divisões das pedras (a parte de cima do castelinho) não permite que se tire boas fotos.
Fazer o quê. Pelo menos todo o complexo (Cliffs of Moher, escadarias, centro de visitas e torre) estava vazio e consegui tirar muitas fotos bacanas, especialmente da plataforma de observação (escadarias).

É um lugar conhecido internacionalmente e abriga diversas espécies de pássaros marítimos, em especial o Puffin. Os Cliffs of Moher têm mais de 200 hectares protegidos por leis da União Européia, demonstrando a importância da natureza.
É um cenário tão lindo que já esteve em alguns filmes, sendo o mais recente “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”.
Para chegar lá (de Dublin) é só passar no Dublin Tourism Office (na O’Connell Street ou na Suffolk Street) e perguntar sobre os “1 Day tours” (Ou passeios de 1 dia) para lá. Os ônibus saem diariamente da Suffolk Street e o passeio (com guia) sai por volta de 45 Euros (ida, tour e volta).
Dirigir até lá também pode ser uma boa pedida e se quiser um tour com guia você pode contatar o centro de visitas dos Cliffs of Moher para agendar uma.

De qualquer maneira, os Cliffs valem uma visita, seja para admirar os pássaros marítimos, para observar essa formação magnífica ou para apreciar o pôr do sol em um dos lugares mais belos do mundo.


Bolsas mundiais em dia de alta após Payrolls e dados da China


ÁSIA: Os mercados asiáticos fecharam em alta, com investidores entusiasmados com o decepcionante relatório de emprego de agosto dos EUA, diminuindo a possibilidade do Federal Reserve aumentar as taxas de juros em setembro.  No Japão, o Nikkei fechou em alta de 0,66%, a 17.037,63 pontos, tocando no seu nível mais alto em três meses. O iene japonês manteve-se na casa dos 103 contra o dólar, sendo negociado a 103,41. O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, disse em um seminário na segunda-feira que o banco central ainda tem “um amplo espaço para uma maior flexibilização monetária” e que “novas ideias não deve ficar fora da mesa”. Kuroda também rejeitou a visão do mercado que a política monetária tinha atingido os seus limites.
Na Austrália, o ASX 200 terminou 1,06% maior, a 5.429,58 pontos. Destaque para o setor de materiais que subiu 2,27%, enquanto os subíndice de energia e financeiro avançaram 1,07 e 1,46%, respectivamente. As ações da BHP subiram 2,5%, após o anúncio de uma aquisição por parte da Woodside Petroleum no projeto de GNL em Scarborough da BHP por $ 400 milhões. Dado os baixos preços de energia, o projeto tem ficado em segundo plano pelos proprietários de BHP e ExxonMobile e o presidente executivo da Woodside, Peter Coleman, disse que a empresa não tem pressa para desenvolver o projeto ainda. As ações da Woodside Petroleum subiram 1,5%. Uma modesta alta no preço do minério de ferro foi suficiente para Fortescue Metals subir 3,7% para US $ 5,02, enquanto a gigante de mineração Rio Tinto (LON:RIO) subiu 1,5%.
O níquel subiu 1,5% para US $ 10,004 na segunda-feira seguindo a notícia de que os embarques de minério de níquel das Filipinas podem encolher em até 30% neste ano. De acordo com Dante Bravo, presidente e diretor executivo da Global ferroníquel Holdings, o maior fornecedor de níquel do mundo, a repressão do governo das Filipinas às mineradoras podem resultar em novas suspensões e colocar pressão sobre a oferta, além disso, várias empresas de níquel reduziram a produção no primeiro semestre de 2016 devido aos preços fracos e condições meteorológicas difíceis.
Mercados da China continental fecharam em alta, com o Shanghai Composite fechando em alta de 0,18%, ou 3.072,78 pontos, enquanto o Shenzhen Composto fechou 0,43% maior. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 1,65%, em níveis não vistos desde agosto de 2015. O índice PMI de serviços de agosto patrocinado pela Caixin subiu para 52,1, ante 51,7 no mês anterior. Uma leitura acima de 50 indica uma expansão, enquanto uma leitura abaixo de 50 indica contração.
Na Coreia do Sul, o Kospi fechou 1,07% maior e no sudeste da Ásia, o índice SET da Tailândia caiu 1,88%, tocando nas mínimas não vistos desde meados de julho. Analistas acreditam que a venda “maciça” ocorreu por parte das instituições locais, possivelmente devido à realização de lucros sobre os ganhos desde o início do ano.
EUROPA: As bolsas europeias avançam, com investidores digerindo os últimos dados de emprego nos EUA e seguindo a alta de mais de 5% dos preços do petróleo após a Reuters informar que a Arábia Saudita e a Rússia faria uma declaração conjunta na reunião do G-20 na China em um sentido de uma cooperação. O Stoxx Europe 600 sobe 0,25%, com destaque para ações de empresas de mineração, em parte, incentivados por dados econômicos chineses.
Em outras notícias, o índice Markit PMI composto final em agosto para a zona do euro foi de 52,9, abaixo da estimativa de 53,3 e aquém dos 53,2 em julho. A leitura de agosto foi o mais baixo desde Janeiro de 2015, mas ainda acima da marca de 50 que divide crescimento de contração.
No Reino Unido, o FTSE segue em busca para definir a sua direção, oscilando em torno de seu nível mais alto em duas semanas. O índice recua 0,16% após subir 2,2% na sexta-feira, seu melhor ganho percentual diário desde 30 de junho e seu maior fechamento desde 15 de agosto, movimento que veio depois do decepcionante relatório de empregos dos EUA que alimentou expectativas de que a Fed irá adiar a alta das taxas de juros em setembro.
O setor de serviços do Reino Unido recuperou o crescimento em agosto, sinalizando que a economia britânica parece estar recuperando após a decisão surpresa para sair da União Europeia em junho. O índice PMI do Reino Unido para o setor de serviços, compilado pela IHS Markit, subiu para 52,9 no mês passado, ante 47,4 no mês anterior. O ganho mensal de 5,5 ponto é a maior observada em duas décadas. O dado segue a forte leitura do índice PMI do setor manufatureiro divulgada na semana passada quando teve o maior salto mensal em 25 anos, indo de 48,3 em julho para 53,3 no mês passado. A libra sobe 0,5%, para 1,3372 contra o dólar, mas caiu 0,4% em relação ao euro para 0,8364, o nível mais baixo em um mês.
Royal Bank of Scotland e Lloyds caem após o Deutsche Bank cortar seu preço alvo para ações de ambos os bancos. BHP Billiton sobe 0,9% e Rio Tinto avança 0,7%. A mineradora de cobre Fresnillo (LON:FRES) sobe 1,20% e a produtora de platina Anglo American (LON:AAL) avança 2,64%.
Entre outras notícias, Angela Merkel sofreu uma derrota nas eleições regionais neste fim de semana. O partido de direita, Alternative for Germany (AfD) foi o segundo partido mais votado nas eleições regionais em Mecklemburgo, Pomerânia Ocidental, batendo partido CDU da chanceler pela primeira vez em uma votação estadual. O partido social democrata de centro-esquerda (SPD) ficou em primeiro.
AGENDA ECONÔMICA:
EUA: Feriado e as bolsas não abrem
ÍNDICES MUNDIAIS – 7h30:
ÍNDICES FUTUROS
ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,05%
SP500: +0,05%
NASDAQ: -0,07%
Fonte: Investing.com

O Pará é rota de transporte ilegal e internacional de ouro


O Pará é rota de transporte ilegal e internacional de ouro

A Polícia Federal (PF) investiga a rota do ouro ilegal no estado do Pará. Na segunda-feira, dia 29 de agosto, um homem tentou embarcar no Aeroporto Internacional de Belém, com destino ao Rio de Janeiro, com R$ 3,5 quilos de ouro em barra, avaliados em R$ 465 mil. Esta não é a primeira vez que barras de ouro circula com passageiros no aeroporto da capital. Em abril, a Receita Federal também apreendeu 3,5 quilos de ouro que estavam escondidos dentro do banheiro do setor de desembarque.

No dia 29 de agosto, em Ipixuna do Pará, no nordeste do estado, um homem foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) transportando ilegalmente R$ 6 quilos, avaliados e R$ 816 mil. Segundo a Polícia Federal o Pará está em duas rotas do ouro. A primeira é internacional. O dinheiro que se ganha ilegal nos garimpos de Suriname e Guiana Francesa entram no Brasil por Belém. A segunda rota começa nos garimpos do sul do Pará, onde o ouro também é extraído ilegalmente e transportado para o Mato Grosso e Tocantins. Nesses estados, as pedras de ouro são transformadas em barra, e revendidas para comerciantes de São Paulo, que negociam o minério com joalherias de todo o país.

“Existe aquele comércio ilegal e que se torna legal, que é uma empresa que já possui autorização para beneficiar o ouro só que ela beneficia muito mais ouro do que ela declara. Vamos dizer que ela esquenta, que ela lava o ouro, para poder legalizar e chegar, assim, ao mercado do sul e sudeste do Brasil “, explica o delegado da Polícia Federal Uálame Machado.

Os investigadores consideram a extração ilegal do ouro como um das atividades mais danosas porque envolve uma série de crimes: Crime contra o patrimônio, porque o minério é um bem da União; crime de sonegação de impostos, crime ambiental, porque provoca desmatamento e poluição dos rios; e tem também as consequências sociais, geralmente o garimpo atrai prostituição infantil, tráfico de drogas e violência.

A Polícia Federal diz que realiza constantes operações de combate ao garimpo ilegal no Pará. Em julho, oito pessoas foram presas por exploração de outro na terra indígena Kayapó, no sul do estado.

“Nós contamos muito com a ajuda do IBAMA, do DNPM, órgão que regulamenta e autoriza as extrações, os órgãos ambientais estaduais e municipais, as polícias estaduais, e toda e qualquer ajuda que possa auxiliar no trabalho da polícia de combate a essa atividade ilegal”, concluiu o Uálame Machado.

Fonte: G1

Líderes do G20 reconhecem excesso de capacidade siderúrgica como problema global, diz EUA

Líderes do G20 reconhecem excesso de capacidade siderúrgica como problema global, diz EUA

Os líderes do G20 reconhecem que o excesso de capacidade de produção de aço e em outras indústrias é um problema global que exige resposta coletiva, segundo um documento da Casa Branca publicado ao final da cúpula de países na China. O G20 pediu pela formação de um fórum global que tome medidas para solucionar o problema do excesso de capacidade em aço.
O comunicado saiu depois que na sexta-feira o governo dos Estados Unidos decidiu manter contra Brasil, Índia, Coreia do Sul e Inglaterra tarifas de importação de aço laminado a frio, determinando que os produtos vindos da Rússia não estão prejudicando a indústria norte-americana. As tarifas impostas contra as importações de produtos dos quatro países são de até 58,36 por cento. No caso do Brasil, as exportações para os EUA são feitas por CSN e Usiminas.
Fonte: UOL

Pé na Praia: Garimpo na Amazônia

Pé na Praia: Garimpo na Amazônia

O jornalista alemão Thomas Fischermann conta como foi conhecer um acampamento ilegal de garimpeiros: onde o Estado é ausente, e as pessoas se veem como cães dos infernos, para quem não há leis nesta terra.
Às sete horas da manhã começa o café no Bar Emoções. O dono, um tipo pequeno e gorducho, serve uísque no balcão. Estamos sentados em um povoado que tem como único acesso uma pista de lama para pouso de avião, no meio da Floresta Amazônica. Aqui há casas de madeira, uma mercearia, bares e bordéis. Tem confusão de vez em quando no bar? Brigas, por exemplo? "Naaaaauumm", diz o dono do bar e sorri. Dá para ver que ele não possui mais os dentes caninos. Aqui faz três anos que não tem um homicídio sequer.
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Uma coisa fica bem clara: não tem muitos "gringos" que vêm aqui. Para as pessoas desse lugarejo, sou o visitante vindo de Marte. Assim como também não estou me sentindo no meu planeta. O lugar é um acampamento de garimpeiros. Do ar dava para vislumbrar a pista de pouso e em seu redor um pequeno inferno: árvores serradas e quebradas, buracos de tratores e poços cheios de água suja. Algumas centenas de garimpeiros cavam no chão da floresta, acampam debaixo de tendas brancas e protegem armados a sua escavação de ouro.
O aglomerado é ilegal: vai contra várias leis brasileiras. Não é permitido simplesmente chegar e ir procurando por ouro ou diamantes e destruir as árvores. Mas o Estado raramente aparece por aqui e, se aparece, os garimpeiros retornam em pouco tempo. Eles se veem como cães dos infernos, para os quais não há leis nesta terra. Alguns estão aqui porque são procurados pela polícia em outros lugares do país.
Um bêbado cambaleia para seu café da manhã no Bar Emoções. "Hey, garimpeiros!" chama. Quer pedir dinheiro emprestado, os homens no balcão acenam para ele. "Ele tem que parar de beber e voltar ao trabalho", diz o dono. "Caso triste. Atirou na sua mulher e nos filhos."
Eu gostaria de entender se estes homens levam realmente uma vida sem lei. "Vocês acreditam realmente ter encontrado a liberdade aqui?" A vida no garimpo, assim descobri na minha estadia, é excepcionalmente dura. Cavar, colocar a mangueira da bomba, operar máquinas pesadas, tudo isso numa lama com cheiro podre sob o sol escaldante da Amazônia.
Quem não quiser trabalhar ou não puder trabalhar por causa da malária fica rapidamente sem dinheiro. Quem trabalha, precisa, além da perseverança, de sorte. Um garimpeiro pode não ganhar nada por semanas ou obter num só golpe 2 mil, 3 mil reais. A maioria deles gasta tudo rapidamente com bebida e prostitutas.
"Existe uma regra clara entre nós", afirma um garimpeiro mais velho, que veio se juntar a mim no bar. Ele procura ouro há anos aqui. Por exemplo, não se deve andar de sapatos sobre o ouro. Isso é uma superstição antiga que ninguém consegue explicar direito. E não se deve dormir em redes de outras pessoas, isso só traz problemas.
Quem não paga as prostitutas ou não tem por elas o devido respeito, tem que partir. As pessoas dizem que esses valentões dão azar. O ouro acaba logo. (Faz-se uma exceção de cortesia para pais de família e evangélicos.) Não se deve chamar ninguém de amigo, e sobretudo não vingar ninguém, se ele for esfaqueado ou baleado. Sábia regra para se evitar a escalada da violência.
Mas também vale: onde há sangue derramado, tiros nos bares e assaltos entre os garimpeiros - as pessoas pegam suas coisas e se mudam para lá. Para os garimpeiros no Amazonas é assim: se as pessoas brigam, é porque deve haver muito ouro.


Thomas Fischermann é correspondente do jornal alemão Die Zeitna América do Sul. Na coluna Pé na praia,publicada às quartas-feiras na DW Brasil, faz relatos sobre encontros, acontecimentos e mal-entendidos - no Rio de Janeiro e durante suas viagens pelo Brasil. É possível segui-lo no Twitter e no Instagram: @strandreporter.