domingo, 11 de setembro de 2016

Radiação gama torna quartzo brasileiro mais valioso

Radiação gama torna quartzo brasileiro mais valioso

Radiação gama torna quartzo brasileiro mais valioso
Quartzo extraído em São José da Safira (MG), torna-se a gema green-gold depois de ser irradiado com raios gama.[Imagem: Rainer Schultz-Güttler]
Defeito benéfico
O quartzo, mineral abundante em praticamente todo o território brasileiro, apresenta baixo valor comercial em seu estado bruto.
Quando submetido à irradiação, contudo, atinge um valor agregado médio cerca de 300% maior.
Estima-se que 70% da produção mundial de pedras preciosas tenha passado por tratamentos de beneficiamento.
Durante a irradiação, é gerado um defeito na estrutura cristalina do mineral, ou seja, na maneira como os átomos estão organizados na chamada rede atômica.
Esse "defeito benéfico" muda as propriedades físicas e ópticas do cristal, fazendo com que ele passe a absorver ou refletir outros comprimentos de onda da luz visível.
O resultado é que um cristal absolutamente sem-graça passa a ter uma coloração límpida e reluzente, muito mais valorizado no mercado joalheiro.
Quartzo irradiado
No Brasil, as pesquisas na área são feitas no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).
Segundo Cyro Teiti Enokihara, pesquisador do Centro de Tecnologia das Radiações do IPEN, da mina à vitrine o caminho é longo, mas a tecnologia de irradiação está se tornando um elemento fundamental no processo de beneficiamento do quartzo brasileiro.
Os melhores resultados, segundo Cyro, foram obtidos utilizando fontes de radiação gama, aplicadas em amostras de quartzo de qualidade gemológica.
As melhores gemas artificialmente coloridas já obtidas pelos pesquisadores são verde amareladas, chamadas de green-gold, cor de mel (honey); cinza (fumê); laranja amarronzado (conhaque); preto (morion) e verde.
Todas essas gemas apresentaram boa qualidade e alta estabilidade, o que as torna valiosas no mercado joalheiro.
Radiação gama torna quartzo brasileiro mais valioso
Quartzo verde da região de Ametista do Sul (RS), no estado bruto, e após ser irradiado e lapidado. Como a radiação só interfere nos elétrons, e não no núcleo do átomo, não são gerados radionuclídeos e, portanto, o quartzo não se torna radioativo. [Imagem: Rainer Schultz-Güttler]
Irradiação do quartzo
No IPEN, as pedras de quartzo são colocadas em dispositivos onde são submetidas à radiação ionizante proveniente de fontes de cobalto-60. O irradiador foi desenvolvido com tecnologia nacional, sob a coordenação do professor Paulo Rella.
Mas não se trata unicamente de colocar um quartzo qualquer no aparelho e esperar "assar uma gema". Tudo depende da composição química do mineral.
Alguns tipos de quartzo respondem da maneira desejada, com a radiação otimizando ou alterando sua cor, mas outros não.
Testes prévios são realizados para se detectar quais amostras podem ser submetidas ao tratamento. A pedra pode conter impurezas como ferro, alumínio, lítio, potássio e sódio, bem como moléculas de água e radicais hidroxila.
Além das impurezas presentes na estrutura cristalina do material, deve ser levado em conta também o ambiente geológico ou o local em que a pedra foi formada.
Sem radiação
O que a radiação faz é promover um desequilíbrio eletrônico, com os elétrons das camadas mais externas dos elementos sendo expelidos.
Como a radiação só interfere nos elétrons, e não no núcleo do atómo, não são gerados radionuclídeos e, portanto, o quartzo não se torna radioativo.
O tratamento apenas acelera o efeito que a natureza levaria milhares de anos para produzir.
Cyro afirma que parte considerável das pedras extraídas no Brasil é enviada ao exterior, em estado bruto, para países como Alemanha, Tailândia e China, onde passam por um processo de beneficiamento e de lapidação, e posteriormente retornam ao país em forma de joias, gerando enormes perdas econômicas para o país.

O IPEN mantém contatos permanentes com empresas de comercialização de pedras preciosas, com o intuito de realizar testes de irradiação para os quartzos de diferentes procedências e efetuar pesquisas para outros novos minerais.

Os Axiomas de Zurique

Os Axiomas de Zurique

Após a Segunda Guerra Mundial, um grupo de banqueiros e empresários suíços resolveram ganhar dinheiro investindo em várias frentes, de ações a imóveis, de mercadorias a moeda.
Eles ganharam muito e se tornaram um dos povos mais ricos do planeta. Neste livro estão as regras infalí­veis que estabeleceram para diminuir os riscos enquanto aumentavam cada vez mais os lucros.
A expressão axioma tem dois significados possíveis, segundo o livro. O filosófico, que define o termo como a premissa imediatamente evidente que se admite como verdadeira sem exigência de demonstração, e o lógico, que define axioma como a proposição que se toma como verdadeira porque dela se podem deduzir as proposições de uma teoria ou de um sistema lógico ou matemático.

As indicações do livro funcionam como o segundo tipo, como dogmas que devem ser seguidos à risca por quem pretende acumular rentabilidade. Neles, o leitor encontrará a chave para investir com sucesso - À moda suiça.

Primeiro Axioma: Risco

Preocupação não é doença, mas sinal de saúde. Se você não está preocupado, não está arriscando o bastante.
Primeiro Axioma menor: Só aposte o que valer a pena.
Segundo Axioma menor: Resista à tentação das diversificações.
Conclusão: Não tenha medo de arriscar um pouco. Alto risco significa alto retorno.

Segundo Axioma: Ganância

Realize o lucro sempre cedo demais.
Terceiro axioma menor: Entre no negócio sabendo quanto quer ganhar. Quando chegar lá, caia fora.
Conclusão: Não teste a sua sorte. Estabeleça uma meta e, ao atingi-la, realize seus lucros.

Terceiro Axioma: Esperança

Quando o barco começar a afundar, não reze. Abandone-o.
Quarto axioma menor: Aceite as pequenas perdas com um sorriso, como fatos da vida. Conte incorrer em várias, enquanto espera um grande ganho.
Conclusão: Se suas especulações andam mal, saia e parta para outra. Saber perder é uma das virtudes de um bom especulador.

Quarto Axioma: Previsões

O comportamento do ser humano não é previsível. Desconfie de quem afirmar que conhece uma nesga que seja do futuro.
Conclusão: Não baseie suas especulações em previsões e sim no que você vê acontecendo à sua frente.

Quinto Axioma: Padrões

Até começar a parecer ordem, o caos não é perigoso.
Quinto axioma menor: Cuidado com a armadilha do historiador.
Sexto axioma menor: Cuidado com a ilusão do grafista.
Sétimo axioma menor: Cuidado com a ilusão de correlação e a ilusão de causalidade.
Oitavo axioma menor: Cuidado com a falácia do jogador.
Conclusão: Não se deixe levar pela ilusão de ordem. Não existe um fórmula exata que vá lhe proporcionar sempre ganhos.

Sexto Axioma: Mobilidade

Evite lançar raízes. Elas tolhem seus movimentos.
Nono axioma menor: Numa operação que não deu certo, não se deixe apanhar por sentimentos como lealdade ou saudade.
Décimo axioma menor: Jamais hesite em sair de um negócio se algo mais atraente aparecer à sua frente.
Conclusão: Não se deixe prender a sentimentos em suas especulações. Se perceber uma oportunidade melhor, corte suas raízes e siga em frente.

Sétimo Axioma: Intuição

Só se pode confiar num palpite que possa ser explicado.
Décimo primeiro axioma menor: Jamais confunda palpite com esperança.
Conclusão: Só confie em um palpite se você for capaz de identificar algo que consiga explicá-lo.

Oitavo Axioma: Religião e Ocultismo

É improvável que entre os desígnios de Deus para o Universo se inclua o de fazer você ficar rico.
Décimo segundo axioma menor: Se a astrologia funcionasse, todos os astrólogos seriam ricos.
Décimo terceiro axioma menor: Não é necessário exorcizar uma superstição. Podemos curti-la, desde que ela conheça o seu lugar.
Conclusão: Mantenha o sobrenatural longe de suas especulações. Confie em você e no seu potencial.

Nono Axioma: Otimismo e Pessimismo

Otimismo significa esperar o melhor, mas confiança significa saber como se lidará com o pior. Jamais faça uma jogada por otimismo apenas.
Conclusão: Um bom especulador possui confiança, não otimismo. A confiança nasce do uso construtivo do pessimismo.

Décimo Axioma: Consenso

Fuja da opinião da maioria. Provavelmente está errada.
Décimo quarto axioma menor: Jamais embarque nas especulações da moda. Com freqüência, a melhor hora de se comprar alguma coisa é quando ninguém a quer.
Conclusão: Antes de arriscar seu dinheiro seguindo a opinião da maioria, pondere e avalie por si mesmo se a decisão é acertada ou não.

Décimo Primeiro Axioma: Teimosia

Se não deu certo da primeira vez, esqueça.
Décimo quinto axioma menor: Jamais tente salvar um mau investimento fazendo "preço médio".
Conclusão: Se sua especulação não está dando o retorno desejado, não seja teimoso, desista. Outras boas oportunidades podem estar a sua volta sem ser notadas..

Décimo Segundo Axioma: Planejamento

Planejamentos a longo prazo geram a perigosa crença de que o futuro está sob controle. É importante jamais levar muito a sério os seus planos a longo prazo, nem os de quem quer que seja.
Décimo sexto axioma menor: Fuja de investimentos de longo prazo.
Conclusão: Não planeje investimentos a longo prazo. O mundo dos negócios se modifica a cada dia. O único plano a longo prazo que um especulador precisa ter é o de ficar rico.

Opiniões sobre o livro

De acordo com o investidor Patrick Blackman, o livro "Axiomas de Zurique" serve como um batismo dos que começam a operar em bolsa. “Sempre que surge um iniciante, todos são unânimes em recomendar a leitura dos axiomas”, afirma.
A recomendação não é a toa. “No meu caso, aprendi a utilizá-los da forma mais dolorosa, sobretudo o axioma da Esperança. Perdi quase 60% do valor de uma operação porque tinha a esperança de que o papel ia voltar ao preço que tinha pago. Até que resolvi liquidar, mas aí já era tarde”, explica Blackman. Desde então, o investidor tem utilizado a regra de forma quase religiosa. “Não tenho mais pena de saltar de uma operação quando percebo que o barco está fazendo água”.
Este axioma prega que “Quando o barco começa a afundar, não reze. "Abandone-o”. Patrick Blackman não é o único a adotar a regra como filosofia na hora de decidir se vale a pena ou não sair de uma aplicação.
O economista Stênio Campos também utiliza a máxima. “Por várias vezes utilizei o axioma da esperança. Não adianta remar contra a maré ou tentar se enganar acreditando que as coisas melhorarão. Isto é ainda mais verdadeiro quando falamos em opções”, reconhece.
Para o analista da consultoria Lopes Filho e Associados, Gustavo Freitas, o livro oferece boas dicas para o investidor de perfil bastante arrojado. “Quando o autor recomenda, por exemplo, que o investidor fuja da diversificação, a aposta é de que o investidor tenha feito um estudo sobre o ativo em questão, que indica forte possibilidade de alta. Nem todo mundo deve deixar de lado a ideia de apostar em diferentes ações para minimizar o risco”, defende.
No entanto, o analista ressalta como pontos positivos do livro a disciplina e a delineação de metas para cada investidor. “Se você acredita que a possibilidade de alta é de 20%, esta é a sua base, o limite ao qual os preços podem ir. Ao chegar lá, é hora de realizar o lucro”, diz.
Considerado uma boa fonte de consulta, o livro é contra-indicado para quem sofre de aversão a riscos altos. Nem por isso, o conservador está condenado a uma existência de penúria.

Caracterização de Gossans em depósitos de geodos de ametista

Nesse estudo é relatada a descoberta de um grande número de gossans na província vulcânica Paraná, América do Sul, com base em observações de imagens de satélite e trabalho de campo associado à geoquímica e geofísica. Define-se, portanto um novo guia prospectivo para depósitos de ágata e ametista. A área de estudo está localizada na fronteira entre Brasil e Uruguai, e abrange o distrito mineiro de Quaraí e o distrito gemológico de Los Catalanes. Anomalias em imgens de satélite do Google Earth foram identificadas em pelo menos seis minas no distrito gemológico de Los Catalanes, caracterizado nos pampas da região como estruturas irregulares de cor verde intenso e por vezes com textura rugosa marrom. As anomalias ocorrem em vários níveis estratigráficos na sequência vulcânica, sendo denominadas gossans. Três seções cintilométricas realizadas sobre a mina Maurício, no distrito gemológico de Los Catalanes indicam taxas baixas emissões perto de 55 cps (DP = 4,7) no gossan em comparação com a média regional da colada Cordilheira (63 cps). Análises geoquímicas de rocha total de três amostras coletadas na mina indicam elevada perda ao fogo (4,5, 3,4, 4,5 peso%). Conteúdos de perda ao fogo acima de 2 peso% são considerados um forte indicador de alteração hidrotermal. No distrito mineiro de Quaraí, gossans foram estudados em cinco áreas, distribuídas entre as coladas Catalán, Cordillera e Muralha. Os depósitos de classe mundial de geodos de ametista e ágata estão nas coladas Catalán e Cordillera. Anomalias radiométricas negativas (superior a um desvio-padrão) ocorrem nesses gossans. O estudo detalhado de um gossan incluiu uma malha geofísica de 50 x 50 m (K, U, Th e taxa de emissão total) e análises geoquímicas de rocha total (ACME, Canadá). As análises geoquímicas de rocha total de 20 amostras coletadas dentro e fora do gossan classificam as rochas como andesitos basálticos, baixo-Ti, do tipo químico Gramado. As amostras dentro do gossan apresentam valores elevados de perda ao fogo (2,3, 2,8, 2,9, 2,8, 2,9, 2,4, 2,6, 2,6, 2,3 e 2,3 peso%), Enquanto fora do gossan os valores são mais baixos (0,8, 2,3, 0,5, 0,5, 1,6, 0,5, 0,6, 0,9, 1.3, 1,9 peso%). SiO2, K2O e Rb mostram correlação negativa forte com a perda ao fogo, enquanto o MgO tem um leve enriquecimento. A baixa cintilometria no gossan é definida principalmente pelo baixo K2O da rocha alterada. É relatado, portanto, a descoberta de gossans acima geodos de ametista nos depósitos de classe mundial da província vulcânica do Paraná e é apresentada uma primeira descrição da estrutura, um guia prospectivo para depósitos se adiciona.
Abstract
Nesse estudo é relatada a descoberta de um grande número de gossans na província vulcânica Paraná, América do Sul, com base em observações de imagens de satélite e trabalho de campo associado à geoquímica e geofísica. Define-se, portanto um novo guia prospectivo para depósitos de ágata e ametista. A área de estudo está localizada na fronteira entre Brasil e Uruguai, e abrange o distrito mineiro de Quaraí e o distrito gemológico de Los Catalanes. Anomalias em imgens de satélite do Google Earth foram identificadas em pelo menos seis minas no distrito gemológico de Los Catalanes, caracterizado nos pampas da região como estruturas irregulares de cor verde intenso e por vezes com textura rugosa marrom. As anomalias ocorrem em vários níveis estratigráficos na sequência vulcânica, sendo denominadas gossans. Três seções cintilométricas realizadas sobre a mina Maurício, no distrito gemológico de Los Catalanes indicam taxas baixas emissões perto de 55 cps (DP = 4,7) no gossan em comparação com a média regional da colada Cordilheira (63 cps). Análises geoquímicas de rocha total de três amostras coletadas na mina indicam elevada perda ao fogo (4,5, 3,4, 4,5 peso%). Conteúdos de perda ao fogo acima de 2 peso% são considerados um forte indicador de alteração hidrotermal. No distrito mineiro de Quaraí, gossans foram estudados em cinco áreas, distribuídas entre as coladas Catalán, Cordillera e Muralha. Os depósitos de classe mundial de geodos de ametista e ágata estão nas coladas Catalán e Cordillera. Anomalias radiométricas negativas (superior a um desvio-padrão) ocorrem nesses gossans. O estudo detalhado de um gossan incluiu uma malha geofísica de 50 x 50 m (K, U, Th e taxa de emissão total) e análises geoquímicas de rocha total (ACME, Canadá). As análises geoquímicas de rocha total de 20 amostras coletadas dentro e fora do gossan classificam as rochas como andesitos basálticos, baixo-Ti, do tipo químico Gramado. As amostras dentro do gossan apresentam valores elevados de perda ao fogo (2,3, 2,8, 2,9, 2,8, 2,9, 2,4, 2,6, 2,6, 2,3 e 2,3 peso%), Enquanto fora do gossan os valores são mais baixos (0,8, 2,3, 0,5, 0,5, 1,6, 0,5, 0,6, 0,9, 1.3, 1,9 peso%). SiO2, K2O e Rb mostram correlação negativa forte com a perda ao fogo, enquanto o MgO tem um leve enriquecimento. A baixa cintilometria no gossan é definida principalmente pelo baixo K2O da rocha alterada. É relatado, portanto, a descoberta de gossans acima geodos de ametista nos depósitos de classe mundial da província vulcânica do Paraná e é apresentada uma primeira descrição da estrutura, um guia prospectivo para depósitos se adiciona.
AbstractWe report the discovery of a large number of gossans in the intraplate Paraná volcanic province, South America, based on observations of satellite images and field work associated with rock geochemistry and geophysics. We thus define a straitforward propecting guide for agate and amethyst deposits. The study area is located on the border between Brazil and Uruguay, covering the Quaraí mining district and the Los Catalanes gemological district. Anomalies in Google Earth satellite images were identified above six mines in the Los Catalanes gemological district, characterized in the pampas of the region as irregular structures of intense green color and sometimes with brownish, rough texture. The vegetation, scintillometric and geochemical anomalies occur at several stratigraphic levels in the volcanic group. Three scintillometric sections performed on the Maurício mine in the Los Catalanes gemological district indicate low emission rates near 55 cps (sd = 4.7) in the gossan compared with the regional average of colada Cordillera (63 cps). Whole rock geochemical analyses of three samples collected within the underground mine indicate high loss on ignition (4.5, 3.4, 4.5 wt.%). LOI higher than 2% is considered a strong indicator of intense hydrothermal alteration in the gossan. In the Quaraí mining district, gossans were studied in five areas, two in colada Catalán, two in colada Muralha, and one in colada Cordillera. The world-class deposits of amethyst and agate geodes are in coladas Catalán and Cordillera. Negative radiometric anomalies (higher than one standard deviation) occur in these gossans. The detailed study of one gossan included a geophysical grid spacing of 50 x 50 m (K, U, Th and total emission rate) and whole rock geochemical analyses (ACME, Canadá). The whole rock geochemical analyses of 20 samples collected within and outside the gossan classify the rocks as basaltic andesites, low–Ti, Gramado chemical type. The samples inside the gossan display high values of loss on ignition (2.3, 2.8, 2.9, 2.8, 2.9, 2.4, 2.6, 2.6, 2.3 and 2.3 wt.%), while outside the gossan the values are lower (0.8, 2.3, 0.5, 0.5, 1.6, 0.5, 0.6, 0.7, 1.1, 1.3 and 1.9 wt.%). SiO2, K2O and Rb show strong negative correlation with loss on ignition, while MgO has a slight enrichment. The low scintillometry in the gossan is defined primarily by the lower K2O of the altered rock. We thus report the discovery of gossans above amethyst geodes in the world-class deposits of the Paraná volcanic province and present a first description of the structure, a straitforward prospecting guide for additional deposits.

Mini Era Glacial? O que esperar do futuro próximo

Mini Era Glacial? O que esperar do futuro próximo






A única coisa que podemos dizer com absolutamente certeza é que não temos certeza de nada quando o assunto é o clima futuro.

Entre os anos de 1300 e 1850 o mundo conheceu a Mini Era Glacial, que foi amplificada entre 1645 e 1715. Nestes 70 anos o Sol atravessou o que se convencionou chamar de Mínimo de Maunder (gráfico): uma fase caracterizada pelo quase desaparecimento das manchas solares. 

Manchas solares
Antes da Mini Era Glacial os astrônomos contavam milhares de manchas solares (de 40.000 a 50.000 em um único ano), mas após o ano de 1645 elas praticamente desapareceram. Neste período em um ano eram visualizadas pouco mais de 50 manchas solares. 

Incrível, mas mais incrível ainda foi o efeito devastador que esse fase de baixa atividade magnética solar teve sobre a Terra. Foi a última Mini Era do Gelo, cujo ápice durou quase 100 anos e destruiu economias, arrasou colheitas e até o transporte fluvial (muitos rios e lagos congelaram). O mar Báltico congelou e o transporte entre a Finlândia e a Groenlândia com o resto do mundo foi praticamente inviabilizado. Os glaciais das Alpes invadiram cidades e fazendas matando e destruindo.

Com o frio veio o colapso das plantações e, neste período, milhões de pessoas morreram de fome e de doenças, principalmente na Europa. 

Em 1696 1/3 da população da Finlândia morreu de fome.

Tudo isso ocorreu com uma temperatura média de apenas dois graus centígrados abaixo das atuais...

Gradativamente as manchas solares reapareceram, atingindo o Máximo entre os anos de 1950 e 2000 (veja o gráfico). O Mundo havia voltado ao normal. 

Manchas solares estatística recente
Mas, nestas últimas décadas os cientistas vem observando, preocupados, o decréscimo das manchas solares. Se torna óbvio, pelos gráficos do NOAA (veja), que o Solar Maximum já foi ultrapassado e que em pouco tempo as manchas solares irão praticamente desaparecer...mais uma vez.

Já em 2009 Bill Livingston do NOS havia previsto, através das medições do magnetismo solar (ele percebeu que os campos magnéticos decaiam a 50 gauss por ano), que em 2015 as manchas deveriam desaparecer iniciando mais uma Mini Era Glacial.

Ele errou!

As manchas desapareceram somente agora, em 2016. 

Hoje faz uma semana que o Sol parece uma bola de bilhar amarela, sem manchas, assim como todos os gráficos estavam prevendo.
Segundo Livingston as manchas só aparecem quando o campo magnético solar está acima de 1.500 gauss, um limiar que tudo leva a crer foi atingido a uma semana atrás...

A partir deste ponto tudo é pura especulação.

Será que as manchas solares voltarão e um novo ciclo será reiniciado ou será que estamos, realmente, no início de uma nova Mini Era Glacial e que teremos uma repetição do fenômeno que afetou o mundo entre 1645 e 1815? 

temperaturas nos últimos 2416 anos
No gráfico das temperaturas (acima) feito pelo climatologista Cliff Harris dos últimos 4.416 anos é possível ver com precisão a alternância cíclica entre as mini eras de resfriamento e as mini eras de aquecimento global, sempre relacionadas a temperatura média de 57,1 graus Fahrenheit (12,5 graus centígrados).

A cada ciclo as fases de resfriamento se tornam mais longas e mais frias. A última foi a Mini Era Glacial entre 1300 e 1800.

Se estivermos adentrando um período de resfriamento global, como tudo indica, é hora de planejar.

Um novo hiato implicará, mais uma vez, em invernos extremos na Europa e na América do Norte e Ásia, onde, por coincidência estão as maiores economias e as maiores concentrações populacionais.

Não é preciso ser um vidente para entender os possíveis desdobramentos: o mundo pode entrar em um período de décadas de problemas relacionados ao frio.

Veremos a volta da mineração do carvão, que hoje se encontra praticamente banido dos radares dos mineradores. Com a necessidade de aquecimento os preços dos hidrocarbonetos irão subir viabilizando os jazimentos dos oil sands do Canadá. Projetos de energia limpa serão, possivelmente, engavetados.

Com a queda na produção agrícola no norte os países como o Brasil, pouco afetado pelas mudanças climáticas, se tornarão gigantescos produtores de grãos e demais commodities agrícolas.

Vai ser um tempo para tirar o casaco e as luvas do armário, sonhar com o efeito estufa e se preparar para uma mudança radical.

Se você gosta de esquiar não vai precisar voar para o hemisfério norte... 

Exploração mineral: um país sem memória

Exploração mineral: um país sem memória

Geologo.com



Você sabe onde está guardado o gigantesco acervo coletado pelas centenas de empresas de mineração, que investiram bilhões ao longo de décadas em pesquisa mineral no Brasil?

Estou falando de um tesouro de informações valiosíssimas: da geologia, geoquímica, testemunhos de sondagens, análises químicas, dados geofísicos e muitos outros trabalhos técnicos executados no nosso país.

Onde foi parar esse patrimônio, cujo valor é medido em bilhões de dólares e que pode (e deve) ser disponibilizado para os trabalhos de exploração mineral futuros?

Um patrimônio que nos irá propiciar novas riquezas, se disponibilizado aos pesquisadores minerais que atuam no País.

O que eu estou falando não é pouca coisa...

Tratam-se de milhões de metros de testemunhos de sondagem, centenas de milhões de análises químicas, incontáveis relatórios técnicos, centenas de milhares de mapas geológicos, milhões de quilômetros quadrados cobertos por geofísica terrestre e aérea além de incontáveis investimentos feitos em exploração mineral no Brasil.

A resposta, como alguns já devem imaginar, é assustadora!

A maioria deste acervo de imenso valor está, simplesmente, perdido.

O motivo deste desastre é o desinteresse do governo e a falta de uma legislação clara sobre o assunto.

No Brasil as empresas de pesquisa mineral não são obrigadas a fornecer, obrigatoriamente, ao Governo os dados da pesquisa geocodificados, após um período de carência.

O que fica da pesquisa mineral, neste país, são os relatórios entregues ao DNPM, geralmente mal feitos, cheios de copy paste e generalidades: a chacota de muitos que os veem.

Inócuos, com muito pouco conteúdo técnico esses “pesos de papel” são repletos de informações de pouco valor, copiadas dos livros de geologia e dos relatórios de mapeamentos geológicos feitos pelo Governo. Relatórios feitos para cumprir com as obrigações da legislação mineral.

Pouco ou nada adicionam à geologia ou à sociedade.

E, para desgraça do país, eles, praticamente nunca, contêm os bancos de dados analíticos e geofísicos que embasaram as suas conclusões.

Onde foram parar os milhões de metros de testemunhos de sondagem perfurados nas últimas décadas? Um acervo de valor geológico inestimável que certamente foi lançado no lixo por falta de armazenagem.

O DNPM , que deveria concentrar o acervo da pesquisa mineral brasileira, nada faz.

Por não agir como um verdadeiro órgão fiscalizador e certificador, fica relegado à mediocridade dos relatórios técnicos que acumula.

As milhares de toneladas de papel, acumuladas pelo DNPM, por incrível que pareça, não são disponibilizadas ao público.

É um festival da mesmice anacrônica, pois até hoje esses relatórios ainda não são digitais e nem são utilizados para embasar pesquisas minerais ou trabalhos científicos.

Onde estão os bancos de dados digitais da geoquímica e geofísica, que deveriam, obrigatoriamente fazer parte dos relatórios. As fotografias dos testemunhos de sondagem?

O que nós constatamos é que praticamente TODA a pesquisa mineral feita no Brasil está indo para o lixo.

O problema é recorrente. Somente as junior companies estavam investindo, há poucos anos, quando o país ainda fazia pesquisa mineral, bilhões de reais ao ano em exploração mineral...

Hoje a maioria das empresas de pesquisa mineral já abandonaram o país, que pouco ou nada lhes ofereceu a não ser o descaso. Os dados? Possivelmente engavetados a beira do esquecimento: a falência de um sistema sem memória.



Como geólogo fico horrorizado com a perda que o Brasil sofre, por falta de legislação e de um órgão certificador oficial.

Se o DNPM tivesse em seus quadros profissionais qualificados, aceitos internacionalmente, os Competent Persons (CPs), ele poderia fazer, não só a vistoria dos projetos, mas a primeira certificação e auditoria dos dados (o QAQC). Neste caso, como em um passe de mágica, caberia ao DNPM a confirmação de que esses dados foram obtidos dentro de uma norma brasileira (tipo JORC), aceita internacionalmente.

Então não teríamos este prejuízo bilionário e, possivelmente, não precisaríamos ter que empregar geólogos estrangeiros (Competent Persons) que nada conhecem do Brasil para certificar os nossos projetos.

O DNPM seria uma referência, não o órgão abandonado e ineficiente que se tornou.

Temos que criar uma legislação que obrigue, a todas as empresas de pesquisa mineral a fornecer os seus bancos de dados de geologia, geoquímica e geofísica, geocodificados, ao Governo e ao público, após um período de cinco anos da aquisição.

Esta informação pertence ao Brasil e como tal deve ser disponibilizada para seu benefício.

Desta forma a exploração mineral brasileira poderá usufruir de milhões de dados altamente relevantes que servirão para embasar os programas futuros.

Não seríamos o que somos: um país sem passado, que abandonou completamente a exploração mineral.

Já discuti esses pontos em várias reuniões com a participação das grandes empresas de mineração do Brasil, do DNPM e da CPRM. Mas, graças à falta de interesse de uns e da negação de outros, nunca chegamos a lugar nenhum.

Hoje quando vejo as milhares de toneladas de papéis de baixa qualidade, sem uso e fora do alcance do pesquisador, acumulados nos prédios do DNPM, percebo que erramos feio.

Somos um país sem memória e, ao permanecer no erro, negamos o futuro aos nossos jovens.

Em um mundo digital, onde o Big Data virou a fonte de tesouros inimagináveis, nós nadamos contra a corrente e nem sequer somos capazes de armazenar e disponibilizar a informação adquirida em nosso próprio solo.

Mas ainda tem tempo para mudar. ..