terça-feira, 27 de setembro de 2016

Novo diamante de grande dimensão descoberto em Angola

Novo diamante de grande dimensão descoberto em Angola

A australiana Lucapa Diamond Company descobriu mais um diamante de grande dimensão na concessão de Lulo, em Angola, com 172,67 quilates (35,534 gramas), informou a empresa em comunicado divulgado segunda-feira. A empresa informou ainda que este diamante descoberto em Angola, a quinta pedra com mais de 100 quilates descoberta naquela concessão, quase que não tem cor nem impurezas.
Em Fevereiro passado, a Lucapa Diamond Company anunciou a descoberta do maior diamante alguma vez encontrado em Angola, com 404,2 quilates ou cerca de 80 gramas, que foi posteriormente vendido por 16 milhões de dólares. No início de Setembro corrente, a empresa descobriu um diamante cor-de-rosa com 38,6 quilates, a pedra colorida de maior dimensão encontrada na concessão, que fica a 630 quilómetros a oriente de Luanda. A empresa tem como associados nesta concessão a estatal Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) e a empresa privada Rosas & Pétalas.
Fonte: Macauhub

Projétil de nanotubo vira diamante após impacto

Projétil de nanotubo vira diamante após impacto

Nanodiamantes
Pesquisadores brasileiros e norte-americanos desenvolveram uma nova técnica para produzir minúsculos diamantes – nanodiamantes – disparando nanotubos de carbono em hipervelocidade sobre um alvo de alumínio.
Embora diamantes desse tamanho não tornem ninguém rico, uma porção deles recobrindo uma superfície pode mudar a forma como são fabricados materiais de alta resistência para uso aeroespacial.
“Satélites e naves espaciais podem ser alvejados por vários projéteis destrutivos, como micrometeoritos e lixo espacial. Para evitar esse tipo de dano, nós precisamos de materiais leves, flexíveis e com propriedades mecânicas extraordinárias. Os nanotubos de carbono podem oferecer uma solução real para esse problema,” disse Sehmus Ozden, da Universidade Rice, nos EUA.
Impactos de alta velocidade
Curiosamente, a busca de proteção contra o impacto de detritos no espaço levou a equipe a usar o mesmo método para desenvolver os nanodiamantes.
Estudando em detalhes o fraturamento dos nanotubos de carbono quando eles eram disparados em alta velocidade, a equipe verificou que os impactos de alta energia fazem com que as ligações atômicas dos nanotubos se quebrem, com o carbono se recombinando em diferentes estruturas – eventualmente assumindo a estrutura cristalina do diamante.
A uma velocidade de 3,8 quilômetros por segundo (km/s), a maioria dos nanotubos de carbono permanece intacta. Alguns começam a se converter em nanodiamantes a 5,2 km/s. A 6,9 km/s (24.840 km/h), porém, já é difícil encontrar nanotubos intactos entre os nanodiamantes.
A equipe agora pretende usar outros materiais como projéteis e ver o que conseguem produzir.
“Este trabalho inaugura uma nova forma de fabricar materiais nanométricos usando impactos de alta velocidade,” disse Leonardo Machado, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Outros dois brasileiros, Pedro Alves Autreto e Douglas Soares Galvão, participaram do desenvolvimento da técnica.
Bibliografia:
Ballistic Fracturing of Carbon Nanotubes
Sehmus Ozden, Leonardo D. Machado, Chandra Sekhar Tiwary, Pedro Alves da Silva Autreto, Robert Vajtai, Enrique V. Barrera, Douglas Soares Galvao, Pulickel M Ajayan
ACS Applied Materials & Interfaces
DOI: 10.1021/acsami.6b07547
Fonte: Inovação Tecnológica

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Pé na Praia: Garimpo na Amazônia

Pé na Praia: Garimpo na Amazônia

O jornalista alemão Thomas Fischermann conta como foi conhecer um acampamento ilegal de garimpeiros: onde o Estado é ausente, e as pessoas se veem como cães dos infernos, para quem não há leis nesta terra.
DW Brasilianisch Kolumne - Autor Thomas Fischermann
Às sete horas da manhã começa o café no Bar Emoções. O dono, um tipo pequeno e gorducho, serve uísque no balcão. Estamos sentados em um povoado que tem como único acesso uma pista de lama para pouso de avião, no meio da Floresta Amazônica. Aqui há casas de madeira, uma mercearia, bares e bordéis. Tem confusão de vez em quando no bar? Brigas, por exemplo? "Naaaaauumm", diz o dono do bar e sorri. Dá para ver que ele não possui mais os dentes caninos. Aqui faz três anos que não tem um homicídio sequer.
Uma coisa fica bem clara: não tem muitos "gringos" que vêm aqui. Para as pessoas desse lugarejo, sou o visitante vindo de Marte. Assim como também não estou me sentindo no meu planeta. O lugar é um acampamento de garimpeiros. Do ar dava para vislumbrar a pista de pouso e em seu redor um pequeno inferno: árvores serradas e quebradas, buracos de tratores e poços cheios de água suja. Algumas centenas de garimpeiros cavam no chão da floresta, acampam debaixo de tendas brancas e protegem armados a sua escavação de ouro.
O aglomerado é ilegal: vai contra várias leis brasileiras. Não é permitido simplesmente chegar e ir procurando por ouro ou diamantes e destruir as árvores. Mas o Estado raramente aparece por aqui e, se aparece, os garimpeiros retornam em pouco tempo. Eles se veem como cães dos infernos, para os quais não há leis nesta terra. Alguns estão aqui porque são procurados pela polícia em outros lugares do país.
Um bêbado cambaleia para seu café da manhã no Bar Emoções. "Hey, garimpeiros!" chama. Quer pedir dinheiro emprestado, os homens no balcão acenam para ele. "Ele tem que parar de beber e voltar ao trabalho", diz o dono. "Caso triste. Atirou na sua mulher e nos filhos."
Eu gostaria de entender se estes homens levam realmente uma vida sem lei. "Vocês acreditam realmente ter encontrado a liberdade aqui?" A vida no garimpo, assim descobri na minha estadia, é excepcionalmente dura. Cavar, colocar a mangueira da bomba, operar máquinas pesadas, tudo isso numa lama com cheiro podre sob o sol escaldante da Amazônia.
Quem não quiser trabalhar ou não puder trabalhar por causa da malária fica rapidamente sem dinheiro. Quem trabalha, precisa, além da perseverança, de sorte. Um garimpeiro pode não ganhar nada por semanas ou obter num só golpe 2 mil, 3 mil reais. A maioria deles gasta tudo rapidamente com bebida e prostitutas.
"Existe uma regra clara entre nós", afirma um garimpeiro mais velho, que veio se juntar a mim no bar. Ele procura ouro há anos aqui. Por exemplo, não se deve andar de sapatos sobre o ouro. Isso é uma superstição antiga que ninguém consegue explicar direito. E não se deve dormir em redes de outras pessoas, isso só traz problemas.
Quem não paga as prostitutas ou não tem por elas o devido respeito, tem que partir. As pessoas dizem que esses valentões dão azar. O ouro acaba logo. (Faz-se uma exceção de cortesia para pais de família e evangélicos.) Não se deve chamar ninguém de amigo, e sobretudo não vingar ninguém, se ele for esfaqueado ou baleado. Sábia regra para se evitar a escalada da violência.
Mas também vale: onde há sangue derramado, tiros nos bares e assaltos entre os garimpeiros – as pessoas pegam suas coisas e se mudam para lá. Para os garimpeiros no Amazonas é assim: se as pessoas brigam, é porque deve haver muito ouro.
Thomas Fischermann é correspondente do jornal alemão Die Zeitna América do Sul.

Planta substitui o mercúrio na mineração de ouro

Planta substitui o mercúrio na mineração de ouro

A mineração convencional usa o mercúrio para separar o ouro da lama. No entanto a substância é altamente tóxica e acaba indo para rios e solo. Mas já é possível substituir o mercúrio por uma planta.
 
Assistir ao vídeo05:45
A mineração convencional de ouro deixa para trás um solo contaminado por mercúrio. E essa substância tóxica também acaba indo para os rios, contaminando peixes e entrando na cadeia alimentar. Na região de Chocó, na Colombia, os mineros usam uma técnica mais ecológica no garimpo do ouro. Em vez do mercúrio, é usada uma mistura de água e seiva de plantas.

Opala - a pedra arco-íris



Não, não estou falando do carro e sim de uma das mais belas pedras preciosas que existem!
 Saiba mais sobre ela na continuação!



O nome Opala vem do grego opalus (pedra preciosa). Como pode ser constituída de até 30% de água, sua interação com a luz se torna única, liberando um espectro de cores tão incrível quanto o próprio arco-íris! Possui opalescência, ou seja, as cores se alteram conforme a posição do observador. O brilho é muito importante, pois quanto maior o brilho, maior é o valor da pedra. Tem uma dureza semelhante à do quartzo (pode arranhar vidro), mas não pode sofrer nenhum tipo de queda ou podrá ser danificada permanentemente. Opalas de elevada qualidade chegam a ser mais valiosas que os diamantes, podendo chegar a U$ 20.000 por quilate!

Essa pedra pode ser encontrada na Austrália, na Etiópia, nos Estados Unidos, em Honduras e no Brasil. A Austrália tem a maior fonte dessas pedras atualmente. Cientistas estimam que para se formar um centímetro de opala sejam necessários 5 milhões de anos.

Na antiguidade acreditavam que eram pedaços de arco-iris vindos do céu. Outros achavam que os brilhos e cores se assemelhavam à complexidade do deus do amor e por essa razão eram conhecidas como pedras do cupido.

Para os romanos, a opala era símbolo de pureza e de esperança e estava diretamente ligada à história da criação do universo. A mitologia diz que quando o universo foi terminado, Deus raspou todas as cores de sua paleta e criou a opala.

Já os árabes acreditavam que as opalas caíam do céu nos flashes dos relâmpagos e foi assim que conseguiram adquirir tantas cores.

Na Idade Média, acreditava-se que quem tinha um pedaço dessa pedra poderia ofuscar os olhos de outra pessoa e se tornar invisível. A ironia é que a pedra era usada contra doenças nos olhos na mesma época.
Nos Estados Unidos a opala é conhecida como uma pedra de má sorte, exceto quando usada por pessoas que nasceram sobre o signo de libra.

Segundo as crenças, para potencializar os poderes místicos de uma opala deve-se usá-la com um cordão ou anel de ouro. Se você fizer 13 anos de casamento, a opala será a pedra certa para dar de presente à sua esposa!

Apesar de ter um zilhão de cores brilhando, a pedra em si existe numa varidade de cores finitas. São elas: castanha, preta, cinzenta, azul, cor de cereja, halite (opala de água), crisopala (azul-verde), opala de fogo (laranja-vermelho), rosa, verde, etc...Pode ser opaca ou transparente.


 Tem pedras sintéticas também, mas é fácil identificá-las porque o brilho segue um certo tipo de padrão e numa análise mais profunda, a estrutura é totalmente diferente, contendo materiais que não são encontrados nas opalas originais.