sábado, 8 de outubro de 2016

Mais de 10 garimpos são interditados em Ourilândia do Norte e Tucumã


Mais de 10 garimpos são interditados 

Foram 17 notificações e 14 áreas de garimpo interditadas nas duas cidades.
A fiscalização foi realizada entre 12 e 23 de setembro.

Do G1 PA
Mais de 10 garimpos são interditados nos municípios de Ourilândia do Norte e Tucumã, no sudeste e sul do Pará. garimpo de ouro (Foto: Divulgação/Semas)Mais de 10 garimpos são interditados nos municípios de Ourilândia do Norte e Tucumã, no sudeste e sul do Pará. garimpo de ouro (Foto: Divulgação/Semas)
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) realizou fiscalização em áreas de garimpo, nos municípios de Tucumã e de Ourilândia do Norte, no sul e sudeste do Pará. Foram 17 notificações, e 14 áreas interditadas, sendo 13 no município de Tucumã e uma em Ourilândia do Norte.

A Gerência de Fiscalização de Atividades Poluidoras e Degradadoras (Gerad) da Semas atuou sobre empreendimentos garimpeiros de ouro, que desenvolvem o serviço sem licença do órgão ambiental ou em desacordo com a lei na região.

A fiscalização foi realizada entre 12 e 23 de setembro, e coordenada pela equipe técnica da Semas, com apoio do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) e da Divisão Especializada em Meio Ambiente (Dema).

No município de Tucumã foram interditados garimpos clandestinos nas localidades de Cacauzal, Assentamento Nega Madalena, Fazenda Sapucaia, Chácara Serrinha, Garimpo Paxiubal, Fazenda Recanto das Laranjeiras, Garimpos Manelão e Manelão III, Fazenda São Jorge, Garimpo do Rubens e Sítio Tapajás. No município de Ourilândia do Norte foi realizado um interdito na Fazenda Serra Azul.

O agente de fiscalização José Augusto Mota, coordenador da equipe explicou que durante as fiscalizações foram verificadas cavas ocupando espaços variados no interior de fazendas. “Em muitas áreas exploradas e em exploração existem cavas entre 15 e 40 metros de profundidade e o diâmetro da área explorada entre 50 e 200 m”, afirma.

Mineradora de melhor desempenho prevê otimismo para ouro

Mineradora de melhor desempenho prevê otimismo para ouro

A mineradora de ouro de melhor desempenho do mundo tem algumas palavras reconfortantes para os investidores bombardeados pelos comentários hawkish do Federal Reserve (Fed): a sequência otimista do metal está intacta. Os preços do lingote são apoiados, no aspecto físico, por restrições ambientais e sociais à oferta e por uma forte demanda liderada pela Índia e pela China e, no aspecto financeiro, pela capacidade limitada dos EUA em aumentar as taxas de juros, de acordo com a Cía. de Minas Buenaventura.
As ações listadas em Nova York da maior mineradora de ouro local da América Latina triplicaram seu valor neste ano e tiveram desempenho superior ao de todos os membros de um índice de grandes produtores no mesmo período. ”No longo prazo, eu não tenho dúvidas de que o preço do ouro continuará aumentando”, disse o diretor financeiro, Carlos Gálvez, em entrevista de Nova York na segunda-feira. “É cada vez mais difícil substituir as reservas. Não houve nenhuma descoberta de classe internacional nos últimos 10 anos”.
O rali do lingote cambaleou, após o melhor primeiro semestre em quase quatro décadas, em meio à crescente preocupação de que uma melhoria da economia dos EUA dará impulso a aumentos nos juros que reduziriam sua competitividade frente a ativos que rendem juros. Fazendo eco aos comentários do ex-secretário do Tesouro dos EUA, Lawrence Summers, antes da última reunião do Fed, Gálvez disse que a economia americana está muito fraca para começar a elevar os juros.
Isso cria uma oportunidade para o ouro, disse ele. Até mesmo um aumento de 25 pontos-base neste ano seria “uma piada” após tanto debate sobre o assunto, disse Gálvez. A Buenaventura está planejando começar a explorar a mina de San Gabriel, no Peru, no ano que vem e também poderia iniciar o projeto Trapiche se obtiver as garantias sociais necessárias. Ambos os projetos parecem técnica e economicamente “bons”, disse Gálvez.
O endividamento da empresa é “muito confortável”, com uma dívida líquida que deverá cair para duas vezes o lucro antes de itens até o fim do ano, frente a mais de cinco vezes no fim de 2015, disse ele.

Novo governo

A mineradora com sede em Lima e sua parceira, a Newmont Mining, estão tentando substituir as reservas em Yanacocha, a maior mina de ouro da América do Sul, onde a produção caiu 20 por cento no ano passado para 512.000 onças.
As obras em Minas Conga, o projeto de minas de cobre e ouro no estado peruano de Cajamarca, foram suspensas em 2012 após protestos das comunidades. O novo governo do Peru, do presidente Pedro Pablo Kuczynski, está em boa posição para reduzir a oposição aos investimentos em mineração, o que pode tornar Conga viável, disse Gálvez.
A primeira prioridade de Kuczynski provavelmente será o projeto Tía María, da Southern Copper, que foi interrompido devido a protestos no ano passado, disse Gálvez.


Fonte: Bloomberg

Mudança estratégica de Vale para Norte do país gera controvérsia

Mudança estratégica de Vale para Norte do país gera controvérsia

A decisão da Vale de construir o próximo principal centro de minério de ferro do mundo fez com que investidores enaltecessem a perspectiva de maiores lucros e levou políticos a conspirarem para destituir Murilo Ferreira da presidência. O presidente da Vale está supervisionando a mudança do foco de investimento e produção futura da mineradora de Minas Gerais para novas reservas no Pará, na região Norte do Brasil.
A mudança culminou no projeto S11D, complexo de US$ 14 bilhões em área onde a qualidade do minério é maior e os custos serão reduzidos. A empresa também está deixando para trás uma região onde os investimentos e as oportunidades de empregos caíram continuamente nos últimos quatro anos, gerando ressentimento.
“O direcionamento da empresa poderia ter sido melhor manejado”, disse o deputado federal Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG), cujo pai foi governador do estado, em entrevista. “A Vale precisa de um presidente que foque em questões ambientais e que respeite as prioridades de investimentos de Minas Gerais e as necessidades de geração de emprego.”
Uma oposição local desse tipo normalmente gera poucas consequências para uma empresa privada, mas a Vale é controlada por uma holding que tem entre seus donos fundos de pensão estatais e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). E as mudanças surgem no momento em que o novo governo enfrenta uma recessão e busca se distanciar de autoridades e executivos com uma lealdade percebida em relação ao governo anterior.
Ferreira assumiu o cargo de presidente em 2011 como parte de uma mudança de gestão realizada pela então presidente Dilma Rousseff. Desde então, a empresa está em uma espécie de montanha-russa. Ao longo desse período, as ações da Vale caíram 66 por cento devido à queda dos preços das commodities em meio à desaceleração da demanda chinesa e à expansão da oferta. Desde janeiro, contudo, há uma recuperação em andamento.
Depois que o presidente da Vale intensificou os esforços em busca de cortes de custos e redução de dívida e os preços se estabilizaram, as ações da empresa deram um salto de mais de 50 por cento, superando o desempenho das rivais. E, no mês passado, o JPMorgan elevou sua recomendação para a empresa para o equivalente a compra. Agora, Ferreira vê uma crescente controvérsia nacional sobre os seus esforços, que estão ajudando no desempenho do papel da Vale e prejudicando uma região do país que foi a “galinha dos ovos de ouro” da empresa.
O projeto no Norte permitirá que a Vale comece a exportar minério de baixo custo e alta qualidade no início do ano que vem a partir de sua nova mina S11D, usando logística de última geração inexistente em Minas Gerais. Isso diminuirá os custos globais de produção e reduzirá a vantagem das operações australianas de propriedade da Rio Tinto Group e da BHP Billiton devido à proximidade delas em relação às siderúrgicas chinesas.
“É preciso estar no limite inferior da curva de custo”, disse Patrik Kauffmann, que ajuda a gerenciar US$ 11 bilhões em ativos, incluindo títulos da Vale, na Solitaire Aquila, em Zurique, por telefone. “Isso garante sua sobrevivência até mesmo em tempos difíceis.”
A perspectiva de exportar minério de ferro de forma mais barata para a China e de criar milhares de empregos em comunidades pobres no norte do país nesse processo não convence um grupo de políticos de Minas Gerais do PMDB, o partido do presidente do Brasil, Michel Temer. Eles estão trabalhando nos bastidores para tentar substituir Ferreira, de 63 anos, quando seu contrato terminar, no segundo trimestre do ano que vem, disse um integrante do governo com conhecimento do assunto, sem identificar os parlamentares.
Embora as minas de Minas Gerais ainda respondam por mais da metade da produção global da Vale, os gastos no estado caíram continuamente nos últimos quatro anos e atualmente representam uma fração dos investimentos no norte do país. O presidente Temer não assumiu uma posição pública em relação a Ferreira e a assessoria de imprensa da Presidência preferiu não comentar o assunto. A assessoria de imprensa da Vale, no Rio, recusou um pedido de comentário de Ferreira.

Herói do Norte

A mudança da Vale para o Norte dá suporte a outras críticas à gestão da empresa por parte de parlamentares de Minas Gerais. Entre elas está a resposta supostamente inadequada ao acidente fatal na barragem da joint venture da Vale com a BHP, no ano passado, disse o integrante do governo, que não está autorizado a falar publicamente. Também não ajuda o fato de Ferreira ser visto como um aliado de longa data da presidente da República destituída.
A animosidade de alguns políticos de Minas Gerais em relação a Ferreira não é compartilhada por Hildo Rocha (PMDB), deputado federal pelo Maranhão, no Nordeste, onde a Vale está finalizando uma enorme ferrovia e uma expansão portuária para atender a nova mina S11D.
“Ele fez um ótimo trabalho”, disse Rocha, em entrevista. “Os investimentos da Vale no Maranhão têm sido muito importantes, especialmente com a crise e os preços baixos do minério de ferro.”
Cardoso Júnior disse que, embora entenda que a empresa precisa cuidar de seusresultados finais, muitas pessoas em Minas Gerais sentem que a Vale deveria demonstrar mais lealdade. Privatizada em 1997, a Vale explorou a riqueza mineral do estado para financiar expansões globais e se transformou em uma das produtoras de commodities mais valiosas do planeta. Até 2009, a Vale era conhecida como Vale do Rio Doce, em alusão ao rio que corte o estado.
As discussões para escolha de um novo presidente para a Vale não foram iniciadas oficialmente, segundo o integrante do governo. Mas se Temer quisesse pressionar para realizar a mudança solicitada por seus colegas do PMDB, algumas das peças necessárias para isso podem ter se encaixado recentemente. O grupo controlador da empresa inclui a Previ, fundo de pensão estatal administrado pelo Banco do Brasil. Quem chefia a Previ tradicionalmente preside também o conselho da Vale. Temer já mudou a liderança do Banco do Brasil e do BNDES, outro acionista da Vale.
Contudo, para um governo Temer que ressalta sua abertura ao mercado em comparação com o governo anterior, negociar a mudança do presidente da Vale não é prioridade no momento. A possível tentativa de estimular os acionistas a escolher um substituto provavelmente será deixada para o fim do contrato de Ferreira, disse o integrante do governo.
Em relação ao Norte do Brasil, o deputado Rocha aprova o trabalho que Ferreira tem realizado e espera que o Maranhão possa desenvolver sua própria indústria siderúrgica tirando proveito de toda essa nova produção de minério de ferro. ”A Vale criou empregos e está gerando receitas para o estado”, disse ele.
Fonte: Bloomberg

CSN vê valor de unidade de mineração entre US$30 bi e US$35 bi, diz fonte

CSN vê valor de unidade de mineração entre US$30 bi e US$35 bi, diz fonte

A CSN está buscando uma avaliação de entre 30 bilhões e 35 bilhões de dólares para a sua empresa de mineração Congonhas Minérios na negociação em que busca vender uma participação minoritária no ativo, afirmou uma fonte próxima do assunto nesta quinta-feira. Segundo a fonte, a China Brazil Xinnenghuan International Investment Co quer comprar 20 a 25 por cento da Congonhas Minérios diretamente da CSN. As negociações estão progredindo lentamente e podem não resultar em um acordo, afirmou a fonte.
A Reuters publicou em 26 de setembro que ambas as companhias estavam discutindo a transação, cujo resultado também depende da capacidade da CSN em assegurar contratos de longo prazo de fornecimento de minério com a CBSteel, como a companhia chinesa é conhecida. Um porta-voz da CSN não comentou o assunto de imediato. Não foi possível contatar representantes da CBSteel.
A eventual venda da participação na Congonhas Minérios pode marcar o mais ambicioso plano de desinvestimento executado até agora pelo presidente da CSN, Benjamin Steinbruch. O otimismo sobre a venda gerou valorização de 7 por cento nas ações da CSN ao longo da última semana. As seis companhias asiáticas que detém um total combinado de 12 por cento da Congonhas Minérios vão manter suas participações se um acordo entre CSN e CBSteel for acertado, afirmou a fonte.


Fonte: Reuters

Troca de gestão gera incerteza na Usiminas

Troca de gestão gera incerteza na Usiminas

As ações da Usiminas sofreram um revés na quinta-feira, 6, um dia após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinar a troca de comando na siderúrgicaO executivo Rômel de Souza foi reconduzido ao cargo no lugar de Sérgio Leite, eleito em maio presidente executivo da companhia. Os papéis preferenciais da Usiminas fecharam em queda de 1,88%, a R$ 3,65, na contramão das outras siderúrgicas – CSN e Gerdau, que subiram 1,76% e 2,56%, respectivamente, e ficaram entre as maiores altas do BM&FBovespa.
A saída de Leite foi mal recebida pelo mercado, uma vez que gera incertezas sobre o futuro da companhia, segundo analistas ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. A siderúrgica, que concluiu recentemente um processo de reestruturação de dívidas, protagoniza uma das maiores disputas societárias da história do País desde setembro de 2014, após desentendimentos entre os dois sócios controladores da companhia – a japonesa Nippon Steel e o grupo ítalo-argentino Ternium/Techint.
Ao Broadcast, Leite afirmou que segue “sereno e em frente nesta jornada pela Usiminas, confiante em que a força da empresa prevalecerá”. Com a decisão da Justiça, o executivo volta para a vice-presidência comercial da siderúrgica mineira. A nomeação de Leite à presidência foi contestada pela Nippon, que argumentou que a eleição do executivo feria o acordo de acionistas da empresa.
Souza é o nome de confiança da Nippon e foi conduzido ao cargo em setembro de 2014 com a destituição do então presidente da siderúrgica Julian Eguren e outros dois diretores, que eram indicados pela Ternium.

Crise

Nos últimos meses, a Usiminas correu contra o relógio para realongar suas dívidas e evitar um pedido de recuperação judicial. A briga entre os sócios agravou ainda mais a situação da companhia, que tem sido afetada pela baixa demanda no mercado interno e excesso de demanda global de aço.
Seguindo o movimento da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Usiminas anunciou para seus clientes da rede de distribuição um aumento de 5% em seus produtos, que valerá a partir de 28 de outubro, apurou o Broadcast. Esse será seu quarto aumento de preços somente neste ano. Fontes afirmam que o reajuste ocorre na esteira do aumento dos preços do carvão, uma das principais matérias-primas para a produção do aço. Procurada, a Usiminas não comentou o assunto.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: Exame