domingo, 9 de outubro de 2016

TERCEIRO OVO DE OURO DE CARL FABERGÉ

TERCEIRO OVO DE OURO DE CARL FABERGÉ

Ovo de ouro com relógio
No cinema, vilões e mocinhos tentaram, entre tapas e tiros, invadir cofres inexpugnáveis para roubar os ovos de ouro que o lendário joalheiro Carl Fabergé produziu para a dinastia russa dos Romanov.
São memoráveis as atuações de Roger Moore, em 007 contra Octopussy; Morgan Freeman e Antonio Banderas, em Jogo Entre Ladrões; e George Clooney e Brad Pitt, em Doze Homens e Outro Segredo.
Um comprador de sucatas teve bem menos trabalho – e muita sorte – para encontrar o seu. Bastou comparecer a um mercado de pulgas em alguma cidade do meio-oeste dos EUA, na hora e dia exatos.
O  sujeito, não-identificado, arrematou a velha peça amarela exposta numa banca da feirinha por 13 mil dólares (R$ 30 mil). Seu interesse era apenas pelo valor do ouro e pedras preciosas incrustradas.
Só depois de pesquisar é que descobriu tratar-se de um objeto histórico, avaliado em 33 milhões de dólares (mais de R$ 77 milhões). “Foi como se Indiana Jones encontrasse a Arca Perdida”, comparou Kieran McCarthy, o auditor que certificou a descoberta extraordinária.
Ovo de ouro Fabergé
E o que este ovo ornamental tem de tão especial? Ele é o terceiro de mais de 50 peças desenhadas por Carl Fabergé para a família real russa, a pedido de Maria Feodorovna, esposa do czar Alexandre III.
Fabergé (1846 -1920) era um joalheiro de origem franco-dinamarquesa, conceituado entre a nobreza europeia pela confecção de obras com motivos de arranjos florais, grupos humanos e animais.
Foi a imperatriz quem deu início à tradição de oferecer na Páscoa os ovos entre os membros da corte. Cada um deles deveria ser único e conter uma surpresa, como relógios e joias com pedras valiosas.
Após a Revolução Russa todos os ovos foram apreendidos pelos bolcheviques e a maioria vendida para o Ocidente. Oito estão desaparecidos e só três sobreviveram à Revolução – incluindo este agora.
Ele contém um relógio Vacheron Constantin e tinha sido visto pela última vez em uma exposição em São Petersburgo, em março 1902. De lá para cá, só se sabia que foi leiloado em Nova York, em 1964.
Ovo de ouro Fabergé
Completo no Daily Mail

Os locais Mais Insólitos Onde Tesouros Foram Encontrados

Os locais Mais Insólitos Onde Tesouros Foram Encontrados

Encontrar um tesouro por sorte já é algo incrível, mas o mais surpreendente é que ao se aprofundar nas histórias de como encontraram essas fortunas inesperadas, se descobre que muitas vezes esses valiosos tesouros foram descoberto nos locais mais estranhos e menos apropriados para isso.

Parede do banheiro

Bob Kitts, um contratador de remodelagem de Ohio, encontrou ao derrubar uma parede do banheiro alguns envelopes com 182.000 dólares (aprox. 426 mil Reais) em moedas da época da Grande Depressão.
Parede de uma casa abandonada

O colecionador Jeff Bidelman, da Pensilvânia, estava ajudando uma família a limpar uma casa abandonada e avaliar o imóvel quando notou um buraco na parede: dentro encontrava-se um tesouro em moedas no valor de 200.000 dólares (aprox. 660 mil Reais).
No quintal

Em fevereiro de 2014 um casal da Califórnia descobriu no pátio dos fundos de sua propriedade, enquanto passeavam com o cão, 8 latas enterradas com 1.400 moedas de ouro datadas de 1847 a 1894. O tesouro foi avaliado em 11 milhões de dólares (aprox. 35 milhões de Reais).
Sofá em uma loja de segunda mão

Em 2007 um estudante alemão não identificado, teve a sorte de achar em um sofá comprado em um mercado ao ar livre por 215 dólares (503 Reais), uma valiosa pintura a óleo do século XVII, "Preparação para escapar ao Egito". A pintura foi vendida em um leilão por 27.630 dólares (aprox. 86 mil Reais).
Depósito de um armazém

Um homem identificado como John conseguiu encontrar contentores com moedas raras e barras de ouro e prata, estimados em 500.000 dólares (aprox. 1 milhão 600 mil Reais), em um depósito de armazenamento abandonado na Califórnia.
Campo de cevada 

Martin Elliott estava ensinando ao seu primo, como utilizar um detector de metais na fazenda de sua família na Inglaterra, quando descobriu 9.213 antigas moedas romanas de prata no valor de 426.856 dólares (aprox. 1 milhão e 320 mil Reais).
Mercado de pulgas

Quando em 1989 um homem anônimo comprou por 4 dólares uma pintura em um mercadinho da Pensilvânia, ele ainda não sabia que havia tropeçado com uma das 24 cópias conhecidas da Declaração de Independência dos EUA, original de 1776.

Fonte

Catalogar todas as espécies de árvores da Amazônia levaria 300 anos

Catalogar todas as espécies de árvores da Amazônia levaria 300 anos, mostra levantamento

Compartilhar
Floresta AmazônicaImage copyrightGETTY
Image captionCientistas dizem que ainda resta descobrir 4 mil espécies de árvores na Amazônia
A Floresta Amazônica tem uma variedade tão grande espécies de árvores que catalogá-las levaria três séculos, segundo estimativas de um novo estudo.
O trabalho publicado no periódico Scientific Reports fez um levantamento dos mais de 500 mil exemplares reunidos por museus nos últimos 300 anos.
E mostrou que aproximadamente 12 mil espécies foram descobertas até hoje
Com base nesse número, cientistas preveem que ainda restam a serem descobertos ou descritos em detalhes cerca de 4 mil tipos raros de árvores.
Só foi possível elaborar essa lista graças à digitalização dos acervos de museus ao redor do mundo. Os pesquisadores dizem que ela ajudará quem busca proteger a florestal tropical com a maior biodiversidade do mundo.
"A lista dará aos cientistas uma melhor noção do que há de fato na bacia amazônica, e isso contribuirá com os esforços de preservação", diz um dos autores do estudo, Hans ter Steege, do Centro de Biodiversidade Naturalis, da Holanda.

Brasil

Barco em rio da AmazôniaImage copyrightTHINKSTOCK
Image captionEstudo aponta que Amazônia não é prioridade nas pesquisas brasileiras
Dentre os países que abrigam a Floresta Amazônica, o Brasil é o país com o maior número de amostras de coletadas: 278.165. Do total de espécies identificadas, 61% foram coletadas na Amazônia brasileira.
No entanto, o estudo aponta que maior parte da pesquisa realizada por cientistas, especialmente os brasileiros, sobre a flora nacional é feita em outros ecossistemas que não a Amazônia, que representa metade do país territorialmente.
Das 2.875 espécies brasileiras descritas entre 1990 e 2006, somente 20% eram da Amazônia.
E, enquanto 50% de novas espécies de ecossistemas não amazônicos foram descritas por cientistas brasileiros, esse índice cai para 20% entre as espécies da floresta.
O estudo ainda destaca que o esforço de pesquisa brasileiro sobre flora está concentrado no Sul e no Sudeste do país.
"É nestas regiões que estão localizados 59 dos 92 herbários do país e 67% das amostras coletadas. A região amazônica tem só cinco herbários registrados e abriga 11% das coleções botânicas."

Tesouros sobre rodas: os achados mais incríveis do mundo automotivo

Tesouros sobre rodas: os achados mais incríveis do mundo automotivo – 

Tesouros sobre rodas: os achados mais incríveis do mundo automotivo – Parte 1
Barn finds pode ser traduzido literalmente como “achados em celeiros”. O termo surgiu nos EUA, onde era comum que os donos de propriedades rurais guardassem seus carros nos celeiros, junto das máquinas agrícolas e ferramentas usadas para o trabalho no campo. Muitos destes carros acabavam guardados por muito tempo e só eram encontrados décadas depois — nem sempre em bom estado e, muitas vezes, sem rastro do dono original, mas invariavelmente valiosos.
Naturalmente, com o passar do tempo o termo passou a ser aplicado a qualquer carro (ou qualquer coleção) que tenha sido encontrado depois de muito tempo guardado — seja num celeiro, numa garagem ou em qualquer outro lugar. Alguns destes achados são tão impressionantes que acabam ficando famosos.
Nós mesmos temos algumas histórias incríveis de barn finds aqui no FlatOut. Decidimos não apenas relembrar alguns deles, mas também outros achados inacreditáveis que já aconteceram nos últimos anos. Não se preocupe: esta é só a primeira parte!

Uma Ferrari enterrada no quintal

tesouros-sobre-rodas (3)
Quando falamos que um barn find pode ser encontrado em qualquer lugar, não exageramos: em 1978, um bando de moleques estava escavando o quintal de uma casa à procura de tesouros quando toparam com isto:
Uma Ferrari Dino 246 1974 que, segundo consta, foi comprado por um encanador de Hollywood, que gastou todas as suas economias para dar o carro de presente à esposa. Não se sabe ao certo o que aconteceu com o carro para que ele fosse encontrado enterrado apenas quatro anos depois, mas há duas versões.
tesouros-sobre-rodas (6)

A primeira diz que o carro foi roubado por manobristas depois de ser usado muito pouco pela esposa do encanador — o hodômetro marcava só 800 km. A outra diz que o roubo foi armado pelo próprio dono, que não aguentou as despesas de ter uma Ferrari e decidiu dar um golpe na seguradora. Ele teria contratado uma quadrilha para levar o carro embora e jogá-lo no mar, mas os ladrões teriam achado que isto daria muito trabalho e decidiram enterrá-lo.
De qualquer forma, quem quer que tenha escondido a Ferrari debaixo da terra tinha a intenção de recuperá-la depois — o carro estava “vedado” com plásticos e toalhas nas entradas de ar. Não adiantou muito: a terra e a umidade acabaram danificando o carro de todo jeito.
tesouros-sobre-rodas (4)tesouros-sobre-rodas (5)
Os pais dos garotos avisaram as autoridades, e a Ferrari foi devolvida à seguradora ainda em 1978. Semanas depois, um mecânico chamado Brad Howard a comprou e a restaurou. Ele está com o carro até hoje, e ainda o expõe em diversos eventos pelos EUA. Leia a história toda aqui!

Os Alfa Romeo do castelo na Bélgica

tesouros-sobre-rodas (7)
Em 2012, o fotógrafo britânico Tim Knifton fez uma visita a um castelo abandonado “em algum lugar da Bélgica”, onde encontrou algo que faria qualquer gearhead gritar como uma garotinha: uma coleção de Alfa Romeo dos anos 50, acompanhados de diversas peças sobressalentes. Então, em novembro daquele ano, ele publicou as fotos dos carros em seu blog, com o título The Lost Alfas (“Os Alfa Perdidos”).
tesouros-sobre-rodas (8)tesouros-sobre-rodas (9)
Ao total, seis carros foram encontrados por Knifton. Ele não sabia dizer quais eram os modelos, mas logo a internet encarregou-se de identificá-los: um Giulia SS Sprint Speciale 1600, um Giulietta SS Super Sprint 1300, dois Giulia 1600 Spider e um 1300 Sprint, todos fabricados entre 1961 e 1964.
As imagens correram o mundo, e logo os entusiastas queriam saber mais a respeito dos carros. Com o tempo, foram surgindo novas informações. Não se sabe até hoje como os carros foram parar ali, mas sabe-se que os últimos donos do castelo o abandonaram em 2005, por falta de recursos, com os carros lá dentro. Em junho de 2015, quase três anos depois de descobertos, os carros foram leiloados por uma agência holandesa chamada Lussis. Contamos a história toda neste post.

A Ferrari 250 GTO abandonada a céu aberto

tesouros-sobre-rodas (10)
Esta história é mais antiga, mas não é menos impressionante. Isto por que se trata de nada menos que uma Ferrari 250 GTO — seguramente, o modelo mais valioso de Maranello. Como você deve saber, existem diferentes versões da Ferrari 250, e a GTO é a mais lendária delas: apenas 39 exemplares do grand tourer com motor V12 de três litros e 300 cv foram feitas entre 1962 e 1964, e usadas nas ruas e em corridas. Por sua raridade e beleza, a 250 GTO não costuma ser vendida por menos de US$ 20 milhões (cerca de R$ 75 milhões) quando vai a leilão.
tesouros-sobre-rodas (12)
Sendo assim, como acreditar que uma 250 GTO ficou largada em um campo a céu aberto por 14 anos antes de ser notada? Pois foi exatamente o que aconteceu com o exemplar de chassi #3589, carro comprado no Reino Unido em 1962 e usado por dois anos em corridas — com destaque para um terceiro lugar nas 12 Horas de Sebring de 1963.
Depois de aposentado, o carro foi doado a uma escola no Texas, que a usava em desfiles e eventos. Sim, doada — carros de corrida usados eram quase descartáveis naqueles tempos. Em 1972, a escola decidiu que manter uma Ferrari de corrida rodando não era prioridade no orçamento e decidiu vendê-la a um homem chamado Joe Korton, que pagou US$ 6.500. Em dinheiro de hoje, são cerca de US$ 37 mil, ou R$ 140 mil.
Korton, aparentemente, era um comprador compulsivo de carros clássicos, mas não dava a mínima para eles: a 250 GTO ficou apodrecendo em sua propriedade por 14 anos, rodeada de outros carros antigos, e frequentemente era usada por seus filhos como escorregador. Pior: Korton se recusava a vender o carro, não importava o tamanho da oferta.
tesouros-sobre-rodas (16)
Foto: Peter Singhof
Por sorte, em 1986, um colecionador suíço chamado Frank Gallogly conseguiu comprar o carro, e ficou com ele por dois anos antes de vendê-lo a um conhecido. Este, por sua vez, decidiu restaurar o carro. No entanto, ao avaliar o estado da carroceria, ele percebeu que muitos painéis teriam de ser substituídos. Assim, acabou optando por construir uma carroceria nova. A original, que serviu de molde, foi perservada e continua em exposição na Suíça.

A lenda dos carros na fazenda em Portugal

tesouros sobre rodas (1)
Você já deve ter lido essa história aqui mesmo no FlatOut, mas não custa relembrar. De tempos em tempos, uma “notícia” sobre um americano que comprou uma fazenda em Portugal e, ao abrir um dos galpões da propriedade, deparou com um verdadeiro tesouro em forma de coleção de automóveis. Seriam carros roubados? Uma coleção abandonada por um milionário?
Acontece que não é nada disso: trata-se da coleção do português Antônio Ferreira de Almeida, que hoje tem 66 anos e começou a comprar seus carros em 1971 e, ao longo das décadas, acumulou mais de 400 exemplares, de dezenas de marcas e modelos diferentes, na esperança de vendê-los no futuro. Em 2007, o dono dos carros autorizou que fossem publicadas fotos de seu acervo no site de uma empresa especializada em carros antigos.
tesouros sobre rodas (2)
Incomodado com a exposição, Ferreira de Almeida voltou atrás pouco tempo depois, mas as fotos já haviam se espalhado. Sem conhecimento de sua origem, logo a comunidade da Internet tratou de criar sua própria versão dos fatos. Foi daí que surgiu a história do americano em Portugal, que é falsa.
tesouros sobre rodas (3)
A verdade é que os carros continuam na propriedade de Ferreira de Almeida, no vilarejo de Arrepiado, região de Santarém, portugal. Hoje em dia, no entanto, não são mais 400 carros, e sim 230 —  você pode ver a lista aqui. No fim das contas, o dono dos carros achou que as fotos o ajudariam a conseguir um dinheiro extra por alguns deles. Mesmo que a história já tenha sido esclarecida em 2009 pelo site Sports Car Market, de tempos em tempos as imagens ressurgem, acompanhadas da história falsa sobre elas.

O protótipo do Ford Mustang Boss 302

tesouros-sobre-rodas (17)
Esta, por outro lado, é uma história que contamos aqui há poucas semanas, mas certamente é digna de figurar nesta lista: imagine que você tem um protótipo de fábrica de uma versão lendária do Ford Mustang. Imagine que o carro está na sua garagem há décadas, e só depois de muito tempo você descobre o que tem nas mãos.
tesouros-sobre-rodas (18)
Em 1969, Larry Shinoda conseguiu um Ford Mustang novinho para realizar algumas modificações preliminares e definir como seria o visual do Mustang Boss 302, versão de homologação para uma versão de corrida da Trans-Am. O designer acabou usando o carro regularmente por algum tempo antes de vendê-lo e, desde então, nunca mais soube dele.
tesouros-sobre-rodas (19)
O americano John Grafelman comprou o carro em 1978 e, desde o início, sabia que se tratava de uma “edição especial”. No entanto, foi seu filho que, no início dos anos 2000, juntou evidências suficientes para descobrir que o carro não era um Boss 302 de produção, mas sim o protótipo feito pelo próprio Larry Shinoda. No entanto, diferentemente do que costuma acontecer com barn finds, Grafelman não pretente vender o carro, mas sim restaurá-lo e levá-lo para uma turnê pelos EUA. De preferência, rodando.

O DeLorean que parou no tempo por três décadas

tesouros-sobre-rodas (20)
Além de ser vermelho, o que por si só já o torna bem especial — todo DMC 12 saiu de fábrica com acabamento em aço escovado —, este DeLorean é uma verdadeira máquina do tempo. Não porque é capaz de ir para o passado ou para o futuro graças a um capacitor de fluxo, mas porque passou 31 anos esquecido em um galpão, coberto por uma capa, praticamente zero-quilômetro.
tesouros-sobre-rodas (21)
O carro foi comprado em 1982 por um americano que foi visitar uma concessionária com sua filha, que ficou encantada pelo DeLorean vermelho. Segundo consta, a fabricante de tintas DuPont teria pintado alguns exemplares novos do DeLorean para testar a reação do composto químico sobre o aço inoxidável (que tem propriedades diferentes do metal usado normalmente nos carros). Não há evidência de que a história seja real, e muito menos de que este seja um dos carros, mas o fato é que ele é vermelho desde zero quilômetro.
tesouros-sobre-rodas (22)
E ele rodou muito pouco: menos de 1600 km. Isto porque o homem sentia dores no joelho toda vez que entrava ou saía do carro, devido à abertura das portas asa-de-gaivota. Por isso, ele acabou encostando o carro em um galpão de sua fazenda entre 1983 e 2014, quando finalmente o anunciou no eBay e conseguiu vendê-lo.

O Ford GT40 abandonado no meio do entulho

tesouros-sobre-rodas
O Ford GT 40 é simplesmente um dos carros de corrida mais lendários de todos os tempos. Não “apenas” por acabar com a hegemonia da Ferrari em Le Mans, vencendo quatro vezes seguidas entre 1966 e 1969, mas por ser muito bonito, muito potente e muito perigoso — como todo bom carro de corrida clássico deve ser. Incontáveis réplicas já foram fabricadas, o que só torna os exemplares autênticos que sobreviveram até hoje ainda mais valiosos.
Então dá para imaginar a sensação de encontrar um legítimo GT40 abandonado em um galpão, coberto por uma montanha de lixo e entulho, não é? Foi exatamente o que ocorreu com este carro em 2010.
tesouros-sobre-rodas (1)
Apesar de não ser vencedor de nenhuma corrida importante, o carro é simplesmente o mais raro GT40 que existe. Isto porque ele é o ultimo sobrevivente dos únicos três Mk1 que foram fabricados com a capa do motor do modelo seguinte, o Mk2. Ele também foi o último GT40 construído em 1966, o que o torna o último exemplar a usar um número de série da Ford. Todos os outros usam números de série da J.W. Automotive Engineering, do piloto John Wyer, que continuou usando os Mk1 mesmo depois que a Ford adotou o Mk2 para suas investidas no automobilismo.
O GT40 amarelo com capô preto foi pilotado por um cara chamado Salt Wather  nos EUA, e em 1975 foi comprado por um bombeiro aposentado, que o usou nas pistas por dois anos. No entanto depois de um problema no motor e vários outros de saúde, o bombeiro encostou o carro e acabou nunca mais mexendo nele.
tesouros-sobre-rodas (2)
O carro foi encontrado em 2010 por um cara chamado Tom Shaughnessy, que conseguiu convencer o dono a vendê-lo depois de alguns anos insistindo. Ele não revelou o valor pago — só disse que foi “muito caro”. Faz sentido.

7 tesouros históricos encontrados por acaso

A maioria dos arqueólogos admite que uma boa dose de sorte é crucial na procura de relíquias históricas. Na verdade, alguns dos mais valiosos tesouros arqueológicos do mundo só foram descobertos porque pessoas leigas tropeçaram em cima deles por acaso. Alguns destes achados fortuitos estavam sendo procurados por séculos, mas outros, eram totalmente desconhecidos e ajudaram na elaboração de reinterpretações radicais da história. Abaixo, leia sobre sete casos que levaram à descobertas de valor inestimável para a humanidade.

1 – As Cavernas de Lascaux

Caverna de Lascaux
Em setembro de 1940, quatro adolescentes franceses andavam pela floresta perto de Montignac, quando o cachorro deles começou a farejar em torno de um misterioso buraco no chão. Ao descerem pelo que parecia um poço de  pedra, os meninos se depararam com uma vasta caverna subterrânea cujas paredes estavam adornadas com cerca de 2.000 pinturas antigas. Atônitos, os adolescentes inicialmente concordaram em explorar a gruta em segredo, mas depois, acharam por melhor informar a descoberta para a professora deles, que convenceu um especialista em cavernas a verificar autenticidade da história.

Em pouco tempo, a notícia da requintada coleção de desenhos de animais e símbolos abstratos da caverna de Lascaux havia se espalhado por toda a Europa, tornando o local conhecido como a “Capela Sistina da arte pré-histórica.” Os especialistas mais tarde calcularam a idade das pinturas em cerca de 15.000 a 17.000 anos, e muitos acreditam que a caverna havia sido o local de ritos religiosos e de caça entre os povos do Paleolítico Superior.




2 – O Exército de Terracota de Xian
O Exército de Terracota de Xian
Em 1974, um grupo de agricultores chineses fez por acaso a descoberta de uma vida para qualquer arqueólogo: o túmulo do primeiro imperador da dinastia Qin. Uma equipe de sete homens cavava um poço perto da cidade de Xian, quando uma de suas pás atingiu a cabeça de uma estátua enterrada. Os homens inicialmente pensaram que tinham descoberto um busto de bronze ou uma antiga escultura de Buda, mas, quando os arqueólogos fizeram novas escavações, eles encontraram cerca de 8.000 soldados de terracota, cavalos em tamanho natural e carros construídos no século  III a.C para proteger o Imperador Qin Shi Huang em sua vida após a morte. O túmulo e seus soldados de detalhes impressionantes - cada um tem uma face diferente dos demais – atualmente estão listados entre os tesouros arqueológicos mais importantes de toda a China.


3 – Vênus de Milo
Vênus de Milo
Antes de se tornar uma das mais apreciadas esculturas do mundo, a Vênus de Milo passou vários séculos enterrada na ilha grega de Melos. A estátua sem braços só foi encontrada em 1820, quando um camponês chamado Yorgos Kentrotas descobriu acidentalmente a metade superior dela ao tentar salvar blocos de mármore de uma pilha de ruínas antigas. A descoberta imediatamente chamou a atenção de Olivier Voutier, um oficial naval francês que fazia escavações de antiguidades nas proximidades. Depois de subornar Kentrotas para ajudá-lo, Voutier desenterrou a metade inferior, que revelou as pernas com as vestes drapeadas da Vênus. Mais tarde, ele convenceu o embaixador francês no Império Otomano a comprar a estátua.. Em 1821, a obra de arte foi oferecida ao rei Luís XVIII, que a doou ao Museu do Louvre. Os historiadores de arte, desde então, especulam que a Vênus seja uma representação da deusa grega Afrodite, mas até hoje não há certeza quanto a quem a estátua retrata.



4 – A cidade subterrânea de Derinkuyu

Derinkuyu
A paisagem rochosa da região da Capadócia da Turquia é o lar de dezenas de cidades subterrâneas que foram esculpidas à mão nas rochas vulcânicas por seus antigos habitantes. Uma das mais elaboradas destas metrópoles subterrâneas é Derinkuyu, que contém 20 níveis e espaço suficiente para abrigar cerca de 20.000 pessoas. Por incrível que pareça, o local só foi descoberto em 1963, quando um morador derrubou uma parede ao reformar sua casa e descobriu uma passagem que conduzia a uma vasta rede de túneis e câmaras de pedra. Os especialistas ainda não tem certeza sobre quando e quem construiu Derinkuyu, mas as escavações revelaram que ela já abrigou suas próprias salas de reuniões, lojas, poços de água doce, estábulos e até pesadas portas de pedra para proteger seus moradores dos perigos.


5 – A Pedra de Roseta
Pedra de Roseta
Quando lançou a campanha para conquistar o Egito no final do século 18, Napoleão Bonaparte levou com ele um grupo especial de cientistas e historiadores encarregados de coletar relíquias e de estudar a história do país dos faraós. Este grupo que foi  batizado de  “Instituto do Egito” revelou-se particularmente útil em 1799, quando soldados liderados por Pierre-François Bouchard tropeçaram em uma grande laje de basalto enquanto derrubavam paredes antigas para fazer melhorias em um forte francês perto da cidade de Roseta. O Instituto rapidamente datou de pedra do século 2 a.C e determinou que a inscrição era um decreto antigo escrito em três línguas diferentes: grego, demótico e hieróglifos do Egito Antigo. Liderados por Jean-François Champollion e Thomas Young, vários especialistas em linguagem passariam os próximos 20 anos usando as passagens gregas para decifrar o código dos hieróglifos egípcios antigos, que estavam perdidos para a história por milênios. Uma vez decifrados, os glifos deram aos acadêmicos as ferramentas necessárias para iniciarem estudos aprofundados da antiga língua e literatura egípcia.




6 – Os Manuscritos do Mar Morto

Rolos do Mar Morto
Os Rolos do Mar Morto contém alguns dos manuscritos mais antigos da Bíblia, mas talvez, eles  nunca teriam sido encontrados se não fosse por um grupo de adolescentes árabes. Em 1947, um grupo de jovens pastores cuidava de seus rebanhos perto da antiga cidade de Jericó. Quando estava à procura de uma cabra perdida, um dos rapazes jogou uma pedra em uma caverna nas proximidades e ficou intrigado ao ouvir o que soava como uma panela de barro quebrando-se. Ao entrar na caverna para investigar, o jovem pastor encontrou vários jarros contendo uma coleção de antigos rolos de papiro.

Fragmentos minúsculos dos pergaminhos, mais tarde, foram vendidos por milhões, mas os beduínos não tinham conhecimento do valor do tesouro que encontraram e venderam o lote inteiro a um negociante de antiguidades de Belém por menos de 50 dólares.  Os estudiosos posteriormente confirmaram a importância dos textos, provocando um frenesi de caça à relíquias que levou à recuperação de vários milhares de outros pedaços de papiro em cavernas próximas. Tomados em conjunto, estes manuscritos estão listados entre as descobertas arqueológicas mais importantes do século 20.


7 – O sítio arqueológico subaquático de Uluburun

Uluburun
Em 1982, Mehmet Çakir mergulhava à caça de esponjas, no mar Mediterrâneo ao largo da costa de Uluburun na Turquia,  quando se viu frente a frente com as ruínas de um navio de 50 metros de comprimento. A embarcação  naufragada estava no fundo do mar por tanto tempo que grande parte do seu casco de cedro já havia desaparecido, mas Çakir avistou vários jarros de cerâmica, bem como centenas de lingotes de vidro, cobre e estanho.

Arqueólogos subaquáticos passaram 10 anos estudando os destroços de Uluburun. Ao longo de mais de 20.000 mergulhos, eles recuperaram um tesouro de relíquias da Idade do Bronze que variam de presas de elefante e dentes de hipopótamo à jóias,  entre elas, um escaravelho no qual está inscrito o nome da rainha egípcia Nefertiti.

A datação de um pedaço do casco confirmou que o navio tinha cerca de 3.300 anos de idade, um dos naufrágios mais antigos já descobertos, contudo os historiadores ainda estão incertos das  origens do barco. A origem da carga de cobre foi traçada até a ilha de Chipre, mas os arqueólogos também encontraram artefatos micênicos, assírios, cananeus e  egípcios, levando muitos a concluir que a embarcação era um navio mercante tripulado por uma equipe internacional de marinheiros.