domingo, 23 de outubro de 2016

Grupo de garimpeiros vive da extração de pedras preciosas em MG



Para garantir o sustento do futuro, eles precisam cuidar do meio ambiente.

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Em Corinto, na Região Central de Minas, um grupo de garimpeiros vive da extração de pedras preciosas. Para garantir o sustento do futuro, eles precisam cuidar do meio ambiente.
Na porta de entra dos gerais de Guimarães Rosa, há minas. Assim é Corinto, com o brilho próprio da terra dos cristais. A cidade que se desenvolveu com a chegada do trem de ferro, no início do século XX, hoje tem a mineração, uma das mais importantes atividades econômicas.
Em Corinto, o que brilha não é ouro, mas vale muito. O cristal de quartzo atrai o mundo todo. Seja ele na sua forma natural, que mais parece gelo ou tratado no cobalto, ganhando assim o tom escuro.
“Por que a gente pode dizer que os melhores cristais do mundo estão aqui? Pelo brilho e pela perfeição. E essa perfeição a gente vê onde aqui? Nos bicos. As pontas são perfeitas”, afirma o empresário João Araújo de Almeida.
Há 30 anos, ele sobrevive do comércio de pedras. Já fez de tudo na vida, mas foi na mineração que ele se realizou.
Os riscos brancos, chamados de emburrados, nos paredões, são um sinal de que ali há o que o garimpeiro procura. As pedras que a peneira separa e que depois são lavadas, para ganhar valor comercial, não são cristais de coleção ou para produzir artesanato.
Dos garimpeiros, as pedras vão para a indústria. E delas é extraída uma substância chamada silício. Ela compõe produtos importantes do nosso dia a dia. Como o xampu, pasta de dente e até a tela de cristal líquido do celular.

A nobre, preciosa e rara Alexandrita

A nobre, preciosa e rara Alexandrita



Alexandrita 

O nome desta pedra rara é uma homenagem  ao Czar russo Alexandre II (1.818-1.881).Os primeiros cristais de Alexandrita foram encontrados em abril de 1.834, nas minas de Esmeraldas perto do rio Tokovaya, nos Montes Urais.Embora a Alexandrita seja uma pedra relativamente jovem, ela certamente, tem uma história nobre.Devido às suas cores, verde e vermelho, as principais cores do antigo Império Russo, ela se tornou a pedra nacional  da Rússia Czarista.
As Alexandritas de maior beleza são muito raras e muito difíceis de encontrar em joiasmodernas. Entretanto, pode-se vê-las nas antigas joias russas, pois era a pedra preferida dos mestres joalheiros russos antigos. George Frederick Kunst (1.856-1.932), joalheiro e gemólogo da Tiffany, também era fascinado por essa pedra e produziu uma bela série de aneis em platina e conjuntos com Alexandrita no final do século XIX e início do século XX.Ocasionalmente, a Alexandrita também foi usada nas joias da Inglaterra vitoriana.
A característica mais sensacional desta pedra é a sua surpreendente capacidade de alterar sua cor.Verde ou verde-azulado à luz do dia, a Alexandrita se torna vermelha, vermelho-arroxeado ou framboesa com a luz incandescente. Essa sua característica óptica a torna uma das pedras mais valiosas.

Czar Alexandre II

Devido à sua composição química, a Alexandrita é muito escassa.Ela é basicamente um Crisoberilo, um mineral composto de Crisoberilo incolor ou amarelo  transparente, Crisoberilo Olho de Gato e de Alexandrita que muda de cor.Ela difere de outros Crisoberilos já que não contém só ferro e titânio, mas também cromo, responsável pela maior parte de suas impurezas. E é este elemento que possibilita a espetacular mudança de cor.
Como muitas outras pedras preciosas, a Alexandrita também surgiu há milhões de anos , em um ambiente metamórfico.Mas, ao contrário de outras pedras, a Alexandrita necessita de condições geológicas específicas para se formar.O Berilo, um dos principais elementos químicos do Crisoberilo e o cromo, na Alexandrita, tem características contrastantes e, em regra, não ocorrem em conjunto, sendo encontados, usualmente, em determinados tipos de rochas.Essas rochas contrastantes não foram colocadas em contato uma com as outras apenas pela Natureza, mas também a falta de sílica, um dos principais elementos da crosta terrestre que,  impede o surgimento de Esmeralda. Este cenário ocorreu muito raramente na história da Terra e, por isso, os cristais de  Alexandrita são tão escassos.

Alexandrita dos Montes Urais

Desde que foi descoberta nos Montes Urais, a Rússia manteve-se como a principal fonte de Alexandrita do mundo. Quando se pensou que a fonte russa de Alexandrita tivesse se esgotado, o interesse pela pedra diminuiu sensivelmente, pois as outras Alexandritas encontradas não possuíam a mesma cor e efeito.Mas, esssa situação mudou, radicalmente, a partir de 1.987, quando foram encontradas Alexandritas em Hematita, Minas Gerais, um  distrito do município de Antônio Dias.As Alexandritas brasileiras apresentavam tanto uma mudança de cor boa quanto claridade.A Alexandrita brasileira não tem um verde tão intenso quanto a russa, mas a mudança de cor é claramente percebida e tem um efeito de cor que não havia sido constatado na Alexandrita russa.Em termos econômicos, Hematita é um dos mais importantes polos mundiais de Alexandrita.Pode-se encontrar a Alexandrita, ainda, no Sri-Lanka, na Tanzânia, índia, Mdagascar e no  Zimbabuê.Embora ainda seja uma raridade, depois da Rússia se tornar um país mais aberto e manter melhores relações comerciais com o mundo, alguns comerciantes de pedras preciosas puderam estocar Alexandritas russas.

Alexandrita brasileira

Ao se deparar com uma Alexandrita, provavelmente, você ficará fascinado com esse cristal, especialmente se  você a colocar sob diferentes fontes de luz.Certamente, você sentirá a magia misteriosa e à sabedoria que lhe são atribuídas.Ela considerada uma pedra de muito bons presságios. Em situações críticas, a Alexandrita reforça a intuição e ajuda a encontrar novos caminhos quando estamos frente a situações onde o uso da lógica não resolve o problema.A Alexandrita também é conhecida por aumentar a criatividade e inspirar a imaginação.Ela reforça a auto-estima e auxilia a experimentar a verdadeira felicidade.Fisicamente, essa preciosidade ajuda nas doenças do pâncreas e alivia dores no baço.

GEMAS PRECIOSAS

A gama de cores da natureza
A maioria das gemas é formada de minerais que crescem em determinadas formas cristalinas, arranjadas geometricamente, lapidáveis e dotadas de um grau superior de dureza. Mas estão também incluídos nessa classe, materiais orgânicos como os corais, âmbar e pérola.
Há 7 mil anos exercem grande atração sobre o homem. As primeiras conhecidas foram: ametista, cristal de rocha, âmbar, granada, jade, coral, lápis lazuli, pérola, serpentina, esmeralda e turquesa.
Em tempos remotos foram utilizadas como amuletos e talismãs, e ainda o são nos dias de hoje. Protegiam contra fantasmas e agradavam aos anjos. Podiam repelir o mal, proteger de envenenamentos, tornar graciosas as princesas, conduzir marinheiros de volta ao lar.
Existem superstições relacionadas às mais diversas gemas de adorno.
A turquesa era considerada pelos antigos como proteção ao cavaleiro e cavalo.
O rubi era chamado pedra de sangue. Gladiadores o utilizavam para estancar sangramentos.
A ametista podia deixar totalmente sóbrio aquele que ingeria inúmeras taças de vinho.
A água-marinha, associada ao próprio nome, era a pedra dos marinheiros, concedia o benefício de guiá-los de volta à casa.
No período da Peste Negra, a opala servia como um detector dessa doença. Ao ser usada por uma pessoa, se adquirisse a aparência opaca e fosca indicava o início desse mal.
Ao jade era creditado o poder de impedir a putrefação de corpos enterrados.
As pedras que necessitavam de lapidação para mostrar seu brilho e beleza simbolizavam uma humanidade que precisava ser purificada, enquanto os cristais de rocha, mais puros, eram o símbolo da virtude perfeita. A iconografia cristã interpreta-o como o símbolo da Virgem Maria. Muitas vezes esses cristais eram utilizados como corpos refletores auxiliando a meditação e exercendo poder curativo.
Atualmente as correntes esotéricas designam certas qualidades e dádivas para as gemas utilizando-as em diversos tratamentos inclusive na cromoterapia.
Existe uma intrigante analogia com relação aos 12 signos do zodíaco, as 12 tribos de Israel e os 12 apóstolos.
Nos “Livros das Pedras” dos antigos (Orfeu, Latinus, Teofrasto) a relação entre gemas e os signos é a seguinte: Áries = Hematita; Touro = Esmeralda; Gêmeos = Pedras multicoloridas; Câncer = Adulária; Leão = Rubi ou Diamante; Virgem = Berilo; Libra = Ágata; Escorpião = Ametista; Sagitário = Turquesa; Capricórnio = Ônix; Aquário = Âmbar; Peixes = Coral.
No Apocalipse (Revelação) de São João, a “Jerusalém Celeste” do fim dos tempos profetizado, é revestida de pedras preciosas multicoloridas. O sumo sacerdote dos hebreus portava no peito 12 colares adornados com pedras preciosas: Rubi; Crisólita; Berilo; Turquesa; Lápis lazuli; Jaspe; Jacinto; Ágata; Ametista; Tarsito; Calcedônia vermelha e a Nefrita. Nessas pedras estavam gravados os nomes das doze tribos de Israel.
As cruzes da Igreja Oriental eram adornadas com 12 pequenas pedras preciosas (representação dos apóstolos) e uma pedra central maior (símbolo do Cristo).
Mas houve uma época em que a Igreja decretou que aquele que usasse pedras preciosas seria excomungado. Mais tarde aboliu essa lei inclusive adotando a ametista como pedra oficial dos anéis de bispos e cardeais.
Fala-se em pedra “preciosa” e “semi-preciosa” associando-se à 1ª, aquelas mais duras, resistentes e raras, já as mais moles são classificadas como “semi-preciosas” erroneamente, pois algumas delas podem ter maior valor do que outras “preciosas”.
A gama de cores é incalculável, resultado de uma alquimia magnífica que a natureza faz com os elementos químicos.
É um verdadeiro privilégio trabalhar com elementos tão fascinantes oferecidos pelo nosso planeta, igual privilégio poder usá-los como adorno.

Cobre, Níquel e Alumínio: oportunidades de negócios no combate ao aquecimento global

Cobre, Níquel e Alumínio: oportunidades de negócios no combate ao aquecimento global

O uso intensivo de energias renováveis para combater o aquecimento global pode resultar em um forte aumento na demanda de alguns minerais, especialmente níquel, alumínio e cobre. A afirmação é de John Drexhage, consultor de mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável do Banco Mundial: “A demanda por cobre, por exemplo, deve crescer de 275% a 350% em 2050, se forem adotadas medidas agressivas para a redução da emissão de gases do efeito estufa”, explicou. O especialista participou de painel sobre os efeitos do aquecimento global para a Indústria da Mineração nesta quinta-feira (20/10), no 24º World Mining Congress, realizado no Rio de Janeiro.
No entanto, o cenário também impõe desafios, como o uso sustentável dos recursos hídricos e energéticos. “A mineração é muito dependente de água e energia, e seu impacto social e ambiental ainda é grande. Nas próximas décadas o acirramento da disputa pelo uso da água e o aumento do número de eventos climáticos extremos, podem ameaçar as operações mineradoras”, enumerou Drexhage.
Mesmo assim, os riscos podem se tornar oportunidades. “A adoção de tecnologias limpas, que reduzem as emissões de carbono aumentam a produtividade e a eficiência das empresas”, observou Drexhage. “Vemos isso no último projeto da Vale, em Carajás.”


Fonte: IBRAM

Como nasce um diamante

Como nasce um diamante
Os diamantes têm muitos milhões de anos de idade. A formação dos diamantes começou há milhões de anos atrás nas profundidades da terra quando o carbono foi cristalizado por intenso calor e pressão. Os diamantes ascenderam à superfície através de erupções vulcânicas. Mais tarde, quando as atividades vulcânicas diminuíram e a era glacial tomou lugar, os diamantes permaneceram encaixados em um magma solidificado conhecido como "blue ground" ou "kimberlite". Há tipos diferentes de minas - incluindo tubos do kimberlite e depósitos aluviais.
Os diamantes encontrados em depósitos aluviais foram às vezes formados em um lugar muito distante de onde estão alojados. Através dos séculos eles têm erudido dos tubos de 'kimberlite' e então carregados, primeiramente pelas águas das chuvas e depois pelos rios.