quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Andrew Carnegie um dos homens mais rico de todos os tempos.

Andrew Carnegie 

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Andrew Carnegie
Nome completoAndrew Carnegie
Nascimento25 de novembro de 1835
Dunfermline, Escócia
Morte11 de agosto de 1919 (83 anos)
Lenox, Massachusetts
NacionalidadeReino Unido britânico
Fortuna400 bilhões de dólares (para valores ajustados em 2015) 1.520 trilhão de reais
OcupaçãoEmpresário e filantropo
Andrew Carnegie (Dunfermline, Escócia, 25 de novembro de 1835 — Lenox, Massachusetts, 11 de agosto de 1919) foi um empresário efilantropo estadunidense nascido na Escócia. Fundador da Universidade Carnegie Mellon.

Caracterização

A história de Andrew Carnegie faz parte de um dos períodos mais profícuos da economia americana]. Ele, que inicialmente ganhava a vida como catador de carretéis de linha, foi um dos maiores industriais do capitalismo norte-americano. Trabalhou desde menino e ainda jovem já tinha ambições de alcançar o topo. Falhou no início. No entanto, persistiu e conseguiu chegar ao ápice no mundo dos negócios. Considerado baixinho, com aproximadamente 1,60 m, falava com energia, tinha opiniões fortes, era provocador e de um raciocínio rápido para compreender o que lhe interessava. Carnegie agia como um investidor ávido do mercado de capitais. Graças ao instinto para os negócios e às boas relações com políticos em Washington, fechou acordos milionários. Sua ascensão é a fábula norte-americana clássica do homem que enriqueceu do nada.
Andrew Carnegie, o rei do aço, era chamado de “barão ladrão” pela imprensa da época devido à sua capacidade de manipular a mente das pessoas. Andrew nomeou Henry Clay Frick como presidente da siderurgia, começou pregar uma conduta de preços mais baixos e maiores escalas de produção, aumentou a lucratividade das empresas, desrespeitou os empregados, os quais passaram a trabalhar 84 horas semanais e as greves eram reprimidas com violência. Carnegie entrou em divergências com Frick por causa de suas atitudes, o que acarretou em sua demissão

Influência materna

Sua vida era dominada por Margaret, sua mãe, que transmitia a orgulhosa consciência de classe dos pobres respeitáveis - uma terrível vergonha da pobreza e desprezo desmoralizante pelos trabalhadores sem ambição com os quais eram forçados a se associar.
Ela e Andrew foram inseparáveis até a morte dela, pouco antes de ele fazer 51 anos.

Primeiros anos

Andrew Carnegie teve uma infância com poucos recursos, seu pai era um pobre tecelão e sua mãe era extremamente protetora. Emigrou com sua família para os Estados Unidos em busca de melhores condições. Aos 13 anos, sem tempo para estudar, cumpria uma jornada de 12 horas por dia ganhando um dólar por semana como aprendiz de tecelão na Pensilvânia 
Ele logo se tornou o telegrafista favorito da comunidade de negócios, e em seguida um serviço telegráfico de um homem só, que todos os dias compilava as notícias vindas pelo telégrafo para os jornais de Pittsburgh. Era tão incansável em seu auto-aperfeiçoamento quanto em todo o resto, lendo vorazmente e trabalhando duro para melhorar seu sotaque e sua gramática.

Apogeu

Aos 15 anos ingressou em uma empresa de estradas de ferro, a Pennsylvania Railroad. Aprendeu com seu chefe, Thomas Scott, o espírito do empreendedorismo. Aos 24 anos, Andra, como a mãe o chamava, tornou-se superintendente da Divisão Ocidental Ferroviária da Pensilvânia. Em 1865 demitiu-se de seu emprego para fundar sua própria empresa, a Companhia de Aço Carnegie. Fundou a Keystone Bridge Works que construiu a primeira ponte de aço de Ohio, e a Union Iron Mills em 1868.
Através da Companhia de Aço Carnegie e aplicando seus conhecimentos adquiridos com Thomas Scott, investiu pesado no processo Bessemer de fabricação de aço e atingiu o total domínio da indústria metalúrgica da cidade de Pittsburgh. Após a Guerra Civil, o magnata passou a ditar preços para o aço, para os vagões de trem e para o mercado imobiliário criado pelas rotas ferroviárias nos EUA.Andrew Carnegie vendeu a empresa siderúrgica Carnegie para o banqueiro J. P. Morgan por 480 milhões de dólares e tornou-se o homem mais rico do mundo. Carnegie é um dos homens mais rico de todos os tempos.

Legado

Mesmo com sua riqueza, sempre se preocupou com a justiça social e pregou o exercício da filantropia. Carnegie é tido como o primeiro empresário a declarar publicamente que os ricos têm a obrigação moral de repartir as suas fortunas acumuladas.
Sua primeira doação foi realizada em sua terra natal, Dunfermline. Ajudou a construir 2800 bibliotecas nos Estados Unidos, museus, salas de concerto, montou fundações, fez doações para instituições de educação, construiu o famoso Carnegie Hall e o Palácio da Paz em Haia. Seus esforços se manifestaram em várias formas de filantropia, entre eles a Carnegie Institute of Pittisburgh (1896), a Carnegie Institution of New York (1902) e a Carnegie Corporation of New York (1911). Em 1910 criou a Carnegie Endowment for International Peace, instituição não lucrativa direcionada ao entendimento diplomático das nações, que vigora até hoje.
Em 1898, o magnata escocês escreveu o manual O Evangelho da Riqueza, onde defendia a riqueza em excesso como um fundo de confiança a ser administrado em beneficio da comunidade. Casou-se, em 1887, com Louise Whitfield, fazendo-a assinar um contrato pré-nupcial aceitando a doação da maior parte da sua riqueza à propostas educacionais e de caridade.
Embora tivesse saúde frágil, Carnegie foi um dos maiores defensores da Liga das Nações, a primeira organização mundial nos moldes da ONU. Morreu em Lenox, Massachusetts (EUA), aos 83 anos, em sua mansão. Havia cumprido sua missão social doando em vida mais de 350 milhões de dólares. “O homem que morre rico, morre desonrado”. Com inteligência, ambição e determinação, contribuiu a concepção dos Estados Unidos moderno.

Alberto Santos Dumont

Alberto Santos Dumont 
 


Pioneiro da navegação aérea com veículos mais pesados que o ar, Santos-Dumont desenvolveu os balões dirigíveis e realizou o primeiro vôo público com um avião capaz de decolar e pousar com seus próprios meios, sem o auxílio de catapultas.
Alberto Santos-Dumont nasceu em 20 de julho de 1873 na fazenda de Cabangu, perto de Palmira, hoje Santos-Dumont MG. Desde criança revelou inclinação para a mecânica. Seu pai, Henrique Dumont, engenheiro e próspero fazendeiro de café, mandou-o estudar física, química, mecânica e eletricidade em Paris, onde dizia que "repousa o futuro do mundo".
Dirigíveis. Em 1897, Santos-Dumont realizou seu primeiro vôo num balão, em Paris, e decidiu tornar-se aeronauta. Fez construir seu primeiro balão, a que ele próprio classificou como "o menor, o mais lindo, o único que teve um nome: Brasil". Nele começou a exercitar sua criatividade. O balão apresentava um volume abaixo da média e, com suas pequenas proporções, oferecia um problema técnico, o de manutenção da estabilidade. Para resolver essa dificuldade, Santos-Dumont alterou-lhe o centro de gravidade, mediante o alongamento das cordas de suspensão da barquinha destinada ao tripulante. O inventor também utilizou pela primeira vez a seda japonesa, o que tornou o engenho mais leve e permitiu que suportasse maior tensão. O Brasil foi pilotado em 4 de julho de 1898, no Jardim da Aclimação, em Paris.
Foi nessa época que Santos-Dumont decidiu tentar a utilização de um motor a gasolina em aeróstatos, o que representaria um grande passo para solucionar o problema de sua dirigibilidade. Em 18 de setembro de 1898, ele decolou do Jardim da Aclimação com seu dirigível nº 1. Semelhante a um charuto -- com 25m de comprimento, 3,5m de diâmetro e volume de 180m3 --, era impulsionado por um motor a gasolina de 3,5 HP e 30kg. Dois acidentes marcaram as experiências com o nº 1, mas graças a ele ficou demonstrada a dirigibilidade dos balões.
Em 11 de maio de 1899 Santos-Dumont voou pela primeira vez com o balão nº 2, que só diferia do anterior pela potência maior, mas o vôo não deu bom resultado devido ao mau tempo. O balão nº 3 foi construído no mesmo ano, quando o inventor empregou pela primeira vez o gás de iluminação em lugar do hidrogênio, mais caro. Esse aparelho era de formato diferente, mais afilado nas pontas e, para abrigá-lo, Santos-Dumont construiu um hangar especial, o primeiro do mundo. No balão nº 4, o piloto sentava-se numa sela de bicicleta, de onde dirigia e controlava o motor, o leme de direção e as torneiras do lastro, o qual, em vez de areia, compunha-se de 54 litros de água, guardados em dois reservatórios. Esse balão subiu com sucesso em 1º de agosto de 1900, quando se realizavam em Paris a Grande Exposição e o Congresso Internacional de Aeronáutica.
O balão nº 5 apresentou como novidade um motor de 16 HP, ao qual se adaptava uma formação triangular de pinho, com 41kg e fabricada pelo próprio aeronauta. O balão, no entanto, chocou-se com um prédio de Paris e Santos-Dumont ficou pendurado a vinte metros de altura, mas saiu ileso. O nº 6 deu a Santos-Dumont, em 19 de outubro de 1901, o Prêmio Deutsch de la Meurthe, instituído por um magnata do petróleo para agraciar o piloto do primeiro balão dirigível ou aeronave de qualquer natureza que, de 1900 a 1904, se elevasse do solo e, sem tocar a terra e por seus próprios meios, contornasse a torre Eiffel e voltasse ao ponto de partida, o campo de aerostação de Saint-Cloud, no tempo máximo de trinta minutos.
Vôos mecânicos. Em 1903, Santos-Dumont esteve no Brasil e recebeu verdadeira consagração. Regressou logo depois a Paris e construiu outros balões. Nessa ocasião procurava um motor a explosão que pudesse ser empregado no tipo de aeroplano que já projetava, pois sua preocupação agora era conquistar o espaço com um aparelho mais pesado que o ar. Em 1905, voou com o balão nº 14, cuja única inovação foi a de ter sido presa ao balão a primeira máquina que se ergueria do solo por seus próprios meios.
O primeiro vôo mecânico do mundo foi realizado por Santos-Dumont com o 14-bis, em 23 de outubro de 1906, no campo de Bagatelle. O aeroplano voou sessenta metros a uma altura entre dois e três metros. Um novo vôo ocorreu em 12 de novembro de 1906, quando o aeronauta brasileiro conseguiu percorrer duzentos metros, a seis metros de altura. Com o 14-bis, Santos-Dumont ganhou a taça Ernest Archdeacon, instituída para o primeiro aeroplano que com seus próprios meios se elevasse a mais de 25m, e o prêmio do Aeroclube da França, para o primeiro avião que fizesse um percurso de cem metros.
Após o 14-bis, Santos-Dumont se destacou com o nº 18, em 1907, que era chamado hydro-glisseur, com deslizador aquático, e que foi o precursor do hidroavião. Entre 1907 e 1909 o inventor aperfeiçoou o aparelho Demoiselle ou Libellule, que recebeu esse nome dos franceses para designar sua transparência e pequenez, pois o modelo era feito com bambu e seda e pesava, com o aviador, 110kg. A hélice do monoplano Demoiselle era instalada no "nariz" do aparelho, na cauda ficavam os lemes de direção e de profundidade e desenvolvia noventa quilômetros por hora com um motor de 30 HP. Desse aparelho, padrão de quase todos os aviões posteriores, Santos-Dumont construiu quatro modelos, de números 19 a 22.
Primeiro a obter as cartas de piloto de balão dirigível, biplano e monoplano, Santos-Dumont bateu novo recorde, em 3 de outubro de 1909, ao voar uma distância de oito quilômetros em cinco minutos, a uma velocidade aproximada de 96km/h. Foi seu último vôo como piloto.
Declínio. A partir de 1909, a saúde de Santos-Dumont começou a declinar. O uso do avião como arma de guerra durante a primeira guerra mundial perturbou-o particularmente. Períodos de grande depressão obrigaram-no a viagens e estações de repouso. Em 1931, de regresso ao Brasil, passou a residir em Petrópolis RJ, numa casa, a "Encantada", que projetou e é hoje o Museu Santos-Dumont. Autor de várias invenções no domínio da mecânica, além das relacionadas com a aeronáutica, Santos-Dumont foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1931, mas seu estado de saúde o obrigou a declinar da honraria.
Ao saber do emprego de aviões na revolução constitucionalista de 1932, Santos-Dumont foi tomado de forte depressão e, em 23 de julho de 1932, suicidou-se em Guarujá SP. O aeronauta recebeu o título de marechal-do-ar e, por decreto de 19 de outubro de 1971, foi proclamado patrono da Força Aérea Brasileira. Escreveu três livros: A conquista do ar (1901), Os meus balões (1904) e O que eu vi, o que nós veremos (1918).

América

América 


Cristóvão Colombo morreu em 1506 convencido de que, após cruzar o Atlântico, havia alcançado as Índias. No entanto, os cientistas europeus da época já não tinham dúvidas de que o território descoberto constituía um continente desconhecido e extraordinariamente complexo. Coube ao cosmógrafo alemão Martin Waldseemüller batizar as novas terras com o nome de América, em homenagem ao navegador italiano Américo Vespúcio (Amerigo Vespucci), cujos relatos foram os primeiros a afirmar a existência do "Novo Mundo".
Incluídas as ilhas, a América tem uma superfície superior a 42 milhões de quilômetros quadrados, o que representa a maior massa continental do planeta depois da euroasiática. Entre o extremo setentrional (o cabo Barrow, 72o de latitude N) e o meridional (o cabo Horn, 52o de latitude S), medeia uma distância de mais de 14.000km, embora a disposição do território não siga a linha dos meridianos, porquanto  a América do Norte se situa mais para oeste que a do sul. A linha do equador passa ao norte de Quito e atravessa a foz do rio Amazonas, o que significa que a maior parte da América encontra-se no hemisfério norte.
Tradicionalmente distinguem-se dois grandes conjuntos territoriais, os subcontinentes norte-americano e sul-americano, unidos pela série de istmos que compõem a América Central (região do golfo de Tehuantepec, no México, Guatemala, Nicarágua e Panamá) e pelo conjunto de arquipélagos do mar do Caribe. No extremo norte, o continente americano limita-se com o oceano Glacial Ártico; o estreito de Bering, a noroeste, separa-o da Ásia (85km no ponto mais próximo), enquanto a ilha da Groenlândia, a maior do mundo, constitui o limite da América do Norte em seu extremo nordeste. Os oceanos Atlântico e Pacífico separam o Novo Mundo, por leste e oeste, respectivamente, do resto das terras emersas do planeta.
Na América, as costas do Ártico são as mais recortadas, e apresentam grandes baías (Hudson, Baffin), numerosas ilhas (Groenlândia, Banks, Victoria, Melville, Sverdrup, Ellesmere, Devon e Terra de Baffin, entre outras), cabos (Lisburne, Icy, Barrow, Príncipe Alfredo, Columbia e Chidley) e penínsulas (Boothia, Melville, Ungava e Labrador). O litoral do Pacífico, isolado por uma linha contínua de cordilheiras, do extremo norte ao sul, é alto e retilíneo, exceto nas áreas do Canadá (ilhas de Alexandre, Rainha Carlota e Vancouver) e da Patagônia (ilhas de Chiloé, Chonos, Wellington e Santa Inês), onde é possível apreciar as marcas deixadas pela erosão glacial. Outros acidentes costeiros são as penínsulas do Alasca, da Califórnia, e do Taitao; os golfos do Alasca, da Califórnia, do Panamá, de Guayaquil e de Corcovado; e os cabos de Mendoncino, San Lucas, Corrientes, Punta Pariñas, Punta Aguja e Punta Carretas.
A costa atlântica é recortada e profunda ao norte do cabo Hatteras (Estados Unidos), na Venezuela e na Patagônia, e arenosa e retilínea nas demais regiões. As ilhas mais importantes são Terranova, Bermudas, Bahamas, Antilhas e Malvinas. Entre as penínsulas destacam-se as da Nova Escócia, da Flórida e de Yucatán. Os golfos mais importantes são os de São Lourenço, do México, dos Mosquitos, de Darién, da Venezuela, de Bahía Blanca, de San Matías, de San Jorge e de Bahía Grande. Entre os principais estuários destacam-se o do Amazonas e o do rio da Prata. Entre os cabos mais significativos figuram o Hatteras, o Sable, o Catoche, o Gallinas, o de São Roque, o Santa María Grande, Punta del Este, o Tres Puntas e o Horn, que completam a linha costeira ocidental do continente americano.

Geografia física

Geologia e relevo. Os primeiros terrenos formaram-se na era paleozóica, em conseqüência dos dobramentos caledoniano e huroniano; data dessa fase geológica o escudo canadense, então unido ao continente Norte-atlântico (Groenlândia, América do Norte, América Central e norte da Europa), e o escudo do Brasil e das Guianas, unido ao continente de Gondwana (América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártica). O dobramento herciniano, na última fase da era primária, deu lugar à formação dos montes Apalaches, na região oriental dos Estados Unidos.
Na era mesozóica ocorreu a separação do escudo sul-americano, que se tornou um continente independente. Na era geológica seguinte, a terciária, a América do Norte separou-se da Europa e o novo continente viu-se afetado pelos dobramentos da orogenia alpina, que deram lugar à formação das montanhas Rochosas, das cordilheiras da América Central e dos Andes.
Na parte oriental da América do Norte, o escudo canadense apresenta uma superfície muito erodida, com marcas da ação glacial do quaternário e formações montanhosas baixas na direção nordeste-sudoeste; o monte Mitchel (2.037m) é a maior elevação dos Apalaches. Mais para oeste, no centro do subcontinente, estende-se uma região de grandes planícies, bacias fluviais e, em seguida, uma grande cadeia de montanhas orientada de noroeste a sudeste e constituída por diversos conjuntos. Ao norte acham-se as cordilheiras do Alasca e de Brooks e os montes Mackenzie, nos quais se verificam altitudes elevadas, como os montes McKinley (6.194m), Logan (6.050m) e St. Elias (5.489m). As montanhas Rochosas apresentam várias ramificações (cordilheira Costeira, serra das Cascatas, cadeia Costeira, serra Nevada e cordilheira Wasatch) e planaltos entre as montanhas (Fraser, Columbia, Arizona e Colorado), com alturas superiores a quatro mil metros (Whitney, 4.418m; Rainier, 4.392m; Wilson, 4.342m; Shasta, 4.317m; e Pikes, 4.301m). No México, estendem-se as serras Madre oriental, ocidental e do sul, que bordejam o planalto central mexicano e contam com cumes vulcânicos de grande altura, como o Citlaltépetl (5.610m), o Zinantécatl (4.567m) e o Popocatépetl (5.465m)).
Na América Central, a serra Madre do Sul prolonga-se, numa sucessão de planaltos e serras de origem vulcânica, de Oaxaca, no México, até o Panamá, passando pela Guatemala, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica. As ilhas do Caribe são montanhosas, embora pouco elevadas; a sua Maestra cubana, com alturas próximas a dois mil metros, e a cordilheira central de La Española (pico Duarte, 3.175m) são as formas de maior destaque no relevo da região. As principais planícies dessas ilhas encontram-se, em geral, na zona costeira.
O subcontinente sul-americano apresenta três grandes zonas estruturais. A parte oriental é constituída por planícies e montanhas muito erodidas: o planalto das Guianas, o planalto brasileiro e a Patagônia. A cordilheira dos Andes, a oeste, estende-se ao longo de todo o subcontinente em vários setores e com diversas ramificações. As cadeias andinas flanqueiam numerosos vales e extensos planaltos interiores, como o altiplano, situado a mais de 3.500m de altura, e a puna de Atacama. Entre os elevados cumes andinos, muitos deles de origem vulcânica, destacam-se o Aconcágua (6.959m), o Ojos del Salado (6.893m), o Huascarán (6.768m), o Llullaillaco (6.723m), o Tupungato (6.650m), o Sajama (6.520m), o Illimani (6.462m), o Coropuna (6.425m) e o Chimborazo (6.267m). Por último, cabe assinalar a presença de grandes extensões planas situadas entre os maciços orientais e as cordilheiras ocidentais. Essas terras baixas, constituídas por sedimentos terciários e quaternários, formam as bacias dos grandes rios sul-americanos: as planícies do Orinoco, a Amazônia e as planícies do Chaco, dos Pampas e da Patagônia.


Clima. A extensão em latitude, as diferentes altitudes e a influência dos ventos e das correntes oceânicas determinam uma grande diversidade climática no continente.

Albert Einstein

Albert Einstein 
 


O mais célebre dos cientistas do século XX, responsável por teorias que revolucionaram não apenas a física, mas o próprio pensamento humano, Einstein acreditava que só a evolução moral impediria uma catástrofe a nível planetário.
Albert Einstein nasceu na cidade alemã de Ulm, em 14 de março de 1879. Filho de um pequeno industrial judeu, iniciou os estudos em Munique e cedo se destacou no estudo da matemática, física e filosofia. Ainda na infância, incentivado pela mãe, começou a estudar violino, instrumento que o acompanharia ao longo da vida. Com o objetivo de tornar-se professor, concluiu o curso de graduação no Instituto Politécnico de Zurique, em 1900, época em que já dedicava a maior parte de seu tempo ao estudo da física teórica. Obteve nessa época a cidadania suíça e, não tendo conseguido colocação na universidade, aceitou um lugar no departamento de patentes em Berna.
Em 1905, ano em que concluiu o doutorado, Einstein publicou quatro ensaios científicos, cada um deles com uma grande descoberta no campo da física. No primeiro, fez uma análise teórica do movimento browniano, produzido pelo choque das partículas de um líquido sobre corpos microscópicos nele introduzidos; no segundo, formulou uma nova teoria da luz, com o importante conceito de fóton, baseando-se na teoria quântica proposta em 1900 pelo físico Max Planck; no terceiro, expôs a formulação inicial da teoria da relatividade e no quarto e último trabalho, propôs uma fórmula para a equivalência entre massa e energia, a célebre equação E = mc2, pela qual a energia E de uma quantidade de matéria, com massa m, é igual ao produto da massa pelo quadrado da velocidade da luz, representada por c.3
Descoberta da relatividade. No ensaio dedicado à relatividade, intitulado "Elektrodynamik Bewegter Körper" ("Movimento eletrodinâmico dos corpos"), o cientista afirma que espaço e tempo são valores relativos e não absolutos, ao contrário do que se acreditava até então. Afirma ainda ser a da luz a velocidade máxima no universo e acrescenta: para o corpo que se deslocasse a essa velocidade, o tempo sofreria uma dilatação, ao mesmo tempo em que se registraria uma contração do espaço. Assim, o corpo que permanecesse em repouso envelheceria em relação ao outro corpo, em movimento.
Cada vez mais respeitado no meio acadêmico, Einstein ensinou em Berna, Zurique e Praga, entre os anos de 1909 e 1913. Foi então convidado a ocupar uma cátedra na Universidade de Berlim, que pouco depois acumulou com a direção do respeitado Instituto Kaiser Wilhelm. Nessa época, sua grande preocupação era a generalização da teoria da relatividade, com a elaboração de uma nova teoria capaz de interpretar, por meio de considerações semelhantes, o campo eletromagnético e o campo gravitacional, que acabaria por receber a denominação de teoria do campo unificado. Em 1916, o cientista publicou Grundlage der allgemeinen Relativitätstheorie (Fundamento geral da teoria da relatividade), formulação final da teoria geral da relatividade. Nesse mesmo ano, passou a manifestar uma preocupação com os problemas sociais que o acompanharia ao longo de toda a sua carreira.
Em 1919, Einstein tornou-se conhecido em todo o mundo, depois que sua teoria foi comprovada em experiência realizada durante um eclipse solar. Por essa época começou a viajar pelo mundo, não apenas para expor suas teorias físicas, mas também para debater problemas como o racismo e a paz mundial. Uma dessas viagens o traria ao Brasil, em 1925. Em 1921, foi agraciado com o Prêmio Nobel de física e indicado para integrar a Organização de Cooperação Intelectual da Liga das Nações. No mesmo ano, publicou Über die spezielle und allgemeine Relativitätstheorie gemeinverständlich (Sobre a teoria da relatividade especial e geral), obra de divulgação.
A noção de equivalência entre massa e energia, a do continuum quadridimensional e outras descobertas de Einstein provocaram uma verdadeira renovação do pensamento humano, num período de grande fertilidade intelectual, com interpretações filosóficas das mais diversas tendências. Os resultados de suas descobertas foram utilizados como argumento tanto pelos defensores do empirismo de total rigor lógico quanto pelos adeptos do idealismo matemático, segundo o qual o universo pode ser reduzido à abstração das fórmulas e das relações numéricas.



Bomba atômica e pacifismo. Em 1933, um ano após visitar universidades e instituições de pesquisas nos Estados Unidos, Einstein renunciou a seus cargos na Alemanha, onde os nazistas já estavam no poder, e fixou residência em território americano. Passou a ensinar no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, do qual se tornaria diretor. Em 1940 adotou a cidadania americana.
Durante esse período, o desenvolvimento de armas nucleares e as manifestações cada vez mais freqüentes de racismo no mundo constituíram as principais preocupações de Einstein. Os físicos alemães Otto Hahn e Lise Meitner tinham descoberto como provocar artificialmente a fissão do urânio. Na Itália, as pesquisas de Enrico Fermi indicavam ser possível provocar uma reação em cadeia, com a liberação de um número cada vez maior de átomos de urânio e, em conseqüência, de enorme quantidade de energia. Fermi, que acabara de chegar aos Estados Unidos, e os físicos húngaros Leo Szilard e Eugene Wigner pediram então a Einstein que entrasse em contato com a Casa Branca. Ele escreveu então uma carta ao presidente Franklin Roosevelt em que alertava para o risco que significaria para a humanidade a utilização pelos nazistas da tecnologia nuclear na fabricação de armas de grande poder destrutivo. Logo após receber a mensagem, o chefe de estado americano deu início ao projeto Manhattan, que tornou os Estados Unidos pioneiros no aproveitamento da energia atômica em todo o mundo e resultou na fabricação da primeira bomba atômica.
Embora não tivesse participado do projeto e sequer soubesse que uma bomba atômica tinha sido construída até que Hiroxima fosse arrasada, em 1945, o nome de Einstein passou para a história associado ao advento da era atômica. Durante a segunda guerra mundial, ele participou da organização de grupos de apoio aos refugiados e, terminado o conflito, após o lançamento de bombas atômicas em Hiroxima e Nagasaki, uniu-se a outros cientistas que lutavam para evitar nova utilização da bomba. Intensificando a militância pacifista, defendeu particularmente o estabelecimento de uma organização mundial de controle sobre as armas atômicas. Em 1945, renunciou ao cargo de diretor do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, mas continuou a trabalhar naquela instituição.
A intensa atividade intelectual de Einstein resultou na publicação de grande número de trabalhos, entre os quais vale destacar Warum Krieg? (1933; Por que a guerra?), em colaboração com Sigmund Freud; Mein Weltbild (1949; O mundo como eu o vejo); e Out of My Later Years (1950; Meus últimos anos). A principal característica de sua obra foi uma síntese do conhecimento sobre o mundo físico, que acabou por levar a uma compreensão mais abrangente e mais profunda do universo. Suas descobertas tornaram possível entender o comportamento das partículas animadas de grande velocidade e suas respectivas leis. Os princípios da relatividade revolucionaram a física newtoniana pois, com o emprego de aceleradores, tornou-se possível obter partículas animadas de enorme velocidade, cuja mecânica em muito se afasta das leis newtonianas.
Einstein conseguiu reduzir as leis da mecânica e harmonizá-las com aquelas que regem as propriedades dos campos eletromagnéticos. Com sua concepção de fóton, permitiu que mais tarde se fundissem, na teoria ondulatória de Louis de Broglie, a mecânica e o eletromagnetismo, o que no século anterior parecia impossível. Albert Einstein morreu em Princeton, em 18 de abril de 1955.

Aírton Senna

Aírton Senna 
 


Ao morrer, no auge da carreira, pilotando um carro de fórmula 1, Aírton Senna era ídolo brasileiro e do esporte mundial comparável a Niki Lauda, Jim Clark -- o "escocês voador" -- e o pentacampeão Juan Manuel Fangio, de quem chegou a ser apontado sucessor.
Aírton Senna da Silva nasceu em São Paulo SP, em 21 de março de 1960. Seu pai presenteou-o com o primeiro kart e, em 1974, patrocinou o início de sua carreira. Em 1979 e 1980 Senna ficou em segundo lugar no campeonato mundial de kart e em 1981 venceu 11 das 19 corridas da fórmula Ford, na Inglaterra. Ganhou por antecipação os campeonatos europeu e inglês de fórmula Ford em 1982, com 21 vitórias em 28 provas. Tornou-se campeão da fórmula 3 inglesa, em 1983, com nove vitórias consecutivas, um recorde mundial.
Em 1984 Senna ingressou na fórmula 1, pela equipe Toleman, e um ano depois estava na Lotus, equipe pela qual disputou três temporadas. Em 1988, contratado pela McLaren, conquistou o primeiro campeonato mundial. No ano seguinte foi vice-campeão, atrás do francês Alain Prost, seu companheiro de equipe. Ao vencer as temporadas de 1990 e 1991, sagrou-se tricampeão mundial na categoria e veio a ser chamado "rei da chuva", pela habilidade para dirigir em pistas molhadas, ou "Mr. Mônaco", por suas cinco vitórias consecutivas nesse circuito.
Em 1994, seu primeiro ano na Williams, foi proibido o controle eletrônico dos carros, o que tornou a fórmula 1 mais perigosa. Em 1º de maio daquele ano, Senna morreu ao se chocar contra um muro de proteção a 300km/h, na sétima volta do grande prêmio de San Marino, em Ímola, Itália. Em dez anos de fórmula 1, disputou 161 corridas, venceu 41 e conquistou 62 pole positions. Sepultado em São Paulo, Senna recebeu honras de chefe de estado, num dos funerais mais concorridos da história do país.