quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Rubi

Rubi


Rubi é uma pedra  vermelha, uma variedade do mineral corindon (óxido de alumínio) cuja cor é causada principalmente pela presença de crômio. Os rubis naturais são excepcionalmente raros As gemas de rubi são valorizadas de acordo com várias características incluindo tamanho, cor, claridade e corte. Todos os rubis naturais contêm imperfeições. Por outro lado, rubis artificiais podem não conter imperfeições. Quanto menor o número e menos óbvias as imperfeições, mais caro é o rubi - a menos que não tenha imperfeições (i.e., um rubi "perfeito") - então ele é suspeito de ser fabricado artificialmente e seu status de gema, seu preço não é garantido. Alguns rubis manufaturados têm substâncias adicionadas a eles para que possam ser identificados como artificiais, mas a maioria requer testes gemológicos para determinar a sua origem. Alguns rubis mostrar um ponto, ou 3 ou 6 pontos  ou "estrela". Esses rubis são cortados em cabochão para mostrar o efeito.

Dureza

  Dureza 9 na escala de Mohs
 Forma cristalina

Gema. rubi lapidada


                                                          gema. rubi bruta




Geralmente, a qualidade da gema colorindo em todos os tons de vermelho, inclusive rosa, são chamados de rubis.   No entanto, nos Estados Unidos, uma saturação de cor mínimo devem ser atendidos para ser chamado de rubi, caso contrário, a pedra será chamado de safira rosa .   Esta distinção entre rubis e safiras rosa é relativamente nova, tendo surgido por volta do século 20. Se é feita uma distinção, a linha que separa um rubi de uma safira rosa não é clara e altamente debatido.   Como resultado da dificuldade e subjetividade de tais distinções, as organizações comerciais, como a International Colored Gemstone Association (ICA) têm adotado a definição mais ampla de rubi, que engloba as suas tonalidades mais claras, incluindo rosa.

 jazidas

Rubis historicamente têm sido extraído na Tailândia , a Pailin e Distrito Samlout do Camboja , Birmânia , Índia , Afeganistão e no Paquistão. No Sri Lanka , tons mais claros de rubis (muitas vezes "safiras rosa") são mais comumente encontradas. Após a Segunda Guerra Mundial,depósitos de rubi foram encontrados em Tanzânia , Madagascar , Vietnã , Nepal , Tajiquistão e Paquistão . foram encontradas poucos rubis nos EUA . Mais recentemente, grandes depósitos de rubi foram encontrados sob a plataforma de gelo se afastando da Groenlândia .

O rubi pode ser confundido Spinelli , outra pedra preciosa vermelha, às vezes é encontrado junto com rubis no cascalho.pode ser confundido   rubi ​​por aqueles com pouca  experiência com pedras preciosas. No entanto, os melhores Spinelli vermelho pode ter um valor que se aproxima muito do rubi .

                                                                Lapidação


Formas sigerida para lapidar ruis

Na antiga Índia afirmava-se que a posse de muitos rubis ajudava a pessoa a acumular mais pedras preciosas. 

O diamante


O diamante


Mineral composto somente por carbono, de dureza 10 na Escala de Mohs. É o mais duro dos minerais conhecidos. Geralmente incolor ou preto, mas pode também ocorrer em praticamente qualquer cor, sendo as mais comuns azul, amarelo champanhe, verde.
Como mineral industrial é muito usado em ferramentas de corte: brocas, serras, tupias e como abrasivo, na forma de pó fino, às vezes misturado em pasta. Na joalheria é o mais valioso dos minerais. os critérios usados para se avaliar comercialmente um diamante e outras gemas. É chamando de quando lapidado neste tipo de ‘’lapidação brilhante’’  sendo a que melhor realça seu brilho e a mais valorizada.
Entre as muitas pedras preciosas, o diamante destaca-se por várias razões e tem características que o tornam único, daí se dividir as gemas em dois grupos, diamante e gemas de cor.
A denominação gemas de cor é muito inadequada, porque há diamantes que são bem coloridos (e, com as modernas técnicas de tratamento de gemas eles são cada vez mais comuns) e há muitas gemas que podem ser incolores. Mas, essa divisão está consagrada e é amplamente usada e aceita no meio gemológico, pois a diferença entre o diamante e as demais gemas, como veremos, é muito mais que uma questão de cor.
A importância do diamante é ressaltada também nos manuais de Gemologia. Neles, a descrição das gemas costuma iniciar pelo diamante, vindo a seguir as demais pedras preciosas.
Vejamos, então, quais são as características que tornam o diamante uma gema singular.


Dureza
Estrutura cristalina do diamante


Diferentemente do grafite, o diamante possui uma estrutura cristalina onde cada átomo de carbono se une fortemente, através de ligações covalentes, a quatro átomos de carbono. Isto resulta em uma estrutura muito rígida e muito polarizada, que é a estrutura natural mais rígida que existe.
Além da dureza, o empacotamento dos átomos no diamante é de tal ordem que aumenta a densidade do mineral. Notar na figura que a distância interatômica entre os átomos de carbono no diamante é 0,15nm. No grafite esta distância é 0,67 nm



A substância mais dura que se conhece é o diamante. Ele tem dureza 10 na Escala de Mohs, que vai de 1 a 10. O rubi e a safira têm dureza 9, mas o diamante é, na verdade, 150 vezes mais duro que eles.
Isso tem a vantagem de permitir um excelente polimento, mas traz uma desvantagem: é bem mais difícil serrar, facetar e polir um diamante do que qualquer outra gema.
Como nada é mais duro que ele, para polir o diamante é preciso usar pó do próprio diamante e contar com o conhecimento de um lapidador especializado (que, aliás, tem um nome especial, polidor de diamantes).



Aproveitamento integral
Em matéria de diamante, nada se perde. Mesmo as pedras de qualidade muito ruim são muito úteis e valiosas, pois podem ser empregadas em ferramentas de corte ou perfuração. E até mesmo o pó do diamante tem valor, pois, como vimos, ele é usado para polir o próprio diamante.


Cor
Como regra, quanto mais escura a cor de uma gema, mais valiosa ela é. Acontece, porém, que 99,9% dos diamantes são incolores ou levemente amarelados. Com isso, quanto menos cor o diamante tiver, mais valioso ele será, a menos que tenha uma cor bem definida ,caso em que o preço poderá ser altíssimo.
É por isso que a classificação de diamantes lapidados adotada e recomendada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) possui as categorias absolutamente incolor, excepcionalmente incolor, nitidamente incolor e aparentemente
incolor.

  Lapidação
lapidação brilhante ou  diamante
Lapidação brilhante
O processo - que, além de aperfeiçoar o formato doação de diamantesdiamante, serve para poli-lo - é feito de maneira artesanal. A qualidade da lapidação não  apenas é fundamental para determinar o valor de uma jóia, como dá brilho e beleza à pedra. Cconhece na natureza, lapidá-lo não é moleza - sem contar o alto risco de estragar a caríomo o diamante é o material mais duro que se ssima pedra. "Quase sempre os lapidários a quem se confiam pedras maiores têm mais de 50 anos de idade. Isso porque leva muito tempo para aprender todos os macda Brasil Comércio de Diamantes. Há duas formas de cortar o diamante brutoetes do processo", afirma o lapidário Renato Santos, presidente
: na clivagem, o método mais comum, o diamante é partido com um rápido golpe. Em algumas pedras, porém, essa técnica não funciona. Usa-se, então, a serragem, processo longo e tedioso, feito com uma serra elétrica rotatória ou, mais recentemente, com raios laser. Depois do corte, vem a etapa do bloqueamento, em que o diamante é raspado em outro até que se aproxime do formato desejado. As facetas (como são chamadas as várias pequenas faces de um diamante) são feitas na etapa seguinte, chamada de abrilhantamento. A pedra é encaixada na ponta de uma vareta chamada dop e pressionada contra um disco giratório forrado de pó de diamante. O processo lembra um pouco o de uma agulha riscando um disco de vinil na vitrola. Em geral, os brilhantes pequenos são lapidados em um único dia. Já nas pedras grandes (acima de 20 gramas) esse trabalho pode levar até mais de um ano!

As riquezas medicinais encontradas na Amazônia são consideradas uma mina de ouro

As riquezas medicinais encontradas na Amazônia são consideradas uma mina de ouro para o tratamento de diversas doenças. Ainda é desconhecido quais os tipos de plantas que possuem funções terapêuticas.

Boldo, carqueja, erva cidreira, erva doce e guaraná são muito utilizadas em receitas caseiras por avós, tios e pelo menos ou já ouvimos falar dessas plantas, ou já conhecemos a eficácia delas no combate de doenças.
Estes são os chamados medicamentos fitoterápicos, ou seja, um tipo de medicina alternativa com a produção de remédios provenientes das plantas. Muitos desses medicamentos servem como base para os sintéticos, aqueles feitos em laboratório.
A origem do uso dessas ervas medicinais é antiga, desde a pré-história há relatos da estreita relação entre o homem e as plantas. Os registros mais concretos ocorreram na civilização Egípcia e Chinesa, onde foram encontrados papiros e livros referentes ao uso de plantas. Um papiro data de 1.600 a. C. e revela o estudo de plantas, animais e remédios inorgânicos e o seu uso. Já, na China estes estudos datam de antes da Dinastia Ming (1500 a. C.).

Plantas Medicinais no Brasil

No Brasil, especialmente na Floresta Amazônica, seus primeiros habitantes chegaram há cerca de 12 mil anos. Dos paleoíndios amazônicos originaram-se as principais tribos indígenas do país e a fitoterapia foi sendo incluída porque estes povos utilizavam plantas para a cura de doenças. Quando o Brasil começou a ser influenciado por outras culturas (com uma diversidade de plantas e ervas), a fitoterapia do país adquiriu características diferentes de outros países.
Contudo, somente com a chegada dos portugueses ao Brasil, estes conhecimentos indígenas vieram a tona. Com as análises feitas por Pero Vaz de Caminha, um grande escritor brasileiro e escrivão que fazia parte da esquadra de Pedro Álvares Cabral, passaram a ter interesse pelo uso medicinal das plantas. Entre 1500 e 1580, depois das observações feitas por Caminha, o padre José de Anchieta descreveu minunciosamente o uso das plantas medicinais e comestíveis do Brasil, destacando verduras e legumes e dando importância a muitos frutos que os índios brasileiros comiam.
A maioria das descobertas da flora brasileira foram feitas por cientistas estrangeiros, onde empresas internacionais controlam atualmente cerca de 80% da produção de medicamentos no Brasil, dos quais possuem plantas nacionais com patentes estrangeiras.
As pesquisas brasileiras ainda não recebem muito incentivo governamental. Ainda com uma carência na saúde pública, com hospitais lotados, alguns em péssimas condições ou sem médicos. Uma área que movimenta cerca de R$ 1 bilhão de reais e gera empregos para muitas pessoas poderia ser melhorada para que esses fitoterápicos pudessem ser usados cada vez mais com qualidade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 80% da população utiliza a fitoterapia como tratamento e prevenção de doenças. Cerca de 25.000 espécies são usadas, além daquelas que são utilizadas por tribos indigenas e comunidades na Amazônica, a variabilidade de plantas é imensa. O conhecimento da fitoterapia acumulado no decorrer dos anos constitui uma fonte de recursos para alguns problemas da sociedade moderna brasileira e serão necessárias muitas pesquisas para atingir um modelo ideal na busca desses fitoterápicos.

Produtos Fitoterápicos

Carqueja
  • Nome científico: Baccharis trimera
  • Planta que vive mais de dois anos, chega a atingir 2 metros de altura.
  • Usos: Indicada para problemas do fígado e vesícula biliar, problemas digestivos, úlcera e gastrite. Ela tem o poder de purificar e desintoxicar o sangue e o fígado. Podendo ser indicada para diabetes e também contra resfriados, diarréias, garganta inflamada, de acordo com a medicina popular.
Unha de gato
  • Nome científico: Uncaria tomentos.
  • Planta trepadeira com espinhos semelhantes as unhas de gato. Chegando a 30m de altura, essa planta possui duas espécies (Uncaria tomentosa e a Uncaria guianensis), da qual a Uncaria tomentos é a mais indicada para usos terapêuticos. Usos: Tribos amazônicas usavam-na desde pelo menos 2.000 anos, como anti-inflamatório e para tratar problemas gastrointestinais. Hoje, ela tem destaque no tratamento do estômago e intestino, auxíliando no tratamento da AIDS e em alguns tipos de câncer.
Capim-santo ou Capim-cheiroso
Nome científico: Lippia alba
  • É uma erva perene com nós entrelaçados, folhas compridas, lineares e eretas.
  • Usos: Na Amazônia, o chá dessas folhas é utilizado contra qualquer tipo de dor, febre e problemas no estômago. Na Mata Atlântica o suco gelado de suas folhas é ingerido como refrigerante ou sedativo e ainda em outras regiões é utilizado como calmante e no combate da pressão alta.
  • Na amazõnia,nem 10% das plantas medicinais são conhecidas, por isso laboratórios de todo o mundo está de olho nas plantas e sua biodiversidade, que valem trilhões de dólares e várias curas de doenças como o câncer, aids, etc.. estão na certa na região amazônica. Por isso tantos pesquisadores estrangeiros estão na região coletantando plantas, animais etc..

Açaí: A riqueza da floresta brasileira em prol de sua saúde

1. O açaí promove a saúde do coração

Semelhante ao vinho tinto, uma pesquisa mostrou que as bagas de açaí são extremamente ricas em antocianinas, uma forma de planta antioxidante associada com a capacidade de reduzir os níveis de colesterol na corrente sanguínea.
Elas também são ricas em esteróis vegetais, que fornecem benefícios cárdio-protetores para nossas células, além de prevenir coágulos, melhorando a circulação e relaxando os vasos sanguíneos.

2. Combate os micro-organismos prejudiciais

Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro têm mostrado que o consumo do extrato de açaí pode ajudar a combater micro-organismos prejudiciais, atuando na diminuição de infecções e processos alérgicos.

3. Perda de peso em pacientes imunodeprimidos

Conhecido por nutricionistas como um “superalimento”, o açaí pode ajudar não só a perder peso, mas também a manter um peso saudável. Um estudo organizado pelo National Institutes of Aging em moscas, mostrou que a polpa do açaí reduziu os efeitos negativos de uma dieta rica em gorduras.

4. Promove a saúde da pele

Atualmente, muitos produtos de beleza modernos estão cheios de óleo de açaí, mais uma vez devido ao seu alto teor de antioxidantes. O óleo de açaí é uma excelente alternativa natural aos produtos químicos que podem prejudicar a pele a longo prazo.
Quando tomadas, as bagas também pode dar a sua pele um brilho saudável. Na verdade, os brasileiros já consomem o açaí durante séculos para tratar doenças da pele.

5. O açaí ajuda com problemas digestivos

Tomando o açaí frequentemente, você também pode ajudar a manter seu sistema digestivo limpo e funcional. As bagas têm capacidades poderosas de desintoxicação no corpo humano e são uma fonte tradicional bem conhecida de fibra dietética. É claro que, existem muitos outros alimentos ricos em fibras que podem fazer a mesma coisa, incluindo muitas outras frutas.

6. Reduz a irritação das vias respiratórias

As bagas de açaí contêm propriedades que podem impedir a irritação típica associada com o desconforto respiratório.

7. Melhoria da saúde celular

De um modo geral, as antocianinas encontradas no açaí desempenham um papel importante no nosso sistema de proteção celular, ajudando a manter as células fortes contra a invasão dos radicais livres.

8. Pode ajudar a combater o câncer

O açaí é muito rico em vitamina C e ácido elágico, uma combinação que impulsiona o sistema imunológico, fato que tem sido mostrado para suprimir o crescimento do câncer. Um estudo publicado no Journal of Agriculture and Food Chemistry descobriu que os compostos polifenólicos extraídos de açaí reduziram a proliferação de células cancerosas de 56 a 86%.
Pensa-se que os fitoquímicos do açaí podem parar o processo de carcinogênese em um nível molecular, matando as células tumorais antes de sua multiplicação. As bagas de açaí não são uma cura para o câncer; mas esperamos que pesquisas confirmem seus benefícios e seu potencial papel na luta contra ele.

9. Efeitos anti-envelhecimento

Extremamente rico em muitas formas de fitoquímicos de plantas (antioxidantes), o açaí pode contribuir para a capacidade de diminuir ou reverter processos típicos do envelhecimento, que é relacionada com os danos oxidativos.
Na verdade, as bagas de açaí são uma das maiores fontes de antioxidantes, sendo que cada baga possui 10 vezes mais antioxidantes do que as uvas, e duas vezes mais que o blueberry.
Existem inúmeros frutos que seriam um ótimo complemento para sua dieta, porém o açaí é uma das frutas mais saudáveis que você pode encontrar!

10. Aumento de energia

Devido seus benefícios para a saúde global, tomar extrato de açaí pode levar a um aumento do nível geral de energia e resistência e pode ajudar a combater a fadiga e a exaustão. Sempre que você precisar de um impulso, simplesmente coma um punhado de bagas e você estará pronto para qualquer atividade.

11. O açaí melhora o sexo

Esta baga vermelha famosa também tem sido associada a um aumento da circulação geral do sangue no corpo humano, um fenômeno que pode contribuir para um aumento no desejo sexual, especialmente para os homens.

12. Melhora a função mental

Estudos preliminares mostram que o açaí pode impedir o desequilíbrio mental em mulheres na menopausa. O açaí também é comparado a função antioxidante do goji berry. Então, dê preferência as nossas frutas brasileiras!

Biodiversidade Brasileira

Biodiversidade Brasileira 
 Meio Ambiente


O Brasil é um país de proporções continentais: seus 8,5 milhões km² ocupam quase a metade da América do Sul e abarcam várias zonas climáticas – como o trópico úmido no Norte, o semi-árido no Nordeste e áreas temperadas no Sul. Evidentemente, estas diferenças climáticas levam a grandes variações ecológicas, formando zonas biogeográficas distintas ou biomas: a Floresta Amazônica, maior floresta tropical úmida do mundo; o Pantanal, maior planície inundável; o Cerrado de savanas e bosques; a Caatinga de florestas semi-áridas; os campos dos Pampas; e a floresta tropical pluvial da Mata Atlântica. Além disso, o Brasil possui uma costa marinha de 3,5 milhões km², que inclui ecossistemas como recifes de corais, dunas, manguezais, lagoas, estuários e pântanos.
A variedade de biomas reflete a enorme riqueza da flora e da fauna brasileiras: o Brasil abriga a maior biodiversidade do planeta. Esta abundante variedade de vida – que se traduz em mais de 20% do número total de espécies da Terra – eleva o Brasil ao posto de principal nação entre os 17 países megadiversos (ou de maior biodiversidade).
Além disso, muitas das espécies brasileiras são endêmicas, e diversas espécies de plantas de importância econômica mundial – como o abacaxi, o amendoim, a castanha do Brasil (ou do Pará), a mandioca, o caju e a carnaúba – são originárias do Brasil.
Mas não é só: o país abriga também uma rica sociobiodiversidade, representada por mais de 200 povos indígenas e por diversas comunidades – como quilombolas, caiçaras e seringueiros, para citar alguns – que reúnem um inestimável acervo de conhecimentos tradicionais sobre a conservação da biodiversidade.
Porém, apesar de toda esta riqueza em forma de conhecimentos e de espécies nativas, a maior parte das atividades econômicas nacionais se baseia em espécies exóticas: na agricultura, com cana-de-açúcar da Nova Guiné, café da Etiópia, arroz das Filipinas, soja e laranja da China, cacau do México e trigo asiático; na silvicultura, com eucaliptos da Austrália e pinheiros da América Central; na pecuária, com bovinos da Índia, equinos da Ásia e capins africanos; na piscicultura, com carpas da China e tilápias da África Oriental; e na apicultura, com variedades de abelha provenientes da Europa e da África.
Este paradoxo traz à tona uma ideia premente: é fundamental que o Brasil intensifique as pesquisas em busca de um melhor aproveitamento da biodiversidade brasileira – ao mesmo tempo mantendo garantido o acesso aos recursos genéticos exóticos, também essenciais ao melhoramento da agricultura, da pecuária, da silvicultura e da piscicultura nacionais.
Como se sabe, a biodiversidade ocupa lugar importantíssimo na economia nacional: o setor de agroindústria, sozinho, responde por cerca de 40% do PIB brasileiro (calculado em US$ 866 bilhões em 1997); o setor florestal, por sua vez, responde por 4%; e o setor pesqueiro, por 1%. Na agricultura, o Brasil possui exemplos de repercussão internacional sobre o desenvolvimento de biotecnologias que geram riquezas por meio do adequado emprego de componentes da biodiversidade.
Produtos da biodiversidade respondem por 31% das exportações brasileiras, com destaque para o café, a soja e a laranja. As atividades de extrativismo florestal e pesqueiro empregam mais de três milhões de pessoas. A biomassa vegetal, incluindo o etanol da cana-de-açúcar, e a lenha e o carvão derivados de florestas nativas e plantadas respondem por 30% da matriz energética nacional – e em determinadas regiões, como o Nordeste, atendem a mais da metade da demanda energética industrial e residencial. Além disso, grande parte da população brasileira faz uso de plantas medicinais para tratar seus problemas de saúde.
Por tudo isso, o valor da biodiversidade é incalculável.
Sua redução compromete a sustentabilidade do meio ambiente, a disponibilidade de recursos naturais e, assim, a própria vida na Terra. Sua conservação e uso sustentável, ao contrário, resultam em incalculáveis benefícios à Humanidade.
Neste contexto, como abrigo da mais exuberante biodiversidade do planeta, o Brasil reúne privilégios e enorme responsabilidade.


Mas o que é a Biodiversidade?

A biodiversidade é a exuberância da vida na Terra – num ciclo aparentemente interminável de vida, morte e transformação.
A biodiversidade é você; a biodiversidade é o mundo; você é o mundo. Seu corpo contém mais de 100 trilhões de células e está conectado ao planeta por um sistema complexo, infinito e quase insondável: você compartilha átomos com tudo o que existe no mundo ao seu redor.
Estima-se que até 100 milhões de diferentes espécies vivas dividam este mundo com você (ainda que menos de 2 milhões sejam conhecidas): a biodiversidade abrange toda a variedade de espécies de flora, fauna e micro-organismos; as funções ecológicas desempenhadas por estes organismos nos ecossistemas; e as comunidades, habitats e ecossistemas formados por eles. É responsável pela estabilidade dos ecossistemas, pelos processos naturais e produtos fornecidos por eles e pelas espécies que modificam a biosfera. Assim, espécies, processos, sistemas e ecossistemas criam coletivamente as bases da vida na Terra: alimentos, água e oxigênio, além de medicamentos, combustíveis e um clima estável, entre tantos outros benefícios.
O termo biodiversidade diz respeito também ao número de diferentes categorias biológicas (riqueza) da Terra e à abundância relativa destas categorias (equitabilidade), incluindo variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementaridade biológica entre habitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade).
Por tudo isso, o valor da biodiversidade é incalculável. Apenas quanto ao seu valor econômico, por exemplo, os serviços ambientais que ela proporciona – enquanto base da indústria de biotecnologia e de atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras e florestais – são estimados em 33 trilhões de dólares anuais, representando quase o dobro do PIB mundial.


Mas esta exuberante diversidade biológica global vem sendo dramaticamente afetada pelas atividades humanas ao longo do tempo – e hoje a perda de biodiversidade é um dos problemas mais contundentes a acometerem a Terra. A crescente taxa de extinção de espécies – que estima-se estar entre mil e 10 mil vezes maior que a natural – demonstra que o mundo natural não pode mais suportar tamanha pressão.