terça-feira, 15 de novembro de 2016

Alumínio ganha força na construção civil e ajuda a economia do país

Alumínio ganha força na construção civil e ajuda a economia do país

O grande desafio nos dias atuais dos engenheiros e arquitetos é desenvolver projetos sustentáveis. O Desenvolvimento Sustentável foi apresentado pela primeira vez por volta da década de 80, citado no relatório Brundtland. Mas foi em 1992 que o conceito realmente ganhou forma no ECO-92, na Conferência das Nações Unidas que debateram sobre o meio ambiente.
Desde lá, a construção civil está se desenvolvendo para criar cada vez mais projetos que diminuam o impacto no meio ambiente. Para ser considerado sustentável, o projeto deve atender quatro requisitos: viabilidade econômica, adequação ambiental, justiça social e aceitação cultural.  Para poder atender esses requisitos, empresas do setor da construção civil perceberão que o alumínio era o material ideal para corresponder com o conceito de sustentável, inclusive sendo aplicado como solução dos “Green Buildings”, como foi conceituado no 7º Congresso Internacional do Alumínio que aconteceu no último dia 7 de junho.
Hoje, cerca de 25% dos novos empreendimentos utilizam esquadrias de alumínios e empresas como a Sales Metal tem se dedicado para trazer novas formas deste material para atender toda a demanda da construção civil, como esquadrias , fachadas , portões , entre outras estruturas que podem ser empregadas o alumínio.
Hoje, 99% do alumínio utilizado na construção civil é fabricado no Brasil, mas esta demanda deve aumentar. Segundo a Associação Brasileira de Alumínio (ABAL), o Brasil é o nono maior produtor de alumínio primário, depois de China, Rússia, Canadá, Emirados Árabes , Austrália, Estados Unidos, Índia e Noruega e também o quarto produtor de bauxita, atrás apenas de Austrália, Indonésia e China. Além de ser o terceiro produtor de alumina, atrás de China e Austrália.
O Brasil deve crescer no setor de produção de alumínio, já que é uma solução para que a construção civil possa alavancar a economia do país novamente. Mas o governo precisa dar condições para produzir o alumínio primário. O Brasil tem a terceira maior reserva de Bauxita do mundo, mas é preciso incentivar a produção de alumínio primário.
Fonte:  Terra

Prejuízo da CSN diminui 81% no 3º trimestre e soma R$ 100 milhões

Prejuízo da CSN diminui 81% no 3º trimestre e soma R$ 100 milhões

A CSN teve prejuízo líquido de R$ 100 milhões no terceiro trimestre deste ano, uma redução de 81% em relação ao mesmo período de 2015, quando a cifra foi de R$ 533 milhões. Porém, ante o segundo trimestre, quando o resultado havia sido negativo em R$ 43 milhões, houve aumento do prejuízo em 131%. A perda reportada foi 56% menor do que a expectativa de quatro instituições financeiras consultadas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Estimativas de BTG Pactual, Citi, Itaú BBA e Morgan Stanley apontavam para uma perda de R$ 228 milhões.
No intervalo de julho a setembro, a CSN apurou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no critério ajustado de R$ 1,239 bilhão, o que representa aumento de 45%, com margem Ebitda ajustada de 26,2%, acima dos 19,9% do terceiro trimestre de 2015 e do indicador de 18,7% do segundo trimestre de 2016. Na comparação com as projeções, o Ebitda ficou 27% acima das projeções, que indicavam R$ 970 milhões.
A receita líquida cresceu 12% para R$ 4,437 bilhões na comparação com o mesmo intervalo do ano passado e 2% ante o trimestre imediatamente anterior, o que a companhia atribui ao desempenho do segmento de mineração. Esse resultado veio em linha com as estimativas de mercado (R$ 4,38 bilhões). A dívida líquida ajustada teve alta de 10% sobre o terceiro trimestre de 2015, mas se manteve estável ante o segundo trimestre deste ano, totalizando R$ 25,842 bilhões. A alavancagem passou para 7,4x a relação dívida líquida sobre Ebitda – maior que a de 6,6x um ano atrás e menor que a de 8,3x do segundo trimestre.


Fonte: IstoÉDinheiro

Brasil dá os primeiros passos para a produção de superímãs

Brasil dá os primeiros passos para a produção de superímãs

Um cubo de 3 centímetros de lado foi provavelmente o primeiro ímã artificial construído com elementos minerais conhecidos como terras-raras sem nenhuma participação chinesa. Ele foi feito no Brasil, recentemente, em experiência laboratorial que integrou diversas instituições públicas e privadas, desde a extração do mineral, passando pelo isolamento das terras-raras do minério bruto, a formação de metais e ligas, até a composição do superímã – como é chamado o ímã artificial. “Já está grudando, quase como o dos concorrentes!”, escreveu, em e-mail a colegas do projeto, Paulo Wendhausen, professor à frente do Grupo de Materiais Magnéticos (Magma) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O experimento exige aperfeiçoamentos, mas foi um passo na conquista de tecnologia indispensável para a criação de produtos complexos como smartphones, carros elétricos e turbinas eólicas. Esse mercado pode significar US$ 1 bilhão ao ano em um horizonte próximo e uma maior autonomia e competitividade da indústria nacional, explica o professor Carlos Alberto Schneider, da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi). A base desses ímãs são as terras-raras, que existem no Brasil, são conhecidas há tempos, mas nunca antes isoladas dos minerais, como fazem os chineses, que dominam a tecnologia. Só no passado mais recente, foram feitos aqui investimentospara isolar esses elementos.
A CBMM, companhia localizada em Araxá (MG), já investiu R$ 80 milhões na planta-laboratório para separar as terras-raras de outros elementos de sua jazida, como o ferronióbio, que já é vendido mundo afora. O processo envolve elementos químicos e processos físicos para separação dos componentes, resultando nos elementos terras-raras isolados, com aspecto de areia. Segundo Tadeu Carneiro, presidente da CBMM, como o pirocloro extraído em Araxá traz o nióbio junto com as terras-raras, parte do custo de investimento já é coberto pelo primeiro minério, que tem mercado cativo, o que barateia sua extração. – O custo de extração é negativo. Ele está mesmo é na tecnologia – disse Carneiro. Apesar da conquista, a construção de superímãs a partir de terras-raras no país é uma tentativa que avança a passos lentos desde 2010. A iniciativa envolve governo federal, o estado de Minas Gerais e a Certi, em parceria com a UFSC e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo.
“É uma felicidade saber que chegamos ao objetivo, pelo menos do ponto de vista laboratorial: “Temos um ímã feito com terras-raras brasileiras. Com monazita de Araxá, com concentração e separação da CBMM, com redução no IPT e produção do ímã na UFSC. Sinto orgulho”, escreveu ao grupo Fernando Ladgraf, diretor-presidente do IPT. Essas conquistas despertaram o interesse da Alemanha, cujas indústrias consomem superímãs e que assinou acordos com o Brasil para que elas tenham acesso a esses insumos tecnológicos. Para saltar do laboratório para as indústrias e abocanhar um mercado de US$ 4 bilhões por ano dominado pela China, o processo demandará investimentos.
Empresas como WEG, Siemens e Bosch acompanham as experiências brasileiras na elaboração de superímãs. Para o governo brasileiro, o nióbio e as terras-raras são considerados “minérios do futuro”, que deverão ganhar políticas específicas. Segundo Miguel Nery, diretor da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o governo vem trabalhando para promover a integração da cadeia das terras-raras no médio prazo para enfrentar o monopólio chinês. – Investimentos públicos combinados aos privados têm permitido o desenvolvimento de tecnologia e produção de metais e, brevemente, isso levará aos ímãs em si – disse Nery. Em Araxá, encontra-se a mina de pirocloro, o insumo de onde se extrai o nióbio e as terras-raras.
Detentora de 80% da produção de ferronióbio do mundo, a CBMM sentiu o impacto da crise no preço do mineral. No ano passado, o lucro da companhia caiu mais de 10% em termos reais em relação a 2014. Mas essa crise não impediu a empresa de elevar o investimento em tecnologia – referente a 2% de seu faturamento de R$ 4,97 bilhões em 2015 – para isolar da produção de sua mina de 4 mil metros as terras-raras. – Somos uma empresa de mineração, mas nosso negócio está na tecnologia – disse o presidente da CBMM, empresa controlada pelo grupo Moreira Salles (70%) e com sócios asiáticos (30%) que não têm acessos aos seus segredos industriais. Em breve, deverá ser concluído projeto para construção de uma fábrica com custo estimado de R$ 80 milhões e capacidade de processar até cem toneladas de ímãs por ano. A fábrica deverá começar a operar parcialmente em 2018, explica Schneider, da Certi.
- Explorar esses ativos que temos disponíveis e processá-los, agregando valor, gera empresas e empregos para fazer carros elétricos, turbinas eólicas, entre outros produtos para os quais, hoje, o mundo depende dos chineses – disse Schneider. – Essa é uma questão de bilhões, que desperta sonhos na Alemanha, nos EUA e em tantos outros países. Segundo Carneiro, foi com investimentos em pesquisa que o Brasil se tornou monopolista na produção de nióbio no mundo, com 90% do mercado, apesar de haver outras 85 jazidas já identificadas em três continentes.
As vantagens do mineral, porém, já despertam a cobiça estrangeira. A maior mina brasileira de nióbio e terras-raras concorrente da CBMM, em Catalão (MG), foi vendida em abril pela AngloAmerican para a indústria chinesa CMOC. O negócio, que envolveu mina e plantas de processamento, foi de US$ 1,5 bilhão. – O nióbio é o único produto mineral em que o Brasil é campeão mundial, porque toda a tecnologia foi desenvolvida a partir daqui – disse José Fernando Coura, presidente do Instituto Brasileiro da Mineração (Ibram). *O repórter viajou a convite da CBMM Próxima Brasil dá os primeiros passos para a produção de superímãs


Fonte: http://oglobo.globo.com/economia/brasil-da-os-primeiros-passos-para-producao-de-superimas-20461249

Futuros do minério de ferro na China ampliam ganhos e têm máxima em 33 meses

Futuros do minério de ferro na China ampliam ganhos e têm máxima em 33 meses

Os contratos futuros do minério de ferro na China subiram para o maior nível em quase três anos nesta segunda-feira, apoiados pela força nos preços do aço e do carvão de coque. O contrato de minério de ferro mais negociado para janeiro na bolsa de commodities de Dalian fechou em alta de 4,1 por cento, a 627 iuanes (92 dólares) a tonelada, após tocar 656,50 iuanes, maior nível desde fevereiro de 2014.
O carvão de coque para janeiro em Dalian subiu 6,9 por cento, para 1.644 iuanes por tonelada, após tocar um recorde de 1.676 iuanes. ”O minério de ferro continuou a subir conforme as usinas buscam comprar minérios de média e alta qualidade para conter o impacto dos preços em alta do carvão de coque”, disse o analista Vivek Dhar, do Commonwealth Bank of Australia.
“A preferência por minério de ferro de melhor qualidade levou a uma falta do produto, com algumas usinas procurando até minérios de baixa qualidade como uma solução de baixo custo.” Os preços firmes do aço também têm apoiado o apetite pelo minério de ferro, com uma série de grandes usinas de aço chinesas elevando seus preços para meados de novembro em entre 400 e 500 iuanes por tonelada, segundo o The Steel Index.


Fonte: Reuters

sábado, 12 de novembro de 2016

Como se forma o ouro? Como são descobertas novas jazidas

Como se forma o ouro? Como são descobertas novas jazidas

Esse metal raro e precioso surgiu do mesmo jeito que todos os outros elementos químicos: por causa de uma fusão nuclear. “No período de formação do Sistema Solar, 15 bilhões de anos atrás, núcleos dos átomos de hidrogênio e hélio, os elementos mais simples, combinaram-se a altíssimas temperaturas, dando origem a elementos mais complexos, como o ouro”, afirma o geólogo Roberto Perez Xavier, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Na Terra, formada há 4,5 bilhões de anos, o ouro apareceu na forma de átomos alojados na estrutura de outros minerais. Mas a quantidade é muito pequena. Para se ter uma idéia, na crosta terreste – a camada mais superficial do planeta – em cada bilhão de átomos, apenas cinco são de ouro. As jazidas apareceram milhões de anos atrás, criadas pela ação de processos geológicos que modificaram a cara da superfície terrestre, como vulcões e erosões.
O resultado é que o ouro hoje pode ser encontrado e extraído tanto de minas subterrâneas – a até 1,5 quilômetro de profundidade – quanto de minas e garimpos a céu aberto – onde o metal é retirado a apenas 50 metros da superfície – ou mesmo do leito de um rio. Quando uma rocha contendo ouro é encontrada, ela precisa ser tratada quimicamente para que o mineral se separe de outros elementos. “Nas jazidas, a concentração de ouro é de apenas alguns gramas por tonelada extraída”, afirma Roberto. Não é à toa que a produção mundial é pequena: cerca de 2 500 toneladas por ano. Para encontrar novos depósitos de ouro, os geólogos precisam de um arsenal de informação. “Primeiro, imagens de satélite apontam, no terreno, ou falhas geológicas ou a presença de certos minerais e rochas que indicam a ocorrência de uma jazida. Depois, é preciso fazer um mapeamento geológico da região, com coleta de amostras de rochas, solo e sedimentos para analisar as áreas que podem ter o metal. Se houver alguma certeza, é hora de furar o terreno. Aí, uma boa dose de sorte também ajuda”, diz Roberto.