terça-feira, 15 de novembro de 2016

Mudança de governo pode beneficiar setores de petróleo e carvão nos EUA

Mudança de governo pode beneficiar setores de petróleo e carvão nos EUA

A vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos promete alívio para as mineradoras de carvão do país, um impulso para as empresas americanas de petróleo e mais incertezas para as petrolíferas ocidentais que planejam voltar ao Irã, tudo isso em vista das promessas de Trump de reverter oito anos de política energética do governo Obama.
Trump quase nunca detalhou sua política energética, mas seu objetivo é claro. Ele disse que iria revogar leis que pressionassem os setores de carvão e petróleo, que encerraria a participação dos EUA nos esforços globais para conter as mudanças climáticas e reavaliaria o acordo que suspendeu as sanções ao Irã.
As ideias de Trump para o setor de energia “são basicamente a antítese das do governo atual”, afirmou a consultoria JBC Energy. A vitória de Trump deve ser vista como positiva para as petrolíferas americanas, diz Alexandre Andlauer, líder de petróleo e gás da firma de pesquisa Alphavalue. O presidente eleito prometeu reduzir regulações, eliminar os limites impostos sobre a mineração e exploração de petróleo em terras federais e investir em infraestrutura, como dutos de petróleo e gás natural.
“Em termos relativos, o setor de petróleo e gás é o óbvio vencedor com o novo presidente. Empresas de dutos e prestadores de serviços, em primeiro lugar, depois as empresas de xisto, seguidas pelas tradicionais”, diz Andlauer. “As petrolíferas americanas têm um futuro melhor hoje do que ontem.”
Algumas das mudanças mais drásticas prometidas por Trump estão no setor de carvão, que ainda é a principal fonte de energia do país, juntamente com o gás, mas tem sido atingido por uma onda de pedidos de recuperação judicial, incluindo a da maior mineradora americana, a Peabody Energy Corp. Trump prometeu reverter esse declínio, anulando uma série de regulações que abalaram o setor, como a Lei de Usinas Limpas e a Lei do Ar Limpo, e foram responsáveis pelo fechamento de muitas usinas movidas a carvão, reduzindo a demanda pela commodity. “Vamos pôr nossas mineradoras e siderúrgicas de volta ao trabalho”, disse Trump a uma audiência de empresários do Detroit Economic Club, no início do ano.
Mas muitas dessas promessas podem ser difíceis de cumprir. Um novo presidente não pode facilmente extinguir leis. Além disso, muitos dos problemas do setor de carvão vão além da política americana, dependendo de tendências mundiais que devem persistir sejam quais forem as medidas adotadas por Trump.
O novo governo pode também criar subsídios para as mineradoras, diz Tom Pugh, analista da consultoria Capital Economics. “Ele prometeu reviver o setor de carvão, o que implica apoiar as mineradoras em dificuldades para impulsionar a oferta”, diz.
O apoio de Trump ao carvão pode afetar os produtores de gás natural dos EUA, cujo aumento de produção visto nos últimos anos ajudou a derrubar a indústria carvoeira.
Um estímulo à produção doméstica de carvão poderia liberar gás americano para exportação, direcionando o combustível para mercados já muito abastecidos, como a Europa, ou deprimir ainda mais os preços baixos do gás em função do excesso de oferta global. Incertezas quanto à política externa de Trump também alimentam uma grande instabilidade no setor petrolífero. Trump é um forte crítico do acordo promovido por Obama para suspender as sanções ocidentais impostas ao Irã em troca da redução do programa nuclear do país.
 Antes de tomar uma decisão sobre o Irã, as petrolíferas ocidentais vinham esperando pelo resultado das eleições porque não queriam entrar em conflito com sanções americanas ainda em vigor ligadas ao terrorismo e armas. Uma exceção foi a francesa Total SA, que na terça-feira anunciou um acordo de US$ 4,8 bilhões para desenvolver um campo marítimo de gás na parte iraniana do Golfo Pérsico.
Um executivo de outra empresa europeia que está tentando fazer uma parceria com petrolíferas do Irã disse que será difícil seguir os passos da Total depois da vitória de Trump. “Tudo vai desacelerar”, disse ele. Os mercados de mineração reagiram positivamente à vitória de Trump. Os preços das ações das mineradoras subiram nas bolsas, ajudadas por apostas dos investidores nas promessas de Trump de reviver e reabilitar o setor de manufatura do país. “O mercado está dizendo que o setor de mineração é o grande beneficiado pela vitória de Trump, especialmente os metais preciosos”, diz Jeremy Wrathall, analista sênior da Investec Securities.
Além disso, a desvalorização do dólar está permitindo que as commodities fiquem mais baratas, atraindo compradores. A oposição de Trump a acordos internacionais e o que os analistas chamam de falta de clareza de políticas, no entanto, podem desacelerar o crescimento econômico global e derrubar os preços das commodities. “A incerteza sobre quem será o presidente foi substituída pelo risco e isso afetará todas as classes de ativos, incluindo as commodities”, diz Neil Williams, economista-chefe da gestora Hermès Investment Management.
A incerteza em relação ao Irã, por exemplo, derrubou os preços das ações das petrolíferas globais durante o pregão de ontem.


Fonte: WSJ

Alumínio ganha força na construção civil e ajuda a economia do país

Alumínio ganha força na construção civil e ajuda a economia do país

O grande desafio nos dias atuais dos engenheiros e arquitetos é desenvolver projetos sustentáveis. O Desenvolvimento Sustentável foi apresentado pela primeira vez por volta da década de 80, citado no relatório Brundtland. Mas foi em 1992 que o conceito realmente ganhou forma no ECO-92, na Conferência das Nações Unidas que debateram sobre o meio ambiente.
Desde lá, a construção civil está se desenvolvendo para criar cada vez mais projetos que diminuam o impacto no meio ambiente. Para ser considerado sustentável, o projeto deve atender quatro requisitos: viabilidade econômica, adequação ambiental, justiça social e aceitação cultural.  Para poder atender esses requisitos, empresas do setor da construção civil perceberão que o alumínio era o material ideal para corresponder com o conceito de sustentável, inclusive sendo aplicado como solução dos “Green Buildings”, como foi conceituado no 7º Congresso Internacional do Alumínio que aconteceu no último dia 7 de junho.
Hoje, cerca de 25% dos novos empreendimentos utilizam esquadrias de alumínios e empresas como a Sales Metal tem se dedicado para trazer novas formas deste material para atender toda a demanda da construção civil, como esquadrias , fachadas , portões , entre outras estruturas que podem ser empregadas o alumínio.
Hoje, 99% do alumínio utilizado na construção civil é fabricado no Brasil, mas esta demanda deve aumentar. Segundo a Associação Brasileira de Alumínio (ABAL), o Brasil é o nono maior produtor de alumínio primário, depois de China, Rússia, Canadá, Emirados Árabes , Austrália, Estados Unidos, Índia e Noruega e também o quarto produtor de bauxita, atrás apenas de Austrália, Indonésia e China. Além de ser o terceiro produtor de alumina, atrás de China e Austrália.
O Brasil deve crescer no setor de produção de alumínio, já que é uma solução para que a construção civil possa alavancar a economia do país novamente. Mas o governo precisa dar condições para produzir o alumínio primário. O Brasil tem a terceira maior reserva de Bauxita do mundo, mas é preciso incentivar a produção de alumínio primário.
Fonte:  Terra

Prejuízo da CSN diminui 81% no 3º trimestre e soma R$ 100 milhões

Prejuízo da CSN diminui 81% no 3º trimestre e soma R$ 100 milhões

A CSN teve prejuízo líquido de R$ 100 milhões no terceiro trimestre deste ano, uma redução de 81% em relação ao mesmo período de 2015, quando a cifra foi de R$ 533 milhões. Porém, ante o segundo trimestre, quando o resultado havia sido negativo em R$ 43 milhões, houve aumento do prejuízo em 131%. A perda reportada foi 56% menor do que a expectativa de quatro instituições financeiras consultadas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Estimativas de BTG Pactual, Citi, Itaú BBA e Morgan Stanley apontavam para uma perda de R$ 228 milhões.
No intervalo de julho a setembro, a CSN apurou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no critério ajustado de R$ 1,239 bilhão, o que representa aumento de 45%, com margem Ebitda ajustada de 26,2%, acima dos 19,9% do terceiro trimestre de 2015 e do indicador de 18,7% do segundo trimestre de 2016. Na comparação com as projeções, o Ebitda ficou 27% acima das projeções, que indicavam R$ 970 milhões.
A receita líquida cresceu 12% para R$ 4,437 bilhões na comparação com o mesmo intervalo do ano passado e 2% ante o trimestre imediatamente anterior, o que a companhia atribui ao desempenho do segmento de mineração. Esse resultado veio em linha com as estimativas de mercado (R$ 4,38 bilhões). A dívida líquida ajustada teve alta de 10% sobre o terceiro trimestre de 2015, mas se manteve estável ante o segundo trimestre deste ano, totalizando R$ 25,842 bilhões. A alavancagem passou para 7,4x a relação dívida líquida sobre Ebitda – maior que a de 6,6x um ano atrás e menor que a de 8,3x do segundo trimestre.


Fonte: IstoÉDinheiro

Brasil dá os primeiros passos para a produção de superímãs

Brasil dá os primeiros passos para a produção de superímãs

Um cubo de 3 centímetros de lado foi provavelmente o primeiro ímã artificial construído com elementos minerais conhecidos como terras-raras sem nenhuma participação chinesa. Ele foi feito no Brasil, recentemente, em experiência laboratorial que integrou diversas instituições públicas e privadas, desde a extração do mineral, passando pelo isolamento das terras-raras do minério bruto, a formação de metais e ligas, até a composição do superímã – como é chamado o ímã artificial. “Já está grudando, quase como o dos concorrentes!”, escreveu, em e-mail a colegas do projeto, Paulo Wendhausen, professor à frente do Grupo de Materiais Magnéticos (Magma) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O experimento exige aperfeiçoamentos, mas foi um passo na conquista de tecnologia indispensável para a criação de produtos complexos como smartphones, carros elétricos e turbinas eólicas. Esse mercado pode significar US$ 1 bilhão ao ano em um horizonte próximo e uma maior autonomia e competitividade da indústria nacional, explica o professor Carlos Alberto Schneider, da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi). A base desses ímãs são as terras-raras, que existem no Brasil, são conhecidas há tempos, mas nunca antes isoladas dos minerais, como fazem os chineses, que dominam a tecnologia. Só no passado mais recente, foram feitos aqui investimentospara isolar esses elementos.
A CBMM, companhia localizada em Araxá (MG), já investiu R$ 80 milhões na planta-laboratório para separar as terras-raras de outros elementos de sua jazida, como o ferronióbio, que já é vendido mundo afora. O processo envolve elementos químicos e processos físicos para separação dos componentes, resultando nos elementos terras-raras isolados, com aspecto de areia. Segundo Tadeu Carneiro, presidente da CBMM, como o pirocloro extraído em Araxá traz o nióbio junto com as terras-raras, parte do custo de investimento já é coberto pelo primeiro minério, que tem mercado cativo, o que barateia sua extração. – O custo de extração é negativo. Ele está mesmo é na tecnologia – disse Carneiro. Apesar da conquista, a construção de superímãs a partir de terras-raras no país é uma tentativa que avança a passos lentos desde 2010. A iniciativa envolve governo federal, o estado de Minas Gerais e a Certi, em parceria com a UFSC e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo.
“É uma felicidade saber que chegamos ao objetivo, pelo menos do ponto de vista laboratorial: “Temos um ímã feito com terras-raras brasileiras. Com monazita de Araxá, com concentração e separação da CBMM, com redução no IPT e produção do ímã na UFSC. Sinto orgulho”, escreveu ao grupo Fernando Ladgraf, diretor-presidente do IPT. Essas conquistas despertaram o interesse da Alemanha, cujas indústrias consomem superímãs e que assinou acordos com o Brasil para que elas tenham acesso a esses insumos tecnológicos. Para saltar do laboratório para as indústrias e abocanhar um mercado de US$ 4 bilhões por ano dominado pela China, o processo demandará investimentos.
Empresas como WEG, Siemens e Bosch acompanham as experiências brasileiras na elaboração de superímãs. Para o governo brasileiro, o nióbio e as terras-raras são considerados “minérios do futuro”, que deverão ganhar políticas específicas. Segundo Miguel Nery, diretor da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o governo vem trabalhando para promover a integração da cadeia das terras-raras no médio prazo para enfrentar o monopólio chinês. – Investimentos públicos combinados aos privados têm permitido o desenvolvimento de tecnologia e produção de metais e, brevemente, isso levará aos ímãs em si – disse Nery. Em Araxá, encontra-se a mina de pirocloro, o insumo de onde se extrai o nióbio e as terras-raras.
Detentora de 80% da produção de ferronióbio do mundo, a CBMM sentiu o impacto da crise no preço do mineral. No ano passado, o lucro da companhia caiu mais de 10% em termos reais em relação a 2014. Mas essa crise não impediu a empresa de elevar o investimento em tecnologia – referente a 2% de seu faturamento de R$ 4,97 bilhões em 2015 – para isolar da produção de sua mina de 4 mil metros as terras-raras. – Somos uma empresa de mineração, mas nosso negócio está na tecnologia – disse o presidente da CBMM, empresa controlada pelo grupo Moreira Salles (70%) e com sócios asiáticos (30%) que não têm acessos aos seus segredos industriais. Em breve, deverá ser concluído projeto para construção de uma fábrica com custo estimado de R$ 80 milhões e capacidade de processar até cem toneladas de ímãs por ano. A fábrica deverá começar a operar parcialmente em 2018, explica Schneider, da Certi.
- Explorar esses ativos que temos disponíveis e processá-los, agregando valor, gera empresas e empregos para fazer carros elétricos, turbinas eólicas, entre outros produtos para os quais, hoje, o mundo depende dos chineses – disse Schneider. – Essa é uma questão de bilhões, que desperta sonhos na Alemanha, nos EUA e em tantos outros países. Segundo Carneiro, foi com investimentos em pesquisa que o Brasil se tornou monopolista na produção de nióbio no mundo, com 90% do mercado, apesar de haver outras 85 jazidas já identificadas em três continentes.
As vantagens do mineral, porém, já despertam a cobiça estrangeira. A maior mina brasileira de nióbio e terras-raras concorrente da CBMM, em Catalão (MG), foi vendida em abril pela AngloAmerican para a indústria chinesa CMOC. O negócio, que envolveu mina e plantas de processamento, foi de US$ 1,5 bilhão. – O nióbio é o único produto mineral em que o Brasil é campeão mundial, porque toda a tecnologia foi desenvolvida a partir daqui – disse José Fernando Coura, presidente do Instituto Brasileiro da Mineração (Ibram). *O repórter viajou a convite da CBMM Próxima Brasil dá os primeiros passos para a produção de superímãs


Fonte: http://oglobo.globo.com/economia/brasil-da-os-primeiros-passos-para-producao-de-superimas-20461249

Futuros do minério de ferro na China ampliam ganhos e têm máxima em 33 meses

Futuros do minério de ferro na China ampliam ganhos e têm máxima em 33 meses

Os contratos futuros do minério de ferro na China subiram para o maior nível em quase três anos nesta segunda-feira, apoiados pela força nos preços do aço e do carvão de coque. O contrato de minério de ferro mais negociado para janeiro na bolsa de commodities de Dalian fechou em alta de 4,1 por cento, a 627 iuanes (92 dólares) a tonelada, após tocar 656,50 iuanes, maior nível desde fevereiro de 2014.
O carvão de coque para janeiro em Dalian subiu 6,9 por cento, para 1.644 iuanes por tonelada, após tocar um recorde de 1.676 iuanes. ”O minério de ferro continuou a subir conforme as usinas buscam comprar minérios de média e alta qualidade para conter o impacto dos preços em alta do carvão de coque”, disse o analista Vivek Dhar, do Commonwealth Bank of Australia.
“A preferência por minério de ferro de melhor qualidade levou a uma falta do produto, com algumas usinas procurando até minérios de baixa qualidade como uma solução de baixo custo.” Os preços firmes do aço também têm apoiado o apetite pelo minério de ferro, com uma série de grandes usinas de aço chinesas elevando seus preços para meados de novembro em entre 400 e 500 iuanes por tonelada, segundo o The Steel Index.


Fonte: Reuters