sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Turmalina Paraíba, uma das gemas mais caras do mundo

Turmalina Paraíba, uma das gemas mais caras do mundo







Por Pedro Jacobi 
 


Talvez você, como muitos, já deve ter se perguntado, em algum momento de sua vida - afinal, o que é essa tal de Turmalina Paraíba e por que ela é uma das gemas mais caras do mundo?

A resposta, é lógico, está na sua raridade e beleza. Uma das características dessa gema é a sua cor brilhante, vívida, quase um neon que só é salientada após a lapidação.

Do ponto de vista técnico ela é uma variedade cuprífera de elbaíta, uma variedade de turmalina cuja fórmula é Na(Li,Al)3Al6B3.Si6O27(OH,F)4. O nome Paraíba vem da primeira localidade onde essa turmalina foi descoberta.
Segundo a lenda a turmalina Paraíba foi descoberta por Heitor Dimas Barbosa em 1981. Heitor passou anos escavando um pegmatito próximo da Vila S. José da Batalha, acreditando que debaixo do morro chamado Paraíba existia algo diferente.
Somente em 1989, Heitor conseguiu o primeiro lote de pedras de qualidade. As cores eram extraordinárias nunca vistas antes em nenhuma outra turmalina: estava descoberta uma das gemas mais preciosas do mundo.
As cores são variadas, mas a clássica é o azul neon cor gerada pelo conteúdo de cobre do manganês na estrutura cristalina da turmalina.

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As brasileiras clássicas com seus tons de azulAcima Turmalinas Paraíba vindas da África com diversas colorações

A cor e seu brilho extraordinário são realçados após a lapidação e pelo aquecimento. O aquecimento da turmalina é feito para que a cor alcance o seus tons mais vívidos, a sua principal característica.
As Turmalinas Paraíba brasileiras são raras e, geralmente, pequenas. As estatísticas mostram que são necessárias 2.000 toneladas de material para produzir 40 quilates. O que é pior, aa minas brasileiras já estão praticamente exauridas.

O preço do quilate varia de acordo com a cor, tamanho, transparência, ausência de inclusões e lapidação. Em geral é comum ver preços acima de US$10.000 por quilate em pedras de bom tamanho.

No entanto uma nova descoberta está fazendo as Paraíbas mudarem de continente...

A Paraíba na África:

Mais recentemente, em 2001, foram descobertas turmalinas “Paraíba”na Nigéria e em Moçambique. Essas novas descobertas geraram muitas polêmicas sobre o termo Paraíba. Os gemólogos estavam propensos a chamar a gema de Elbaíta Cuprífera. Mas em 2006 foi decidido que todas as turmalinas tipo elbaita com cobre deveriam ser chamadas de Turmalinas Paraíba ou tipo Paraíba.
As turmalinas vindas da África não podem ser diferenciadas das brasileiras. Somente com estudos químicos foi possível identificar a “digital química” destas turmalinas que realmente tem alguns elementos traços um pouco diferentes.
O que, no entanto, preocupa é que as Paraíbas africanas são muito maiores do que as brasileiras e podem ser produzidas em maiores quantidades o que vai acabar afetando os preços do quilate. Aqui é raro uma Turmalina Paraíba com mais de cinco quilates enquanto que na África estão surgindo várias acima de dez quilates sendo que é de Moçambique a maior Paraíba lapidada do mundo (foto).

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Uma Turmalina Paraíba rara com 14,2 quilates de Moçambique57,19 quilates de Moçambique é a maior Turmalina Paraíba lapidada 
do mundo e pode valer mais de 25 milhões de dólares.


Fotos: Wimon Manorotkul


Diamante: o tesouro da terra

Diamante: o tesouro da terra

 Fonte=Ciência e tecnologia
planeta Terra é o carbono e que, devido às suas propriedades químicas peculiares, forma um dos minerais mais fascinantes e intrigantes conhecidos pelo homem: o diamante.
O nome vem do grego “adamas” que significa o invencível, o indomável. Foi descoberto supostamente na Índia onde os nativos hindus já conheciam a pedra no oitavo século antes de Cristo, conforme registros encontrados nos textos Sânscritos “Arthasastra e Ratnapariska”.
Quais são as características que este mineral possui e que muitas vezes é insubstituível na indústria e que provoca tanto fascínio quando cravado em uma joia? Qual a sua origem? Será que existem diamantes fora do planeta Terra? Nesta matéria, por enquanto, será abordado somente as principais propriedades deste mineral e o que o faz tão fascinante e intrigante no mundo mineral.

Do que é feito o diamante?

O diamante é um dos três minerais compostos de carbono em estado puro. Os outros dois correspondem à grafita e à lonsdaleíta. Este último é muito raro, muitas vezes conhecido como diamante do tipo III, é menos estável e associa-se a choques de meteoritos, sendo que sua origem não está ligada a processos internos da Terra. Desses três o mais comum é a grafita, totalmente oposta ao diamante quanto às propriedades físicas, possuindo dureza menor e coloração cinza/negra opaca. Esta diferença é devido à estrutura cristalina, ou seja, diferentes arranjos dos átomos de carbono formando simetrias distintas.
Figura 1 – Estruturas cristalinas do diamante (a), da grafita (b) e da lonsdaleíta (c). (Fonte: Harlow, G. E. “What is Diamond?” in: Harlow, GE. E (ed.), The Nature of diamond. Cambridge: University of Cambridge, 1998).
Figura 1 – Estruturas cristalinas do diamante (a), da grafita (b) e da lonsdaleíta (c). (Fonte: Harlow, G. E. “What is Diamond?” in: Harlow, GE. E (ed.), The Nature of diamond. Cambridge: University of Cambridge, 1998).
A grafita possui simetria hexagonal, onde os anéis hexagonais estão contidos num mesmo plano formando lâminas que se sobrepõem umas às outras, possuindo ligações covalentes somente em alguns desses planos. Enquanto o diamante exibe simetria cúbica, onde cada átomo de carbono está ligado por ligações covalentes a outros quatro átomos desse mesmo elemento químico, os quais não estão contidos em um mesmo plano (Figura 1). Este maior empacotamento dos átomos da estrutura cristalina do diamante, consequência das condições especiais de sua formação, lhe confere propriedades únicas, como alta dureza, condutividade térmica e características óticas.
O diamante é a substância mais dura conhecida, 10 na escala de Mohs, tendo grandes aplicações industriais. Em um mesmo cristal há direções em que esta dureza é um pouco menor, as quais são utilizadas pelos lapidadores no momento de corte da pedra. Sua morfologia externa, a qual é influenciada pela sua estrutura interna, lhe confere grande importância econômica. A forma como um mineral usualmente se cristaliza é chamada de hábito, o mais comum nos diamantes é o octaedro, sendo outros também observados como cubos, dodecaedros rômbicos e trioctaedros, além de combinações dos mesmos.
No diamante observa-se a ocorrências de cavidades de dissolução (ou trígonos). São cavidades de forma triangular que ocorrem nas faces octaédricas dos cristais (Figura 2). Esta característica ajuda na identificação deste mineral e permite a sua orientação no momento da lapidação.
Figura 2 – Cristal octaédrico de diamante com trígonos de cristalização, com 17,8 quilates (aproximadamente 10X10 mm), proveniente de um garimpo de Mato Grosso. Fotografia de Marcelo Lerner (Fonte: Cornejo, C., Andrea, B. Minerais e pedras preciosas do Brasil. São Paulo: Editora Solaris. 2010. 704p).
O seu brilho inconfundível vem do seu alto índice de refração (2,4175), o que significa que a luz percorre seu interior cerca de 2,4 vezes mais lentamente do que no vácuo. Já o seu índice de dispersão (quando a luz entra no cristal, além de refratada, ela é decomposta, e a diferença entre o índice de refração entre o vermelho e o violeta caracteriza esta propriedade) também é relativamente alto (0,044), proporcionado um imponente jogo de cores conhecido como “fogo”.
As cores nos diamantes estão muitas vezes relacionadas às impurezas presentes em sua estrutura, gerando uma concentração dos chamados “centros de cor”. Por exemplo, o nitrogênio na rede cristalina deste mineral pode proporcionar cores amareladas ou mesmo não influenciar na cor, já o boro dá origem às tonalidades azuis. A origem das cores rosa, vermelha e púrpura ainda não foram totalmente determinadas, mas supõe-se que estejam relacionadas a deformações da estrutura cristalina do diamante, as quais provocam uma absorção seletiva da luz pelo cristal. A coloração negra é devido às inúmeras inclusões dessa mesma cor, provavelmente grafita, enquanto que a cor verde é possivelmente causada por radioatividade natural, embora existam muitas outras hipóteses sobre a origem desta coloração (Figura 3).
Sua transparência, assim como de qualquer outro mineral, está relacionada à quantidade de inclusões dentro do cristal, ou seja, quanto maior as quantidades de inclusões mais opaco será o cristal. São raros os diamantes que apresentam pouca ou nenhuma inclusão, quanto maior a pedra mais difícil de ser livre de impurezas. Normalmente os diamantes com alto grau de transparência são lapidados para serem usados como joias.
Figura 3 – Diversidade de cores, formatos e qualidades do diamante brasileiro. Fotografia do gemólogo Daniel Berringer (Fonte: Cornejo, C., Andrea, B. Minerais e pedras preciosas do Brasil. São Paulo: Editora Solaris. 2010. 704p).
Figura 3 – Diversidade de cores, formatos e qualidades do diamante brasileiro. Fotografia do gemólogo Daniel Berringer (Fonte: Cornejo, C., Andrea, B. Minerais e pedras preciosas do Brasil. São Paulo: Editora Solaris. 2010. 704p).
Outra propriedade importante e que ajuda na identificação desta pedra é a fluorescência/fosforescência. São fenômenos ligados à luminescência (emissão de luz visível por um mineral exposto a alguma excitação) geralmente causada, neste caso, pela exposição à luz ultravioleta. Apenas dois terços dos diamantes apresentam fluorescência, que consiste na emissão de luz somente enquanto o material é excitado. Já na fosforescência a emissão de luz continua após o encerramento da excitação do material, e está presente em raríssimos diamantes.
Além de todas estas propriedades fascinantes que proporcionam vastas aplicações tanto na indústria como na joalheria, o diamante nos traz importantes informações sobre o local onde foi formado: o manto terrestre. As inclusões em diamantes são estudadas principalmente por conterem informações como idade, composição, pressão, temperatura e até movimentos do manto, sobre as porções mais profundas da Terra onde ainda não há o acesso direto. Este mineral pode ser transportado desde o manto inferior até regiões próximas à superfície e as inclusões minerais podem ficar intactas, ao contrário de outros minerais que podem ser re-equilibrados e/ou modificados em pressões e temperaturas mais baixas. Os diamantes representam, portanto, amostras diretas e únicas do manto inferior.
Devido a essas características admiráveis associadas às ideias de magia, poder, riqueza e amor eterno é que os diamantes são considerados lendas, tesouros da terra e que de acordo com uma das frases mais célebres da história: “Diamonds are Forever”.


5 itens muito (muito) caros e um bônus


5 itens muito (muito) caros e um bônus

POR Redação Super
À medida que você for rolando a página em direção aos primeiros números desta lista, você vai sentir seu salário parecer cada vez menor. A maioria desses produtos não pode ser comprada por nós, meros trabalhadores assalariados – e vários itens nem teriam utilidades em nossa casa. A substância mais acessível (talvez a única) da lista para nós é a bônus e, no entanto, ela é ilegal. Ficou curioso? Conheça 5 produtos que custam muito (muito) dinheiro:
5. Trítio – 30 mil dólares/ grama
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O trítio é o terceiro isótopo do hidrogênio, o mais raro dos três e o único radioativo. Sabe aquelas luzes de emergência, de sinalização de saída e até mesmo do seu relógio digital, que brilham no escuro? Pois é, só são possíveis graças ao trítio. Infelizmente, a mesma substância que pode te guiar no escurinho do cinema, também pode ser bem útil para armas nucleares, o que ajuda a explicar seu preço altíssimo.
4. Pedras preciosas – cerca de 100 mil dólares (200 mil reais)/ grama
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Várias pedras preciosas apresentam valores altos e que podem ficar ainda maiores quando um colecionador deseja muito obter determinada peça rara. Entre essas valiosas gemas, destacamos a turmalina paraíba (na foto acima), a jadeíta e a serendibite. A turmalina paraíba é considerada uma das gemas mais raras e só pode ser encontrada em cinco minas no mundo, três delas no Brasil. As pedras de cor azul vivo costumam custar cerca de 100 mil dólares por grama, mas algumas peças maiores podem custar o dobro disso. A jadeíta, o tipo mais raro e caro de jade, também se encontra na mesma faixa de preço quando a gema é considerada de alta qualidade e de cor verde forte. A serendibite, por sua vez, é uma gema rara encontrada no Sri Lanka, cujos preços podem variar muito, sendo que pedras de maior qualidade ficam em torno de 70 mil/ grama. Você deve estar se perguntando: “cadê o diamante?”. Bom, esse merece um lugar à parte na lista.
3. Diamante – de (cerca de) 20 mil a 7,2 milhões de dólares (14,4 milhões de reais, aproximadamente)/ grama
Diamonds
Assim como no caso de outras gemas, o preço de um diamante varia bastante, dependendo da cor, formato, claridade e corte da pedra. Há também uma distinção entre o custo de um diamante feito sinteticamente e um natural, ainda que suas características sejam praticamente as mesmas. A gema de maior valor entre as cores mais comuns normalmente é a azul, que costuma custar entre 34 mil e 56 mil dólares por grama. Diamantes azuis naturais, por sua vez, são muito raros e podem chegar a custar 100 mil dólares o quilate (500 mil/grama). No entanto, a venda de pedras ainda mais raras, como a de gemas vermelhas, pode chegar a números muito mais exorbitantes. Foi o caso do leilão do diamante rosa de 60 quilates, chamado de “Pink Star”. A pedra foi vendida por 87,2 milhões de dólares, o que é equivalente a 7,2 milhões de dólares pagos por grama.
2. Califórnio – 27 milhões de dólares (54 milhões de reais)/ grama
Entre os elementos transurânicos – elementos químicos artificiais com número atômico maior do que o do urânio -, um dos poucos a ter aplicações práticas é o califórnio. O isótopo califórnio-252 é um dos mais utilizados, por ser um forte emissor de nêutrons, o que é útil para a inicialização de alguns reatores nucleares e também para a detecção de água, petróleo, ouro e prata. Pode também ser usado na radiografia com nêutrons e no tratamento de alguns tipos de câncer.
1. Antimatéria – estimado em 62,5 trilhões de dólares/ grama de anti-hidrogênio (cerca de 125 trilhões de reais/grama)
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A antimatéria é exatamente o que seu nome anuncia: o inverso da matéria. Ou seja, da mesma forma que a matéria é composta por átomos, formados por elétrons, prótons e nêutrons; a antimatéria se compõe de antiátomos, constituídos por antielétrons (elétrons com carga positiva), antiprótons (prótons com carga negativa) e antinêutrons (com carga nula). Em colisão, matéria e antimatéria se aniquilam uma a outra, gerando uma enorme quantidade de energia. A antimatéria é tida como uma grande promessa de combustível para viagens espaciais. No entanto, atualmente sua taxa de produção ao ano é de menos de 10 nanogramas, com a utilização de muita energia e muito, muito dinheiro.
Bônus: LSD – de 3 mil a 20 mil dólares/ grama
Entre o trítio e o LSD existem, lógico, vários materiais, como o plutônio e muitas pedras preciosas mais. No entanto, o bônus – e a surpresa – da lista fica com o alucinógeno, cujo grama é mais caro que o do ouro (cerca de $50/grama), da platina (cerca de $60/grama), do chifre de rinoceronte (cerca de $70/grama) e de muitas outras drogas. Obviamente, os preços de substâncias ilegais não são tabelados e podem variar muito de acordo com cada país e a dificuldade de acesso à substância. Na maioria dos lugares, o LSD (abreviação da palavra alemã para dietilamida de ácido lisérgico) é considerado uma droga barata; o que o traz para esta lista é o fato de seu preço, em gramas, ser alto. Isso porque um usuário desta droga só costuma ingerir, de cada vez, 0,0001 grama do ácido. Ou seja, apenas 1 grama de LSD pode oferecer 10 mil doses! Por isso, a droga famosa dos anos 60/70 – e muito utilizada até hoje -, lidera entre as substâncias recreacionais ilícitas no preço, ganhando até mesmo da famigerada “droga dos ricos”, a cocaína (que pode custar entre 100 e 300 dólares por grama).
Fontes: NASA; Mirror; Diamonds Nea; R7; Gemstones Advisor; CNN

Um oceano de… Diamante? Isso mesmo!

Nós estamos acostumados a ver diamantes sendo usados por nobres e pessoas ricas, adornando lindos pescoços de celebridades nas festas  de Hollywood e em exposição em museus.
Os diamantes são pequenas pedras caríssimas e o fato de serem altamente cobiçados pode ampliar o impacto de descobrir que no planeta Netuno, existem MARES DE DIAMANTES LÍQUIDOS, onde “icebergs”  de diamantes sólidos flutuam livremente em meio a tempestades espetaculares.
Parece coisa da imaginação fértil de um loouco ou das mais mentirosas histórias de ficção científica dos anos 50, mas o fato de que Netuno possui mares de diamantes líquido está cada vez se tornando mais plausível cientificamente falando.
O Diamante é considerado o material mais duro da Terra, mas sabe-se há algum tempo, que usando temperatura e pressão suficientes, é possível derreter um diamante e torná-lo líquido.
É possível “derreter” um diamante baixando dramaticamente a temperatura e pressão, mas isso exige um equipamento de alta tecnologia.
Na primeira vez que esta estranha experiência foi realizada, os cientistas no laboratório Nacional de Sandia nos EUA, queriam derreter o diamante sem que ele se tornasse grafite. Os cientistas conheciam o fato de que em elevadas temperaturas, o diamante sofre alterações em sua estrutura e torna-se grafite outra vez. Eles então usaram uma pressão 40 milhões de vezes superior à pressão atmosférica na Terra ao nível do mar. Então o diamante se liquefez. Em seguida, usando poderosos feixes de lasers, eles elevaram a temperatura gradualmente.
Então, os cientistas mudaram a pressão para apenas 11 milhões de vezes a pressão da Terra ao nível do mar. Em seguida, reduziram gradualmente a temperatura em 50.000 graus. Pequenos blocos de diamante sólido se formaram.  Os cientistas continuaram a baixar a pressão e temperatura gradualmente para estudar o que acontecia no diamante. Foi quando algo estranho aconteceu: Um microscópico pedaço de “iceberg de diamante” flutuou livremente no diamante líquido.  O diamante superaquecido e sob alta pressão comportou-se como a água.
Esta descoberta foi interessante porque sabemos que a maior parte dos materiais terrestres se torna mais densa quando sólidas. A água é um dos raros materiais na Terra que é uma excessão a esta regra, pois o gelo é menos denso que a água líquida e por isso, flutua.
A teoria de um oceano de diamante líquido atende e explica uma questão intrigante sobre a razão que leva aos polos magnéticos e geográficos do planeta Urano e Netuno não serem correspondentes. Mais de 10% da massa total de Urano e Netuno são compostas de carbono. Segundo os cientistas, um oceano de diamante líquido no local certo poderia desviar o curso do campo magnético do planeta, produzindo resultados mensuráveis em sua rotação.
Embora seja um assunto intrigante, este tipo de pesquisa é bem difícil de ser conduzida. Tanto simular o ambiente desses planetas em laboratório aqui na Terra quanto enviar uma sonda ou aparelho para os planetas, é algo que envolverá muito tempo, dinheiro  e muita pesquisa para que seja feito.
Netuno é o planeta mais distante do nosso sistema solar (desde que plutão foi destituído, se ferrou e deixou de ser considerado planeta) o que o coloca numa temperatura de cerca de -218 graus centígrados. Além de fio, ele é grande. Netuno é o quarto maior planeta em massa e o terceiro em diâmetro. Ele tem 15 vezes a massa da Terra.
fonte Super Gems

Cientistas transformam lixo nuclear em superbateria de diamante

Cientistas transformam lixo nuclear em superbateria de diamante

Imagine uma bateria que leva mais de 6 mil anos para acabar. Pesquisadores da Inglaterra querem fazer isso limpando lixo radioativo.

Cientistas provavelmente passam mais tempo se perguntando porque as baterias não duram mais do que o que vamos fazer com todo o lixo radioativo produzido por usinas nucleares. Mas um grupo de pesquisadores da Universidade de Bristol acha que pode ajudar a solucionar os dois problemas de uma vez.
Os cientistas desenvolveram um diamante sintético que é capaz de criar pequenas correntes de eletricidade simplesmente por estar próxima de uma fonte de radiação.
Para provar que o material funciona, eles usaram um isótopo instável de níquel – mas eles tem ideias bastante ambiciosas de onde encontrar outros materiais radioativos.
Uma das opções mais atraentes é o enorme estoque de carbono-14 que a Inglaterra, onde fica a Universidade, tem armazenada. Isso porque as plantas de energia nuclear do país usavam blocos de grafite como moderadores de reatores nucleares. O problema é que esse material também se torna reativo, pelo menos na superfície – e a Inglaterra acabou com 95 mil toneladas de grafite que precisa ser monitorado para não contaminar o ambiente.
Os cientistas pretendem incorporar esse mesmo carbono-14 dentro dos diamantes “elétricos”. Assim, reaproveitam lixo nuclear como fonte de radiação e geram energia, enquanto o diamante também funciona como proteção contra vazamento de radiação.
“O carbono-14 foi escolhido como matéria prima porque ele emite radiação de curto alcance. É perigosa se entrar em contato com a pele ou for ingerida, mas se ela foi contida com segurança no diamante, nenhuma radiação escapa”, afirmou Neil Fox, um dos pesquisadores, em um comunicado à imprensa.
A superbateria de diamante tem uma corrente elétrica baixa e uma capacidade menor que uma pilha AA, por exemplo, que é capaz de prover 700 joules por grama, e vem com 20 gramas. O problema é que, 24 horas depois, com uso contínuo, a pilha acaba.
Já o diamante tem energia pelo tempo que durar a radiação dentro dele. No caso do carbono-14, uma grama, segundo os cientistas, consegue prover 15 joules ao dia – todos os dias, rigorosamente, por 5.730 anos, que é a meia vida dele. Quase 6 milênios depois, então, o medidor de bateria mostraria “50%”, dizem os cientistas.
Se a bateria de diamante não pode, atualmente, prover energia para abastecer eletrodomésticos, os cientistas creem que ela pode se tornar uma alternativa para marca-passos, por exemplo, que têm baixo consumo de energia e precisam de baterias duráveis.
A longo prazo, os pesquisadores esperam desenvolver a tecnologia para satélites, drones de grande altitude e até naves espaciais, equipamentos bem mais inconvenientes de carregar do que os nossos smartphones.