quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Como funcionam os diamantes

Como funcionam os diamantes

Autor: 
Kevin Bonsor
Na próxima vez que você for ao shopping, dê uma passada em uma joalheria. Se você entrar na joalheria procurando por alguma peça de diamante, certamente o vendedor tentará lhe explicar os "4 princípios do diamante" - corteclaridadequilate e cor - e por que um diamante é melhor do que um outro que está exatamente a seu lado. Por que toda essa polêmica com relação aos diamantes?
Diamantes são apenas carbono em seu estado mais concentrado. É isso mesmo, carbono, o elemento que está presente em 18% do peso de nosso corpo. Em muitos países não existe pedra preciosa tão adorada quanto o diamante. Ele não é mais raro do que muitas outras pedras preciosas, mas continuam sendo mais caros porque a maioria dos mercados de diamante é controlada por uma única entidade.

Foto cedida por Smithsonian Institution/Chip Clark
Colar, brincos e anel de diamantes The Hooker expostos no National Museum of Natural History (Museu Nacional de História Natural)
Neste artigo, acompanharemos a trajetória de um diamante desde o momento em que ele se forma até quando chega à superfície daTerra. Também examinaremos a raridade artificial criada pelo cartel do diamante, De Beers, e discutiremos rapidamente as propriedades destas pedras preciosas.
Primeiro, iremos discutir o carbono, o elemento por trás do brilho dos diamantes.
Diamantes do espaço
Diamantes não são exclusivos da Terra. Cientistas acreditam que estas pedras poderão um dia ser encontradas na Lua. Amostras de rochas trazidas da Lua indicam que o carbono é 10 vezes mais abundante na crosta da Terra do que na lunar, de acordo com oProjeto Artêmis (site em inglês), um grupo cujo objetivo é estabelecer uma comunidade permanente na Lua. Mas este grupo acredita que podem existir diamantes embaixo da superfície da Lua que os astronautas da Apollo não conseguiram detectar.
Existem também evidências científicas de que diamantes possam ser encontrados em maior abundância em Netuno e Urano. Netuno e Urano contêm uma grande quantidade do gás hidrocarboneto metano. Pesquisadores da Universidade da Califórniamostraram que, ao concentrar um raio laser em metano líquido pressurizado, pode-se produzir pó de diamante. Netuno e Urano contêm cerca de 10 a 15% de metano embaixo de uma atmosfera externa de hidrogênio e hélio. Cientistas acreditam que este metano poderia se transformar em diamante em profundidades bem superficiais. Clique aqui (site em inglês) para aprender mais a respeito do experimento Berkeley.

Carbono e Kimberlito

Autor: 
Kevin Bonsor


carbono é um dos elementos mais comuns no mundo e é um dos quatro princípios básicos para a existência da vida. Os seres humanos contêm mais de 18% de carbono em seu corpo, e o ar que respiramos contém traços de carbono. Quando ocorre na natureza, o carbono existe em três formas básicas:
  • diamante: um cristal extremamente duro e claro;
     
  • grafite: um mineral preto e macio, feito de carbono puro. Sua estrutura molecular não é tão compacta quanto a do diamante, por isso é mais fraco;
     
  • fulerite: um mineral feito de moléculas perfeitamente esféricas, consistindo de exatamente 60 átomos de carbono. Esta alotropia foi descoberta em 1990.
Diamantes se formam a, aproximadamente, 161 km abaixo da superfície da Terra, na rocha derretida do manto da Terra, que proporciona a pressão e o calor adequados para transformar carbono em diamante. Para que um diamante seja criado, o carbono deve estar embaixo de, pelo menos, 435.113 libras por polegada quadrada (psi ou 30 kilobars) de pressão a uma temperatura de, pelo menos, 400º C. Se as condições estiverem abaixo destes dois pontos, será formado o grafite. Em profundidades de 150 km ou mais, a pressão vai para 725.189 psi (50 kilobars) e o calor pode exceder 1.200º C.

A maioria dos diamantes que vemos hoje foram formados há milhões (ou até bilhões) de anos. Poderosas erupções de magmatrouxeram os diamantes até a superfície, criando chaminés de kimberlito.
Kimberlito é um nome escolhido em homenagem a Kimberly, África do Sul, onde estas chaminés foram encontradas pela primeira vez. A maior parte destas erupções ocorreu entre 1.100 milhões e 20 milhões de anos atrás.

As chaminés de kimberlito foram criadas conforme o magma passava por profundas fraturas na Terra. O magma de dentro da chaminé de kimberlito funciona como um elevador, empurrando os diamantes e outras rochas e minerais pelo manto e crosta em poucas horas. Estas erupções eram breves, mas muitas vezes mais poderosas do que erupções vulcânicas que acontecem atualmente. O magma destas erupções foi originado em profundidades três vezes mais profundas do que a fonte de magma nos vulcões, como o Monte St. Helens, de acordo com o American Museum of Natural History (site em inglês).
Com o tempo, o magma esfriou dentro das chaminés de kimberlito, deixando para trás as veias cônicas da rocha de kimberlito que contêm diamantes. Kimberlito é uma rocha azulada que os mineradores procuram quando estão atrás de depósitos de diamantes. A área da superfície das chaminés de kimberlito que contêm diamantes variam de 2 a 146 hectares.
Diamantes também podem ser encontrados em leitos de rios, chamados de reserva aluvial de diamantes. São originados em chaminés de kimberlito, mas se movimentam por atividade geológica. Geleiras e águas podem movimentar os diamantes para milhas de distância de seu local de origem. Hoje, a maioria dos diamantes é encontrada na Austrália, Brasil, Rússia e vários países africanos, incluindo Zaire.
São encontrados como pedras brutas e devem ser processadas para se transformarem em predras brilhantes, prontas para a venda.

Crátons arqueanos
As temperaturas podem chegar a 900ºC nos crátons arqueanos. São os locais onde os diamantes se formam. São formações geológicas estáveis e horizontais, criadas há bilhões de anos, que não foram afetadas pelos principais acontecimentos tectônicos, de acordo com a Rex Diamond Mining Corp (site em inglês). São encontradas no centro da maioria dos sete continentes (a maior parte das atividades tectônicas ocorre ao redor das margens).
Autor: 
Kevin Bonsor




Diamante bruto
Getty Images
Diamantes brutos,
antes da lapidação

A escala de Mohs é usada para determinar a rigidez de sólidos, especialmente minerais. Este nome foi dado em homenagem ao mineralogista alemão Friedrich Mohs. A leitura da escala é a seguinte, do mais macio ao mais duro:
 
  1. Talco: facilmente arranhado com as unhas
     
  2. Gesso: facilmente arranhado com as unhas
     
  3. Calcita: arranha e é arranhado por uma moeda de cobre
     
  4. Fluorita: não é arranhado por uma moeda de cobre e não arranha vidro
     
  5. Apatita: arranha somente vidro e é arranhado facilmente por uma faca
     
  6. Ortoclásio: arranha vidro facilmente e só é arranhado por uma lixa
     
  7. Quartzo (ametista, citrino, olho de tigre, aventurina): não arranhados por uma lixa
     
  8. Topázio: arranhado apenas por coríndon e diamante
     
  9. Coríndon (safiras e rubis): arranhado apenas por um diamante
     
  10. Diamante: arranhado apenas por outro diamante
     
Os diamantes são a forma cristalizada do carbono, criados sob extremo calor e pressão. É este mesmo processo que faz do diamante o mineral mais duro que conhecemos. A classificação do diamante é 10 na escala de Mohs. Pode ser mais de 10 vezes mais duro do que um mineral com classificação 9 na mesma escala, como o coríndon. Coríndon é uma classe de minerais que inclui rubis e safiras.
É a estrutura molecular dos diamantes que os torna tão duros. São feitos de átomos de carbono conectados em uma estrutura treliçada. Cada átomo compartilha elétrons com outros quatro átomos, formando uma unidade tetraédrica. Esta união tetraédrica de cinco carbonos forma uma molécula incrivelmente forte. O grafite, outra forma de carbono, não é tão forte quanto o diamante porque os átomos de carbono no grafite se conectam em forma de anéis, onde cada átomo é apenas ligado a um outro átomo.
Projeto Superpressure
A dureza natural do diamante faz dele uma ferramenta ideal de corte para materiais militares, tais como componentes de aviões e blindagem. Os Estados Unidos se viram completamente dependentes da África do Sul como fornecedora de diamantes para suas ferramentas industriais, e por isso, ao final da Segunda Guerra Mundial, a indústria do país iniciou um imenso esforço para produzir diamantes artificiais.
Em 1951, a General Electric (GE) lançou o Projeto Superpressure. Na experiência, a GE tentava criar diamantes industriais a partir de grafite, por meio da aplicação de imensos volumes de pressão e calor, em máquinas conhecidas como prensas de diamantes. Quando as prensas de diamantes fracassaram em produzir as pedras, a GE decidiu voltar à prancheta de desenho, e usar um meteorito como inspiração.

Pesquisadores haviam determinado que os diamantes encontrados em uma cratera do Arizona haviam sido formados em um meteorito. Além de suas dimensões e do calor, o meteorito oferecia um outro componente significativo: o metal. Cientistas da GE calcularam que conseguiriam produzir diamantes forçando a colisão de um meteorito de pequena escala em laboratório. Combinaram átomos de carbono com o metal em forma líquida conhecido como “trollite”, e acrescentaram calor e pressão. O resultado? Uma cristalização de diamantes. Para descobrir mais sobre a experiência, leia a transcrição da NOVA em “The Diamond Deception”.

Rali no minério e corte de gastos dão tempo para Vale repensar venda de ativos

Rali no minério e corte de gastos dão tempo para Vale repensar venda de ativos

A mineradora Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, está aproveitando os recentes ganhos nos preços de metais e minerais e o sucesso das medidas de cortes de gastos para repensar o ritmo do plano de venda de ativos para reduzir a dívida, disseram executivos nesta terça-feira. Melhores preços de realização de minério e maiores taxas de recuperação na produção podem ajudar a Vale a gerar 2,2 bilhões de dólares no próximo ano em fluxo de caixa livre –o dinheiro que resta para obrigações e acionistas após o pagamento de todos os gastos–, acelerando os planos de redução de dívidas, disse o presidente Murilo Ferreira a investidores da companhia em Nova York.
Os preços do minério de ferro na bolsa de Dalian subiram cerca de 180 por cento no ano. Ferreira e outros executivos esperam em breve o anúncio de diversos desinvestimentos não revelados que poderiam ajudar a Vale a cortar a dívida líquida para uma faixa de 15 bilhões a 17 bilhões de dólares no próximo ano. No ano passado, em meio a um declínio nos preços do minério e do metal, Ferreira estipulou uma meta de eliminar ativos não essenciais para ajudar a reduzir a dívida em 10 bilhões de dólares até 2017.
“A mensagem chave é que estamos em uma posição muito mais confortável para pensar melhor sobre os desinvestimentos”, disse o diretor financeiro da Vale, Luciano Siani, durante o mesmo evento. “Não devemos nos enganar, temos que continuar buscando essa meta incansavelmente.” Os comentários ressaltam a estratégia de Ferreira de tornar a Vale uma competidora de custo competitivo em um mercado abalado pela desaceleração global e pela sobrecapacidade da indústria de aço nos últimos anos.
Com os preços das commodities se recuperando à medida que o novo ano se aproxima, sua tática está tendo retorno mais rápido do que o esperado e está permitindo à Vale evitar vender unidades, que poderiam adicionar crescimento à medida que a economia mundial se recupera. Além disso, esses esforços estão reduzindo a necessidade da Vale por gastos de capital nos próximos anos. A companhia reduziu o orçamento para investimentos planejados para 4,5 bilhões de dólares no próximo ano e para 2,9 bilhões de dólares em 2021, ante 5,6 bilhões de dólares neste ano.
PRODUÇÃO DE MINÉRIO
A mineradora Vale estima elevar sua produção de minério de ferro para uma faixa entre 360 milhões e 380 milhões de toneladas em 2017, ante 340 milhões a 350 milhões em 2016, disseram executivos da companhia. A produção deverá subir também em 2018 e 2019, estacionando na faixa de 400 milhões a 450 milhões de toneladas anuais em 2020 e 2021, segundo a apresentação.
Fonte: Reuters

domingo, 27 de novembro de 2016

Origem e Formação da Terra

Origem e Formação da Terra

A origem da Terra

De acordo com os cientistas, nosso planeta deveria ter sido uma enorme massa pastosa incandescente que ao longo do tempo se resfriou, desprendendo gases e vapores.
Uma parte desses vapores, que deveria ser o vapor-d’água, à medida que se afastava da massa incandescente, resfriava-se e se transformava em água líquida, caindo em forma de chuva. Assim, repetindo-se por muitas vezes, a superfície da Terra foi se esfriando lentamente e grandes quantidades de água foram nela se acumulando.
Ao longo do tempo, ela sofreu muitas outras transformações. Os continentes, os oceanos e até a composição do ar mudaram para a Terra ser o que é hoje.

A Biosfera

A biosfera (bio = vida), a nossa “esfera de vida”, é o ambiente onde vivemos, onde a vida surge e se mantém, brotando dos solos, penetrando nas águas e flutuando no mar. Ela é formada por três grandes porções: a atmosfera, a hidrosfera e a litosfera ou crosta terrestre.
Origem e Formação da Terra
A atmosfera (atmo = gás, vapor) é uma grossa camada de ar que abriga as nuvens e dá calor ao céu. Fornece o ar que respiramos e atua como um “cobertor”, protegendo e cobrindo a Terra.
A hidrosfera (hidro = água) é formada por grandes quantidades de água na forma líquida: os rios, lençóis de água subterrâneos, lagos e oceanos. Esta porção fornece a água de que tanto precisamos. A hidrosfera apresenta também água no estado sólido (gelo) localizada nas regiões onde a temperatura é abaixo de zero graus Celsius, como nos pólos.
As montanhas, os desertos, as planícies, outras áreas de terra firme e até alguns quilômetros abaixo da superfície do solo fazem parte da litosfera (lito = pedra) ou crosta terrestre. Nossas riquezas naturais (ex: ouro, ferro, alumínio, petróleo, etc.) e outras matérias-primas para diversos fins nas indústrias são retiradas desta porção.
No entanto, o ar, a água e o solo não são suficientes para nos manter vivos. Há outros fatores importantes para a vida, como a temperatura, a luz, a salinidade, a pressão, etc. É importante saber que, a quantidade de cada um desses fatores e o tempo de exposição aos mesmos variam em cada ambiente da Terra, proporcionando as mais variadas formas de vida. É só você imaginar os animais ou plantas que vivem em um deserto e compará-los com os que vivem nas florestas, que notará grandes diferenças de hábitos e características.

A forma e estrutura da Terra

forma

Durante muito tempo, o homem teve dúvidas quanto ao formato da Terra. Somente depois de observar fenômenos naturais, como os navios que sumiam lentamente no horizonte, as posições das estrelas no céu e eclipses, o homem constatou que a Terra é “arredondada”. Atualmente, fotos da Terra registradas por satélites, ônibus espaciais, ou pelos próprios astronautas da Apollo 11, que chegaram pela primeira vez à Lua em 20 de julho de 1969, não deixaram dúvidas quanto à sua forma.
O que há dentro da Terra? E lá bem no centro dela? Como descobrir isto se perfurações feitas pelo homem, com sondas, só chegaram a treze quilômetros de profundidade, quando a distância até o seu centro é de aproximadamente seis mil quilômetros?

estrutura

Foi observando os vulcões e os terremotos, que o homem ficou sabendo o que havia no interior da Terra. Por enquanto, não se conseguiu efetivamente chegar ao seu centro. A dureza de certas rochas sob pressão e as altas temperaturas são as maiores dificuldades encontradas.
Então, para se saber o que há no interior da Terra, foram analisadas as amostras retiradas de perfurações e a própria lava dos vulcões. Mas, isso não foi suficiente. Os cientistas tiveram, então, que fazer estudos mais complexos. Passaram a estudar as vibrações produzidas pelos terremotos ou provocadas por explosivos ou, ainda, simulações feitas em laboratórios.
A viagem ao centro da Terra nos revela primeiramente uma casca que a envolve, a crosta terrestre ou litosfera. Esta primeira camada tem em média quarenta quilômetros de espessura, e é formada por várias placas, de onde surgem os continentes.
A segunda camada chamada manto ou pirosfera (piro = fogo), que está mais para dentro, é formada por rochas derretidas que formam o magma. Esta massa pastosa e em altíssima temperatura, quando expelida pelos vulcões, chama-se lava.
O núcleo ou barisfera (bari = pressão) é a camada mais interna. É formada por ferro em três formas. A primeira de ferro derretido (núcleo externo), a segunda por ferro em forma de vários cristais pequenos (zona de transição) e, bem no centro, em forma de um enorme cristal de ferro, (o núcleo interno).

O fim do ciclo de baixa pode estar mais próximo do que se imagina

O fim do ciclo de baixa pode estar mais próximo do que se imagina
Economista faz uma análise 3D e acredita em reversão da tendência atual 

As oscilações no preço das commodities, como o petróleo, minério de ferro, ouro e outros, tem impactos significativos diretos e indiretos na economia brasileira. Os ventos externos nos últimos anos não têm sido muito favoráveis, com a queda brusca no preço das commodities associada a decisões equivocadas na política econômica, a desaceleração econômica enfrentada no país se viu ainda mais intensificada.

De acordo com o economista e especialista em investimentos, Richard Rytenband, por se tratar de uma economia dependente da venda de produtos básicos e de baixa complexidade produtiva, os termos de troca têm tido um comportamento volátil nas últimas décadas no Brasil, alternando bons e maus momentos.

“Essa volatilidade é atribuída ao fato, principalmente, de não haver uma diversificação nos últimos anos em investimentos no setor que fossem capazes de agregar valor, entre os preços que exportamos e o preço dos bens que importamos. No entanto, apesar dos desafios enfrentados neste momento, o cenário começa a indicar que uma reversão deste ciclo de queda pode estar mais próximo do que se imagina”, destaca Richard Rytenband.

Para quem deseja compreender melhor o funcionamento destes ciclos e o que está por trás destes grandes movimentos que afetam a economia global, o economista destacou aspectos principais a acompanhar, denominado por ele, análise em 3D, em que são avaliadas a dimensão do Fundamento, Sentimento e Ação dos Preços das commodities:

1. Fundamentos
Os principais bancos centrais do mundo para enfrentar as forças deflacionárias estão recorrendo a taxas de juros negativas, o que desvaloriza as moedas nacionais e aumenta a liquidez do sistema financeiro mundial.

Este movimento é extremamente favorável a ativos e países considerados de maior risco, ou seja, bom para emergentes e commodities.

Pelo lado da dinâmica da oferta e demanda, o atual ciclo de baixa está eliminando do mercado os produtores marginais, os que possuem os piores custos de produção, o que sinaliza uma redução futura da oferta, ao mesmo tempo que a demanda, mesmo com o baixo crescimento global se mantém estável, com leve tendência de alta.

Após anos de descompasso entre oferta e demanda, os mercados caminham para um equilíbrio nos próximos trimestres.

2. Sentimento
Com um ciclo de baixa longo e agudo, as apostas na queda dos preços das commodities atingiram patamares recordes este ano, principalmente por parte dos chamados Fundos Hedge.

Com tantas apostas na baixa, muitas commodities se tornaram muito vulneráveis a qualquer tipo de notícia favorável, como no caso visto nas últimas semanas no petróleo e no minério de ferro, que apresentaram fortes rallys de altas, em grande parte provocados pelo fechamento de posições de vendas.

3. Ação dos Preços
Após anos muitas commodities como o ouro, petróleo e minério de ferro começam a sinalizar uma quebra da tendência de baixa que vigorava até então.

A análise 3D sinaliza que os anos de baixa nas commodities podem estar chegando ao fim, com uma formação de um fundo importante de médio prazo, o que vai impactar positivamente a economia brasileira nos próximos meses e anos.


Empilhadeira operando na mina Brucutu, da Vale
 

Garimpo (legal) aberto ao público

Garimpo (legal) aberto ao público
Parque estadual de diamantes nos EUA atrai turistas com o intuito de descobrir pedras preciosas com certificado de autenticidade

Não se trata de uma promessa de enriquecimento fácil, mas uma maneira divertida de fazer mineração de diamantes. O Parque Estadual da Cratera de Diamantes da pacata cidade de Murfreesboro, localizada em Arkansas, Estados Unidos, é o único local público do mundo que permite que os visitantes garimpem pedras preciosas e as levem para casa de forma legal.

Pode parecer estranho e até mesmo surreal. No entanto, grupos e mais grupos se dirigem todos os anos à superfície da antiga cratera vulcânica, com a finalidade de encontrar diamantes, além de outras pedras semipreciosas como jaspe, ametista e garnet.
O local surgiu há cerca de 95 milhões de anos, quando uma rachadura na crosta terrestre permitiu que magma quente escapasse, criando um duto vulcânico que trouxe diamantes para cima. Este é o oitavo maior depósito de diamantes de superfície do mundo, um campo com mais de 14,900 m2.

A notoriedade do solo do Parque Estadual da Cratera de Diamantes já havia sido descoberta pelos geólogos no século XIX, mas somente em 1906 os primeiros diamantes foram encontrados por John Wesley Huddleston, o agricultor que possuía a propriedade na época. Huddleston, que também ficou conhecido como Diamond John (ou John Diamante), vendeu a terra pelo valor de $36,000.

O parque mudou de mãos várias vezes ao longo dos anos e várias tentativas de mineração industrial foram feitas. No entanto, o local provou ser mais valioso como atração turística. Mais de 25 mil diamantes já foram encontrados na região, desde que o Estado de Arkansas comprou a terra em 1972 para transformá-la em um parque estadual.


Muitos diamantes encontrados no Parque Estadual do Arkansas (EUA) foram catalogados pela Sociedade Americana de Pedras Preciosas
 
Como garimpar
Uma vez por mês o solo de onde são feitas as buscas por diamante passa por um processo de aração, o que contribui para que mais diamantes subam para a superfície da terra a fim de facilitar a busca. De acordo com os dirigentes do parque, não são necessárias ferramentas para escavar a terra, já que os visitantes podem encontrar as pedras na superfície apenas caminhando ao redor dos montes arados.

Contudo, a maioria dos “caçadores” prefere cavar o solo. O parque permite que os visitantes tragam as suas próprias ferramentas  e ainda oferece a opção de aluguel ou compra. Entretanto, não é permitido o uso de veículos elétricos ou movidos a motor para transporte de equipamentos dentro ou fora da área.

Segundo o parque, procurar por diamantes depende de quanto tempo o caçador dispõe, além das condições do clima. Existem três métodos para achar as pedras. A primeira consiste em andar em todas as direções dos montes com os olhos atentos, preferencialmente, quando tenha acabado de cair alguma chuva forte.

Outra opção é a que a maioria dos visitantes prefere: cavar cerca de 15 cm abaixo e usar uma tela para peneirar o solo. O terceiro método envolve um trabalho árduo e certa experiência, já que necessita uma escavação mais profunda, repetição de processos e classificação de cascalhos. Tudo para encontrar rejeitos das usinas comerciais de exploração do início do século passado.

Diamantes famosos
Entre os fabulosos achados do local estão o “Strawn-Wagner”, o mais perfeito diamante já catalogado pela Sociedade Americana de Pedras Preciosas e em exposição permanente no centro de visitantes do parque. Pesando 1,09 quilates (3,03 em estado bruto), a joia foi desenterrada pela residente Shirley Strawn e foi avaliada em US$ 37.000 depois de lapidada.

O maior diamante já encontrado na América também foi encontrado na cratera. Apelidado de “Tio Sam”, a pedra tinha 40,23 quilates (12,42 quilates após ser lapidado). Outra pedra rara encontrada no mesmo terreno foi o “Estrela do Arkansas”, com 15,33 quilates.

Até a primeira-dama Hilary Clinton usou um dos diamantes da região com o intuito de representar o estado durante as duas posses do presidente Bill Clinton na Casa Branca. A pedra conhecida como Kahn Canary pesava 4,25 quilates e foi emprestada por um amigo do presidente. O parque funciona o ano inteiro, exceto no Dia de Ação de Graças, Natal e Ano Novo. Adultos pagam US$ 8 e crianças a partir de 6 anos US$ 5.

Os dez maiores diamantes encontrados desde 1972
Nome
Origem
Quilates
Ranking
Cor
Ano
W.W. Johnson
Texas
16.37
Branco
1975
C. Blankenship
Louisiana
8.82
Branco
1981
B. Gilbertson
Colorado
8.66
Branco
2011
B. Lamle
Oklahoma
8.61
Marrom
1978
K. Connell
Illinois
7.95
Branco
1986
M. Dickinson/C. Stevens
Louisiana
7.28
Amarelo
1998
T. Dunn
Missouri
6.75
Marrom
1975
R. Cooper
Arkansas
6.72
Marrom
1997
Kinney III/Walker/Elterman/Higley
Michigan
6.67
Amarelo
2011
D. Roden
Texas
6.35
10º
Marrom
2006