sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Os diamantes do Tapajós são quase 100% gemológicos

Os diamantes do Tapajós são quase 100% gemológicos


Os diamantes do Tapajós são quase 100% gemológicos e pequenos, ou seja, pelos conhecimentos dos geólogos da África do Sul, eles foram transportados por centenas de km, o transporte tendo destruídos os diamantes mais fracos, mas eles também não são rolados, mostrando todas as facetas e são até bi-piramidados, às vezes perfeitamente euédricos e por esta razão, eles não foram transportados;
Uma flagrante contradição sem contar outros problemas como a quase ausência dos guias tradicionais do diamante; Isto é só o início do ENIGMA


Tapajos Diamonds are almost 100% for gemology and small; by South African geologists knowledge, they were transported for hundreds of miles, transport having destroyed the weaker diamonds, but they are also not rolled, showing all facets and are to bi-pyramided, sometimes quite euhedral and for this reason they were not transported;
A contradiction not counting other problems like near absence of traditional guides diamond; This is only the beginning of puzzle

O geólogo José Inácio Stoll Nardi neste artigo joga a primeira pedra no caminho para entender esse enigmo; iremos aguardar as outras pedras com ansiedade.


Há várias décadas são conhecidas ocorrências aluvionares de Diamantes nos rios Cupari e Itapacurá, ambos afluentes da margem direita do rio Tapajós, o primeiro à jusante da cidade de Itaituba e o segundo, à montante da mesma. Garimpagem intermitente e rudimentar nestas áreas têm produzido algumas gemas de boa qualidade. Mais recentemente, novas descobertas são mencionadas em áreas de confluência dos rios Jamanxim e Tapajós, ao longo de tributários menores do baixo Jamanxim, em região ao norte de Novo Progresso, em drenagens menores ao longo da estrada Itaituba – Rurópólis e ao longo de alguns ramais rodoviários ao sul de Rurópolis. Com a migração da tecnologia garimpeira do ouro para o diamante, começam a pipocar informações de quase todo o Tapajós. Esta série de ocorrências diamantíferas sugere que a bacia do Tapajós pode abrigar depósitos importantes deste precioso mineral.
É importante tecermos algumas considerações sobre a gênese dos Diamantes em regiões como a do Tapajós, baseados nos conceitos dos estudiosos SHIREY & SHIGLEY (2013). Lembremos a regra de Clifford (1966), que enuncia – “kimberlitos diamantíferos se introduziram nas porções mais antigas dos crátons, enquanto kimberlitos estéreis se introduziram em rochas mais jovens”.  Esta relação é bem evidente no cráton Kaapvaal (África do Sul), onde os kimberlitos diamantíferos estão intrudidos no cráton e os estéreis, fora do cráton.
A erosão de antigos crátons tem produzido intemperismo nos kimberlitos aflorantes e a deposição dos Diamantes nos aluviões resultantes. Sem alçamento crustal (uplift), tais Diamantes permanecem depositados em bacias geológicas sedimentares, como no oeste da África, Zimbabwe e Brasil. Onde o cráton tem sido alçado, os Diamantes são liberados de suas rochas hospedeiras e transportados pelas drenagens junto com os sedimentos.
Ondas sísmicas evidenciam a presença de Mantle Keel (quilha mantélica), subjacente a muitas regiões continentais antigas (crátons) e aí se inclui o cráton Amazônico ou mais especificamente, a região drenada pelo alto Tapajós e tributários, foco desta análise.
Situado abaixo das crostas continental e oceânica, está o manto peridotítico rígido – este conjunto compreende a litosfera. Através dos crátons, o manto litosférico se estende de 40 Km até a profundidade de 250-300 Km. Sob os oceanos, esta camada se estende até a profundidade de 110 Km. Por causa desta forma protuberante mais espessa e sua associação antiga no tempo à crosta continental do cráton, esta parte do manto é chamada Mantle Keel.
O Mantle Keel é causador de algumas particularidades associadas aos continentes – estabilidade tectônica, elevação acima do piso oceânico e a ocorrência de Diamantes. Erupções kimberlíticas que transportaram Diamantes para a superfície, também carrearam amostras de rochas do manto litosférico – os xenólitos. E a partir destes, conseguimos conhecer melhor a natureza do Mantle Keel, sob os continentes, como por exemplo, que ele inclui 5% de Eclogitos. O Mantle Keel é a fonte de quase todos os Diamantes gema do mundo e daí, a importância que devemos dispensar ao mesmo.
Acredita-se que a crosta e o Mantle Keel subjacente ao continente, foram criados juntos em processo de consolidação crustal e estabilização cratônica. A duração deste processo é pouco conhecida; pode ter demandado muitas dezenas de milhões de anos, iniciando com a formação da crosta continental mais antiga (próximo de 4 bilhões de anos atrás). 
O significado disto, para a formação do Diamante, é que no fundo do Mantle Keel, sob cada região crustal continental antiga, há pressão alta suficiente e comparativamente baixa temperatura para permitir a cristalização de Diamantes, desde que receba fluídos saturados em Carbono, do manto convectivo sobrejacente.
Assim, o fundo do keel pode ser comparado a uma “caixa de gelo” (ice box), embora com muito mais elevadas temperaturas, capaz de armazenar Diamantes, durante bilhões de anos e mantê-los isolados da circulação convectiva do manto, muito embora, passíveis de serem carreados por um magma kimberlítico ascendente. Tanto Peridotitos, como Eclogitos contem Diamantes; mas Peridotitos que irromperam em superfície com Diamantes inclusos são raros, ao passo que Eclogitos com conteúdo diamantífero são comuns.
As atividades geológicas relacionadas às placas tectônicas, como vulcanismo, orogênese e magmatismo intrusivo próximo da superfície da crosta, geralmente podem destruir os diamantes, as que ocorrem em condições de P (pressão), T (temperatura) e oxidação, nas quais Diamantes não podem cristalizar ou permanecer estáveis.
No caso da região do Tapajós, houve o episódio intrusivo / vulcânico, predominantemente ácido e secundariamente, intermediário (riolíto- dacítico / granítico - granodiorítico), que se estendeu de 1,8 até 1,0 GA. Ainda que tal magmatismo / vulcanismo tenha sido causado dominantemente por refusão de rochas siálicas, não se tem ideia de quanto e como este fenômeno poderia ou não, ter atingido e influenciado os depósitos diamantíferos guardados nas profundezas do Mantle Keel subjacente.        
A realidade é que alguns garimpos daquela região têm produzido gemas de muito boa qualidade, o que sugere transporte longo, mas pudemos observar cristais de Diamante bi-piramidados, perfeitamente euédricos, o que sugere pequeno transporte a partir da área fonte. Também já foram verificadas na região, ocorrências de Diamantes associados a sedimentos pós-vulcânicos, ou seja não primários, fenômeno que poderia ter um papel na equação contraditória. Tais litologias sedimentares deverão ser brevemente melhor observadas, descritas e classificadas para que possamos situá-las do ponto de vista geocronológico.
Muitas pesquisas ainda deverão ser feitas para se determinar as prováveis fontes destas gemas preciosas na região do Tapajós e para explicar a contradição diamantes gemológicos/diamantes não rolados

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Os quatro principais Metais Preciosos: quais serão os melhores investimentos para o próximo colapso financeiro

Os quatro principais Metais Preciosos: quais serão os melhores investimentos para o próximo colapso financeiro

Quando o próximo crash financeiro ocorrer, os investidores precisarão saber quais dos quatro principais metais preciosos serão os melhores para investir. Infelizmente, tem havido uma grande quantidade de análise defeituosa que tenta enganar muitos investidores sobre os fundamentos do ouro, platina, paládio e prata.
Enquanto alguns apenas tocaram em aspectos individuais, muito poucos têm feito uma análise em profundidade sobre estes metais para instruir adequadamente os investidores.
Os fundamentos importantes dos quatro principais Metais Preciosos
Produção pelas minas: Vamos olhar para a produção da mina anual de prata, ouro, paládio e platina. De acordo com o Gold, Silver & Platinum Group Surveys fornecido pela GFMS (Thomson Reuters), o mundo produziu 877 milhões de onças (Moz) de prata, 101 Moz de ouro, 6,7 Moz de paládio e 6,1 Moz de platina em 2015:
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Como podemos ver, existem 9 vezes mais prata produzida do que o ouro, 15 vezes mais ouro do que o paládio e 16 vezes mais ouro do que a platina. Muitos analistas têm erroneamente afirmado que, devido à raridade da platina ou do paládio, seu valor deve ser muito maior do que o ouro. Além disso, outros analistas acreditam que o valor da prata deve ser muito maior do que a sua atual relação de 69/1 contra o ouro, devido à existência de apenas nove vezes mais prata produzidos do que o ouro.
A relação de produção de prata/ouro pode ter sido mais uma representação do valor de mercado destes dois metais preciosos centenas de anos atrás, ou nos tempos antigos, devido à forma como foram extraídos da terra (pelo trabalho humano e animal). No entanto, isso mudou desde o final de 1800, com as fontes de energia de carvão e de óleo substituindo o trabalho humano e animal.
Custos de produção: Os valores atuais dos quatro principais metais preciosos são baseados em seu custo de produção, e não em sua relação. O gráfico abaixo mostra o custo estimado da produção de ouro, platina e prata. O paládio foi omitido porque os maiores produtores do metal o tem como um subproduto do níquel e da platina. Independentemente disso, os poucos produtores de paládio primário provavelmente o produzem nas margens de custos semelhantes ao ouro, platina e prata, como mostrados abaixo:
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 Podemos ver que o saldo estimada para o ouro (seg. Barrick & Newmont) em 2015 foi de US $ 1.120 por onça. O preço médio do ouro em 2015 foi de US $ 1.160. Assim, estas duas empresas de mineração de ouro fizeram um lucro de US $ 40 por onça. Para a platina, o ponto de equilíbrio estimado foi de US $ 1.130 em 2015, enquanto o preço médio foi de US $ 1.054. Assim, estas duas principais mineradoras de platina tiveram um lucro de US $ 24 por onça.
Agora a prata. Para as duas maiores empresas de mineração de prata primárias o equilíbrio estimado para 2015 foi de US $ 15,00, enquanto o preço  médio foi de US $ 15,68. O que significa que, estas duas mineradoras tiveram um lucro de US $ 0,68 por onça. Na verdade, a Tahoe Resources informou um lucro muito grande, enquanto a Pan American Silver declarou prejuízo em 2015. No entanto, com a média destas duas empresas, nos deparamos com um lucro de US $ 0,68.
Basicamente, as margens de lucro destes três metais foram de 2,2% para a platina, 3,4% para o ouro e 4,5% para a prata. Estas são as margens muito baixas. Esses perfis de custo de produção destes metais são o que os comerciantes e ou algoritmos usam para valorar o ouro, a platina e a prata. O mesmo seria verdadeiro para o paládio, mesom que não tenhamos seus dados em mãos.
Assim, o valor de estes metais não se baseia na sua razão de produção, mas sim o seu custo de produção. O que significa que, qualquer analista de metais preciosos que diz: “o ouro é o atvo monetário chave do mercado de metais”, não entende que ele está sendo valorizado como uma mera commodity, tal como a platina, o paládio e a prata.
No entanto, certas análises sugerem que o atual “mecanismo de commodity precificada” do ouro e da prata mudará para um patamar de alta qualidade de valor quando a pior crise financeira da história se passar em um futuro próximo.
A demanda de investimentos em metais preciosos: Enquanto a maioria dos websites de metais preciosos se concentram em promover o investimento em ouro e prata, vários estão divulgando o benefício de possuir platina e paládio. Infelizmente, a maioria das razões indicadas para a platina ou paládio podem vir a serem falsas ou incorretas no futuro. Dito isto, vamos dar uma olhada na percentagem de investimento físico de varejo em relação a demanda total para cada metal em 2015:
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 O ouro foi o vencedor claro com 39% da demanda total no varejo físico e investimento pelos Bancos Centrais. A prataveio no segundo lugar com 23% da demanda total de investimento. Como podemos ver, o investimento em platina foi de 6% da demanda total, enquanto o investimento de paládio foi de apenas 0,5% (meio por cento) do total da procura.
Mesmo que o ouro tenha uma percentagem de investimento muito maior (31%) do total da demanda, num período de cinco anos, a prata é o vencedor claro quando se trata de quantidade total de metal (em onças) investidos pelo público:
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Os investidores compraram um total de 1.141 Moz (1,14 milhão onças) de prata entre 2011-2015, enquanto que o investimento de ouro foi de 223 Moz, em platina foi de 1,3 Moz e o paládio ficou em um distante quarto lugar em 0.2 Moz.
Estes números revelam uma “mentalidade” muito significativo ou “psicologia” de preferência dos investidores. É claro, a quantidade total em dólares de investimento em ouro dos Moz 223 é muito mais elevada do que os 1.114 Moz de prata, mas o volume de metal comprado, prova que os investidores têm uma verdadeira afinidade pela prata.
Porque o ouro e a prata serão os principais metais preciosos durante o próximo colapso financeiro: O ouro e a prata serão os principais ativo durante a próxima crise financeira, não a platina ou o paládio. Enquanto que a platina e o paládio poderiam fornecer ao investidor algum relativo valor de propriedade no futuro, o próximo colapso termodinâmico do petróleo irá destruir a capacidade do mercado de produzir ou consumir platina e paládio próximo dos volumes atuais.
Infelizmente, a maioria do público não tem nenhuma pista sobre investir em platina ou paládio e destes metais como reserva de valor. A maior parte do investimento nesses metais industriais são um hedge ou aposta contra a escassez de oferta futura ou picos de preços. Em vez disso, o ouro e a prata são mais conhecidos pelo público como dinheiro e verdadeiras reservas de valor.
Enquanto a prata é esquecida pela grande mídia e por muitos dos analistas de metais preciosos e considerada apenas como mais um metal industrial, é uma excelente reserva de valor, como o ouro. A única diferença é o seu custo de produção. No entanto, o custo de produção se tornará um indicador menos importante para o valor do ouro e da prata no futuro, quando os US$ 250 trilhões de derivativos em títulos, ações, imóveis e fundos de seguros evaporarem.
Infelizmente, muito poucas pessoas entendem o que está vindo em nossa direção. Em vez disso, eles se agarram a uma noção que, mesmo que um crash financeiro seja difícil, quando a poeira baixar, vamos começar a crescer e expandir nossa economia baseada em dinheiro real. Gente, o crescimento tal como a conhecemos, terá acabado para sempre.
É por isso que é importante entender as ramificações desta penhasco que se avizinha. Os investidores que entendem as implicações desse precipício irão considerar cair fora da maioria das ações, títulos e imóveis e se garantir em ouro e prata físicos.  Proteja suas economias em prata física antes que ela fique cara demais!
Fonte: Pratapura

Importações chinesas de petróleo e minério sobem em novembro

Importações chinesas de petróleo e minério sobem em novembro

As importações de petróleo e minério de ferro da China subiram em novembro em relação a igual mês do ano passado, mas as de cobre recuaram, segundo dados preliminares divulgados pela Administração Geral de Alfândega do país. No mês passado, as compras chinesas de petróleo bruto registraram avanço anual de 18%, a 32,35 milhões de toneladas, o equivalente a 7,9 milhões de barris por dia.
As importações chinesas de minério de ferro, por sua vez, subiram 12% na comparação anual de novembro, a 91,98 milhões de toneladas. Já as compras de cobre sofreram queda de 17%, a 380 mil toneladas. Entre janeiro e novembro, as importações de petróleo bruto da China cresceram 14% ante o mesmo período de 2015, a 344,63 milhões de toneladas, enquanto as de minério de ferro avançaram 9,2%, a 935,24 milhões de toneladas, e as de cobre tiveram acréscimo de 4,3%, a 4,46 milhões de toneladas.
Os dados também mostraram que a China exportou 190 mil toneladas de petróleo bruto em novembro, 41% menos que no mesmo mês do ano passado. Com informações da Dow Jones Newswires.


Fonte: IstoÉDinheiro

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

O Universo

O Universo
O que é universo?
Em noites sem lua, em locais pouco iluminados por casas, ruas e edifícios, podemos ver uma infinidade de pequenos pontos luminosos no céu: são as estrelas. Ao observar o céu a olho nú, conseguimos ver uma parte mínima do que chamamos de Universo. Já na observação do céu feita com o auxílio de um telescópio, é possível perceber que o número de corpos celestes é muito maior e também pode-se ver detalhes das formas e da cor dos astros. A atmosfera da Terra, contudo, limita a atuação dos telescópios terrestres, por este motivo são utilizados telescópios espaciais, como o telescópio Hubble, para as pesquisas astronômicas mais sofisticadas. Além destes instrumentos para o estudo do Universo, os cientistas contam com equipamentos de informática para cálculos, tratamento de dados e imagens recebidas dos telescópios, simulações etc.
Esses recursos possibilitaram responder à questão - o que compõe o Universo?
O Universo é composto por aglomerados de galáxias, com nebulosas, estrelas, cometas, planetas e seus satélites, e tudo que neles existe - no caso do planeta Terra, por exemplo, plantas, animais, rochas, água, ar etc.
Compare as duas fotos.

Observação do céu com a ajuda de um telescópio.

Observação do céu a olho nú.
Mas de onde surgiu o Universo? E as estrelas? E a O surgimento do Universo

Existem várias explicações sobre a origem do Universo. Há, sobre esse assunto, as explicações religiosas e as científicas. Trataremos aqui da visão científica, ou seja, de como os cientistas procuram explicar os fenômenos que observam no Universo.  Não se sabe ao certo , mas os cientistas calculam que o Universo tenha começado a existir há cerca de 15 bilhões de anos. Parece impossível afirmar uma coisa dessas -15 bilhões de anos é muito tempo!

O que levou os cientistas a pensarem que o Universo tenha tido um começo?
O telescópio Hubble, consegue captar a luz de estrelas que mostra como elas eram a bilhões de anos. Analisando a luz das estrelas, é possível saber a velocidade com que elas estão se afastando ou se aproximando de nós, sua composição química, idade, temperatura e massa, entre outros aspectos.
Os cientistas então descobriram algo inesperado: as galáxias estão se afastando da Terra!
Para você entender melhor o que está acontecendo, faça várias bolinhas de tinta com uma caneta sobre a borracha de uma bexiga (balão de aniversário) e comece a soprar. Veja o que acontece com a distância entre as marcas de tinta.
A análise da luz das estrelas mostra que as galáxias estão se afastando  uma das outras, assim como as marcas feitas na bexiga. Isso acontece porque o Universo, como a bexiga de nosso exemplo, está se expandindo.
Mas se eles está se expandindo, podemos concluir que, no passado as galáxias estavam mais próximas. Quanto mais voltarmos no tempo, mais próximas elas estavam.
Podemos supor, então um momento em que toda a matéria do Universo estava compactada em um único ponto, infinitamente comprida em temperaturas enormes. Foi então o que aconteceu o que os cietistas chamam de "a grande explosão" ou, em inglês, o big-bang. Era o início do Universo, que teria ocorrido há mais ou menos 15 bilhões de anos.
Depois da explosão, a temperatura inicial, que era de mais de um trilhão de graus Celsius, começou a diminuir, e os átomos como formam a matéria hoje, se originaram, a partir dos prótons, elétrons e outras partículas.
Primeiro, os átomos se agruparam em núvens de gases. Cerca de um bilhão de anos depois, as primeiras estrelas e galáxias surgiram.

E antes do big-bang?
Os cientistas não sabem dizer. Como não havia nem tempo nem espaço antes da grande explosão, alguns acham difícil afirmar que havia alguma coisa anterior. Segundo eles, todo o Universo passou a existir só a partir da grande explosão.
Mas a ciência ainda não tem uma resposta para essa discussão. Como também não tem para o futuro do Universo.

 Terra? Estrelas


Nebulosa
 
As estrelas "nascem" a partir de nebulosas constituídas, em grande parte, por gases, poeira e partículas sólidas.
Os cientistas explicam que existe uma atração recíproca entre as partículas de matéria que compõe a grande nuvem - a nebulosa. Essa atração é denominada força de gravidade. Em razão da força de gravidade, a matéria que constitui uma nebulosa se agrupa, compondo uma massa compacta e formando os astros.
Alguns astros alcançam um tamanho gigantesco, e a temperatura no seu interior é elevadíssima. A pressão e o aquecimento se tornam tão intensos no centro desses astros que uma grande quantidade de energia é liberada sob forma de calor e luz. Essa propriedade de produzir o próprio calor e a própria luz é o que diferencia as estrelas dos planetas e de outros astros.
O brilho das estrelas é produzido por parte de sua energia, que se irradia pelo espaço sob a forma de luz. As estrelas não duram para sempre. Elas "nascem", evoluem e "morrem". Esse mesmo processo ocorre com o Sol, pois ele também é uma estrela.


A luz das estrelas
Pode parecer estranho, mas quando olhamos para as estrelas, estamos vendo o passado delas. Se a estrela estiver bem longe, bem longe mesmo, ela pode até nem mais existir da forma como a conhecemos hoje - e inclusive ter se transformado em outro corpo celeste. Quando observamos uma estrela, estamos captando a luz que ela emitiu para o espaço. A luz é uma forma de energia que viaja com a incrível velocidade de cerca de 300 mil quilômetros por segundo. Mas como a distância entre os corpos celestes também é grande, pode levar um bom tempo para que a luz da estrela chegue até nós.
Veja o exemplo:
A estrela mais próxima de nós, depois do Sol, chamada Próxima do Centauro, está a uma distância de 40 trilhões de quilômetros da Terra. Isso quer dizer que a luz dessa estrela leva cerca de 4,2 anos ou 4,2 anos-luz para chegar até aqui. Então quando observamos essa estrela, estamos vendo, nesse momento, a luz que ela emitiu a 4,2 anos. Se, neste momento, essa estrela deixasse de existir ela só "se apagaria", isto é, sua luz deixaria de chegar até nós, daqui a 4,2 anos. Só então perceberíamos que ela deixou de existir.
O brilho das estrelas é ofuscado durante o dia pela luz do Sol que é a estrela mais perto da Terra. Por isso, percebemos as estrelas no céu somente à noite, mas elas permanecem lá durante o dia.

Cor das estrelas
A olho nu, é difícil distinguir a cor das estrelas. Em razão das grandes distâncias que elas estão de nós, a quantidade de luz que chega aos nossos olhos é muito pequena e não percebemos cores quando há pouca luz.
A cor das estrelas depende do calor que chega do núcleo à superfície delas e tem, portanto, relação com a sua temperatura. As estrelas com superfície mais quente apresentam cores branca  ou azulada, e aquelas de cor avermelhada são as que têm a superfície menos quente. Com o telescópio é possível observar a cor das estrelas com mais nitidez.
Nas estrelas menos quentes, a temperatura da superfície chega a 3 000ºC, enquanto nas mais quentes chega a 50 000ºC.
O Sol tem a cor amarelada e, comparado com as outras estrelas, possui uma temperatura média.

Figura ao lado: O azul representa o gás interestelar quente, as estrelas surgem a cor verde e a poeira quente a vermelho. As estrelas super gigantes vermelhas são as estrelas de maior brilho ao centro.
 



Porque as estrelas piscam?
Olhando para o céu à noite, podemos ver que o brilho das estrelas mudam: elas "piscam". Mas estrelas estão sempre emitindo a mesma luz. O piscar é provocado por mudanças no ar da atmosfera que a luz atravessa.



Como surgiu a vida pela primeira vez?

Como surgiu a vida pela primeira vez?

No final do século XIX vários cientistas alemães, nomeadamente Liebig, Richter e Helmholtz, tentaram explicar o aparecimento da Vida na Terra com a hipótese de que esta tivesse sido trazida de outro ponto do Universo sob a forma de esporos resistentes, nos meteoritos – teoria Cosmozóica. A presença de matéria orgânica em meteoritos encontrados na Terra tem sido usada como argumento a favor desta teoria, o que não invalida a possibilidade de contaminação terrestre, após a queda do meteorito.
Atualmente já foi comprovada a existência de moléculas orgânicas no espaço, como o formaldeído, álcool etílico e alguns aminoácidos. No entanto, estas moléculas parecem formar-se espontaneamente, sem intervenção biológica.
O físico sueco Arrhenius propôs uma teoria semelhante, segundo a qual a Vida se teria originado em esporos impelidos por energia luminosa, vindos numa “onda” do espaço exterior. Chamou a esta teoria Panspermia (sementes por todo o lado). Atualmente estas idéias caíram em descrédito, pois é difícil aceitar que qualquer esporo resista á radiação do espaço, ao aquecimento da entrada na atmosfera, etc.
Apesar disso, na década de 80 deste século, Crick (um dos descobridores da estrutura do DNA) e Orgel sugeriram uma teoria de Panspermia dirigida, em que o agente inicial da Vida na Terra passaria a ser colônias de microrganismos, transportadas numa nave espacial não tripulada, lançada por uma qualquer civilização muito avançada. A Vida na Terra teria surgido a partir da multiplicação desses organismos no oceano primitivo.
Apesar de toda a boa vontade envolvida, nenhuma destas teorias avança verdadeiramente no esclarecimento do problema pois apenas desloca a questão para outro local, não respondendo à questão fundamental: Como surgiu a vida?

No entanto, um avanço fundamental ocorreu com o as teorias de Pasteur e de Darwin, permitindo abordar o problema sob uma perspectiva diferente. 
Dados obtidos a partir de diversos campos da ciência permitiram em 1936 que o russo Alexander Oparin formula-se uma teoria revolucionária, que tentava explicar a origem da Vida na Terra, sem recorrer a fenômenos sobrenaturais ou extraterrestres. Sua hipótese se resume nos seguintes fatos:



  • Na atmosfera primitiva do nosso planeta, existiriam metano, amônia, hidrogênio e vapor de água. Sob altas temperaturas, em presença de centelhas elétricas e raios ultravioletas, tais gases teriam se combinado, originando aminoácidos, que ficavam flutuando na atmosfera. Com a saturação de umidade da atmosfera, começaram a ocorrer as chuvas. Os aminoácidos eram arrastados para o solo.Submetidos a aquecimento prolongado, os aminoácidos combinavam-se uns com os outros, formando proteínas.
  • As chuvas lavavam as rochas e conduziam as proteínas para os mares. Surgia uma "sopa de proteínas" nas águas mornas dos mares primitivos. As proteínas dissolvidas em água formavam colóides. Os colóides se interpenetravam e originavam os coacervados. Os coacervados englobavam moléculas de nucleoproteínas. Depois, organizavam-se em gotículas delimitadas por membrana lipoprotéica. Surgiam as primeiras células. Essas células pioneiras eram muito simples e ainda não dispunham de um equipamento enzimático capaz de realizar a fotossíntese. Eram, portanto, heterótrofas. Só mais tarde, surgiram as células autótrofas, mais evoluídas. E isso permitiu o aparecimento dos seres de respiração aeróbia.
  • Atualmente, se discute a composição química da atmosfera primitiva do nosso planeta, preferindo alguns admitir que, em vez de metano, amônia, hidrogênio e vapor de água, existissem monóxido de carbono, dióxido de carbono, nitrogênio molecular e vapor de água.
Oparin não teve condições de provar sua hipótese. Mas, em 1953, Stanley Miller, na Universidade de Chicago, realizou em laboratório uma experiência. Colocou num balão de vidro: metano, amônia, hidrogênio e vapor de água. Submeteu-os a aquecimento prolongado. Uma centelha elétrica de alta tensão cortava continuamente o ambiente onde estavam contidos os gases. Ao fim de certo tempo, Miller comprovou o aparecimento de moléculas de aminoácido no interior do balão, que se acumulavam no tubo em U.
Pouco tempo depois, em 1957, Sidney Fox submeteu uma mistura de aminoácidos secos a aquecimento prolongado e demonstrou que eles reagiam entre si, formando cadeias peptídicas, com o aparecimento de moléculas protéicas pequenas.
As experiências de Miller e Fox comprovaram a veracidade da hipótese de Oparin.