sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

A mística e o fascínio que gemas como diamante, esmeralda, rubi e safira exercem em quase todos nós

A mística e o fascínio que gemas como diamante, esmeralda, rubi e safira exercem em quase todos nós são notórios e compreensíveis. Os gemólogos costumam lamentar, no entanto, o fato de que a maior parte dos apreciadores e consumidores de jóias tenham poucas oportunidades de conhecer e lidar com outras tantas belíssimas gemas, que não as de uso tradicional e consagrado.
Ficamos intrigados pelo fato de que gemas naturais menos conhecidas e de menor valor, mas de cor ou aspecto parecido ao de outras mais valiosas, sejam ainda pouco utilizadas como alternativas mais econômicas, principalmente em cortes e formas menos usuais, ainda que grande parte delas seja produzida regularmente em nosso país.
Porque não vemos com mais freqüência a apatita azul, de tons neon e ultra-marinho, substituindo a turmalina da Paraíba e a safira ? Ou o quartzo amarelo-mel com chatoyance ao olho-de-gato ? A iolita à tanzanita ? O diopsídio à granada tsavorita ? A safira com mudança de cor à alexandrita ? A jarina ao marfim ?
Gostaríamos de ver mais andaluzitas, morganitas, heliodoros, espessartitas, kunzitas, opalas, pedras-da-lua, berilos verdes, esfênios, peridotos e muitas outras gemas menos usuais nas grandes coleções e não restritas apenas a pequenas linhas ou a peças exclusivas de designers mais inovadores.
A aceitação e popularização de tais gemas é, evidentemente, um processo lento, mas cabe a todos os segmentos envolvidos na produção de jóias contribuir para a conscientização quanto a sua existência, sobretudo agora que a disseminação da informação pela internet criou uma nova geração de consumidores dotados de mais conhecimentos (mas não necessariamente melhores) e, portanto, mais curiosos, exigentes e ávidos por novidades.
Para tanto, faz-se necessário também que os vendedores de jóias possuam um conhecimento gemológico básico, que lhes permita melhor informar e esclarecer ao público consumidor a respeito das principais características, propriedades, particularidades e cuidados no uso e conservação dessas gemas menos comuns.
Em nossa opinião, o aumento da demanda pelas gemas alternativas elevaria seus preços, estimulando um aumento nos investimentos em prospecção e lavra, assim como o desenvolvimento de novas técnicas de tratamento para intensificação de suas cores e o aprimoramento das já existentes.
Deixando um pouco de lado as gemas naturais e nos acercando às sintéticas, nos perguntamos porque estas não vêm sendo mais amplamente utilizadas como materiais alternativos, desde que devidamente revelada a sua origem, uma vez que a obtenção de gemas de igual composição, estrutura, propriedades físicas e ópticas ao de suas equivalentes naturais, a custos bastante inferiores, é uma fabulosa conquista dos laboratórios de síntese.
Estas têm a vantagem adicional de serem produzidas em larga escala, possibilitando aos fabricantes suprir confortavelmente uma provável demanda crescente, com maior uniformidade de tamanhos, cores e pureza. Além disso, é de se esperar, a médio prazo, que o avanço tecnológico na produção de cristais sintéticos de aplicação em alta tecnologia leve a uma maior compreensão e melhoria nos métodos de síntese, trazendo para o setor joalheiro gemas sintéticas de maior tamanho e qualidade, cada vez mais parecidas com as naturais e mais difíceis de serem delas diferenciadas, no que se converterá em mais um grande desafio para os gemólogos.

Minas projeta atrair bilhões em investimentos, mesmo em tempos de crise

Minas projeta atrair bilhões em investimentos, mesmo em tempos de crise

A recessão econômica não foi uma barreira para as 376 empresas nacionais e internacionais que investiram em Minas neste ano. Em recursos, os empreendimentos aplicaram R$ 1,09 bilhão no Estado, de acordo com o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi). Esse total pode ser triplicado em 2017, chegando a R$ 3 bilhões, caso as animadoras perspectivas se concretizem.
Hoje em Dia recebeu esses dados, com exclusividade, pela presidente do Indi, Cristiane Amaral Serpa. Segundo ela, as projeções positivas quanto aos investimentos se baseiam, principalmente, nas prospecções em curso de empresas interessadas. A instituição realizou, recentemente, 77 visitas a empresas no exterior visando a atração de unidades para o Estado.
Cristiane explica que esse processo de visita ocorre quando as negociações já estão bastante avançadas: “A empresa tem a intenção, fez contato com a gente, possui documentos, cláusula de confidencialidade, etc”, afirma.
Aposta
Dentre os aportes esperados para o ano que vem está um que deverá gerar, sozinho, R$ 1 bilhão em investimentos. As negociações estão bastante adiantadas e, pelo o que tudo indica, o anúncio se dará no primeiro semestre de 2017. No entanto, em função de uma cláusula de confidencialidade no contrato assinado pelo Indi junto à empresa, os detalhes do empreendimento não puderam ser adiantados.
É possível saber, apenas, que a viabilização do empreendimento deverá gerar mais de mil empregos em Minas. Para se ter uma ideia do quão significativo é este número, em todo o ano de 2016, os negócios viabilizados por intermédio da instituição foram responsáveis por 1.200 novos postos de trabalho.
Incertezas
Além de ser o retorno de um trabalho do Indi que está em curso, a maior atratividade de investimentos em 2017 deverá ocorrer em decorrência do momento de incertezas nos âmbitos político e econômico vivenciado pelo Brasil.
Na análise de Cristiane Serpa, existe uma “desconfiança” quanto aos rumos do Brasil que acabam empurrando a decisão de investimento por parte do empresariado. Porém, para próximo ano, ela aposta que o país deverá passar por uma recuperação.
“Uma parte dos investimentos foram amadurecidos na medida em que o cenário vinha se construindo. Mas é um fato doméstico e internacional. As empresas esperavam para ver o que aconteceria com o país”
Cristiane Serpa 
Burocracia
A crise e a desconfiança dos agentes de mercado não são os únicos empecilhos que precisam ser vencidos na busca por novos investimentos. A burocracia também torna o país menor atrativo.
“Alguns desses impedimentos de competitividade global não são limitadores apenas de Minas Gerais, mas nacionais”, afirma Serpa. Apesar disso, o Estado tem sido atraente por questões como localização privilegiada e capital humano intelectual expressivo.
Perfis
A prospecção de investimentos realizada pelo Indi abrange os mais variados perfis. A ideia é criar uma cadeia de fornecedores robusta e atrair grupos complementares entre si, reduzindo custos de produção.
Um exemplo é o recente fechamento do protocolo de intenções com a empresa Verallia, do grupo francês Saint-Gobain, em Jacutinga, no Sul de Minas. A multinacional atua no desenvolvimento e na fabricação de embalagens de vidro e deverá ajudar na competitividade de empresas de outros setores, como o de alimentos.
Além da diversificação dos setores, o governo tem buscado atrair empresas para todas as regiões do Estado. Tradicionalmente, as áreas mais procuradas são a região metropolitana de BH, o Sul de Minas e o Triângulo. A busca agora é colocar no circuito regiões como a Norte e o Vale do Jequitinhonha.
O trabalho envolve busca de condições específicas desejadas por cada empresa, como disponibilidade de água, gás, rodovias, proximidade com cadeia de fornecedores, dentre outras.
‘Minas oferece condições concretas para as empresas’, afirma Cristiane Serpa
Como avalia o ano de 2016 em se tratando de investimentos para o Estado?
Acho que apesar de o ano ter sido complexo para o país, uma série de investimentos que estavam programados e que a gente estava buscando prospectar para o Estado conseguimos concretizar. Do ponto de vista de investimentos estratégicos, a gente encerra o ano confirmando a vinda de uma indústria de vidro de porte internacional para Minas; a primeira que teremos desse perfil e que fortalece outros tipos de indústrias. Além disso, temos também uma série de investimentos nas áreas que o governo vem trabalhando como prioritárias e que também foram confirmados como energia, biotecnologia, tecnologia da informação e comunicação. Para a gente no Indi, o ano foi positivo.
Quando falamos que é um balanço positivo, o que isso significa em números?
São 376 investimentos. Estamos falando de R$ 1,09 bilhão e de uma geração de 1.200 empregos em diferentes fases. Tem alguns de implantação imediata como um centro de distribuição. Mas outros não são entradas neste ano, vão acontecer no próximo ano e subsequentemente. De um jeito ou de outro, a vinda do investimento já é positiva porque a construção de site, terraplenagem, por exemplo, geram emprego indireto.
Quais regiões recebem mais investimentos? Conseguimos mapear?
A gente consegue. Como é prioridade do governo trabalhar com diferentes territórios, a gente tem procurado investimentos que possam ir além dos territórios tradicionais como Sul de Minas, Triângulo Mineiro, a Região Metropolitana de Belo Horizonte, que têm uma tendência natural a atrair investimentos pela proximidade com os grandes centros. Mas conseguimos investimentos também para o Norte de Minas, estamos na iminência de fechar um investimento no Jequitinhonha. Houve uma capilaridade se beneficiando de incentivos da região da Sudene, por exemplo, e outros por uma questão mercadológica mesmo.
E qual o perfil das novas empresas? São de quais setores e portes?
Estamos falando de grandes empreendimentos. Os segmentos são variados pensando nos setores estratégicos que o governo tem buscado que permitam transversalidade. Temos empresas de médio e grande portes que são líderes nacionais ou globais.
No governo estadual anterior tinha uma política de não entrar em guerra fiscal. Já o Rio de Janeiro, por exemplo, sempre foi mais agressivo. Qual a postura adotada por Minas?
O Rio de Janeiro é agressivo e a situação está se provando não ser suficiente. O Rio teve que suspender incentivos que deu a uma série de empresas e várias dessas indústrias estão nos procurando. O que foi oferecido pelas empresas em Minas no governo anterior e nesse são condições concretas de realização e execução. São distintas as necessidades das empresas. A de vidro que assinou o protocolo tem necessidade de gás. Têm outras que é de localização. Outras, água. As necessidades são inúmeras.
Até que ponto que o estado de calamidade financeira trava o desenvolvimento de Minas?
A declaração é muito recente. A gente não teve ainda nenhum investidor ou empresa que questionou a capacidade do Estado de continuar desenvolvendo os negócios. Mas posso dizer que, dentre as várias ações que fizemos internacionalmente, visitamos 77 empresas estrangeiras. Há uma preocupação sobre o Brasil e não sobre estados. Mas como o Brasil está e como vai conseguir superar o momento. A gente enfrenta muito mais uma desconfiança ou discordância do país do que com relação a Minas.
E o que faz com que as empresas continuem a buscar o país?
O que é um diferencial concreto que temos em Minas Gerais, e acho que é um ponto que faz com que as empresas continuem investindo no país apesar do momento complexo que a gente vive, é o fato de o Brasil ter um mercado formidável, uma localização central e ter um capital intelectual muito expressivo.
Com a crise, aumenta a busca de vocês pelo mercado estrangeiro? Quais mercados vocês mais tem focado?
Temos atuação de fortalecimento da empresa já instalada em Minas seja brasileira ou estrangeira. Temos buscado dar competitividade para essas empresas com formação de uma cadeia de fornecedores e capacidade de internacionalizar e ter parceiros externos, diversificar o mercado e aumentar a capacidade de competição global. A segunda linha é de atração de investimento que se dá junto a empresas brasileiras que não estão instaladas em Minas, mas principalmente de empresa internacionais que queiram vir. Em 2015 fizemos atuação forte na Itália, em virtude do volume de empresas italianas instaladas aqui e pensando nos setores que a gente chama de transversais. Esse ano fizemos ação concreta na China, Reino Unido e Holanda.
Por causa da crise vocês estão mais agressivos na prospecção? E quais os desafios que esse cenário impõe?
O desafio é realmente o de buscar consolidar os investimentos de forma mais direta e concreta possível. Não podemos ter investimentos que não se realizem. Estamos buscando investimentos com maior probabilidade de manutenção do cronograma e instalação concreta. Um segundo ponto de desafio é a diversificação dos investimentos. Que eles não sejam pura e simplesmente com os tradicionais como mineração, alimentos, mas que possam ser também de tecnologia ou em áreas meio, como embalagens.
Em quanto tempo é possível reverter o quadro de desindustrialização do Estado?
Todos os setores neste ano sofreram queda. Do ponto de vista da desindustrialização, o que buscamos trabalhar é a requalificação da indústria. Dentro da própria estrutura de uma indústria como a mineração, o Indi tem discutido alternativas de melhorias. A tecnologia e inovação dentro da indústria. A gente aposta muito no conhecimento produzido aqui. Temos universidades importantes e uma área de tecnologia da inovação com startups e empresas.
Fonte: EM

Mineradoras aproveitam bonança para repetir ganhos em 2017

Mineradoras aproveitam bonança para repetir ganhos em 2017

Mineradoras haviam explorado uma das minas de carvão mais antigas da Austrália por quase um século quando as operações foram paralisadas há um ano, sob o impacto da queda global dos preços das commodities. Agora, a controladora Glencore está retomando a produção na mina de Queensland, o sinal mais recente de um período de bonança que está ajudando as maiores produtoras de metais e de energia a sair da corda bamba.
Os preços de praticamente todas as commodities, do minério de ferro ao zinco, dispararam em 2016, em um movimento de recuperação dos níveis mais baixos em muitos anos, puxado por cortes na produção e demanda mais forte que reduziram os excedentes. As maiores empresas do setor –BHP Billiton Ltd., Rio Tinto Group, Vale SA e Glencore– devem obter lucro combinado de US$ 26 bilhões nos seis meses encerrados em dezembro, o maior valor em dois anos, e 40% superior ao resultado do primeiro semestre, segundo estimativas compiladas pela Bloomberg.
A expectativa é que a temporada de ganhos continue. Analistas projetam lucros maiores em 2017, que reforçariam o balanço das mineradoras e favoreceria a busca por aquisições, aumentaria dividendos e reduziria dívidas. Se o setor de construção na China, maior consumidor de metais, permanecer aquecido, a recuperação da demanda deve persistir, segundo análise do Macquarie Group Ltd. Bancos como o Morgan Stanley elevaram suas estimativas para os preços dos metais e lucros de produtores.

Cenário de ganhos

Em fevereiro, a BHP, maior mineradora do mundo com sede em Melbourne, deve divulgar lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização de US$ 8,5 bilhões nos seis meses encerrados em 31 de dezembro, cerca de 35% acima do período entre janeiro e junho, de acordo com a média das estimativas de três analistas compiladas pela Bloomberg.
No caso da Glencore, com sede em Baar, na Suíça, o avanço seria de 24%, para US$ 4,9 bilhões, enquanto a estimativa para a londrina Rio Tinto é de aumento de 20%, para US$ 6,4 bilhões. Segundo previsões de analistas, as quatro maiores mineradoras do mundo devem apresentar lucro combinado de US$ 27 bilhões no primeiro semestre de 2017. Embora as minas estejam gerando mais caixa, “a questão é olhar além”, disse Michelle Lopez, gestora de investimento da Aberdeen Asset Management Ltd, de Sydney, que administra US$ 403 bilhões em ativos, entre eles ações da BHP e da Rio Tinto. Ela questiona a sustentabilidade da valorização dos preços, já que a China pode reverter sua política de usar menos carvão e porque as minas de minério de ferro estão expandindo a capacidade.


Fonte: Bloomberg

CVM quer que Eike se manifeste sobre depoimentos no caso OSX

CVM quer que Eike se manifeste sobre depoimentos no caso OSX

Após adiar o julgamento do empresário Eike Batista por uso de informação privilegiada na negociação de ações da OSX, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deu 15 dias para que o empresário se manifeste sobre os depoimentos das testemunhas de acusação Aurélio Valporto e Ivo Dworschak, realizados no dia 13 de dezembro na ação penal que tramita na 3ª Vara Federal Criminal do Rio.
Eike é réu sob acusação de ter cometido os crimes de uso de informação privilegiada e manipulação de mercado, delitos contra o sistema financeiro. Marcado para o último dia 16, o julgamento administrativo na CVM foi postergado devido aopedido formulado pelo Ministério Público Federal (MPF) no Rio para a inclusão dos depoimentos colhidos na ação penal contra o empresário no processo administrativo da autarquia.
Ainda não há uma nova data para a análise do caso pelo órgão regulador do mercado de capitais. O despacho do diretor da CVM, Henrique Machado, relator do caso, determinando a manifestação de Eike sobre os testemunhos foi assinado em 19 de dezembro. Em depoimento à Justiça Federal, o ex-executivo da OSX, Ivo Dworschak, relatou uma série de práticas que considerou “inaceitáveis” na empresa, ocorridas principalmente em 2013.
O ex-funcionário contou uma suposta tentativa sigilosa de venda do navio plataforma FPSO OSX-2 para a Maersk em janeiro de 2013. A unidade estava em desenvolvimento pela OSX e seria usada por outra empresa do grupo, a OGX, mas no início daquele ano já havia rumores dentro da empresa que a petroleira não precisaria mais da plataforma. O cancelamento do contrato entre as duas empresas do grupo, entretanto, só ocorreu no segundo semestre.Segundo Dworschak, a plataforma deixou de ser necessária, mas isso não foi comunicado ao mercado.
A OSX teria buscado uma alternativa para o problema. A informação de que a plataforma não seria usada pela OGX seria um indício para os investidores de que o desenvolvimento dos campos de petróleo da empresa não ia tão bem quanto parecia. A petroleira declarou a inviabilidade econômica dos campos de Tubarão Azul, Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia, em 1º de julho de 2013, dando início à derrocada da empresa.
Na audiência judicial, o economista José Aurélio Valporto, representante da Associação dos Investidores Minoritários (Aidmin), defendeu que os investidores foram prejudicados com a divulgação de informações pela OSX. O juiz Vitor Barbosa Valpuesta, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio, marcou para 21 de fevereiro de 2017 uma nova audiência do processo criminal contra Eike Batista.


Fonte: Exame

Brasil deve crescer 10 vezes na produção de diamantes, diz MME

Brasil deve crescer 10 vezes na produção de diamantes, diz MME

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a exploração da primeira jazida de diamantes primários no país iniciada no Brasil este ano (município de Nordestina -Bahia), tem capacidade para dobrar a produção e a exportação dos diamantes brasileiros neste ano e elevar os valores atuais entre 5 e 10 vezes nos próximos anos. As jazidas de diamantes primários são aquelas onde se extrai o diamante bruto diretamente da rocha geradora.
A maioria da produção brasileira de diamantes é exportada, principalmente para os Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e Israel. Apesar disso, antes da descoberta e exploração da jazida de diamantes primários, a produção desse mineral no Brasil ainda era pouco expressiva e se colocava nos últimos lugares no âmbito internacional.
Além de Nordestina, o Projeto Diamantes do Brasil, em execução pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), tem revelado várias áreas kimberlíticas com grandes possibilidades de se encontrar diamantes primários. Enquanto essas áreas não forem totalmente estudadas, os diamantes secundários continuam a ser encontrados por garimpeiros e por pequenos mineradores, principalmente nas regiões de Coromandel e Diamantina, em Minas Gerais, além de algumas áreas nos estados de Goiás, Pará e Roraima. O projeto tem demonstrado que a grande maioria dos estados brasileiros possuem ocorrências prospectivas para diamantes.
Em 2015, a produção brasileira foi em torno de 31,8 mil quilates, ao valor total na ordem de US$ 1,5 milhões e a produção mundial de diamantes em 2015, de acordo com os dados estatísticos do Sistema de Certificação do Processo de Kimberley (que controla mundialmente os dados estatísticos de produção, importação e exportação de todos os países membros) foi de aproximadamente de 127,3,4 milhões de quilates, ao valor de US$ 13,7 bilhões.
Em termos de exportações, no mesmo ano, o Brasil exportou cerca de 34,7 mil quilates ao valor total de aproximadamente US$ 5,7 milhões, ao passo que a exportação mundial foi de 351,4 milhões de quilates ao valor de US$ 42,4 bilhões aproximadamente (a diferença entre a produção e a exportação ocorre porque na produção anual não são considerados os estoques remanescentes de anos anteriores).
O processo de extração de diamantes da rocha primária
A rocha primária de diamantes chama-se kimberlito, em homenagem à cidade de Kimberley (África do Sul), onde foram encontrados diamantes pela primeira vez em 1870, resultantes de estudos geológicos, de pesquisa e exploração mineral (e não por garimpos em rios).
Antes disso, o Brasil era o maior produtor de diamantes no mundo, sendo o local onde primeiramente se comercializou a pedra preciosa. De 1725 a 1866, o Brasil foi o maior produtor mundial desta gema. Em 1860, foi descoberto o diamante Estrela do Sul, considerado um dos maiores do mundo com 128 quilates.
Conheça outros diamantes brasileiros famosos, de acordo com Luiz Antonio Gomes da Silveira:
Goiás: descoberto em Catalão em 1906, considerado o 3º maior diamante de qualidade gemológica.
Presidente Vargas: descoberto em 1938 em Coromandel (Minas Gerais), com 726,60 quilates, considerado o 8º maior do mundo.
Darcy Vargas: descoberto em 1939, Coromandel (Minas Gerais), com 460 quilates
Coromandel IV: descoberto em 1940, Coromandel (Minas Gerais), com 400,65 quilates.
Presidente Dutra – descoberto em 1949, Coromandel (Minas Gerais), com 407,68 quilates
Diamantes:
Os primeiros diamantes foram formados há 2,5 bilhões de anos, no manto da terra, durante a era arqueozoica, e os mais recentes há 45 milhões de anos atrás.
São formados sob alta temperatura (1.150-1.200º C) e alta pressão, em profundidade de aproximadamente 160km, sob um processo de resfriamento do magma. Após formados, durante erupção vulcânica, foram ejetados em grandes velocidades, mantendo a sua forma. Os diamantes são constituídos de um único elemento químico, o Carbono.
Fonte: Último Instante