domingo, 15 de janeiro de 2017

A surpreendente cidade australiana onde os habitantes vivem embaixo da terra

A surpreendente cidade australiana onde os habitantes vivem embaixo da terra


Coober PedyDireito de imagemDISTRICT COUNCIL OF COOBER PEDY
Image captionCoober Pedy fica ao Sul da Austrália, uma cidade "escondida" no Novo Continente
Coober Pedy é uma pequena cidade cheia de minas na Austrália. Ela é conhecida como a capital mundial da opala, uma pedra preciosa muito usada por reis na antiguidade. Os antigos acreditavam que uma pessoa poderia ficar invisível se enrolasse uma opala em folha de louro fresco e a portasse junto de si para onde fosse.
Hoje, a região carrega mais do que apenas a lenda dessa pedra misteriosa. Cerca de 3 mil pessoas moram em Coober Pedy. É uma cidade com uma particularidade: é praticamente subterrânea, e quem vive ali precisa se adaptar a essas características.
O repórter da BBC Michael Dulaney foi conhecer essa remota e peculiar comunidade.
"Sigo a caminho da cidade mineira australiana Coober Pedy.
O que sobressai nessa paisagem plana e indiferente são algumas chaminés que brotam da terra no meio do caminho.
São poços de ventilação para a maioria das casas que, na verdade, estão embaixo da terra. São as chamadas "dugouts", covas escavadas para os moradores escaparem do calor sufocante do deserto.
Tudo em Coober Pedy é subterrâneo: não só as casas, como também as lojas, os hotéis, os bares, galerias de arte e até as igrejas.
O interior delas é fresco e agradável - imagino que isso seja um incentivo para as pessoas a irem à missa.
"Com certeza", me diz o padre. "Essa é a ideia. No deserto, tudo é muito extremo: ou muito frio, ou muito quente. Por isso, se proteger debaixo da terra ajuda a amenizar um pouco as temperaturas. Assim a vida fica suportável e a igreja se torna um bom refúgio."
Coober PedyDireito de imagemDISTRICT COUNCIL OF COOBER PEDY
Image captionAs chaminés no deserto mostram que as pessoas preferem viver embaixo da terra para não terem de lidar com as temperaturas extremas na região
A tentação de se mudar para Coober Pedy, obviamente, não é o clima. O que atrai as pessoas é o sonho de enriquecer encontrando a opala, cuja gema pode valer milhares de dólares.
O local foi descoberto em 1915 por um jovem de 14 anos chamado William Hutchison. Ele havia viajado para o meio do nada no Sul da Austrália com seu pai e seus dois sócios em busca de ouro - que não tinham encontrado.
No dia 1º de fevereiro, William deveria ter ficado no acampamento para cuidar das coisas, mas desobedeceu as ordens de seu pai, saiu para procurar água e se perdeu.
Coober PedyDireito de imagemDISTRICT COUNCIL OF COOBER PEDY
Image captionIgrejas subterrâneas atraem fiéis em parte por causa do clima ameno dentro delas
Quando escureceu e o menino ainda não havia aparecido, os adultos começaram a se preocupar. Mas, pouco depois, ele chegou com um sorriso de orelha a orelha e uma bolsa cheia de opalas.
Claro que tudo isso foi apenas um acaso. Mas William também descobriu lá o que havia ido buscar: água doce, coisa igualmente rara de se encontrar naquela região.

Um mar que já não existe

As opalas preciosas da Austrália são resultados de condições muito especiais que datam de mais de 100 milhões de anos atrás, quando o grande mar da Eromanga, que até então cobria o centro da Austrália, começou a secar.
Fluidos muito ácidos se dissolveram em areia de sílica rica em quartzo e em seguida se transformaram em opalas preciosas.
Coober PedyDireito de imagemDISTRICT COUNCIL OF COOBER PEDY
Image captionA cidade é um lugar no meio do nada: o local mais próximo é Adelaida, que fica a 9 horas de viagem dali
Essas circunstâncias são muito específicas e pouco comuns. A outra origem das opalas - mais comum - é a vulcânica.
Mas encontra-las não é fácil. Por isso, seu valor segue provocando a mesma "febre" que contagia milhares de pessoas desde 1915.
E foi essa febre que manteve Sandy Williams na indústria por 20 anos, até ela se dar por vencida e aceitar um emprego fixo como guia turística local.
"Nunca dá para saber o valor que tem a opala quando você a desenterra. Ela sempre parece maior, melhor, mais brilhante embaixo da terra, mas na superfície você não a vê da mesma forma que da primeira vez", diz.
"A imaginação e as expectativas acabam influenciando o que se enxerga na mina de opala."
OpalaDireito de imagemBILDAGENTUR-ONLINE/MCPHOTO-SCHULZ
Image captionA bela joia de opala
Mas que tipo de pessoa é mais comum aqui, eu pergunto. "Provavelmente é o mais romântico e aventureiro. Essa é a última fronteira. Um lugar onde você pode trabalhar para você mesmo, pode trabalhar o quanto que quiser - e encontrar um milhão de dólares. Já morei lá antes e pretendo voltar um dia."
"Mas no fim a pobreza me mandou de volta ao papel de funcionária em vez de patroa."

Esperança

A atividade de mineiração nos campos de opala é evidente - é possível ver pequenos montes de areia e buracos que se estendem até o horizonte.
Essas minas seguem se multiplicando diariamente com as escavações de mineiros como Teles, um chef aposentado que está dedicando seu tempo à busca do tesouro.
Ele não revela seu nome completo - os mineradores aqui são discretos -, mas se oferece para me levar a explorar sua mina.
OpalaDireito de imagemTHINKSTOCK
Image captionIsso é o que seduz milhares de pessoas a viverem em Coober Pedy: a opala
"Comecei nesta mina há cerca de 5 ou 6 semanas, mas tive problemas com a pá. Ela falha de vez em quando", conta ele, frustrado.
"Quando me aposentei, passei a ficar em casa. Até que pensei: 'Chega! Vou para a mineração algumas horas por semana'. Sou diabético, e isso é um exercício muito bom."
"Sou chef e administrei o hotel Opal por alguns anos para pagar as contas. Tenho nove filhos e paguei colégio e faculdade para eles. Agora todos trabalham e assim eu posso relaxar."

Para relaxar

Teles começou a se dedicar a mineração há 26 anos.
OpalaDireito de imagemMILLARD H. SHARP/SCIENCE PHOTO LIBRARY
Image captionÉ como um poço de luz enterrado no deserto
"Cheguei tarde a esse negócio da opala. Os melhores lugares para explorar já estavam tomados e só sobraram esses mais afastados, na periferia. Realmente, não há nenhuma chance de encontrar algo que te dê muito dinheiro, a não ser que você tenha muita sorte."
A mina em que ele está trabalhando não é nova. Muitos mineradores já escavaram ali, o que também aumenta os riscos no local.
"O que eu faço é trazer o túnel para cima e fazer uma cúpula, para que toda a pressão fique para os lados. Quando um coelho faz sua toca, é sempre em forma de arco. A natureza tem sua sabedoria e, se você a imita, não deve ter problemas."
Mas Teles já passou por apuros, quase soterrado em sua própria mina. Da última vez, foi sua pá mecânica que o salvou. O fato de estar escavando a terra sozinho é algo que torna sua tarefa ainda mais arriscada.
Céu de Coober PedyDireito de imagemDISTRICT COUNCIL OF COOBER PEDY
Image captionA Vía Láctea: outro tesoro de Coober Pedy é a vista do firmamento.
"Eu tenho 72 anos de idade. Se algo acontecer…tudo bem. Um dia todo mundo vai morrer, e eu prefiro morrer enterrado aqui a morrer no deserto", afirma.
É uma deixa para uma reflexão mais profunda, quase filosófica, sobre viver e sonhar.
"Esse corpo que tenho está em agonia. Sempre depois de trabalhar, os ossos e os músculos doem. Mas fazemos isso porque nos fascina", admite.
"Quem sabe eu possa me tornar uma opala daqui 50 milhões de anos..."

sábado, 14 de janeiro de 2017

TOPÁZIO IMPERIAL

TOPÁZIO IMPERIAL

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Algumas teorias procuram explicar a origem do termo topázio e a mais plausível é que derive do vocábulo sânscrito tapas, significando fogo. A designação imperial, por sua vez, foi atribuída à gema em homenagem a D. Pedro I que, segundo relatos históricos, teria se encantado com a exuberância dos matizes e tons de alguns exemplares de topázio que lhe foram oferecidos durante uma estadia na antiga Vila Rica, em Minas Gerais, de onde foram extraídos.
Descoberto por volta de 1760, o topázio imperial é a variedade mais valorizada desta espécie mineral e ocorre unicamente na região de Ouro Preto, em diversos depósitos numa área de aproximadamente 150 km2. Atualmente, as minas mais produtivas são as do Capão do Lana, cuja lavra é inteiramente mecanizada e situa-se na localidade de Rodrigo Silva; e a do Vermelhão, localizada em Saramenha, além de diversos depósitos aluviais nas cabeceiras de alguns córregos e ribeirões da região.
Esta fascinante variedade de topázio ocorre numa ampla gama de cores, do amarelo alaranjado ao laranja-pêssego, do rosa ao vermelho-cereja. A cor mais rara é a roxa, seguida pela roxa rosada, vermelha-cereja e pelas bicolores.
Em termos de composição química, o topázio trata-se de um silicato de alumínio e flúor, incolor em seu estado puro. Acredita-se que as cores do imperial se devam à presença de elementos de transição e de terras raras dispersos na rede cristalina do mineral, entre eles Cr, Cs, Fe, V, Mn e Ti, sendo que os teores dos dois primeiros exibem uma correlação com a intensidade e tonalidades do amarelo ao avermelhado.
Existem topázios de cores algo similares ao imperial provenientes de outras fontes no mundo, porém a produção é pequena e descontínua, como em Katlang (Paquistão) ou apresenta importância apenas histórica, como a outrora proveniente da Rússia, onde o jazimento encontra-se praticamente esgotado.
O topázio imperial ocorre em pequenos cristais prismáticos, apresentando faces estriadas longitudinalmente, quase sempre com uma única terminação. Possui clivagem basal perfeita e sua elevada dureza (8 na escala Mohs) e brilho intenso conferem às gemas lapidadas uma rara beleza.
Acredita-se que o topázio imperial possui origem hidrotermal, relacionada ao último evento vulcânico ocorrido na região; a rocha mineralizada compõe-se de uma argila alterada, cortada por veios de caolinita, que são lavrados por desmonte hidráulico, sendo, em seguida, os espécimes submetidos à cata manual e classificação.
Os minerais associados ao topázio imperial são quartzo, mica, dolomita, especularita, rutilo e, raramente, euclásio, florencita e xenotima. As principais inclusões são as fásicas, os tubos de crescimento, as fraturas parcialmente cicatrizadas e as minerais, sobretudo de ankerita, tremolita, rutilo, goethita, especularita, topázio e pirofilita.
O topázio imperial pode ser submetido a tratamentos, por meio de técnicas amplamente utilizadas e aceitas no mercado internacional de gemas, visando melhorar o seu aspecto e tornar suas cores ainda mais atraentes, com o conseqüente aumento do seu valor monetário.
O método mais usual é o tratamento térmico, através do qual obtém-se gemas rosas a partir de exemplares alaranjados ou amarelos amarronzados, mediante a remoção do centro de cor amarelo. Este tratamento é estável e, geralmente, a melhor coloração é obtida após um lento aquecimento até uma temperatura de aproximadamente 450oC.
Outros tipos de tratamento, mais recentemente aplicados ao topázio imperial, consistem no preenchimento de fraturas com resina, de uso consagrado em diamantes, rubis, safiras e esmeraldas, e o método de difusão superficial, empregado comumente em safiras e rubis.
Como único país produtor da singular variedade imperial, o Brasil ocupa posição privilegiada na exportação do mineral topázio, seguido pela Nigéria, Madagascar, Paquistão, Sri Lanka e Rússia. Atualmente, os principais países de destino do topázio imperial são os Estados Unidos, Taiwan, Japão, Alemanha, Hong-Kong, China, Índia e Itália.
PS= Essa gema vai valorizar muito, pois só existe no Brasil, Ouro Preto- MG- Talvez em alguns anos valorize tanto quanto a Turmalina Paraíba. Bom investimento.

MEMORIAS DE UM EX-PILOTO DE GARIMPO,TUCUMÃ-PA.

MEMORIAS DE UM EX-PILOTO DE GARIMPO,TUCUMÃ-PA.














































































































































MEMORIAS DE UM EX-PILOTO DE GARIMPO
No norte, fica a Amazônia. Um território ainda quase virgem, com milhões de quilômetros quadrados de terra, madeira, água, sol e muito minério. Na Amazônia fica Carajás, a maior província mineral do mundo, com grandes reservas de ferro, níquel, manganês, cobre , ouro, bauxita e cassiterita, que o Brasil necessita explorar para garantir o seu desenvolvimento paralelamente à agricultura. E em Carajás fica TUCUMÃ, uma das grandes colonizações do país. São 400.000 hectares divididos em três glebas, com um total de 3.000 propriedades rurais com a garantia de venda da Construtora Andrade Gutierrez, uma das três maiores empreiteiras do país. É neste cenário que se encontra uma Aviação Pioneira, a Aviação do Garimpo.O tempo passa rapidamente enquanto a vida acompanha esse curso, sem olhar para trás. Poucos são os pilotos, que como eu, poderão dizer um dia: - Fui piloto de garimpo.Enquanto muita gente se divertia por ai, algumas centenas de abnegados que gostam de voar por amor a liberdade estavam embrenhados numa mata virgem arriscando suas vidas. Transportando pessoas e carga em frágeis aviões, ajudando nascer uma civilização no meio da mata, construindo uma futura cidade. Onde muitos não conseguem chegar, o avião transpõe tudo e chega lá, trazendo o conforto, a sobrevivência, a salvação daqueles que por uma ou outra razão escolheram viver perigosamente no meio da selva, no inferno verde.
Longe de tudo, distante de nossos lares milhares de quilômetros, onde só o avião e a imaginação conseguem chegar, estávamos nós, dezenas de pilotos, enfiados numa área de garimpo. Hoje as lembranças, coisas boas da vida da gente, não se apagaram. E como é bom recordar aqueles tempos, no ano de 1983.
Havia perdido o emprego como Comandante de um bimotor e estava dando cabeçadas, fazendo free-lancer numa vida minguada, cheia de concorrência e sem reconhecimento, sobrevivendo só Deus sabe como. Afinal, aviação executiva havia dado o seu ultimo suspiro no sul. Nesta época meus olhos estavam voltados para a região norte, onde ainda o avião como meio de transporte tem a sua posição privilegiada. Onde os profissionais conseguem ganhar justamente o que merecem.
Surgiu a oportunidade e de repente estava eu em TUCUMÃ, uma civilização que nascia a cinqüenta minutos de vôo de Redenção no Pará, em plena mata virgem. A poucos minutos de vo de Serra Norte, de São Felix do Xingu e da aldeia Kriketun, as margens do rio Fresco e do rio Branco.
TUCUMÃ, a 12º quilômetros de São Félix do Xingu, era uma iniciativa corajosa da Construtora Andrade Gutierrez, denominada projeto Cidade nº1. Era a primeira gleba. O CUCA era a cidade satélite implantada pelo pessoal de Belo Horizonte - MG que implantava essas cidades, onde as áreas de garimpos proliferavam pela região em uma verdadeira corrida para o ouro. Nesta corrida maluca entrava a aviação de garimpo, elo de ligação entre a civilização que surgia e as clareiras abertas na selva, onde estavam as pequenas faixas improvisadas para pouso e decolagem, pistas num superiores a 300 metros. Sem aproximação, sem arremetida e geralmente construídas nos pés de morros, onde se desenvolviam os garimpos de ouro.
PISTA NOVA com a cantina do Zinho e do falecido Mané Gato, com a cantina do Antonio e da Raimundona, onde tinha farmácia, dentista, barbeiro, padaria, açougue e até cinema. PISTA DA UNIÃO, MAGINCO,MARIA BONITA,BATEIA,CUMARÚ, etc... Cenário de grandes aventuras, onde alguns amigos por infelicidade ficaram para sempre, tentando fazer a ligação, entregar o frete.
Seis a oito pessoas, dependendo do porte físico do grupo e mais suas borrocas(maletas de viagem) eram transportadas comprimidas como sardinha em lata, dentro de um avião de 4 lugares como o “Carioca” ou o “Skylane”. Valeu a experiência para os que ficaram sem serem mutilados pela sorte, e a certeza do que pode realizar um Carioca, um C-180, um C-182, ou um C-206.
Nós vivemos uma aviação sem mistérios, sem padrão, sem apoio de terra, sem manutenção preventiva e por dezenas de vezes cruzamos aquele tapete verde sem sequer carregar uma bolsa de sobrevivência na selva ou um galão de água. De bermudas, camisetas e às vezes mesmo sem camisa tal o calor insuportável conseguimos transpor milhares e milhares de castanheiras gigantes, num vai e vem, levando alimentação, pessoas, coisas e enfermos.
A malaria também era um dos grandes inimigos naturais, por isso dormíamos dentro de barracas, enfiados em mosquiteiros até conseguir uma vaga na hospedaria pioneira de madeira que surgia na civilização chamada TUCUMÃ, hoje uma cidade.
Nós vimos e ajudamos a nascer TUCUMÃ, fazer dela uma prospera cidade. Na época das águas(chuvas) os vôos diminuem e os acidentes parecem aumentar com as pistas escorregadias, os nevoeiros de superfície e os CB. Na estação da fumaça, bruma seca originaria das queimadas do Pará e Goiás é coisa seria e dá condições de vôo por instrumentos (IMC) e mesmo assim quantas e quantas vezes arriscamos a pele fazendo os vôos espanta macacos por baixo da cortina de fumaça, lambendo as castanheira, para retirar o enfermo com malaria ou o acidentado que precisava de socorro. Muitas vezes com o combustível contado, sem alternativa, navegando só na bussola e por referencias visuais em rios, clareiras,pistas abandonadas, aldeias, morros, etc...
Quando lá cheguei havia onze aviões apenas operando na área de garimpo, mas quando de lá sai somavam mais de quarenta. Todo dia chegando aviões com pilotos aventureiros procurando o seu lugar ao sol, tentando um meio de melhorar a vida.
A Policia Federal não era problema para quem estava andando certo. No entanto, derrepente a FAB- Força Aérea Brasileira chegou para colocar disciplina na casa. Algum louco xingou um Coronel Aviador pela freqüência livre, virou bagunça e todo mundo dançou. A freqüência usada na época 125.80Mhz era a mais tumultuada do Pará. Todo mundo falava com todo mundo dando sua posição a cada minuto na esperança de ser localizado no caso de um pouso forçado na mata virgem. Os aviões na maioria das vezes voavam em formação, dezenas deles no ar fazendo uma mesma rota. Uma loucura que as vezes era quebrada pela monotonia dos regressos sem passageiros de retorno, batendo lata.
Dois ou três se encontravam no céu e para descontrair aquelas puxadas descomunais tipo montanha russa, seguida de uma perda total em gritos de alegria pela freqüência. Quem deve se lembrar bem disso é o Gere, o Amorr(Ceará), o Martinho(Charles Bronson). O Cmte. Gere aprendeu a voar no colo do pai, que era piloto do governo do Estado de Goiás, e hoje vive em TUCUMÃ. O Cmte. Amorr veio do Ceará por que havia pousado um bimotor perdido na noite em uma rodovia e perdera o emprego. O Cmte. Martinho era de Goiás, mas veio de Manaus-AM onde voava hidroaviões e vivia chorando por uma mulher. Cada qual tinha uma historia própria, um motivo, uma esperança, um sonho, uma ambição e um único objetivo: ganhar muito dinheiro para sair bem daquela vida arriscada, cheia de sacrifícios e muito suor.
A saudade hoje bate forte, mas persistir arriscando a vida, contando unicamente com a sorte é burrice. Afinal um homem prevenido vale por dois neste mundo curioso onde não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe. Assim muitos fizeram o pé de meia como eu e caíram fora, pois quem muito quer por fim acaba sem nada, principalmente quando a historia tem um final triste. Nas lembranças ficaram os bons momentos, os amigos, nossos irmãos que comungavam a mesma trilha e que hoje cada qual seguiu um curso. São eles os inesquecíveis: Cmte. ZECÃO (José Giafonni, piloto Stock Car de São Paulo-SP), Cmte. TÚLIO e os seus C-180 (PT-AZY e PT-DKV), MARTINHO, GERÊ, CEARÁ, KIKO, SOUZA, SILVIO, VILELLA, CHAMBARI, BOSQUINHO, MARTINELLI, JEROMINHO,JURUNA, VILLAMIL,DURVALINO,JUAREIS,CARDILLE, DIVINO MARAVILHOSO e os desaparecidos mais tarde tragicamente: o SARDINHA no garimpo e o BUZINA no Rio Araguaia.
Quem não voou no garimpo, mas colocou TUCUMÃ de ponta cabeça foi o Comandante CATALÃO que agitou a bandeira e trouxe muita gente para a região, um Co-piloto do governo de Goiás que espalhou a fofoca. O ROCHINHA, sócio com o irmão que voava na VASP comprou um Cessna-182 Skylane Robertson Stoll, levou para lá, não conseguiu voar e ficou em terra controlando os vôos que empreitava para os pilotos que por ali apareciam para voar. Até que muita coisa aconteceu premeditando o trágico acontecimento final, o qual ceifou vitimas num acidente agravado pelo fogo.
As brigas, o mecânico PORTO, ex-FABiano, o MIGUEL ARGENTINO e seus aviões. Tudo tinha sabor de aventura, como uma longa novela repleta de capítulos emocionantes envolvendo pioneiros, onde ficou gravado o calote que levamos dos índios e de alguns cantineiros que não pagaram os seus vôos e nós não recebemos a nossa sagrada comissão.
Em todo lugar existem os mais loucos. Aqueles, Omo o BOSQUINHO e o VALÉRIO que operavam o EMBRAER CORISCO em pista de garimpo, onde nem mesmo o helicóptero da FAB gostava muito de, aleijado de um pé num acidente com um Cessna-170, quebrou um monte de aviões que passaram pelas suas mãos até que se perdeu com um velho Cessna-210 no meio da fumaça durante um vôo de navegação e acabou jogando o avião numa quiçaça de fazenda perto de Redenção-PA, deixando os passageiros assustados e em pânico. Sem contar a pilonada do AMORR na pista do Maginco, alagada, cujo show assisti de camarote em companhia de outros pilotos que iam ali aterrar. Em conseqüência um garimpeiro estourou o olho no painel do C-182 e todos saíram machucados quando o avião ficou de barriga para cima. Quem não prestou muita atenção no ocorrido, pensou que o avião havia pousado, pois tudo aconteceu rapidamente. Teve até um louco que distraidamente, vendo o avião parado próximo a cabeceira da pista, gritou na freqüência: - que lindo pouso curto AMORR !
Certa vez fugindo de um temporal, dos tais que ocorrem quase todas as tardes em locais isolados do Pará e da Amazônia com muita chuva e fortes ventos, num velho Cherokee-260 “Pathfinder”, transportando em um saquinho de papel um quilo de duzentas gramas de ouro no retorno da Pista Nova para o boteco do Zé Ceará comprador de ouro em TUCUMÃ, acabei encontrando o GERÊ num malhado Cessna skylane também fora de rota tentando contornar a chuva e os fortes ventos. Nesta altura eu já estava perdido quando vi o Rotating de cauda do C-182, fiz contato na freqüência e segui na cola aos solavancos em meio aquela escuridão provocada por um enorme CB. Fomos parar em um pista no pé de um morro, numa tal VILA REAL onde só existia uma barraca construída de troncos de coqueiros e madeira nativa, servindo como ponto de apoio à expedições que pesquisavam ouro na região. Chegamos ali com muita chuva e violentos ventos de superfície, onde pousamos e a água malhou para valer. Só saímos dali depois que o temporal passou na boca da noite. Estávamos a apenas uns quinze minutos de vôo de TUCUMÃ e nunca mais ali voltei.
O mais triste eram os vôos na fumaça onde surgem as miragens. Visões de posições e pontos conhecidos no horizonte por onde temos que passar. Voando num rumo tal, de pois de tantos minutos por exemplo tem que passar numa garganta ou ao lado de um morro visivelmente reconhecido em dias de céu claro em contraste com o horizonte. Percorrendo a mesma rota feita muitas vezes ao dia num vai e vem, na época da bruma seca quando estamos envoltos nela, a visibilidade é restrita e prejudicada fortemente. O piloto determina o tempo de vôo até a posição conhecida e durante o desenrolar do vôo, desejando ver a tão esperada referencia , começa até a imaginá-la, pois conhece perfeitamente, gravada em sua mente nos mínimos contornos. Assim no anseio de se orientar entre a fumaça esquece da bussola e imagina estar vendo tal posição e como uma miragem ele vai até lá. E quando se aproxima da referencia visual, acreditando ser verdadeira, ela desaparece. Tudo se torna mais perigoso quando a imaginando ver outro ponto conhecido e já gravado no subconsciente, arrisca ir até lá para conferir o que imagina ver e nada encontra, onde acaba se perdendo.
Nessas horas que o piloto tem que confiar na bussola, compensar o vento, acreditar no tempo sem procurar referencias visuais imagináveis, que nesta altura do campeonato acabam desaparecendo. Tranqüilidade acima de tudo deve andar lado a lado com quem se propõe voar nessas condições. E, no entanto ninguém consegue voar descontraído numa condição destas. Assim, depois de um grande susto, passei fazer como os menos corajosos, ficando em terra firme por vários dias até que a fumaça nos permitisse voar com maior segurança, sem arriscar ainda mais o pescoço.
Muitos pilotos tentaram arriscar a sorte em TUCUMÃ, mas acabaram voltando para trás com suas frustrações. Foi o que ocorreu com o Cmte. Wellinton do Aero Clube de São Paulo-SP, que tanto eu e posteriormente o Cmte. Vilella de Itú-SP levamos para conhecer as pistas e o tipo de operação no garimpo, mas acabou desistindo. Foram tentativas em vão, pois sua capacidade técnica, sua coragem, seu preparo, não foram suficientes para enfrentar a empreitada. Ainda bem, que como o Wellinton, alguns perceberam logo cedo que não possuíam aptidão necessária e desistiram, regressando sem deixar marcas. Quem não se lembra do mecânico de aviação particular do Cmte. Dimas, aquele que de vez em quando colocava o NDB 255 de TUCUMÃ no ar, principalmente na época da bruma seca. O radiofarol era de propriedade particular da Construtora Andrade Gutierrez e estava sempre necessitando de manutenção. Seu alcance era pequeno, mas ajudava os navegadores.
Outros mecânicos de aviação a quem devemos os constantes desempenhos dos nossos aviões foram: BENEDITO DE SOUZA( o Marabá), o ÊNIO AVELAR DE SOUZA e o PORTO. Eles ficaram. Pelo menos eu os deixei lá, quando resolvi vir embora. E com eles ficou TUCUMÃ, uma civilização que nós pilotos de garimpo da época vimos nascer. Hoje uma cidade, um exemplo de realismo e coragem de muitos homens. Onde estarão hoje meus amigos Pilotos de Garimpo.

A viagem de Maria Christina

A viagem de Maria Christina

Nos EUA, a ex-mulher de Valdemar Costa Neto diz ter documentos de que Lula e Eduardo Cunha têm diamantes depositados em cofres no Uruguai e Portugal

A viagem de Maria Christina
CARA DA RIQUEZA Maria Christina diz ter dossiês contra Lula e Cunha: diamantes em cofres no Uruguai
Valdemar e Maria Christina ficaram casados três anos. Nesse período, ela foi anotando tudo. Dinheiro que o marido recebia de propinas, de quem recebia, sua relação espúria com o então presidente Lula, com os aliados corruptos do PT. Fez um dossiê de Valdemar. Quando o marido caiu nas malhas do mensalão, acusado de ter recebido R$ 40 milhões do PT e embolsado pelo menos uns R$ 10 milhões, Maria Christina, já separada de Valdemar, foi depor no Congresso contra ele. Levou debaixo do braço o dossiê contra o ex-marido. Os dois passaram a se odiar. Trocaram juras de vingança pela imprensa. Maria ajudou a condenar o ex-presidente do PP. Valdemar pegou sete anos e dez meses de cadeia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Cumpriu uma parte e outra ficou com tornozeleira em casa. Recebeu indulto do STF em 2015.
Nesse processo para que Valdemar obtivesse o perdão judicial, Maria Christina escreveu cartas a ministros do STF dizendo que o ex-deputado continuava ameaçando-a. Disse que um homem com uma arma a ameaçou na rua dizendo para ela “esquecer o passado”. Hoje Valdemar é um homem livre.
Livre, mais ou menos. Maria Christina continua nos seus calcanhares. Diz que Valdemar a ameaça, já fez dezenas de boletins de ocorrência policial contra ele. Valdemar retaliou e até a luz da casa onde Maria Christina morava ele mandou cortar. Maria, assim como Valdemar, ficou anos fora do noticiário. Até que na semana passada Maria Christina reapareceu dizendo que estava de viagem marcada para os Estados Unidos, onde iria morar, com nova identidade e proteção do Departamento de Estado da Justiça dos EUA. Para surpresa geral, disse que tinha dossiês contra o ex-marido, contra o ex-deputado Eduardo Cunha (ex-presidente da Câmara) e contra o ex-presidente Lula.
Uma bomba. Disse que Cunha e Lula “ganharam” diamantes em negócios escusos que fizeram na África e os guardaram em cofres em Portugal e no Uruguai. Pode ser uma outra viagem de Maria Christina. Ela disse ter provas. Afirma que ofereceu os documento às autoridades brasileiras, mas ninguém quis garantir sua vida caso divulgasse a papelada toda contra Valdemar, Cunha e Lula. Por isso, ofereceu a documentação aos americanos, que prometem, segundo ela, analisar os dossiês. Ofereceram-lhe segurança. Pediram que ela fosse morar nos Estados Unidos, lhes entregasse os papeis.
Recentemente, documentos da Odebrecht sobre a corrupção no Brasil e em outros 12 países foram entregues ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos, precipitando o acordo de leniência da empreiteira com o governo americano, suíço e brasileiro. A Odebrecht pagou R$ 7 bilhões em propinas no mundo todo e vai ter que pagar multas aos governos dos 12 países para livrar os executivos de cadeia nos EUA.
Maria Christina já está há uma semana nos Estados Unidos. ISTOÉ tentou falar com ela, mas seu celular não atendeu. Sua advogada Maristela Basso também não deu retorno às ligações. Mas o certo é que Maria Christina faz relatos como se Lula e Cunha tivessem agido como Indiana Jones na África, recebendo diamantes como parte das propinas por negócios no Continente. Todo mundo sabe que Lula se empenhou até os dentes para fazer negócios em países africanos, beneficiando empreiteiras como a Odebrecht, que tem grandes interesses por lá, como em Angola e Moçambique, onde se encontram os maiores diamantes do mundo. O ex-deputado Eduardo Cunha, recebeu milhões em propinas em Benin, também na África, onde é acusado de ter intermediado a venda de um campo de petróleo para a Petrobras. Graças à isso está preso na Operação Lava Lato em Curitiba.
Segundo Maria Christina, Lula e Cunha teriam guardado esses diamantes em cofres no Uruguai e Portugal. Ela disse ter provas disso. Temendo morrer, afirmou ter guardado os documentos em cinco países diferentes. Só para lembrar, Lula é investigado pela Operação Lava Jato como suspeito de ter negócios no Uruguai. A Operação Lava Jato investiga se ele é dono de uma mansão em Punta Del Este, cidade uruguaia onde estão grandes cassinos latino-americanos. Era lá que o ex-marido de Maria Christina ia jogar com freqüência no tempo em que o PT lhe dava grandes quantias para supostamente abastecer deputados do PP e PR que votavam favoravelmente ao PT na Câmara.
Maria Christina é apenas mais uma mulher que pode abrir uma nova frente de investigação a envolver políticos. Antes dela, Cláudia Cunha ajudou a detonar o marido, Eduardo Cunha. Ela gastou R$ 1,8 milhão em cartões de crédito com o dinheiro de propina recebido pelo marido. Comprava sapatos Louboutin, bolsas Vuitton e torrava milhões de reais em hotéis de luxo nos EUA, Europa e Dubai. Já a mulher do ex-governador Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, comprava centenas de jóias. Gastou mais de R 6 milhões em brilhantes, como um colar de R$ 600 mil. No caso de Maria Christina, a evidência poderá ser um colar de diamantes.

Funai propõe que Monumento ao Garimpeiro seja demolido em RR

Funai propõe que Monumento ao Garimpeiro seja demolido em RR
 
Para autoridade indigenista, estátua representaria uma apologia ao crime de garimpagem ilegal em Roraima

Monumento ao Garimpeiro é histórico e homenageia os pioneiros que atuaram na mineração em Roraima (Foto: Rodrigo Sales)
O coordenador-geral da Frente de Proteção Yanomami e Ye'kuana, da Fundação Nacional do Índio (Funai), João Catalano, criticou ontem um dos principais símbolos de Roraima, o monumento ao Garimpeiro, na Praça do Centro Cívico. Ele disse que a estátua seria uma apologia ao crime e que, por isso, vai propor a demolição do monumento.

“Não podemos aceitar que um símbolo que faz apologia ao crime represente um povo. O garimpeiro é um infrator porque contraria várias leis, principalmente as ambientais. Vejam o que acontece na Terra Yanomami, por exemplo. Centenas de garimpeiros, criminosos usurpam o ouro do povo brasileiro e ainda destroem o meio ambiente, poluindo rios e desmatando a floresta, o que acaba colocando em risco a vida de todos. E temos um símbolo que faz apologia a isso?”, questionou.

O coordenador não deu detalhes de como, quando, onde ou a quem iria propor a demolição da estátua, que fica na praça central da cidade, onde estão as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de Roraima. Catalano também lembra que o monumento representa a degradação do povo macuxi.

“Tínhamos uma população pacata com 70 mil habitantes, mas em pouco tempo esse número saltou para mais de 200 mil com a abertura clandestina do garimpo. E o que aconteceu? Exploraram nosso solo, levaram nossas riquezas, o garimpo foi fechado e sobraram as mazelas sociais para o povo”, argumentou.

O coordenador realiza, desde o mês passado, a operação Korekorema II, na região do Auaris, na Terra Indígena Yanomami, no Município do Amajari, a 154 quilômetros da Capital pela BR-174, Norte do Estado. No local, segundo ele, mais de 300 garimpeiros já foram detidos e estão sendo conduzidos à sede da Polícia Federal, no bairro 13 de Setembro, zona Sul da Capital.

Em toda Terra Yanomami, conforme ele, cerca de mil homens exploram a terra, custeados por empresários brasileiros e venezuelanos da garimpagem ilegal. Na região do Auaris, 36 balsas retiravam em média 80 quilos de ouro por mês. Em menos de dois anos, o prejuízo da Nação já ultrapassava R$20 milhões.

“A questão não é apenas defender o direito dos índios, mas de todos. A natureza lá sofre com a ação desenfreada do homem, que derruba matas e polui inúmeros rios. E o meio ambiente é de responsabilidade de todos. Por isso, como ter um símbolo que representa tudo isso? É uma apologia ao crime”, reafirmou.

PMBV - A Folha mandou e-mail, ontem à tarde, para a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Boa Vista para que se pronunciasse sobre o assunto, já que o brazão do Município tem a imagem exatamente do Monumento ao Garimpeiro. Mas, até o encerramento desta matéria, às 17h, não houve retorno. (AJ)


Monumento é símbolo histórico da cidade

O monumento foi inaugurado no final da década de 1960 pelo governador Hélio Campos em homenagem à figura importante na história de Roraima: o garimpeiro. Do início ao final do século passado, a atividade garimpeira era legalizada na região, por isso a extração de minérios foi intensa, o que contribuiu para o aumento populacional de Roraima.

O monumento representa uma homenagem aos trabalhadores que, no início do século XX, dirigiram-se a Roraima em busca de metais preciosos, contribuindo para o desenvolvimento do Estado e dando origem ao chamado “milagre amarelo”.

Produzida em São Paulo, a estátua tem cerca de sete metros de altura e repousa sobre um espelho d’água retangular, de 7,5 metros de largura por 15,7 metros de comprimento. A construção é feita de alumínio e oca por dentro, soluções que permitiram reduzir o peso da estrutura de forma que ela pudesse melhor suportar as intempéries.

Uma rampa de 14 metros de altura dá acesso à parte frontal do monumento. Por meio de uma bomba elétrica, é acionado um mecanismo que permite que a água escoe da bateia do garimpeiro, simulando a atividade da mineração em sistema de faisqueira, que era uma forma de trabalho típica dos primórdios da produção mineral em Roraima.

Na década de 1970 também foi construída, na praça do garimpeiro, como é conhecida, a primeira pista de pouso e decolagem de aeronaves da cidade. O tráfego aéreo em Boa Vista se intensificou com o garimpo e isso fez expandir o comércio local.

Na frente do monumento há uma placa que homenageia vários garimpeiros. A estátua é um dos maiores monumentos de Boa Vista e, em 2007, foi adotada como símbolo histórico da cidade pela administração municipal. A imagem do garimpeiro aparece até na bandeira do município de Boa Vista. (AJ)