terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Pesquisador mexicano cria cimento que gera luz

Pesquisador mexicano cria cimento que gera luz

Durante a última década, o desenvolvimento de modelos inteligentes de construção, intimamente relacionados com a eficiência energética, tem implementado novos materiais que possuem uma ou mais propriedades modificadas, de maneira controlada e parcial, por estímulos externos como radiação, temperatura, pH, umidade, vento, entre outros fatores ambientais.
Como resposta aos novos modelos de construção, o Dr. em Ciências José Carlos Rubio Ávalos da UMSNH de Morelia, desenvolveu um cimento com a capacidade de absorver e irradiar a energia ilumínica, com o intuito de agregar uma maior funcionalidade e versatilidade ao concreto do ponto de vista da eficiência energética.
O novo ‘material inteligente’ desenvolvido por Rubio Ávalos foi conhecido em 20 de outubro de 2015, em um comunicado de imprensa oficial pela  Agência Informativa Conacyt, na qual o pesquisador afirmou que as aplicações são muito amplas, dentro das quais as que mais se destacam são o mercado da arquitetura, fachadas, piscinas, banheiros, cozinhas, estacionamentos, entre outros. Além disso, é possível utilizá-lo na segurança viária e nas sinalizações, no setor de geração de energia, como plataformas de petróleo, e em qualquer lugar que se deseje iluminar ou marcar espaços que não tenham acesso a instalações elétricas, já que não requer um sistema de distribuição elétrica e se recarrega somente com a luz. A durabilidade do cimento emissor de luz é estimada em mais de 100 anos, por sua natureza inorgânica, sendo facilmente reciclável por seus componentes materiais.
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Cortesia de Cybersis.com
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Segundo esse mesmo comunicado, a característica essencial desse novo material é obtida mediante um processo de policondensação das matérias primas (sílica, areia de rio, resíduos industriais, álcalis e água). Esse processo, apontou o pesquisador, realiza-se na temperatura ambiente e não requer fornos ou altos consumos de energia, de modo que a poluição na sua fabricação é baixa, em comparação com outros cimentos, como Portland ou plásticos sintéticos.
“Buscamos que a luz penetre o material até certo nível. No caso do cimento convencional, o Portland, não há essa capacidade já que quando a luz chega à superfície, ela não penetra”, explicou Rubio Ávalos.
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Cortesia de El Excelsior
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Carregar esse material com luz natural ou artificial busca oferecer novas funções ilumínicas e térmicas ao elemento construtivo mais utilizado no mundo, com o objetivo de diminuir o consumo energético gerado pelos sistemas ativos.
Espera-se que além de sua distribuição no México, investidores do Chile, Espanha, Argentina e Brasil comercializem o material em breve para sua implementação em rodovias e outros espaços urbanos.
Fonte: Archdaily

A história de garimpeiro do PI e o 'golpe da opala'

programa Domingo Espetacular, da Rede Record, mostrou a história de Raimundo Dalton Galvão, mais conhecido como Mundote. Com quase 90 anos, o garimpeiro de Pedro II encontrou uma das maiores pepitas de opala, com quase cinco quilos. A pedra preciosa é encontrada apenas naquele município e na Austrália.
apresentador Geraldo Luís veio ao Piauí e contou a história do garimpeiro. Há 30 anos a pedra que ele encontrou poderia valer hoje cerca de R$ 30 milhões, segundo a reportagem.
Ele ficou milionário e ajudou muita gente. Mas, por causa de um golpe, perdeu tudo. Hoje, aos 88 anos, ele vive uma vida simples e ainda não desistiu do garimpo.
Geólogos são unânimes em afirmar que só 5% da região foi explorada, e o porencial é enorme, pois exixtem somente 2 minas de opalas Nobres em todo o mundo- na Austrália, que está sendo explorada desde 1860 (praticamente as opalas estão esgotadasnas minas australianas) e no Brasil
que a exploração começou precariamante na década de 60, e continua na mesma, nenhuma mineração de grande porte está na região. Uma oportunidade rara para ficar milionário, com certeza.
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LEMBRANÇAS DE UM VELHO GARIMPEIRO – ZEZÃO DO ABACAXI


LEMBRANÇAS DE UM VELHO GARIMPEIRO – ZEZÃO DO ABACAXI



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Um dos garimpos mais comentado  e com boas histórias foi o garimpo do Abacaxi. Localizado no rio de mesmo nome na região de Itaituba no Pará. No garimpo do Abacaxi , a extração de ouro foi intensa. O dono deste garimpo foi o folclórico Zezão do abacaxi, personagem muito conhecido por todos os garimpeiros do Brasil. No inicio ele era apenas um vendedor de combustível e viveres na região de Itaituba no Pará,   e com muito esforço e uma dose maior ainda de sorte consegui descobrir muito ouro na região do rio Abacaxi. No auge chegou a ter mais de 100 dragas e todas controladas por ele. Além de um grande garimpeiro, o Zezão era um grande comerciante.Todo o comercio, como:  bares, boates e etc..era controlado por ele. Quando um garimpeiro queria ir a uma “zona”,pegava um vale na gerência, depois quando ia fazer o acerto o vale era descontado. O Zezão tinha alguns aviões de pequeno porte para levar os garimpeiros de Itaituba  ao garimpo,mas, ele ficou famoso quando comprou um avião Bandeirante da Embraer, e levava quem queria ir ate o Abacaxi. Fora o garimpo, ele tinha outras aplicações como um fazenda em Itaituba, que ficou famosa no tempo em que Fernando Collor era presidente da Republica. Certa vez Collor foi a Itaituba e o avião oficial da presidência pousou na pista de pouso da fazenda do Zezão,pois,  a mesma era maior e melhor do que o aeroporto oficial da cidade.
na década de oitenta era tido como rei do ouro do Alto Tapajós. São muitas as histórias de Zezão, entra elas a disputa pelo garimpo Rosa de Maio. Numa das edições do Globo Repórter foram dedicadas duas partes do programa para falar dos garimpos e das riquezas de Zezão do Abacaxi. Na reportagem da Folha de São Paulo de 24 de Novembro de 1991, fala da produção de 110 Kg por mês em seus garimpos.  Dono de uma fortuna avaliada em US$ 20 milhões, o garimpeiro mais rico do Brasil não tem nem talão de cheque. Francisco de Assis Moreira da Silva, 46 anos, o Zezão, mal sabe assinar o seu nome, mas controla o império de 13 aviões, duas fazendas, 8 mil cabeças de gado e um mega garimpo onde operam 120 dragas e trabalham quase dois mil homens.
A produção do Rosa de Maio, no sul do Amazonas, ultrapassa 110 Kg de ouro por mês. Isso representa quase 10% de tudo que se produz região de Itaituba – PA (na fronteira com o AM), a maior do Brasil. Piauiense do município de Buriti dos Lopes, Zezão abandonou a roça aos 21 anos para ser “burro de garimpo” (carregador de materiais e mantimentos) em Porto Velho (RO). Lá, pegou pela primeira vez em uma batéia (espécie de uma peneira usada na garimpagem manual). Para a maioria dos garimpeiros que viveram o início da corrida do ouro, o achado de uma pepita significava, antes de tudo, a garantia de uma grande farra. Para Zezão, que não bebe, não fuma e diz que não gosta de festa, cada grama encontrada representava mais um passo em direção ao sonho de comprar uma draga. Conseguiu a máquina em 80. Nesse mesmo ano, acho o seu primeiro vilão de ouro.
Comprou máquinas que se transformaram em mais ouro, que por sua vez, viraram novas máquinas. Até a compra do Rosa de Maio, em 83, por 20 Kg de ouro, Zezão adquiriu o que hoje é tido como o garimpo mais rico do pais. Hoje, milionário e ainda analfabeto, o garimpeiro tem horror a papeis, títulos e ações. Se recusa a ter conta em banco. O ouro que vende, transforma em aviões, gado e equipamento de garimpo. O que não vende, guarda em local ignorado. A despesa de cerca de Cr$ 70 milhões que tem por semana, com mantimentos e manutenção , paga em dinheiro vivo. Anda sempre com uma sacola cheia grudada ao corpo. Ele controla pessoalmente cada centavo de sua fortuna, embora não saiba fazer contas no papel. Não gosta de falar de dinheiro. Para Luiza, sua mulher, é medo de sequestros. Segundo seus empregados é medo da Receita Federal.

Como fabricar um diamante do nada

Como fabricar um diamante do nada

Direito de imagemGETTY IMAGES
De vez em quando, Dan Frost escuta um forte estampido e o chão de seu escritório vibra. Só pode ser uma coisa: um de seus experimentos explodiu de novo.
Ao descer para o laboratório, ele pode ver o susto na cara dos colegas. É como se uma pequena bomba tivesse estourado. "O barulho é assustador, mas não é perigoso. Está tudo protegido", explica ele.
As explosões fazem parte do trabalho de Frost. Cientista no Bayerisches Geoinstitut, na Alemanha, ele está tentando reproduzir as condições do manto, a camada da Terra situada a milhares de quilômetros de profundidade. Isso significa submeter rochas a algumas das pressões mais altas já conhecidas pela humanidade.
Não é de se espantar que ocorram alguns percalços.
Como parte de sua pesquisa, Frost descobriu maneiras surpreendentes de fabricar diamantes. A partir de gás carbônico, por exemplo. Ou de pasta de amendoim.
Em comparação com nossos enormes avanços na exploração espacial, sabemos bem pouco sobre o universo que se estende debaixo de nossos pés.
A geologia elementar nos explica que o interior da Terra pode ser dividido em três camadas: o núcleo, o manto e a crosta. Mas a exata composição dessas camadas ainda é um mistério. Uma enorme falha no conhecimento humano.
Camadas da TerraDireito de imagemSCIENCE PHOTO LIBRARY
Image captionPouco se sabe sobre a exata composição das camadas da Terra
"Se quisermos entender como a Terra se formou, uma das coisas que precisamos saber é o material do qual o planeta é feito", explica Frost.
Muitos geólogos assumem que a Terra é feita da mesma matéria que os meteoritos do Cinturão de Asteroides. O problema é que a maioria dos meteoritos que caem na Terra tem uma proporção mais alta de silício do que encontramos na crosta terrestre. Onde todo esse silício foi parar? Uma das teorias é de que esteja retido no manto.
Para responder a essa pergunta, Frost utiliza dois tipos de prensa. A primeira usa um potente pistão para espremer minúsculas amostras de cristais a uma pressão até 280 mil vezes mais alta do que a pressão atmosférica, ao mesmo tempo em que elas são "assadas" em uma fornalha.
Isso recria as condições das camadas superiores do manto, que ficam a cerca de 900 quilômetros abaixo da superfície terrestre, fazendo com que os átomos do cristal se rearranjem em estruturas mais densas.
Uma segunda bigorna então esmaga os minerais recém-formados para que eles ganhem um aspecto parecido com aqueles encontrados em camadas ainda mais profundas da Terra.
Esse equipamento é composto por dois minúsculos diamantes que achatam os cristais lentamente. O resultado é 1,3 milhão de vezes maior que a pressão atmosférica.
Enquanto a amostra ainda está no aparelho, o cientista mede a maneira como o som viaja através do cristal resultante. Ao comparar esses dados com a leitura de ondas sísmicas que se propagam no interior da Terra, ele pode definir se a amostra está ou não próxima da composição do manto.

Sequestradores de carbono

Pasta de amendoimDireito de imagemTHINKSTOCK
Image captionRica em carbono, a pasta de amendoim poderia servir para a 'fabricação' de diamantes
As descobertas de Frost têm sido algo surpreendentes: o manto não parece conter uma proporção suficientemente alta de silício para se equiparar à composição dos meteoritos.
"Talvez ele tenha penetrado ainda mais profundamente, até o núcleo", diz o cientista.
Outra possibilidade é que a Terra inicialmente tivesse uma crosta muito mais espessa, cheia de silício, que foi então expelido pelos inúmeros impactos de meteoritos. Ou talvez tenhamos que repensar toda a questão do material de que é feita a Terra.
O processo de pressão intensa também criou um mineral chamado ringwoodita, um silicato de ferro e magnésio de cor azul que pode reter água. A descoberta sugere que o manto pode estar escondendo "oceanos" nas profundezas da Terra.
Os experimentos podem até, intuitivamente, nos contar mais sobre o ar que respiramos. E é aqui que entram os diamantes de Frost.
Ele suspeita que uma série de processos geológicos poderia retirar CO2 dos oceanos e injetá-lo em rochas, até o manto, onde seria transformado em diamante. "Essas pedras preciosas são menos voláteis que outras formas de carbono, o que significa que elas têm menos chances de serem liberadas de volta à atmosfera", diz o cientista. Um manto cravejado de diamantes poderia, portanto, ter desacelerado o aquecimento da terra, potencialmente ajudando na evolução da vida.
Para Frost, o principal ingrediente para esse processo é o ferro. As altas pressões do manto forçam o dióxido de carbono das rochas para os minerais ricos em ferro, que retiram o oxigênio e deixam o carbono para formar um diamante.
E isso é exatamente o que Frost descobriu quando recriou o processo usando as prensas – basicamente fabricando um diamante do nada.

Trabalho de tempo

Mas Frost provavelmente terá dificuldades em ficar rico com sua fabricação. Os diamantes levam longo tempo para serem formados.
"Para ter um diamante de 2 a 3 milímetros, teria que esperar semanas", diz. Isso não o deteve na experimentação de novas fontes para sua máquina de fazer diamantes.
A pedido de uma emissora de televisão alemã, ele tentou criar alguns diamantes a partir da pasta de amendoim, material rico em carbono. "Muito hidrogênio foi liberado, o que destruiu o experimento. Mas depois disso, consegui os diamantes."
Experiências malucas à parte, o instituto alemão agora se concentra em descobrir se consegue produzir diamante artificial com diferentes propriedades. Adicionar boro aos diamantes poderia torná-los semicondutores mais eficientes para artigos eletrônicos, que não aquecem com o uso – um dos maiores desperdícios de energia na indústria eletrônica atualmente.
Utilizar outras estruturas de carbono como matéria-prima, na forma de nanotubos, pode até fazer com que se chegue a um tipo de diamante superforte, mais resistente do que qualquer material que conhecemos.
Frost, no entanto, ainda gosta de se dedicar a desvendar os segredos sobre a história da Terra – e, potencialmente, sobre a vida extraterrestre.
"Estamos interessados em saber como o interior da Terra interagiu com a superfície; ao longo da existência da Terra, isso foi muito importante", diz. "E se estamos procurando por outros planetas habitáveis, teremos que considerar muitos desses processos."
Um trabalho vital que certamente compensa o sacrifício de um pouco de pasta de amendoim – e explosões ocasionais.

Bons ventos na mineração: o minério de ferro explode em 2017

Bons ventos na mineração: o minério de ferro explode em 2017






Em apenas um ano os preços do minério de ferro 62% Fe subiram mais de 100%. Hoje a tonelada atingiu $83,65 no Porto de Qingdao na China.
Trata-se de uma notícia extraordinária, prevista por poucos “especialistas” da área, mas aqui no Portal do Geólogo, já havíamos identificado este trend ao longo de 2016.

Com as altas muitas minas começaram, na surdina, a se reinventar. Foi assim até com as minas da Cliffs nos Estados Unidos, onde os teores médios estão entre 15 e 25%.

Logo depois veio o efeito Trump e a promessa de investimentos maciços na infraestrutura americana.

Com a menor exposição dos Estados Unidos na Ásia, estratégia de Trump, os chineses irão simplesmente nadar de braçada, ocupando espaços antes controlados pelos americanos.

Não podia dar outra: os chineses estão investindo pesado no aço e aumentam, drasticamente, as importações do Brasil e da Austrália.

Tudo isso quando a Vale inicia a produção de um dos seus mais importantes projetos: o S11D.

Em suma: 2017 promete e promete muito! Acredite.

Autor:   Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo