sábado, 21 de janeiro de 2017

Novas jazidas de diamantes no Brasil

Novas jazidas de diamantes no Brasil

Oito especialistas do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia, mapearam e identificaram dezenas de novas áreas potencialmente ricas em diamantes no País, especialmente no Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará.
Essa iniciativa faz parte do projeto Diamante Brasil, cujas pesquisas de campo começaram em 2012. Desde então, os geólogos visitaram cerca de 800 localidades em diversos estados, recolheram amostras de rochas e efetuaram perfurações para descobrir mais informações sobre as gemas de cada um dos pontos.
O ponto de partida para as expedições foi uma lista deixada ao governo pela empresa De Beers, gigante multinacional do setor de diamantes que prestava serviços para o Brasil na área de mineração. Neste documento, constavam as coordenadas geográficas de 1.250 pontos, entre os quais muitoskimberlitos*. Apesar das informações sobre as possíveis localidades dessas jazidas, não havia detalhes sobre quantidades, qualidade e características das pedras, impulsionando o trabalho de campo dos geólogos.
O objetivo principal dos pesquisadores era fazer uma espécie de tomografia das áreas diamantíferas no território brasileiro, visando atrair investimentos de mineradoras e eventualmente ajudar a mobilizar garimpeiros em cooperativas. Essas medidas podem trazer um aumento na produção de diamantes em território nacional e coibir as práticas ilegais relacionadas a essas pedras preciosas.
Atualmente, o Brasil conta principalmente com reservas dos chamados diamantes industriais e de gemas (para uso em jóias). Os de gemas são os que fazem girar mais dinheiro, considerando que um diamante desses pode ser vendido em um garimpo do Brasil por R$ 2 milhões. Já o valor da pedra lapidada pode chegar à R$ 20 milhões.
Os detalhes dos achados ainda são mantidos em sigilo. Com o fim do trabalho de campo, os geólogos do Diamante Brasil darão início à descrição dos minerais encontrados e as análises das perfurações feitas pelas sondas. A intenção dos pesquisadores é divulgar todos os dados em 2017.
*O que é um Kimberlito?
De acordo com Mario Luiz Chaves, doutor em geologia pela Universidade de São Paulo e professor adjunto da UFMG, kimberlitos são rochas hibridas, ígneas ultrampaficas, potássicas e ricas em voláteis, com origem a mais de 150km de profundidade e que chegam a superfície por meio de pequenas chaminés vulcânicas ou diques. Normalmente, os diamantes são encontrados neste tipo de rocha. Confira uma foto:( A ROCHA MATRIZ DO DIAMANTE)

Os cinco maiores diamantes lapidados do mundo

A obra Diamante: a pedra, a gema, a lenda, de autoria do professor doutor Mario Luiz Chaves e do doutor em engenharia de minas Luís Chambel, aborda aspectos geológicos e de mineração relacionados aos famosos minerais e traz diversas curiosidades para os leitores. Abaixo separamos uma lista baseada no livro com dados sobre os maiores diamantes do mundo e fotos incríveis de cada um deles.
1)    Cullinan I
Essa pedra foi encontrada em 1905 na África e recebeu o nome de Cullinan em homenagem ao dono da mina, Thomas Cullinan. É considerado o maior diamante já encontrado e pesa 3.106 quilates. Atualmente, adorna o Cetro do Soberano, propriedade real da Inglaterra.
2)    Incomparable
Incomparable, ou Imcomparável, tem uma história curiosa: foi encontrado em 1984 por uma garota em uma pilha de cascalho próxima à mina MIBA Diamond, no Congo. Considerado inútil pela administração da mina, o cascalho foi descartado com a pedra, e a menina acabou descobrindo o segundo maior diamante bruto do mundo, com 890 quilates. O corte do diamante gerou 14 gemas menores e o Incomparável, um diamante dourado com 407,48 quilates.
3)    Cullinan II
Cullinan II, conhecido como Pequena Estrela da África, foi encontrado no mesmo ano e local que oCullinan I. Com 317.4 quilates (63.48 g) é o terceiro maior diamante lapidado do mundo, e foi colocado na coroa imperial, também pertencente à realeza da Inglaterra.
4)    Grão Mogol
Encontrado na Índia em 1550, pesa 793 quilates. A pedra deu nome a um município em Minas Gerais. O paradeiro atual desta preciosidade é desconhecido.
5)    Nizam
Nizam é o diamante mais antigo desta lista e foi descoberto na Índia em 1830. A pedra tem 227 quilates e já adornou coroas e joias reais (Elizabeth). Atualmente ninguém sabe ao certo qual foi o seu último destino.

BB aposta na retomada econômica no Brasil e busca contratos

A companhia suíça de engenharia ABB acredita na retomada da economia brasileira e planeja investimentos no país, especialmente no setor de energia elétrica, e busca novos contratos, afirmou à Reuters o presidente da empresa para o Brasil, Rafael Paniagua. Na semana passada, a suíça assinou contrato de 75 milhões de dólares para fornecer transformadores conversores para o segundo linhão de transmissão da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e já está de olho nos próximos leilões que deverão oferecer concessões para construção de novas linhas de transmissão.
“Quando olhamos para o Brasil, nos próximos 12, 18 e 24 meses, nós somos otimistas, nós acreditamos principalmente na área de infraestrutura”, afirmou Paniagua, explicando que a empresa tem cinco fábricas de equipamentos no Brasil. O executivo está otimista em relação aos futuros leilões de linhas de transmissão, devido ao bom resultado da última licitação, que atraiu grande competição após o governo elevar as taxas de retorno.
“O leilão de 2016 fez muito sucesso e tem que ser executado em 2017 e 2018; e nós estamos bem posicionados com nossos parceiros de negócios”, frisou. O executivo também vislumbra oportunidades nas áreas de mineração, petróleo e gás, portos, rodovias e ferrovias. A empresa desenvolve tecnologia em produtos para eletrificação, robótica e automação industrial, servindo clientes industriais, concessionárias, transporte e infraestrutura.

Mineração e Petróleo

A ABB foi a segunda maior fornecedora de equipamentos do maior projeto de minério da Vale, a mina S11D, em Canaã dos Carajás (PA), que entrou em operação comercial na semana passada, atrás apenas da Thyssenkrupp. Paniagua acredita que as inovações aplicadas no projeto, cujo valor do contrato anunciado em 2012 era de 140 milhões de dólares, sejam uma vitrine para que novos contratos no setor de mineração sejam atraídos.
“Hoje no Brasil, por enquanto, não existe um projeto comparado com essa dimensão. Mas somos otimistas que possivelmente em 2017 possa existir alguma ativação de projetos que estão em estudos para que possamos participar”, afirmou. Sobre o setor de óleo e gás, o presidente da ABB destacou que o incentivo do atual governo para a atração de outras petroleiras multinacionais ao país, com aumento da competitividade, deverá estimular novos negócios.
Segundo ele, grandes projetos, como a área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, devem atrair grandes investimentos a partir deste ano e do próximo. “Temos conteúdo local, ao mesmo tempo temos plantas em 120 países do mundo então podemos atender bem tanto a Petrobras quanto novos players que estão chegando ao setor de óleo e gás no Brasil, todos eles são grandes clientes da ABB em nível mundial”, afirmou. O executivo afirmou que permanece investindo no país em ritmo semelhante ao ocorrido entre 2010 e 2015, quando foram aportados cerca de 200 milhões de reais.
Fonte: Exame

Estado do Pará passa a ter gás natural em sua matriz energética

Estado do Pará passa a ter gás natural em sua matriz energética

Vantagem competitiva, atração de novos negócios para o parque industrial paraense e maior respeito ao meio ambiente. Esses são os fatores que norteiam a celebração do acordo entre o Governo do Pará e a Norsk Hydro para a implantação do primeiro Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito (TGNL) no estado, mais precisamente em Barcarena, a 70 quilômetros de Belém. O terminal vai disponibilizar, em médio prazo, o gás natural como um serviço público, a princípio para as indústrias e frota de veículos local.
“Estamos criando mais um elemento na matriz energética de nosso estado, que certamente terá um papel estratégico não apenas em curto, mas em longo prazo’’, frisou o governador Simão Jatene, durante a cerimônia de assinatura do acordo, realizada no Palácio do Governo, na tarde desta quarta-feira (11), com a presença de representantes da iniciativa privada, secretários e dirigentes de órgãos estaduais.
O gás natural possui vantagens ambientais, como menor emissão de gases do efeito estufa que os derivados de petróleo e que o carvão, além de ser mais competitivo do ponto de vista econômico que os derivados de petróleo, sendo de 20% a 40 % mais barato que a gasolina.
De acordo com o secretário de estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Adnan Demachki, este é um momento especial para o setor produtivo estadual. “O gás será um fator de desenvolvimento e a parceria com a Hydro é essencial nesse processo, por se tratar de uma empresa que já entende a realidade paraense. Será uma parceria entre Estado e iniciativa privada em busca do GNL para que se torne, primeiro, uma realidade no âmbito empresarial e, posteriormente, seja levado ao grande público, abastecendo os automóveis que circulam em nossas cidades”.
A Hydro opera uma mina de bauxita em Paragominas com uso de diesel e energia elétrica, comprados, respectivamente, de empresa privada e da Eletronorte. O grupo mantém a refinaria da Alunorte e a fundição da alumina na Albrás, ambos projetos sediados em Barcarena, com consumo de combustível e de energia vinda da hidrelétrica de Tucuruí.
Presidente do conglomerado norueguês, Svein Richards reiterou que o acordo fechado com o Estado é muito importante para o grupo industrial porque a energia representa 50% dos custos de produção do alumínio, e o gás natural reduz consideravelmente esse gasto. A empresa tem no Pará a maior refinaria de bauxita do planeta.
De acordo com Svein, em todo o mundo as refinarias já sinalizam a tendência de passar a usar o gás natural. Só dois países diferem dessa tendência em nível mundial: a China, que usa o carvão mineral, e o Brasil, que consome óleo combustível, fonte mais cara de energia. ‘’É muito fácil que o gás natural passe a ser competitivo no cenário global. Por isso que ele é tão importante para nós’’, reconheceu o presidente da Hydro.
Ele frisou que o Pará tem uma posição de destaque na produção de alumínio no ranking mundial, assim como a China, sendo que esta última utiliza historicamente a produção de bauxita da Indonésia. Contudo, essa produção foi suspensa, levando os chineses a comprarem bauxita da Guiné, na África, que surge agora no mapa de países produtores da bauxita, podendo tornar-se concorrente do Pará na produção do GNL. “É por isso que é tão importante para nós sermos competitivos no mercado global”, assinalou o executivo norueguês.
O governador Simão Jatene comemorou a celebração do acordo salientando o foco na modernização do modus operandi do setor produtivo no Pará. ‘’Festejo este momento porque sei que a Hydro se tornará mais competitiva, e isso nos interessa sim. Particularmente pelo compromisso que temos da Hydro, de cada vez mais contribuir para verticalizar e agregar valor dentro do estado, assim como para buscar alternativas produtivas que venham nos ajudar a enfrentar nossos dois grandes inimigos: a pobreza e a desigualdade’’, observou Jatene. “Festejo ainda porque entendo que sem a compreensão da Hydro em assumir, neste momento, a liderança do consumo desse gás, o projeto seria inviável’’, concluiu.
Estiveram presentes à cerimônia representantes da Fiepa, Fecomércio, Associação Comercial do Pará (ACP) e os secretários estaduais Alex Fiúza, Isabela Jatene e José Megale. O deputado Raimundo Santos (PMN) representou a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) e o senador Flexa Ribeiro (PSDB), o Senado Federal.


Fonte: Portal da Amazônia

Ouro dispara após o discurso de Trump. Mercados começam a responder

Ouro dispara após o discurso de Trump. Mercados começam a responder

Os primeiros minutos que se seguiram às palavras do novo presidente dos Estados Unidos marcaram uma subida clara dos metais, que transformaram perdas em ganhos.


A subida ao palco, o juramento, as primeiras palavras e as primeiras reações dos mercados: Está aberta a presidência de Donald Trump.
O novo líder do Mundo Livre já dita leis nos mercados e o ouro surge na linha da frente dos vencedores. Ao mesmo tempo que o dólar perde terreno e os mercados de Wall Street seguem tranquilos, o ouro regista um pico de valorização que outros metais seguem.
As perdas dos minutos que se antecederam ao discurso transformaram-se em ganhos (+0,2%), num movimento que é normalmente associado a uma incerteza transitória em torno da economia. A prata e o cobre imitam o rumo de ganhos ligeiros e a platina lidera, com ganhos superiores a 1,5%.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

“Paraíbas” de Moçambique

“Paraíbas” de Moçambique

“Paraíbas” de Moçambique
O mundo das pedras de cor mudou quando, no final dos anos 1980, turmalinas (elbaítes) ricas em cobre surgiram no mercado em cores azuis... “néon” intensas, vindas da região de São José da Batalha, no estado de Paraíba, no Brasil. Pela sua invulgaridade e raridade, rapidamente atingiram preços de milhares de dólares por quilate, até então quase só possíveis em diamantes, esmeraldas, safiras e rubis. A expressão comercial “turmalina de paraíba” ficou, assim, desde essa altura, associada a turmalinas de superlativo valor e qualidade. No estado contíguo de Rio Grande do Norte foram também encontradas turmalinas de características semelhantes, o que garantiu alguma produção destas gemas durante alguns anos.
Em 2001, em Oyo na Nigéria, descobrem-se elbaítes com semelhantes características visuais às das suas parentes cupríferas (ricas em cobre) do Brasil. Pouco tempo depois, reportam-se semelhantes gemas, agora em quantidades apreciáveis, em Mavuco numa região interior da província de Nampula, Moçambique. Todas estas foram sendo apelidadas de “turmalinas de paraíba” apesar da sua geografia de origem diversa o que, aliás, até deu origem acções judiciais. Nos anos recentes, Moçambique produziu uma quantidade apreciável de elbaítes ricas em cobre (não raras vezes originalmente de cor violeta, tornando-se no apreciado azul “néon” após tratamento térmico) e a sua designação comercial de “turmalina de paraíba” é aceite internacionalmente.
Considera-se hoje em dia que a expressão “turmalina de paraíba” corresponde a uma turmalina (elbaíte) de intensidade e saturação média a elevada de cores azuis e verdes “néon”, “eléctrico”, devido maioritariamente à presença de cobre e/ou manganês, e procedente de vários pontos do globo, sendo que a palavra “paraíba” é alusiva à localidade onde foi primeiro descoberta e não à origem geográfica das amostras em concreto.

Na imagem, turmalinas de paraíba de Nampula (Moçambique) incluindo três nódulos em bruto. A gema facetada em talhe pêra, com 8 quilates, tem a cor mais apreciada para este material desta localidade.
© Palagems.com CA (USA)