sábado, 21 de janeiro de 2017

OURO (Au) - OCORRÊNCIA E OBTENÇÃO DE OURO

OURO (Au) - OCORRÊNCIA E OBTENÇÃO DE OURO

Ouro (Au)

O ouro, elemento químico de símbolo Au, é um metal de cor amarela, denso e brilhante. Graças a essas características, bem como a sua inalterabilidade e raridade, é o metal precioso por excelência. Apresenta certas propriedades físicas e químicas singulares: tem grande ductilidade, isto é, pode ser facilmente reduzido a fios sem se romper; sua maleabilidade é tão elevada que pode ser batido até alcançar uma espessura da ordem de 0,0001mm, em folhas translúcidas; e tem pouca dureza, pelo que é freqüentemente usado em ligas com cobre e prata. Bom condutor de calor e eletricidade, o ouro não se altera em contato com o ar e a água, mas é atacado pelo cloro e dissolve-se no mercúrio. Não é atacável por ácidos isolados, mas somente por ação da água-régia, mistura dos ácidos clorídrico e nítrico.

Símbolo de riqueza e importante fator econômico em todas as épocas, a ponto de ter servido de padrão internacional de conversão de moedas por mais de um século, o ouro encontrou novas aplicações, no fim do século XX, nas indústrias eletrônica e espacial.

Mineral nativo, o ouro cristaliza-se no sistema cúbico (monométrico, isométrico ou regular), e são raros os cristais distintos e perfeitos. Ocorre comumente em formas arborescentes alongadas e não tem clivagem, ou seja, fragmentação em planos.

Ocorrência e obtenção

O ouro está amplamente distribuído na natureza, embora em concentrações escassas. Normalmente encontrado em rochas magmáticas, na forma de partículas de várias dimensões, o ouro também ocorre em rochas sedimentares e freqüentemente em conexão com rochas metamórficas. Encontra-se, mais freqüentemente e em quantidades apreciáveis, em depósitos sedimentares clásticos denominados placers.

Quando associado ao quartzo, o ouro é encontrado de maneira irregular: em pequenas lâminas (freqüentemente invisíveis a olho nu), cordões e mesmo massas de cristais. Os minerais que comumente acompanham o ouro são: pirita, calcopirita, galena, esfalerita, arsenopirita, tetradimita, minerais de telúrio, bismuto nativo, arsênico nativo, estibinita, cinábrio, magnetita, hematita, barita, xilita, apatita, fluorita, siderita e crisocola.

Durante muito tempo o ouro foi obtido não diretamente dos veios de quartzo, mas de depósitos secundários encontrados nos vales, nas encostas de montanhas ou colinas e no leito dos rios. O ouro aí encontrado apresenta-se usualmente puro, em massas denominadas pepitas quando atingem certas dimensões. Atualmente são mais raros os depósitos sedimentares, e o ouro é obtido diretamente da rocha matriz.

Encontra-se ouro em quase todas as regiões da Terra, sob as mais diversas condições de ocorrência. No Brasil, durante muito tempo os depósitos mais importantes estiveram ao longo da serra do Espinhaço, em Minas Gerais, e a mina de Ouro Velho, nas proximidades de Belo Horizonte, é uma das mais profundas do mundo. Entretanto, na segunda metade do século XX a principal área de extração passou a ser a Amazônia, com destaque para os seguintes garimpos: Serra Pelada, rio Tapajós, rio Amana, rio Parauari, rio Madeira.

Sob o ponto de vista da extração, as minas de ouro pertencem a dois tipos. No primeiro tipo, as minas de rochas auríferas, geralmente localizadas em filões, o teor do minério é da ordem de 6 a 12 gramas de ouro puro por tonelada de terra e rocha. A exploração desse tipo de mina pode ser feita a mais de três mil metros de profundidade. O segundo tipo, as minas de depósitos aluvionais auríferos, é de exploração bem mais fácil. O trabalho se faz por meio de dragas, e os teores minerais são mais baixos que nas minas do primeiro tipo.

Na exploração de veios subterrâneos (filões), o metal é triturado, lavado e submetido à amalgamação, processo que consiste na mistura dos grânulos de ouro com mercúrio em placas de cobre, para separá-los da ganga. O metal puro é obtido por destilação do amálgama. Em outros casos, essa última fase é substituída pela reação do ouro com cianureto de sódio, com posterior precipitação do metal puro por reação com zinco ou alumínio.

O tratamento do ouro encontrado nas areias de aluvião é bem mais simples. A massa arenosa fina passa por calhas transportadoras equipadas de desbastadores e chega a coadores com fundo revestido de veludo filetado. Também se podem utilizar as mesas de balanço e eventualmente a flotação. O ciclo da extração, quase sempre finalizado com a amalgamação, inclui ainda a refinação, quando o ouro contém impurezas, que podem ser eliminadas por copelação, por via química (pela ação do cloro ou do ácido sulfúrico) ou por eletrólise.

Aplicações

Por ser encontrado em forma relativamente pura na natureza, e pela singularidade de suas propriedades físicas, o ouro tornou-se o mais apreciado dos metais, muito utilizado desde a antiguidade em joalheria, ourivesaria e decoração. Artesãos egípcios, minóicos, assírios e etruscos criaram belos e elaborados trabalhos de arte em ouro, material que era aceito na troca por bens e serviços.

Em joalheria, o ouro é geralmente empregado em liga com prata e cobre (ouro amarelo), com níquel (ouro branco), paládio ou platina. O ouro puro diz-se ouro fino; e a liga com menor teor de ouro é chamada de ouro baixo. O ouro é classificado por quilate, que é cada uma das partes em peso de ouro puro contidas em 24 partes do metal usado para a liga. Uma liga de 12 quilates contém cinqüenta por cento de ouro, enquanto o de 24 quilates é ouro em estado puro. Quando os quilates são estipulados por lei, diz-se que o ouro é de lei.


Por sua elevada condutibilidade elétrica e resistência a agentes corrosivos, o ouro é empregado na indústria elétrica e eletrônica, no revestimento de circuitos impressos, contatos, terminais e sistemas semicondutores. Películas muito finas de ouro, que refletem mais de 98% da radiação infravermelha incidente, são usadas em satélites artificiais para controle de temperatura e nos visores dos trajes espaciais, como proteção. Da mesma forma, essas películas, aplicadas às janelas dos grandes edifícios comerciais, reduzem a necessidade de ar-condicionado e conferem maior beleza às fachadas. Na área de saúde, o ouro tem aplicação na odontologia, para obturação, e o ouro radioativo se usa na cintilografia do fígado.

Mais de metade da produção mundial de ouro é adquirida pelos bancos centrais de todos os países para constituir reserva monetária. Além disso, como garantia do papel moeda em circulação, o ouro pode ser utilizado para cobrir diferenças nas balanças de pagamentos dos diferentes países.

A adoção do ouro como unidade de conta pelos diferentes sistemas monetários conduziu ao estabelecimento do padrão-ouro, posto em vigor pela primeira vez no Reino Unido em 1821. Tal padrão estipulava relações fixas pelas quais qualquer moeda poderia ser convertida em seu valor em ouro. Depois da primeira guerra mundial, no entanto, o número de países que garantiam a conversão de sua moeda em ouro passou a ser cada vez menor, e a prática foi totalmente extinta após ter sido abandonada pelos Estados Unidos, último país a adotá-la.

Projeto para exploração de ouro em Senador José Porfírio gera polêmica

Projeto para exploração de ouro em Senador José Porfírio gera polêmica

Empreendimento promete extrair 150 toneladas de ouro no Pará.
Projeto bilionário de empresa canadense pode gerar danos ambientais.

Do G1 PA
Um projeto bilionário de uma empresa canadense promete extrair 150 toneladas de ouro, em 17 anos, no município de Senador José Porfírio, na volta grande do Xingu, no Pará. Mas, os danos ambientais que o novo empreendimento pode causar na região estão gerando polêmica sobre o projeto.
Nos anos 80, Serra Pelada, o maior garimpo a céu aberto do mundo, que fica no município deCurionópolis, no sudeste do Pará, atraiu milhares de pessoas. Durante uma década, foram extraídas mais de 30 mil toneladas de ouro e a exploração do tesouro deixou sérios problemas socioeconômicos na região.
Quatro anos depois, a extração de ouro ainda não começou, mas a polêmica já é grande. A região já sofre os impactos da usina hidrelétrica de Belo Monte. A futura mina de ouro fica a 11 km da barragem da hidrelétrica.O novo tesouro fica a 400 km da antiga Serra Pelada e já tem dono: a empresa canadense Belo Sun. Em 2012, na bolsa de valores de Toronto teve o lançamento do projeto Belo Sun, com investimento de R$ 1,5 bilhão e área equivalente a 1.700 campos de futebol.
"Há necessidade de se avaliar se a volta grande do Xingu comporta um novo empreendimento. Qualquer desastre ambiental que ocorra naquela região é de magnitude incalculável", afirma a procuradora da república, Thais Santi.
Empreendimento Belo Sun pode causar danos irreparáveis a comunidades ribeirinhas e indígenas que vivem na região da volta grande do Xingu, no Pará. (Foto: Reprodução/TV Liberal)Empreendimento pode causar danos irreparáveis a
comunidades ribeirinhas e indígenas que vivem na
região da volta grande do Xingu, no Pará.
(Foto: Reprodução/TV Liberal)
Na região há três povoados onde vivem ribeirinhos, índios e garimpeiros que chegaram ao local atrás de ouro depois que o sonho de Serra Pelada acabou. Com a chegada de Belo Sun, o tesouro agora tem dono e mais de 600 garimpeiros que trabalham sem autorização há mais de 30 anos, temem perder o sustento e a casa.
Danos ao meio ambiente
Para extrair o ouro da rocha, a mineradora vai extrair uma substância tóxica, o cianeto.
“Se o cianeto chegar no rio ou cair no solo, vai ter quase uma catástrofe ambiental, dependendo do volume de cianeto que vão ser derramados", explica Jorge Tenório, professor de engenharia química da USP.
A Belo Sun afirma que fez os estudos necessários para o projeto. "Os impactos potenciais, os riscos eles foram todos mapeados pelo empreendimento. Belo Sun segue nos padrões mais rigorosos, internacionais e nacionais para definição da sua engenharia”, ressalta Mauro Barros, diretor da Belo Sun.
Para conter os rejeitos tóxicos, a empresa planeja construir uma barragem de 96 milhões de metros cúbicos. Um dos engenheiros que elaboraram o relatório encomendado pela Belo Sun atestando que o projeto é viável e seguro, é o mesmo que assinou o laudo que garantia a estabilidade da barragem de Fudão, em Mariana (MG).
“Quem garante, nesse cenário, que com Belo Sun o rio Xingu não será o rio Doce de amanhã?”, questiona Carolina Reis, advogada do Instituto Socioambiental.
Em outro documento, o relatório de impacto ambiental elaborado pela Belo Sun, a própria empresa admite que o risco de rompimento da barragem é alto, mas o representante dos canadenses garante a segurança do projeto. "O empreendimento está a uma média de 1,5 km do rio Xingu. Além disso, a barragem de rejeitos dela está localizada em um vale natural, de forma que isso já traz mais segurança", afirma o diretor da Belo Sun.
Quando for extraído das rochas, o tesouro de Belo Sun deve render R$ 235 milhões por ano em impostos. Para o Departamento Nacional de Produção Mineral, está tudo certo com o empreendimento.
"Nós acabamos de aprovar o plano de aproveitamento econômico e estamos enviando a Brasília para o ministro aprovar a concessão”, esclarece Ambrósio Ichihara, chefe da fiscalização do Departamento da Produção Mineral.
O Governo do Pará é quem vai dar a palavra final sobre a implantação do projeto. "Se não tiver a viabilidade ambiental e socioeconômica, com certeza absoluta não é bem vindo ao estado do Pará”, garantiu Luiz Fernandes, secretário de Meio Ambiente do Estado do Pará.
A mineradora quer começar a extrair ouro em três anos e a polêmica segue em discussão. “Há um receio muito grande do que vai ser feito para manter o modo de vida dos indígenas, das populações ribeirinhas. É preciso ter muita serenidade na hora de analisar e fazer esses estudos”, diz Francisco Nóbrega, do Conselho Nacional de Direitos Humanos.

o Tecnologia SEGUNDO A CIÊNCIA, VOCÊ POSSUI UM “SEGUNDO CÉREBRO”

SEGUNDO A CIÊNCIA, VOCÊ POSSUI UM “SEGUNDO CÉREBRO”

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Uma nova pesquisa sugere que os seres humanos possuem um “segundo cérebro” e ele está localizado no nosso estômago e possui mais funções do que se imaginava.
Este segundo cérebro é um grupo de nervos chamado sistema nervoso entérico (ENS) e é responsável por controlar o sistema digestivo. Mas isso não é tudo, já que o estômago está diretamente ligado às nossas emoções. Serotonina e dopamina são hormônios do corpo feitos principalmente de bactérias do intestino.
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Nossos pensamentos felizes possuem origem no sistema nervoso entérico, também acontece que, quando nos sentimos tristes, sem apetite ou quando estamos nervosos, nós estamos sendo regulados por ele.
Os pesquisadores também encontraram uma ligação entre problemas de saúde mental, como depressão e uma quantidade inadequada de bactérias intestinais saudáveis.
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Esta descoberta é importante porque permite que os cientistas encontrem novas opções de tratamento para pessoas que sofrem de doenças mentais. A maioria das funções do corpo são controladas pelo cérebro, mas neste caso, o sistema nervoso entérico manda seus sinais para o cérebro dizendo do que o corpo necessita.
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Segundo os cientistas, entre 80 e 90% das fibras nervosas do sistema nervoso entérico são enviadas a partir do estomago para o cérebro, o que significa que, “o segundo cérebro é responsável por controlar as funções do corpo”, ele que diz quais são suas funções e até mesmo trabalha por conta própria.
Esta pesquisa nos permite saber sobre a importância deste “segundo cérebro”. E a importância de como o nosso estômago controla as nossas emoções. 

OS MAIORES MISTÉRIOS FOTOGRÁFICOS DO MUNDO

OS MAIORES MISTÉRIOS FOTOGRÁFICOS DO MUNDO

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Estima-se que os seres humanos tirem cerca de um trilhão de fotos por ano. Enquanto a maioria delas são provavelmente selfies ou pornografia (ou alguma combinação das duas), outras são profundamente misteriosas. Aqui estão 10 mistérios fotográficos, que deixarão você perplexo.
Boa Leitura!



A IDENTIDADE DOS HOMENS DO ARRANHA-CÉU

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É uma das imagens mais icônicas da história. Um grupo de homens sentam-se em uma viga de aço, centenas de pés acima de Nova York, calmamente para comer seu almoço.
A pergunta que fica quando olhamos esta foto é: como? Quem fotografou? A identidade de seu autor permanece desconhecida. Durante anos, a foto foi creditada para Lewis Hine, mas uma pesquisa recente diz que não há nenhuma maneira de Hine ser responsável por tirar a foto. O candidato mais provável é o diretor de fotografia do Centro de Rockefeller, Charles C. Ebbets, mas poderia facilmente ter sido PR Thomas Kelley ou William Leftwich ou alguém desconhecido.
Mesmo se nós resolvessemos esse mistério, há ainda a questão da identidade dos trabalhadores. O fotógrafo e a maioria dos homens são completamente anônimos. Porém, em 2012 duas pessoas foram nomeadas Joseph Eckner e Joe Curtis, com outros dois supostamente identificados como Matty O’Shaughnessy e Patrick “Sonny” Glynn. Isso ainda deixa sete caras que nunca se preocuparam em contar a ninguém que eles estavam em uma das maiores imagens do século 20. Quanto mais o tempo passa, se torna cada vez menos provável que todos os nomes sejam conhecidos.



A IDENTIDADE DO PRIMEIRO HOMEM FOTOGRAFADO

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Em 1838, um residente de Paris parou para ter seus sapatos engraxados no Boulevard du Temple e, acidentalmente, fez história. Naquele exato momento, Louis Daguerre estava experimentando o daguerreótipo em um telhado próximo e tirou uma foto da rua. Demorou sete minutos para completar a exposição, que foi tão longa que todo o tráfego tornou-se invisível. Mas o nosso homem em Paris só passou a gastar esses sete minutos parado. Como resultado, ele se tornou o primeiro ser humano fotografado na história. Além disso, não sabemos nada sobre ele.
Literalmente nada. Em relação à sua vida, aparência, ocupação, renda, ideais, a vida familiar, e origens, estamos completamente no escuro. Nós nem sequer sabemos com certeza se ele era um parisiense ou se ele estava tendo seus sapatos engraxados. Alguns sugeriram que a imagem mostra realmente um homem de pé em uma bomba de água. Há até algumas pessoas que dizem que ele não está sozinho na fotografia.



QUANDO A PRIMEIRA FOTOGRAFIA A CORES FOI TIRADA

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Em 1861, Thomas Sutton e James Clerk Maxwell tiraram 3 fotos com uma fita do tartan através de filtros verde, vermelho e azul. Eles, então, combinaram as fotos para criar uma única imagem. A fotografia colorida nasceu.
No inverno de 1851, o Jornal Daguerreian, a primeira revista de fotografia profissional do mundo, recebeu uma carta. Escrita pelo Rev. Levi Hill, alegando um avanço com fotos coloridas. Usando um dispositivo conhecido como um hillotype, o reverendo já havia capturado 45 exemplares de cor. A carta terminava com a promessa de que iria mostrar seu protótipo em breve, juntamente com uma exposição de seu trabalho.
Os especialistas  enlouqueceram. Era o equivalente hoje a audiência que algum aldeão teria se acabasse aperfeiçoando a realidade virtual em seu porão. Mas então aconteceu uma coisa engraçada. Ele continuou empurrando a data para sua grande revelação. Ele continuou empurrando-o e empurrando-o até que todo mundo desistiu e chamou-o de farsante. Em seguida, ele desapareceu em reclusão e nunca foi ouvido novamente. Durante décadas depois, todo mundo achou que ele era simplesmente um fraudador.
Porém as coisas podem não ser tão simples assim. No início do século 21, um grupo de peritos analisou a coleção de hillotypes do Smithsonian e encontrou traços de cor. Eles também encontraram evidências de que alguns dos slides tinha sido alterado à mão, mas talvez não todos eles. Agora, é impossível dizer com certeza se ele realmente fez falsificação do lote ou se ele honestamente tomou as primeiras fotografias coloridas.



O QUE ACONTECEU COM AS FOTOS DE ALEX GARDNER

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A Guerra Civil foi primeiro conflito amplamente fotografado na história. Ela mudou para sempre a maneira que nós veríamos guerra, relatórios e imagens de morte. Muito disso é graças a um homem: Alex Gardner.
Mesmo que você não saiba quem era Gardner, você conhece seu trabalho. Foi Gardner, que levou as fotos dos mortos em Antietam, dos conspiradores de Lincoln, e o retrato icónico de um pré-assassinato de Lincoln. Ele levou as melhores imagens que qualquer outra pessoa nos campos de batalha, mesmo que o crédito das imagens fosse para o seu empregador. Quando ele morreu, muitos de seus negativos originais desapareceram. Porém foram redescobertos e logo em seguida desapareceram novamente.
Nós ainda não temos idéia de onde eles foram parar. Alguns dos mais valiosos negativos do século 19 ainda estão lá fora em algum lugar, à espera de ser redescobertos pela segunda vez.



CSSGEORGIA

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Um navio de guerra lançado em 1863 e afundado 20 meses depois para evitar a captura, o CSS Geórgia foi pensado para nunca ser fotografado. Então, em meados dos anos 1980, John Potter se deparou com o que parecia ser uma verdadeira imagem do Geórgia em um estaleiro. Incapaz de pagar o preço pedido, ele tirou uma foto da foto e mandou para seus amigos historiadores. Todos concordaram que era real. Neste ponto, a foto original desapareceu.
De acordo com Potter, o homem que tinha a foto desapareceu da face da Terra. Ao longo dos anos, a imagem tornou-se lendária. Sem projetos ou semelhanças precisas do Georgia a foto seria absolutamente única. O Corpo de Engenheiros do Exército ainda lançou uma campanha em 2014 para ajudar a localizá-lo. Em seguida, em abril de 2015, Potter admitiu à Associated Press que ele falsificou a coisa toda. Era uma imagem hoax, uma maneira que ele arrumou para chamar a atenção. A foto CSS Georgia nunca existiu.
Ou não? Em seu relatório, a AP afirmou que Potter sugeriu que ele poderia ter a foto. Um amigo de Potter também alegou Potter obteve a foto real e tinha a intenção de vendê-la a um preço elevado.



A FAMÍLIA MARGATE

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A família Margate é um dos mais charmosos mistérios recentes da Grã-Bretanha. Em 2015, o Museu Nacional da Escócia adquiriu uma coleção de fotografias da era vitoriana. A maioria eram fotos aleatórios de homens de terno e mulheres com expressões de popa, mas um número pequeno se destacou. Correndo através da coleção foram repetidas imagens da mesma família em férias na cidade de Kent Margate. Como as fotografias progrediram, eles cresceram, ficaram mais velhos, as crianças ficaram mais altas e uma irmã do bebê de repente apareceu. Era como folhear a história de uma família inteira e não saber absolutamente nada sobre.
As próprias imagens não carregam nenhuma identificação formal, e nada para nos dar qualquer pista sobre as pessoas dentro delas. Tudo o que sabemos é que foram tiradas por um fotógrafo profissional chamado W. cujo nome aparece no fundo de uma foto.



O GRIM SLEEPER

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O assassino em série, Grim Sleeper, que caçava mulheres negras em sua maioria na área de Los Angeles, deve ter assassinado pelo menos 11 pessoas em 25 anos. No entanto, alguns dizem que o número é muito maior. Quando o suspeito atual, Lonnie Franklin Jr., foi preso, a polícia encontrou mais de 180 fotos de mulheres em sua casa. A maioria, obviamente, tinha tomado a casa ou carro de Franklin.
Uma vez que as fotos foram reveladas pela primeira vez em 2010, a polícia identificou quase todas as mulheres mostradas. No entanto, interrogações persistem ao longo de vários deles. O site oficial da LAPD ainda carrega um slideshow gráfico de 38 pessoas desconhecidas tiradas da coleção de Franklin. Algumas são imagens comun,s tomadas à luz do dia, fora de sua casa. Outros são muito mais polêmicas. Pelo menos quatro das mulheres parecem ser fotografadas inconscientes, na melhor das hipóteses.



O SOLDADO ABATIDO

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Uma imagem de um soldado republicano caindo após ser atingido na Guerra Civil Espanhola, a foto de Robert Capa é uma das imagens mais icônicas de guerra. É também uma das mais ferozmente debatidas. Até hoje, não temos idéia se é uma imagem genuína ou se Capa falsificou a coisa toda.
Os argumentos para ambos os lados são convincentes. Uma análise de 2009 pelo diário espanhol El Periodicoparecia apontar a localização da foto para fora da cidade de Espejo. Enquanto Espejo recebeu seu quinhão de luta, não foi arrastado para a guerra até três semanas após a foto aparecer na imprensa. Além disso, uma coleção de negativos de Capa descobertos em meados dos anos 90 apareceu para mostrar outras fotografias tiradas ao mesmo tempo, sugerindo que a sua imagem mais famosa possa ter sido falsificada também.
Por outro lado, especialistas do Centro Internacional de Fotografia ainda acreditam que a fotografia seja genuína. No entanto, a história por trás fotografia mais famosa da guerra continuará a ser um mistério.



O TURISTA

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Em 1988, Ronald Reagan fez uma viagem para Moscou. Como parte de sua visita, ele tomou a Praça Vermelha para atender russos locais. Enquanto apertava a mão de um menino novo, o presidente teve sua imagem tirada por um fotógrafo da Casa Branca. Nada de anormal nisso. Mas então você olha para turista acompanhando o encontro. De acordo com várias fontes, este homem pode muito bem ser Vladimir Putin.
A ligação foi sugerida pela primeira vez em 2009, e foi imediatamente desmentida pela Rússia. No entanto, parece ser verdade por várias razões. A primeira é que nós sabemos que a KGB vestiu alguns dos seus agentes como russos comuns. Putin foi um membro da KGB na época, por isso a sua aparência não seria improvável. A segunda razão é que ele realmente se parece com uma versão mais jovem do atual líder da Rússia.
Pete Souza, que tirou a foto, hoje insiste em que o homem loiro é Putin. Por sua parte, porta-vozes de Putin negam veementemente o encontro, dizendo que ele estava trabalhando em Dresden no momento. O que você acha?



S-21

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O genocídio cambojano sob Pol Pot Khmer Vermelho é coberto de histórias de horror. Porém, nenhuma delas é tão horrível como a do S-21. A antiga escola convertida em um centro de interrogatório. S-21 interrogou até 17 mil pessoas durante os quatro anos do reinado de Pol Pot, menos de 10 delas sobreviveram. Os presos foram torturados durante dias a fio, em seguida, expulsos para o campo, espancado até a morte, e jogados em valas comuns. A parte mais triste é que ainda não se sabe quem a maioria delas eram. 
Milhares de fotografias, desde então, surgiram dos prisioneiros. Muitos estão agora conhecidos apenas por suas imagens. Quando S-21 foi finalmente abandonada, quase todas as fotos foram separadas de sua pasta. Das 6.000 imagens conhecidas atualmente, a grande maioria apresentam as pessoas que são não identificadas.
Variando de dissidentes assustados, para sombrios velhos e crianças com lágrimas nos olhos, os rostos são todos anônimos. Seus nomes, suas histórias e suas vidas foram todos eliminados. Hoje, só podemos olhar para as suas imagens sem saber nada de suas existências.

CRISOBERILO

CRISOBERILO




Uma das mais importantes gemas produzidas no país é o crisoberilo, cujo nome deriva das palavras gregaschrysos (dourado, obviamente em alusão a sua cor) e beryllos (berilo), pois em tempos remotos se imaginava que tratava-se de uma variedade de berilo. Em realidade, o crisoberilo foi identificado como espécie mineral distinta em 1789 e tem em comum com o berilo apenas o fato de ambos apresentarem o elemento berílio em sua composição.
O crisoberilo é a terceira gema de maior dureza (81/2), inferior apenas às do diamante e do coríndon (rubi e safira) e não requer qualquer tipo de tratamento para melhorar seu aspecto, seja para intensificar sua cor ou realçar um efeito óptico. Apresenta densidade elevada (~3,73 g/cm3) e cristaliza-se no sistema ortorrômbico. São frequentes as maclas com formas triangulares ou pseudo-hexagonais cíclicas e menos usuais os cristais estriados de hábito tabular ou os cristais de hábito prismático.
O crisoberilo "propriamente dito" apresenta-se nas cores amarela clara, amarela esverdeada a verde clara, amarela amarronzada a marrom e, em raríssimos casos, azul clara. Este mineral possui duas raras e valorizadas variedades, a alexandrita, que será o tema do nosso próximo artigo, e o olho-de-gato. Este último, também denominado cimofana - derivada dos termos gregos kyma(onda) e phaein(mostrar), apresenta finos canais, tubos de crescimento ou inclusões minerais aciculares ordenados paralelamente; a reflexão total da luz causa o aparecimento de um raio sedoso ondulante, com direção perpendicular à dos canais, nos exemplares adequadamente orientados e lapidados em cabochão. Este exuberante fenômeno óptico é denominado efeito olho-de-gato, chatoyancy ou acatassolamento e é melhor observado sob luz puntual ou à luz do sol, uma vez que a iluminação difusa não o realça de maneira apropriada. Muitas outras gemas podem exibi-lo, mas o termo olho-de-gato sem descrição adicional se reserva apenas ao crisoberilo; as demais devem ser designadas pelo nome da gema, seguido do mencionado termo (ex: turmalina olho-de-gato). Em casos muito raros, o crisoberilo pode apresentar duas faixas luminosas, em vez de uma única, dando lugar a um asterismo com 4 braços.
O olho-de-gato pode confundir-se com algumas gemas de ampla ocorrência no Brasil, sendo o quartzo olho-de-gato seu substituto mais comum, embora não apresente o raio ondulante tão bem definido nem seu polimento alcance a excelência do material genuíno.
Os termos "crisoberilo propriamente dito" e "olho-de-gato" são, às vezes, erroneamente designados por crisólita e crisoberilo, respectivamente. A denominação crisólita era utilizada na antiga nomenclatura mineralógica para designar a espécie mineral olivina, conhecida na gemologia como peridoto.
As principais inclusões encontradas no crisoberilo são os tubos de crescimento finos, de forma acicular, as inclusões minerais (micas, actinolita acicular, quartzo e apatita) e as fluidas (bifásicas e trifásicas). Os planos de geminação com aspecto de degraus são também importantes rasgos internos observados nos crisoberilos.
No Brasil, o crisoberilo ocorre associado a outros minerais de berílio, em depósitos secundários, formados pela erosão, transporte e sedimentação de materiais provenientes de jazimentos primários, principalmente pegmatitos graníticos.
Esta fascinante gema é conhecida em nosso país desde 1805 e foi lavrada em grandes quantidades em Minas Gerais, nos municípios de Minas Novas, Crisólita e Araçuaí. Atualmente, as ocorrências brasileiras mais significativas localizam-se nos estados de Minas Gerais (Malacacheta/Córrego do Fogo e Padre Paraíso/Vales dos Rios Americana e Santana), Espírito Santo(Colatina, Vila Pancas e Itaguaçú) e Bahia(Jaqueto).
Os principais países produtores de "crisoberilo propriamente dito" e olho-de-gato são, atualmente, Sri Lanka(Ratnapura e diversas outras ocorrências), Brasil, Tanzânia (Tunduru), Madagascar (Ilakaka) e Índia (Orissa e Andhra Pradesh).