quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

O negócio secreto das pedras preciosas coloridas

O negócio secreto das pedras preciosas coloridas



O Tapajós esta entrando no mundo das pedras preciosas coloridas, por enquanto com o topázio e a ametista. A cobertura florestal ainda é um impecilho para a descoberta de mais jazidas e mais tipos de pedras, mas é só questão de tempo.


Richard Hughes é o "Indiana Jones" moderno das pedras preciosas. Há décadas, esse americano percorre o planeta atrás das gemas mais valiosas, encarando pelo caminho aventuras dignas do cinema. Essa indústria, que movimenta US$ 10 bilhões por ano, é envolta não só em beleza, mas também em mistério.
Ao contrário do negócio mundial de diamantes, que é em grande parte controlado por empresas gigantes como a De Beers e minuciosamente monitorado por investidores e banqueiros de Wall Street, o mundo das pedras preciosas coloridas ainda é dominado por pequenos mineradores e aventureiros que vão a alguns dos lugares mais perigosos e subdesenvolvidos do mundo em busca de novos tesouros. As melhores pedras tendem a vir de países como Madagascar, Tajiquistão, Colômbia e Mianmar, onde o contrabando muitas vezes corre solto, a manutenção de registros é deficiente e os donos de minas com frequência impedem a presença de comerciantes de fora por medo de que façam seus próprios negócios com os moradores locais.
Em alguns casos, especialistas como Hughes compram pedras de garimpeiros ou intermediários e as revendem a clientes ricos. Há gemas que chegam ao público através de atacadistas que as compram em leilões ou mercados abertos na Tailândia, Índia e outros centros de processamento. Só num leilão em Mianmar, em 2011, as vendas chegaram a US$ 2,8 bilhões. De qualquer forma, os compradores de pedras preciosas raramente têm ideia de onde vieram as pedras e, mesmo se quisessem, provavelmente não teriam como descobrir sua origem. Quando se trata de rastrear os dados mais básicos sobre quais países produzem a maioria das pedras, a indústria é "muito vaga", diz Jean Claude Michelou, vice-presidente da Associação Internacional de Pedras Preciosas Coloridas, entidade que representa o setor.
Na verdade, é praticamente impossível encontrar um diretor-presidente ou grandes acionistas por trás das maiores minas de rubi ou safira do mundo. Em Mianmar, país há muito considerado a principal fonte mundial de rubis e jade, muitas minas são controladas pelos militares ou seus colaboradores mais próximos, incluindo alguns que são alvo de sanções dos Estados Unidos impostas anos atrás para punir o autoritário regime militar do país. (Embora muitas dessas sanções tenham sido relaxadas nos últimos dois anos, quando um novo governo reformista começou a reverter décadas de rígido controle militar, algumas restrições sobre as pedras preciosas de Mianmar foram mantidas.) Mas as pedras também podem vir de caçadores privados de fortunas cujas identidades são desconhecidas fora de seus países. Um dos magnatas que Hughes conheceu durante uma perigosa caçada a jade em minas da remota Hpakant, em Mianmar, era um ex-motorista de táxi que começou com uma pedra bruta que comprou por US$ 23 de um passageiro e a revendeu por US$ 5.000 para um comerciante de jade. (Quando Hughes o conheceu, em 1996, ele posou para uma fotografia sobre uma pilha de pedras de jade que ocupava uma sala inteira de sua casa.)
Ao mesmo tempo em que é difícil acompanhar o crescimento da indústria, os especialistas dizem que os preços vêm subindo significativamente nos últimos anos, em grande parte porque o fornecimento é inconstante. Robert Genis, um comerciante e caçador de pedras preciosas do Arizona que entrou para o negócio na década de 70, diz que os rubis de alta qualidade de Mianmar quadruplicaram de valor no varejo, para mais de US$ 40.000 o quilate, desde meados da década de 90, enquanto as esmeraldas colombianas praticamente dobraram de valor em relação ao início dos anos 2000. Hughes, que já viajou para mais de 30 países em busca de pedras e agora vive em Bangkok, diz que os preços do jade aumentaram em dez vezes nos últimos cinco anos, devido em grande parte ao aumento da demanda da China, embora recentemente os preços tenham caído ligeiramente.
Para quem estiver disposto a manter suas pedras por um longo período, o retorno pode ser enorme. Considere a safira de 62 quilates que John D. Rockefeller Jr. comprou de um marajá indiano em 1934 e a transformou em um broche para sua esposa. A família vendeu a pedra em 1971 a um negociante de joias por US$ 170.000. Nove anos depois, ela voltou ao mercado e foi vendida por US$ 1,5 milhão e, em 2001, foi revendida por mais de US$ 3 milhões. Outra safira famosa, comprada pelo empresário James J. Hill para sua esposa na década de 1880, por US$ 2.200, foi vendida por mais de US$ 3 milhões em um leilão em 2007. E há ainda o rubi de 8 quilates de Mianmar dado a Elizabeth Taylor pelo marido, o ator Richard Burton, em 1968, como presente de Natal. Em 2011, ele foi leiloado por US$ 4,2 milhões.
O diamante ainda continua a ser o melhor amigo de uma mulher, como disse uma vez a atriz americana Marilyn Monroe, mas as pedras coloridas continuam a ter um fascínio quase místico. Parte da atração está ligada à sua beleza luminosa e à sua raridade. Para muitas pessoas ricas, especialmente na Ásia, não há nada como ter uma coleção de pedras brilhantes que podem transportar ou esconder para vender em caso de emergência. Isso se tornou ainda mais comum com a crise financeira global.
Encontrar novas grandes pedras para saciar a demanda mundial, porém, não é tarefa fácil. É aí que os caçadores entram em ação. Genis, o negociante do Arizona, diz que entrou nesse negócio ainda na faculdade, quando estudou mapas para ver onde estavam os recursos naturais mais cobiçados do mundo, incluindo estanho, ouro e cobre. Foi o pequeno símbolo verde na Colômbia, representando depósitos de esmeralda, que mais o atraiu. Ele vendeu um aparelho de som e um carro velho, juntando US$ 1.000 para a viagem.
Após uma viagem de ônibus até a fronteira da Califórnia com o México, alguns trens e muitas caronas, Genis desembarcou no distrito de esmeraldas de Bogotá e usou o dinheiro que lhe restava para comprar pedras preciosas. Voltou aos EUA e duplicou o investimento vendendo as pedras. "De repente, tinha US$ 1.000 a mais e pensei: 'Isso é muito melhor do que ir para a faculdade'", lembra. Após várias visitas, ele estava ganhando o suficiente para ir de avião à Colômbia, com paradas para se divertir no Caribe.
Hoje, Genis contrata outras pessoas para buscar muitas das pedras que vende, incluindo um associado de Mianmar que conheceu durante uma conferência de pedras preciosas e tem conexões com os famosos depósitos de rubi de Mogok. Apesar de não serem tão selvagens como em Hpakant, as minas de Mogok também são estritamente vigiadas por militares — e reverenciadas em todo o mundo.
O apelo é evidente quando se considera o tipo de negócio que se consegue por lá. A última descoberta de Genis: uma safira de 39 quilates que agora está à espera de ser leiloada na Sotheby's. Genis diz que calcula que a pedra possa arrecadar até US$ 1 milhão na prestigiada casa de leilões. "Para muitos desses colecionadores, é quase como heroína: quando você começa, não consegue parar", diz.
À medida que a demanda por pedras preciosas coloridas continua crescendo, uma questão permanece no ar: será que essa indústria pode se autorregular? Parte da resposta pode estar a meio mundo de distância de Mianmar, em Londres, no nobre bairro de Mayfair. Lá, um grupo de veteranos da indústria de mineração está elaborando seu próprio plano para obter mais pedras coloridas.
A empresa do grupo, a Gemfields, está tentando se tornar uma potência da indústria, algo como a De Beers das pedras coloridas. Apoiada por um ex-diretor-presidente da mineradora anglo-australiana BHP Billiton, a maior mineradora do mundo, e com ações negociadas na Bolsa de Londres, a Gemfields afirma que tem a meta de assegurar os direitos sobre uma percentagem grande o suficiente da produção mundial de pedras preciosas para introduzir processos modernos de mineração e, assim, garantir um fornecimento mais previsível, ao mesmo tempo em que investe pesadamente em marketing para tornar as pedras mais conhecidas.
Ian Harebottle, o sul-africano que é diretor-presidente da empresa, diz que pedras coloridas costumavam ser tão populares quanto os diamantes até a década de 40, quando a De Beers começou a pôr em ação seu gigantesco orçamento de marketing, com slogans como "um diamante é para sempre". Hoje, as vendas de pedras coloridas são apenas uma fração dos US$ 70 bilhões do comércio internacional de diamantes, e os mineradores de pequeno porte que dominam o negócio não têm o dinheiro ou a escala necessários para fazer muita coisa, diz ele.
A Gemfields já produz 20% das esmeraldas do mundo, em uma grande mina da qual é sócia na Zâmbia. A empresa informa que é responsável por até 40% da oferta mundial de ametista e está começando a produzir rubis em um grande depósito em Moçambique. A Gemfields quer se expandir em outros lugares — inclusive Mianmar, se o governo do país mantiver o ritmo da reformas e a situação dos direitos humanos melhorar, diz Harebottle.
A Gemfields também comprou recentemente a Fabergé, famosa marca de joias que remonta à era dos czares russos. A ideia é usar a Fabergé, que tem lojas em todo o mundo, para comercializar algumas de suas pedras no segmento ultraluxo, à medida que cria uma das primeiras cadeias do mundo de fornecimento de gemas coloridas do tipo "da mina ao mercado".
As iniciativas da Gemfields ocorrem em meio a outras tentativas por parte de investidores para trazer práticas mais modernas para a indústria, incluindo disponibilizar mais amplamente as informações de preços e melhorar a classificação das pedras e o monitoramento de práticas, de modo que os consumidores possam ter um ideia melhor sobre quanto valem suas pedras e de onde elas vieram. Funcionários da Associação Internacional de Pedras Preciosas Coloridas, por exemplo, estão pressionando pela criação de um sistema para rastrear as origens das gemas coloridas. Michelou, da associação, diz que alguns países, incluindo Colômbia, Tanzânia e Sri Lanka, têm manifestado interesse.
Ao mesmo tempo, outras empresas estão criando cadeias de fornecimento "da mina ao mercado" e atualizando seus métodos de produção. Entre elas está a TanzaniteOne Mining e sua controladora, a britânica Richland Resources Ltd., que têm ajudado a transformar o mercado de tanzanita ao investir em minas que antes eram artesanais na região do Monte Kilimanjaro, onde estão os únicos depósitos da rara pedra azul conhecidos no mundo. E até mesmo as minas de Hpakant, em Mianmar, estão adotando mais mecanização nos últimos anos, com máquinas de terraplenagem substituindo muitos trabalhadores, embora o local, em geral, continue fora de controle. Tudo isso poderia um dia impulsionar o valor das pedras coloridas caso consiga tornar as fontes mais confiáveis e aumentar a demanda.
"A indústria de pedras coloridas provavelmente irá nessa direção, [de] mineração mais racional e mais formal", diz Russell Shor, analista do Instituto Gemológico dos EUA, uma das maiores autoridades do mundo em pedras preciosas. "Vai ser um processo lento, mas creio que seja esse o futuro."
No entanto, muitas pessoas, incluindo vários caçadores de pedras, permanecem céticos. Os principais depósitos de pedras do mundo, afirmam, são muitas vezes pequenos demais para justificar grandes investimentos e às vezes podem ser explorados de forma mais eficiente com ferramentas manuais primitivas. As minas estão tão espalhadas e em lugares tão irregulares que poderia ser muito complicado — sem falar no custo — trazê-las para a era moderna. "Quantos trilhões você tem?", pergunta Genis. "Com exceção dos diamantes, a maioria das fontes de pedras preciosas é antiga e as melhores pedras já se foram." Tentar integrar as minas, diz ele, "seria praticamente impossível".
Hughes, o caçador de pedras que vive em Bangkok, concorda. Segundo ele, as pessoas sempre se interessaram em trazer mais ordem para o comércio de joias. Mas a Mãe Natureza protege seus tesouros muito bem, escondendo-os em locais de acesso extremamente difícil, diz ele, e as pessoas que cuidam deles têm pouco incentivo para entregar o controle a Londres, Wall Street ou qualquer outro interessado.
"As pedras preciosas são diferentes de outros tipos de mineração", diz Hughes, porque há uma alta concentração de valor em áreas muito pequenas e relativamente poucas pedras. Além disso, apenas as pessoas, e não as máquinas, podem separar espécimes valiosas das que não valem nada — e isso inclui os garimpeiros artesanais que hoje controlam grande parte dessa atividade. Se as grandes empresas tentarem impor mais ordem, diz ele, "sempre haverá pessoas encontrando formas de contorná-la".

TUDO SOBRE O RUBI💎💎



O Rubi é uma das 4 pedras preciosas e é amplamente usado em jóias finas. Pertence à família Corindo. Sempre vermelho, é uma pedra muito rara e é considerada a rainha das gemas. Na verdade, os maiores monarcas do mundo, sempre quiseram usá-lo decorando com frequência suas coroas e jóias.
O cromo lhe confere a sua cor vermelha, mas também chegar ao vermelho castanho por causa das partículas de ferro que podem ocasionalmente se misturar na pedra. Existem diversas variedades de vermelho, a cor mais desejada é o sangue de pombo, que é roxo com um toque de azul. Você pode encontrar essa cor no vale dos rubis de Burma, ao norte, especificamente nas minas de Mogok. A cor de um rubi nem sempre pode denunciar a sua origem geográfica. As designações "Siam Rubi" e "rubi Birmânia" não necessariamente descreve a sua origem geográfica, mas a qualidade da cor dos rubis.

Há muitas inclusões em um Rubi, o que pode fornecer pistas sobre a origem da pedra. Eles não fazem nada para desvalorizar a pedra se deixar ele a sua transparência, como a inclusão de rubi são muito específicos e prova de autenticidade. No entanto, a característica mais importante será sempre a cor.
As inclusões são os minerais, inclusões líquidas ou canais, as inclusões de rutilo. inclusões de rutilo em rubi dá uma pedra muito original: se for cortada em cabochão, revela uma "asterismo". Este fenómeno assume a forma de uma estrela de 6 apontou ao mudar a orientação da pedra. Isso é chamado de "pedra de rubi estrela", que é muito raro e acrescenta um grande valor se a cor é muito bonita. As cores mais bonitas de rubis são a Birmânia, especificamente, no vale do Mogok, daí o nome "Ruby Mogok. Elas estão entre as jóias mais preciosas. É muito raro encontrar grandes dimensões: a acima de 5 quilates, estamos no excepcionais. Há também rubi Tailândia e Vietnã e sua cor é mais escura e alguns não têm nada a invejar os seus vizinhos da Birmânia. Os rubis de Sri Lanka faixa de luz vermelha de framboesa.



Muitas pedras, por muitos anos foram confundidos com um rubi; o espinélios e as granadas por exemplo. Eles não têm nada a ver com esta pedra preciosa, porque eles não são parte da família de corindo.
O Rubi é uma das pedras preciosas mais caras e populares entre os joalheiros, que o utilizam para suas criações. Uma boa pedra pode ser mais cara do que um diamante de qualidade. O Ruby é utilizado por longo tempo pelos grandes reinos e pelos os marajás indianos que amavam em seus ornamentos. O Ruby também é uma pedra mais usada para os anéis de noivado.
Mesmo que os melhores depósitos sejam encontrados na Birmânia, na região de Mogok, eles são encontrados também na Tailândia, Quénia, Sri Lanka, Índia, Paquistão, Vietnan ...
Sua dureza é de 9 na escala de Mohs, o que torna o Ruby o segundo material mais duro do mundo logo atrás das safira e diamantes. É, portanto, de fácil de friso.

ESMERALDA

ESMERALDA

Esmeralda é uma das 4 pedras preciosas e uma das pedras mais populares na joalheria. É parte da família do Berilo. Sua cor verde vem do vanádio e cromo, o verde é mais intenso e de grande qualidade. Sua dureza é de 7,5-8 na escala de Mohs, que é conveniente, mas exige aos joalheiros muita atenção na hora de criar uma peça, pois sua constituição é frágil e quebradiça.

A esmeralda tem, efetivamente, inclusões chamadas "jardins" ou "gelo" é dito que a esmeralda é habitada. Os jardins são realmente cheios de cristais ou bolhas de gás, às vezes líquidos. são destes cristais que caracterizam uma esmeralda. O mais puro tem poucas inclusões, mas isso é raro e aumenta o preço da pedra. No entanto, estas inclusões não a fazer perder o valor se são moderados, mas eles fazem das pedras, mais frágeis do que os outros para frisar. esmeraldas transparentes são, obviamente, muito popular mas uma esmeralda de um verde escuro, com poucas inclusões podem ser mais caras do que uma pedra transparente de um verde pálido.
Existem jazidas de esmeraldas na Colômbia, Brasil, Austrália, Índia, Zâmbia, Paquistão ...
A esmeralda tem sido uma pedra usada para jóias ornamentais desde a época do antigo Egito, ou seja, há 3.000 anos antes de nossa era. Havia muitas esmeraldas nos corredores e túmulos do Império egípcio.
A esmeralda era também uma pedra fetiches dos marajás; Por serem abundante na Índia. As esmeraldas eram também presentes nos principais reinos europeus. Um dos exemplares mais belos desta jóia, faz parte da coroa do Iran ». Napoleão ofereceu à Imperatriz Marie Louise, por ocasião do seu casamento, um conjunto de esmeraldas, incluindo uma tiara, um colar, um par de brincos e um pente. O vestido é agora propriedade do Louvre, em Paris. Não esquecendo o excelente exemplar à mostra no museu de Topkapi em stambul na Turquia.

TURQUESA


TURQUESA 



Esta gema deve sua beleza a sua extraordinária cor azul celeste e é utilizada desde a mais remota Antiguidade. Há relatos de sua aplicação como pedra ornamental desde aproximadamente 3.000 a.C. e, possivelmente, antes da Primeira Dinastia do Antigo Egito. Era também muito apreciada pelas antigas civilizações astecas do México e da América Central.

O termo turquesa, empregado desde a Antiguidade, tem origem incerta. Uma versão sustenta que deriva do francês arcaico “tourques”, que significa “pedra da Turquia”, não por proceder deste país, mas pelo fato de que as pedras provenientes da Península do Sinai chegavam a Europa através dele.
Outra versão dá conta de que o termo referia-se a algo estranho ou distante, como tudo que se referia ao Oriente. O certo é que os turcos estavam familiarizados com esta gema, especialmete com exemplares oriundos da antiga Pérsia, o atual Irã.
Em termos de composição química, a turquesa consiste de um fosfato hidratado de alumínio e cobre, cuja exeuberante cor deve-se a este último elemento. Geralmente, parte do alumínio é substituída por ferro. À medida que isto ocorre, o material tende a uma tonalidade verde azulada, que geralmente possui menor aceitação comercial.
A turquesa é uma das gemas que planteia maior dificuldade de identificação, por conta da existência de minerais de aspecto semelhante, além de possuir um equivalente sintético e inúmeros tratamentos e imitações.

Em geral, admite-se que a turquesa é criptocristalina e sua massa está constituída por um sem número de diminutos cristais misturadas com material amorfo e poroso. A textura superficial irregular da turquesa autêntica é muito característica: o material amorfo de cor azul pálida aparece salpicado de partículas de cor branca e frequentemente se observam veios de limonita (um óxido de ferro) escuros.

A turquesa é opaca a semi-translúcida, possui brilho céreo (presente em qualquer fratura ou superfície quebrada), dureza 5 a 6,  densidade 2,76 (- 0,45 a + 0,08), índices de refração 1,610 - 1,650 (- 0,006), sendo a leitura do índice médio, pelo método de visão distante, em torno de 1,61 a 1,62.
O espectro de absorção da turquesa na região da luz visível apresenta bandas no azul e no violeta, que são dificilmente observáveis, mesmo através das bordas dos exemplares traslûcidos com iluminação intensa.
A turquesa ocorre principalmente em rochas sedimentares, na forma massiva compacta ou reniforme, no Irã (minas de Nishapur, na Província de Khorassan), México, China, Perú e EUA (sudoeste do país, nos Estados do Arizona, Colorado, Nevada, Novo México e Califórnia).
No Brasil, até onde sabemos, houveram ocorrências sem produção significativa no Estado da Bahia, na região de Casa Nova, hoje encoberta pelas águas da barragem de Sobradinho; e em Minas Gerais, na localidade de Conselheiro Mata.
Sua alta porosidade permite a impregnação com ceras, resinas, plásticos ou outras substâncias, com o objetivo de estabilizar a cor e manter o polimento.
A turquesa foi obtida por síntese pela primeira vez pelo fabricante Pierre Gilson em 1972. O material tem uma textura superficial diferente do natural e cujo aspecto, curiosamente, se assemelha ao do creme de trigo. Pode ser separado do natural também por meio de susceptibilidade magnética ou da técnica avançada de espectroscopia de infra-vermelho.
Vários tipos de turquesa reconstituída são produzidos a partir de turquesa natural de baixa qualidade (muito clara e pouco dura) e dela se diferenciam pelas ausências da típica textura superficial e do espectro de absorção, bem como pela menor densidade e maior porosidade.
A turquesa é mais comumente lapidada em cabochões de diversas formas, além de contas, sendo também utilizada em esculturas e outros objetos de adorno.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Sul do Tocantins revela grandes potencialidades minerais

Sul do Tocantins revela grandes potencialidades minerais


Rochas ornamentais, zirconita, calcário, granada, areia e grande potencial para a indústria cerâmica. Essas são as potencialidades registradas pelo geólogo Rodrigo Meireles, durante pesquisa realizada em 17 municípios da região Sul do Tocantins. A pesquisa faz parte do projeto Diagnóstico das Potencialidades Minerais do Tocantins – uma iniciativa da Mineratins - Companhia de Mineração do Tocantins, com o apoio do Ministério de Minas e Energia. O destaque em Jaú do Tocantins é a zirconita, minério que serve de matéria-prima na fabricação de tintas para fornos de altas temperaturas, moldes, na cerâmica industrial e louças, pigmento para esmalte porcelanizado, isoladores térmicos e elétricos, refratários, entre outras aplicações. Lá, duas empresas exploram e comercializam o minério: a MITO – Mineradora Tocantins e a Mineradora Jaú. Juntas, essas empresas extraem aproximadamente 80 toneladas/mês desse minério e abastecem indústrias em Minas Gerais e São Paulo. O potencial de zirconita também tem atraído novas empresas ao município, como a Colorminas, que está iniciando os trabalhos de instalação. Além do Tocantins, a zirconita pode ser encontrada em apenas outros cinco estados brasileiros: Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Paraíba e Rio de Janeiro. “Isso se torna mais um atrativo para os investidores”, aponta o geólogo. Além da zirconita, outro potencial da região Sul tocantinense é o de rochas ornamentais, especialmente o granito verde e o gnaisse. O primeiro é abundante no município de Palmeirópolis, e o segundo pode ser encontrado em São Salvador do Tocantins. Praticamente toda a produção é vendida para empresas do estado do Espírito Santo. Em Gurupi, o destaque é para as indústrias cerâmicas. Das 27 visitadas na região, oito estão instaladas em Gurupi. Segundo Rodrigo Meireles, a indústria cerâmica está em expansão na região, o que pode ser notado especialmente em Gurupi, onde há um pólo de produção mais diversificado do que nos demais municípios. Além do tijolo simples (6 furos), há a fabricação de telhas e tijolos de vários modelos. O geólogo também registrou a existência de oito dragas de areia na região visitada e potencial de jazidas de granada – a pedra preciosa que é símbolo do Tocantins. Segundo ele, a empresa Colorgems Ltda está investindo em estudos de exploração dessa gema numa área de 10 mil hectares da região de Peixe. Outro mineral encontrado na região foi o calcário, explorado no município de Formoso do Araguaia e Palmeirópolis. O geólogo visitou ainda 12 garimpos desativados em vários municípios, entre eles de turmalina verde, preta e bicolor; granada rodolita, quartzito, zirconita e cristal de quartzo rosa. Segundo Rodrigo Meireles, a equipe da Mineratins foi muito bem-recebida em todas as empresas e 17 prefeituras visitadas. “Em todos os locais foi grande o interesse despertado pelos serviços que a Mineratins oferece”, observou. A visita para pesquisa das potencialidades minerais da região Sul do Estado ocorreu de 7 a 24 deste mês. Foram percorridos os municípios de Aliança do Tocantins, Alvorada, Araguaçu, Cariri, Crixás, Dueré, Figueirópolis, Formoso do Araguaia, Gurupi, Jaú do Tocantins, Peixe, Sandolândia, Sucupira, Talismã, Palmeirópolis, Paraná e São Salvador do Tocantins.