quinta-feira, 2 de março de 2017

Wall St cai após forte alta; ações da Caterpillar e do setor financeiro lideram perdas

Wall St cai após forte alta; ações da Caterpillar e do setor financeiro lideram perdas

quinta-feira, 2 de março de 2017 19:12 BRT
 
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Por Caroline Valetkevitch
NOVA YORK (Reuters) - O mercado acionário norte-americano recuou nesta quinta-feira, pressionado por ações do setor financeiro, enquanto as ações da Caterpillar caíram após notícias de que agentes federais fizeram buscas na unidade da empresa em Illinois.
As ações da Caterpillar recuaram 4,3 por cento, para 94,36 dólares, exercendo a principal pressão de baixa do Dow e ficando entre as principais quedas do S&P 500.
Não ficou imediatamente claro por qual motivo os agentes federais fizeram buscas em três locais da empresa. Após o fechamento do mercado, empresa disse que foram realizadas buscas para recolher documentos e informações eletrônicas.
O índice Dow Jones caiu 0,53 por cento, a 21.002 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,59 por cento, a 2.381 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,73 por cento, a 5.861 pontos.
As ações financeiras lideraram as quedas entre os índices setoriais do S&P 500, que teve seu maior recuo percentual diário desde 30 de janeiro. O índice financeiro do S&P caiu 1,5 por cento, maior queda diária desde meados de janeiro.
As ações dos bancos subiram na quarta-feira diante da expectativa de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, subirá a taxa de juros neste mês. O S&P 500 e o Nasdaq tiveram na quarta-feira o melhor dia desde a eleição de novembro, depois que presidente dos EUA, Donald Trump, adotou um tom comedido do em seu primeiro discurso no Congresso.
"Houve uma alta muito forte ontem (quarta-feira) sem necessariamente notícias reais para justificá-la. Então, eu acho que estão realizando alguns lucros hoje", disse Rick Meckler, presidente da empresa de investimentos LibertyView Capital Management em Jersey City, Nova Jersey.
A estreia na bolsa das ações da Snap, empresa-mãe do aplicativo de mensagens Snapchat, chamou a atenção dos investidores, com as ações fechando com alta de 44 por cento, a 24,48 dólares, e o volume totalizando mais de 216 milhões de ações.

Dólar salta quase 2% e volta a R$3,15 com expectativas de mais juros nos EUA

Dólar salta quase 2% e volta a R$3,15 com expectativas de mais juros nos EUA

quinta-feira, 2 de março de 2017 17:10 BRT
 
I]
Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou a quinta-feira com alta de quase 2 por cento, voltando a 3,15 reais e no maior patamar em um mês, acompanhando a valorização da moeda norte-americana sobre outras divisas no exterior em meio às apostas crescentes de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, pode elevar os juros em breve.
O dólar avançou 1,88 por cento, a 3,1513 reais na venda, maior nível desde 27 de janeiro passado, quando fechou em 3,1520 reais.
Na máxima da sessão, o dólar marcou 3,1552 reais. O dólar futuro registrava alta de cerca de 1,90 por cento no final da tarde.
"Com os Estados Unidos remunerando melhor e nosso juro em trajetória de queda, os gestores privilegiam segurança ao rendimento", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.
Nos últimos dias, dirigentes do Fed deram declarações sinalizando que a autoridade monetária pode elevar as taxas de juros do país neste mês. Segundo a ferramenta FedWatch do CME Group, as apostas indicavam cerca de 80 por cento de chances de o Fed elevar os juros em 0,25 ponto percentual na sua próxima reunião, nos dias 14 e 15 de março.
Juros elevados podem atrair à maior economia do mundo recursos hoje aplicados em outras praças financeiras, como a brasileira, pressionando as cotações do dólar.
No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas, o iene e outras moedas de países emergentes, como o peso mexicano e rand sul-africano.
No dia seguinte, a chair do Fed, Janet Yellen, fará discurso 15:00 (horário de Brasília) durante evento em Chicago, e investidores vão buscar pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária.
Os investidores locais também estavam de olho no Banco Central brasileiro que, apesar do salto do dólar agora, continuou sem anunciar intervenção no mercado de câmbio.
Em abril, vencem o equivalente à 9,711 bilhões de dólares em swaps tradicionais, equivalente à venda futura de dólares, e operadores se questionavam se o BC rolará, mesmo que parcialmente, esses contratos.
"O BC pode repetir a estratégia do mês passado e só rolar parcialmente o vencimento", comentou um operador de câmbio de uma corretora local.
A cena política local também pesava sobre os mercados, com o depoimento da véspera do empresário Marcelo Odebrecht confirmando um jantar com o presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu, onde foi tratado contribuições para a campanha do então vice-presidente, mas garantiu que o tema foi abordado "de forma genérica" e não houve pedido de doação direto feito por Temer.
"O mercado está monitorando o político e isso pode criar um ambiente para uma corrida ao dólar. Na dúvida, durma comprado", afirmou Silva, da Correparti.

Yahoo diz que 32 milhões de contas foram acessadas por cookies forjados

Yahoo diz que 32 milhões de contas foram acessadas por cookies forjados

quinta-feira, 2 de março de 2017 10:51 BRT
 
I
SÃO PAULO (Reuters) - O Yahoo, que revelou duas grandes violações de dados no ano passado, informou que cerca de 32 milhões de contas de usuários foram invadidas nos dois últimos anos por meio de cookies forjados.
A empresa esclareceu que algumas das violações mais recentes podem estar associadas ao mesmo ator que teria sido responsável pela invasão de 2014, na qual pelo menos 500 milhões de contas foram afetadas.
"Com base na investigação, nós acreditamos que uma terceira parte não autorizada acessou o código de propriedade da empresa para aprender como forjar certos cookies", informou o Yahoo em documento.
Cookies forjados permitem que o invasor acesse a conta de um usuário sem uma senha, assim eles foram invalidados para que não sejam usados para invadir contas de usuários, completou a empresa.
Em dezembro, o Yahoo informou que dados de mais de 1 bilhão de contas ficaram comprometidos em agosto de 2013, o que seria a maior invasão na história do país.
Na quarta-feira, a empresa informou que não concederia à presidente Marissa Mayer um bônus relativo a 2016, após a descoberta do comitê independente sobre o incidente de segurança ocorrido em 2014.
No mês passado, a Verizon Communications, que está no processo de comprar os ativos principais do Yahoo, reduziu a oferta original em 350 milhões de dólares, para 4,48 bilhões de dólares.
(Por Rishika Sadam, em Bangalore)

Ambev tem alta de 13,5% no lucro líquido do 4º trimestre, mas receita cai 13,9%

Ambev tem alta de 13,5% no lucro líquido do 4º trimestre, mas receita cai 13,9%

quinta-feira, 2 de março de 2017 08:38 BRT
I]


SÃO PAULO (Reuters) - A companhia de bebidas Ambev teve lucro líquido de cerca de 4,834 bilhões de reais no quarto trimestre, uma alta de 13,5 por cento em relação ao mesmo período de 2015.
Em termos ajustados, no entanto, o resultado líquido da empresa encolheu 15,9 por cento na comparação anual, para 3,656 bilhões de reais.
O grupo, que integra a maior cervejaria do mundo AB InBev, ainda apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 6,015 bilhões de reais de outubro a dezembro, uma queda de 25 por cento ante o último trimestre de 2015.
A receita líquida da Ambev recuou 13,9 por cento na mesma base, para 13,18 bilhões de reais. No acumulado de 2016, houve queda de 2,4 por cento, para 45,603 bilhões de reais.
"2016 provou ser um dos anos mais desafiadores de nossa história", informou a empresa no material de divulgação do balanço. De acordo com o documento, o sólido crescimento das operações internacionais foi compensado pelo desempenho fraco no Brasil e na Argentina, onde o "cenário macroeconômico desafiador continuou a pressionar os consumidores".
No Brasil, a receita líquida da Ambev cedeu 9,7 por cento no quarto trimestre, para 7,642 bilhões de reais, enquanto o Ebitda ajustado despencou 30,8 por cento, para 3,598 bilhões de reais. A margem Ebitda ajustada passou para 47,1 por cento, de 61,4 por cento no último trimestre de 2015.
Em 2016, as operações brasileiras geraram receita líquida de 24,955 bilhões de reais e Ebitda ajustado de 11,321 bilhões de reais, cifras 5,2 por cento e 19,7 por cento, respectivamente, menores ante 2015.
Para 2017, a Ambev se diz "cautelosamente otimista" com a indústria de cerveja brasileira, especialmente na segunda metade do ano. A empresa espera que o custo de produto vendido cresça dois dígitos no primeiro semestre e se estabilize no decorrer do segundo.

quarta-feira, 1 de março de 2017

O OURO E OS OURIVES NA ANTIGUIDADE

O OURO E OS OURIVES NA ANTIGUIDADE

As pepitas de ouro atraíram a atenção de nossos ancestrais desde muito cedo, e simples ornamentos feitos em ouro estão entre os mais antigos objetos de metal feitos pelo homem. O ouro das minas ou de depósitos aluviais tem sido explorado durante praticamente toda a história do homem.
Foi no segundo milênio A.C. que o homem começou a minerar o metal. A mineração nunca foi uma tarefa agradável e vários documentos se referem às condições terríveis dos mineradores. Em algumas das minas menores é certo que trabalhava - se por incentivos econômicos, mas nas grandes minas controladas pelo estado, escravos, prisioneiros de guerra e presos condenados trabalhavam duramente sem descanso. Na Roma antiga, ser enviado para as minas era uma punição comparável à de morrer na arena dos coliseus.
As principais minas de ouro da antiguidade espalhavam se por vários territórios. As guerras travadas e os conseqüentes tratados eram orientados de forma a se obter o melhor acesso ao ouro. Sendo assim, a influência do ouro na história da humanidade não pode ser subestimada. Por exemplo, não é coincidência que as terras conquistadas por Alexandre, o Grande, abrangiam quase todas as minas do antigo oriente próximo. Famosas entre estas estavam as minas dos desertos do Egito e da Namíbia, do oeste da Turquia, da armênia e até mesmo da índia. Na Europa, as minas de ouro encontravam - se nos Bálcãs, nos Alpes, na Espanha, na Irlanda, nas montanhas Altai e na Sibéria, e era negociado principalmente através das colônias gregas às margens do mar negro.
Na antiguidade, o ouro era usado não só como ornamento, mas também servia para distribuir riquezas. Governantes e templos podiam acumular grandes tesouros, em geral na forma de vasos ou outros objetos semelhantes e também na forma de jóias (as correntes em ouro eram largamente utilizadas). O ouro era guardado como um sinal de poder e riqueza, e era utilizado nos negócios e para financiar guerras e pagar resgates.
Para o cidadão médio da época, o ouro servia como moeda (reserva econômica). De vez em quando surgia uma lei para limitar a posse do ouro por indivíduos, mas não prosperava. O ouro tinha um significado alto na escala de valores, e objetos em ouro eram valorados e negociados pelo seu peso e não só pelo trabalho empregado na sua decoração. A negociação com ouro foi formalizada no primeiro milênio A.C. pela introdução da cunhagem da moeda. A circulação da moeda passou a facilitar o comércio e mais pessoas passaram a ter acesso ao ouro. A cunhagem de moedas passou a ser controlada pelo estado, que estabelecia o peso e a pureza do material empregado. Penas severas eram impostas a quem adulterasse qualquer destes itens.Era grande a variedade de técnicas de ourivesaria usadas pelos ourives da antiguidade. Em síntese, a chave para a ourivesaria do mundo antigo era a simplicidade no processo de confecção combinada com o refinamento na decoração. Os ourives deste período construíam suas próprias ferramentas. Nos primórdios, "martelava – se" o ouro com pedras. Mais tarde, ferramentas simples, como o martelo, foram inventadas e passaram a ser utilizadas pelos ourives. O trabalho de um ourives era predominantemente feito a partir de uma folha de ouro (obtida pelo contínuo martelar do metal até tornar-se uma superfície plana, lisa e de espessura desejada), que era então cortada com uma faca ou um cinzel na forma escolhida e ornamentada com filigrana, granulação ou outras técnicas decorativas, como a simples perfuração. Fios de ouro eram confeccionados cozendo e martelando uma fita fina de ouro até obter a espessura do fio desejada ou então torcendo e enrolando duas fitas estreitas de ouro. Desenhos decorativos podiam ser impressos na folha de ouro utilizando-se ferramentas simples feitas de madeira ou osso. Até mesmo objetos maciços, como anéis ou broches, eram feitos somente com a utilização de martelos.
A fundição do ouro era raramente empregada para confecção de jóias ou objetos valiosos e somente começou a ser utilizada durante a idade do ferro, na Europa. A fundição de metais era certamente conhecida e utilizada no mundo antigo desde o início da idade do bronze, mas raramente era feita com ouro. Uma das razões para isso era a potencialidade de quebra: era quase impossível produzir um molde que utilizasse sempre uma mesma quantidade de ouro. Com as modernas técnicas de hoje isso não se constitui um problema, mas na antiguidade, onde o ouro era caro, escasso e geralmente fornecido pelo cliente ao ourives que fabricaria sua jóia, essa consideração prática era um parâmetro importante.
Mesmo com poucas e simples ferramentas, os ourives da antiguidade foram capazes de produzir fantásticos exemplares de jóias e objetos decorativos, decoradas com sofisticação e desenhos intrincados, que resistiram não só ao passar dos séculos, mas também serviram e servem de inspiração até hoje a designers e joalheiros de todo o mundo.