quinta-feira, 2 de março de 2017

Cientistas criam primeiro ‘embrião’ artificial de camundongo com células-tronco

Cientistas criam primeiro ‘embrião’ artificial de camundongo com células-tronco

quinta-feira, 2 de março de 2017 19:32 BRT
 
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Por Kate Kelland
LONDRES (Reuters) - Cientistas no Reino Unido criaram pela primeira vez uma estrutura que se assemelha com um embrião de um camundongo, usando uma plataforma 3D e dois tipos de células-tronco, numa pesquisa que aprofunda a compreensão dos estágios iniciais do desenvolvimento mamífero.
Ao publicarem os seus resultados no periódico Science nesta quinta-feira, a equipe da Universidade de Cambridge disse que, ao mesmo tempo que o embrião artificial se assemelha muito com o real, ele dificilmente se desenvolveria num feto saudável de camundongo.
Para os propósitos da pesquisa, contudo, os cientistas foram capazes de mostrar como o embrião artificial seguia o mesmo padrão de desenvolvimento do embrião normal, com as células-tronco se organizando da mesma maneira.
Magdalena Zernicka-Goetz, professora do Departamento de Fisiologia, Desenvolvimento e Neurociência da Universidade de Cambridge, afirmou que o sucesso com as células de camundongo deve abrir caminho para trabalhos similares com células humanas, ajudando cientistas a superarem uma grande barreira na pesquisa com embriões humanos: a falta deles.
Atualmente, embriões humanos para pesquisa são desenvolvidos de ovos excedentes doados por clínicas de fertilidade, mas a professora Magdalena Zernicka-Goetz disse que no futuro deve ser possível usar as células-tronco para fazer embriões artificiais para estudo.
"Isso vai nos permitir estudar eventos chaves desse estágio crítico do desenvolvimento humano sem ter que de fato trabalhar com embriões”, declarou ela. “Saber como o desenvolvimento normalmente ocorre vai nos permitir entender por que ele de forma tão frequente dá errado.”
Tentativas anteriores de desenvolver estruturas semelhantes a embriões não tiveram muito êxito. A equipe de Cambridge disse que agora eles acham que isso se dava porque esses experimentos usavam somente um tipo de célula-tronco, a embriônica, e não se davam conta do fato de que o desenvolvimento inicial de embriões exige tipos diferentes de células para que haja uma coordenação próxima entre elas.
 

Prejuízos à indústria da soja por atoleiros na BR-163 somam R$350 mi

Prejuízos à indústria da soja por atoleiros na BR-163 somam R$350 mi

quinta-feira, 2 de março de 2017 17:43 BRT
 
I]
BRASÍLIA (Reuters) - O setor exportador de soja do Brasil teve prejuízo de 350 milhões de reais devido aos atoleiros e congestionamentos na BR-163, atingida por fortes chuvas nas últimas semanas em um trecho não pavimentado no Pará, estimou o presidente da associação de exportadores e indústrias (Abiove), Carlo Lovatelli.
Com os congestionamentos formados por milhares de caminhões transportando soja, o setor exportador teve que renegociar contratos, desviar cargas para portos do Sul/Sudeste e pagar multas por atrasos nos navios que aguardam o produto nos portos do Norte.
"Uma estrada de 100 quilômetros custa 200 milhões de reais para fazer. Isso se paga em menos de uma safra e o prejuízo é de 350 milhões de reais... Nós já desativamos 11 contratos. Isso implica em multas, desvios de rotas, tem de pagar o custo adicional, há o prejuízo de imagem", afirmou Lovatelli, em entrevista a jornalistas em Brasília, após fala dos ministros dos Transporte e Agricultura.
"Isso é dólar jogado pela janela", completou Lovatelli.
(Por Leonardo Goy)

Brasil tem melhor superávit comercial para fevereiro, de US$4,56 bi, diz Ministério

Brasil tem melhor superávit comercial para fevereiro, de US$4,56 bi, diz Ministério

quinta-feira, 2 de março de 2017 16:04 BRT
 
I]
BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil registrou superávit comercial de 4,56 bilhões de dólares em fevereiro, melhor resultado histórico para o mês, em mais um desempenho decorrente do aumento das exportações superior ao observado nas importações.
O resultado foi melhor que a estimativa de um saldo positivo em 3,27 bilhões de dólares, segundo pesquisa Reuters.
Em fevereiro, as exportações tiveram alta de 22,4 por cento ante igual mês de 2016, pela média diária, a 15,472 bilhões de dólares, divulgou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta quinta-feira.
Já as importações cresceram 11,8 por cento ante fevereiro do ano passado, também pela média diária, a 10,912 bilhões de dólares.
No acumulado do ano, o saldo comercial do Brasil chegou de 7,285 bilhões de dólares, acima dos 3,958 bilhões de dólares observados no primeiro bimestre de 2016.
As exportações em janeiro e fevereiro somaram 30,383 bilhões de dólares, crescimento de 20,5 por cento, pela média diária, ante o mesmo período do ano passado, enquanto as importações subiram 9,2 por cento no bimestre, para 23,099 bilhões de dólares.
O movimento dos primeiros meses de 2017 destoa daquele verificado nos dois últimos anos, quando o superávit na balança comercial se deu pela queda maior nas importações que nas exportações, em meio à recessão econômica. Desta vez, o valor mais alto das commodities, que exercem importante peso na pauta de trocas comerciais, vem ajudando o país.
Para 2017, o MDIC projeta um superávit semelhante ao de 2016, da ordem de 47,7 bilhões de dólares, mas com aumento de exportações e importações na esteira da recuperação da economia. [nL1N1ES0J2]
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Em fevereiro, as exportações foram puxadas pelo desempenho dos produtos básicos, cuja alta foi de 48,3 por cento ante o mesmo mês do ano passado.
As exportações de manufaturados e semimanufaturados tiveram aumento mais modesto, de 5,7 por cento e 2 por cento, respectivamente, na mesma base de comparação.
No lado das importações, em fevereiro, houve forte crescimento na compra de combustíveis e lubrificantes, com alta de 34,9 por cento na comparação com fevereiro do ano anterior, e e 16,3 por cento em bens intermediários.
Já as compras de bens de capital --um termômetro para o investimento-- e de bens de consumo recuaram 9,8 por cento e 4,4 por cento, respectivamente.
(Por Cesar Raizer)

Wall St cai após forte alta; ações da Caterpillar e do setor financeiro lideram perdas

Wall St cai após forte alta; ações da Caterpillar e do setor financeiro lideram perdas

quinta-feira, 2 de março de 2017 19:12 BRT
 
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Por Caroline Valetkevitch
NOVA YORK (Reuters) - O mercado acionário norte-americano recuou nesta quinta-feira, pressionado por ações do setor financeiro, enquanto as ações da Caterpillar caíram após notícias de que agentes federais fizeram buscas na unidade da empresa em Illinois.
As ações da Caterpillar recuaram 4,3 por cento, para 94,36 dólares, exercendo a principal pressão de baixa do Dow e ficando entre as principais quedas do S&P 500.
Não ficou imediatamente claro por qual motivo os agentes federais fizeram buscas em três locais da empresa. Após o fechamento do mercado, empresa disse que foram realizadas buscas para recolher documentos e informações eletrônicas.
O índice Dow Jones caiu 0,53 por cento, a 21.002 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,59 por cento, a 2.381 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,73 por cento, a 5.861 pontos.
As ações financeiras lideraram as quedas entre os índices setoriais do S&P 500, que teve seu maior recuo percentual diário desde 30 de janeiro. O índice financeiro do S&P caiu 1,5 por cento, maior queda diária desde meados de janeiro.
As ações dos bancos subiram na quarta-feira diante da expectativa de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, subirá a taxa de juros neste mês. O S&P 500 e o Nasdaq tiveram na quarta-feira o melhor dia desde a eleição de novembro, depois que presidente dos EUA, Donald Trump, adotou um tom comedido do em seu primeiro discurso no Congresso.
"Houve uma alta muito forte ontem (quarta-feira) sem necessariamente notícias reais para justificá-la. Então, eu acho que estão realizando alguns lucros hoje", disse Rick Meckler, presidente da empresa de investimentos LibertyView Capital Management em Jersey City, Nova Jersey.
A estreia na bolsa das ações da Snap, empresa-mãe do aplicativo de mensagens Snapchat, chamou a atenção dos investidores, com as ações fechando com alta de 44 por cento, a 24,48 dólares, e o volume totalizando mais de 216 milhões de ações.

Dólar salta quase 2% e volta a R$3,15 com expectativas de mais juros nos EUA

Dólar salta quase 2% e volta a R$3,15 com expectativas de mais juros nos EUA

quinta-feira, 2 de março de 2017 17:10 BRT
 
I]
Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou a quinta-feira com alta de quase 2 por cento, voltando a 3,15 reais e no maior patamar em um mês, acompanhando a valorização da moeda norte-americana sobre outras divisas no exterior em meio às apostas crescentes de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, pode elevar os juros em breve.
O dólar avançou 1,88 por cento, a 3,1513 reais na venda, maior nível desde 27 de janeiro passado, quando fechou em 3,1520 reais.
Na máxima da sessão, o dólar marcou 3,1552 reais. O dólar futuro registrava alta de cerca de 1,90 por cento no final da tarde.
"Com os Estados Unidos remunerando melhor e nosso juro em trajetória de queda, os gestores privilegiam segurança ao rendimento", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.
Nos últimos dias, dirigentes do Fed deram declarações sinalizando que a autoridade monetária pode elevar as taxas de juros do país neste mês. Segundo a ferramenta FedWatch do CME Group, as apostas indicavam cerca de 80 por cento de chances de o Fed elevar os juros em 0,25 ponto percentual na sua próxima reunião, nos dias 14 e 15 de março.
Juros elevados podem atrair à maior economia do mundo recursos hoje aplicados em outras praças financeiras, como a brasileira, pressionando as cotações do dólar.
No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas, o iene e outras moedas de países emergentes, como o peso mexicano e rand sul-africano.
No dia seguinte, a chair do Fed, Janet Yellen, fará discurso 15:00 (horário de Brasília) durante evento em Chicago, e investidores vão buscar pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária.
Os investidores locais também estavam de olho no Banco Central brasileiro que, apesar do salto do dólar agora, continuou sem anunciar intervenção no mercado de câmbio.
Em abril, vencem o equivalente à 9,711 bilhões de dólares em swaps tradicionais, equivalente à venda futura de dólares, e operadores se questionavam se o BC rolará, mesmo que parcialmente, esses contratos.
"O BC pode repetir a estratégia do mês passado e só rolar parcialmente o vencimento", comentou um operador de câmbio de uma corretora local.
A cena política local também pesava sobre os mercados, com o depoimento da véspera do empresário Marcelo Odebrecht confirmando um jantar com o presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu, onde foi tratado contribuições para a campanha do então vice-presidente, mas garantiu que o tema foi abordado "de forma genérica" e não houve pedido de doação direto feito por Temer.
"O mercado está monitorando o político e isso pode criar um ambiente para uma corrida ao dólar. Na dúvida, durma comprado", afirmou Silva, da Correparti.