sábado, 4 de março de 2017

O MAIOR DIAMANTE DO MUNDO

O MAIOR DIAMANTE DO MUNDO


ORIGEM DO NOME: Diamante, do grego 'adamas', significa invencível e 'diaphanes', que significa transparente. Durante a Idade Média, acreditava-se que um diamante podia reatar um casamento desfeito. Era usado em batalhas como símbolo de coragem.

Os antigos o chamavam de pedra do sol, devido ao seu brilho faiscante e os gregos acreditavam que o fogo de um diamante refletia a chama do amor.
Sugere, portanto, a força e a eternidade do amor.

SAIBA COMO NASCE UM DIAMANTE

O DIAMANTE COMO JÓIA
Só a partir do século XV, o diamante foi caracterizado como a jóia da noiva. Sendo Mary de Burgundy a primeira mulher a receber um colar de diamantes como um símbolo de noivado com o Arqueduque Maximilian da Austria em Agosto de 1477. Dos séculos XVII a XIX, usavam-se argolões como anéis de noivado. No século XX, ficou em moda o estilo "chuveiro", mais tarde o anel fieira. Depois o solitário, o estilo mais usado atualmente.

EXPLORAÇÃO: A exploração das minas de diamante começou na Índia, entre os anos 800 e 600 A.C. Durante 2.000 anos, o Oriente produziu todos os diamantes conhecidos, incluindo o "Koh-i-Noor", o russo "Orloff", o "Esperança" e outros diamantes célebres. O seu uso era reservado às cortes reais e aos dignitários da igreja. As espadas, os colares das ordens, os cetros e as coroas usadas nas cerimônias eram ornadas de diamantes.

OS MAIS FAMOSOS DIAMANTES DO MUNDO
O CULLINAN, o maior dos diamantes já encontrados, pesava 3.106 quilates quando bruto e originalmente um pouco menos de 1 libra e meia. Ele foi cortado em 9 pedras principais e 96 pedras menores.

O Estrela da África é a maior das pedras cortadas do Cullinan. é um dos doze mais famosos diamantes do mundo e pertence à COROA INGLESA. Ele pesava 530,20 quilates, tem 74 facetas e ainda é considerado como o maior diamante lapidado do mundo.

KOH-I-NOOR ("Montanha de Luz") Foi mencionado pela primeira vez em 1304, pesando 186 quilates. Uma pedra de corte oval. Acredita-se ter estado, certa vez, engastado no famoso trono de pavão do Xá Jehan como um dos olhos do pavão. Relapidado no reinado da Rainha Vitória, encontra-se hoje em dia entre AS JÓIAS DA COROA INGLESA e pesa atualmente 108,93 quilates.

O Olho do Ídolo - Uma pedra no formato de pêra achatada e do tamanho de um ovo de galinha. O seu tamanho lapidado é de 70,20 quilates. Um outro diamante famoso que uma vez foi colocado no olho de um ídolo antes de ter sido roubado. A lenda também diz que ele foi dado como resgate da Princesa Rasheetah pelo "Sheik" da Kashmir ao Sultão da Turquia qua a tinha raptado.

O Excelsior - A segunda maior pedra já encontrada é o Excelsior, que era de 995,2 quilates quando bruto. Alguns dizem que o Braganza é a segunda maior pedra já encontrada, mas não há registros de sua existência e muitos acreditam ser mitológico ou nem mesmo um diamante.

O Regente - Um diamante verdadeiramente histórico descoberto em 1701 por um escravo índio perto de Golconda, pesava 410 quilates quando bruto. Quando pertencente a William Pitt, primeiro-ministro inglês, foi cortado em um brilhante no formato de uma almofada de 140,5 quilates e, até ter sido vendido para o Duque de Orleans, Regente da França, quando Luís XV ainda era uma criança em 1717, era chamado de "O Pitt". Foi então rebatizado como "O Regente" e colocado na coroa de Luís XV para a sua coroação. Após a Revolução Francesa, foi possuído por Napoleão Bonaparte que o colocou no cabo de sua espada. Atualmente está exposto no Louvre.

O Blue Hope (Esperança Azul) - Mais famoso do que qualquer outro diamante, o Hope foi uma vez possuído por Luís XV, sendo oficialmente designado de "o diamante azul da coroa". Roubado durante a Revolução Francesa, tornou a aparecer em Londres, em 1830 e foi comprado por Henry Philip Hope, razão pela qual atualmente tem esse nome. Foi em poder da família Hope que este diamante adquiriu a reputação horrível de trazer azar. Toda a família morreu na pobreza. Uma infelicidade similar ocorreu com um proprietário posterior, Sr. Edward McLean. Atualmente, encontra-se na Instituição Smithsonian em Washington.

O Grande Mogul - foi descoberto no século XVII. A pedra tem esse nome em homenagem ao Xá Jehan, que construiu o Taj Mahal. Quando bruto, diz-se ter pesado 793 quilates. Atualmente encontra-se desaparecido.

O "Sancy" - pesava 55 quilates e foi cortado no formato de uma pêra. Primeiramente pertenceu a Charles, o Corajoso, Duque de Burgundy, que o perdeu na batalha em 1477. A pedra de fato tem esse nome devido a um dono posterior, Senhor de Sancy, um embaixador francês na Turquia no final do século XVI. Ele o emprestou ao rei francês Henry III que o usou no gorro com o qual escondia sua calvície. Henrique VI da França, também pegou emprestado a pedra de Sancy, mas ela foi vendida em 1664 a James I da Inglaterra. Em 1688, James II, último dos reis Stuart da Inglaterra, fugiu com ele para Paris. O "Sancy" desapareceu durante a Revolução Francesa.

Taylor - Burton Com 69,42 quilates, este diamante no formato de uma pêra foi vendido em leilão em 1969 com a pressuposição de que ele poderia ser nomeado pelo comprador. Cartier, de Nova York, com sucesso, fez um lance para ele e imediatamente o batizou de "Cartier". Entretanto, no dia seguinte, Richard Burton comprou a pedra para Elizabeth Taylor por uma soma não revelada, rebatizando-o de "Taylor-Burton". Ele fez seu debut em um baile de caridade em Mônaco, em meados de novembro, onde Miss Taylor o usou como um pendente. Em 1978, Elizabeth Taylor anunciou que o estava colocando à venda e que planejava usar parte da renda para construir um hospital em Botswana. Somente para inspecionar, os possíveis compradores tiveram que pagar $ 2.500 para cobrir os custos de mostrá-lo. Em junho de 1979, ele foi vendido por quase $ 3 milhões e a última notícia que temos dele é que se encontra na Arábia Saudita.

O Orloff - Acredita-se que tenha pesado cerca de 300 quilates quando foi encontrado. Uma vez foi confundido com o Grande Mogul, e atualmente faz parte do Tesouro Público de Diamantes da União Soviética em Moscou. Uma das lendas diz que "O Orloff" foi colocado como olho de Deus no templo de Sri Rangen e foi roubado por um soldado francês disfarçado de hindu.

Hortensia - Esta pedra cor de pêssego, de 20 quilates, tem esse nome em honra de Hortense de Beauharnais, Rainha da Holanda, que era filha de Josephine e a enteada de Napoleão Bonaparte. O Hortensia fez parte das Jóias da Coroa Francesa desde que Luís XIV o comprou. Junto com o Regente, atualmente está em exposição no Louvre, em Paris.

Entre os mais novos diamantes famosos está o "Amsterdã", uma das pedras preciosas mais raras do mundo, um diamante totalmente negro. Proveniente de uma parte do Sul da África, cujo local se mantém em segredo, tem peso bruto de 55.58 quilates. A belíssima pedra negra tem um formato de uma pêra e possui 145 faces e pesa 33.74 quilates.

sexta-feira, 3 de março de 2017

A enigmática joia que revela a agonia da civilização maia

A enigmática joia que revela a agonia da civilização maia

  • 3 março 2017
Símbolos gravados no pingente de jadeDireito de imagemG BRASWELL UC SAN DIEGO
Image captionJoia apresenta 30 hieróglifos gravados na parte de trás
A descoberta surpreendeu o arqueólogo norte-americano Geoffrey Braswell.
"A gente poderia esperar encontrar algo assim em uma das grandes cidades do império maia, mas não aqui", afirma o professor de Antropologia da Universidade da Califórnia em San Diego.
A joia a que Braswell se refere foi encontrada no sítio arqueológico de Nim Li Punit, localizado no distrito de Toledo, ao sul de Belize, na América Central.
Trata-se de um pingente de jade de cerca de 18cm de largura por 10cm de comprimento. A joia foi encontrada em 2015, mas só agora os cientistas começaram a entender o seu significado.
O objeto é a segunda maior peça maia de jade já encontrada em Belize. Mas, segundo Braswell, o que torna o pingente ainda mais especial é o fato de ser o único com inscrições gravadas que se tem conhecimento.
A parte de trás da joia apresenta 30 hieróglifos que, de acordo com os cientistas, contam uma história dramática.
"A história que este pingente conta é curta, mas importante", diz Braswell.
"Esta joia está literalmente falando com a gente", completa.

Tumba misteriosa

Nim Li Punit é um sítio arqueológico pequeno, localizado na parte sudeste do antigo império maia, que cobre o sudeste do México, a maior parte da Guatemala, Belize e a parte ocidental de Honduras e El Salvador.
O arqueólogo Geoffrey Braswell, da Universidade da Califórnia, segura uma réplica do pingenteDireito de imagemG BRASWELL UC SAN DIEGO
Image captionGeoffrey Braswell, arqueólogo da Universidade da Califórnia, segura uma réplica do pingente
O local está a mais de 400 quilômetros de Chichen Itzá, um dos principais sítios arqueológicos da civilização maia, na Península de Yucatán, no México.
Braswell, que estava acompanhado de seus alunos de pós-graduação Maya Azarova e Mario Borrero, além de uma equipe local, realizava escavações nos vestígios de um palácio maia, em 2015, quando se deparou com a tumba.
Dentro dela havia 25 vasos, uma pedra esculpida em forma de deusa e o pingente de jade. Fora um par de dentes, não havia restos humanos.
O texto das inscrições do pingente ainda está sendo analisado por Braswell e Christian Pager, especialista da Universidade de Bonn, na Alemanha.

T, deus do vento

O pingente tem o formato da letra T e, na parte da frente, também apresenta uma gravação na forma de T.
Este símbolo equivale a "ik" na grafia maia , que significa "vento e respiração".
Estudante Mario Borrero em uma das escavaçõesDireito de imagemG BRASWELL UC SAN DIEGO
Image captionO estudante Mario Borrero foi um dos pesquisadores que encontraram a tumba onde o pingente estava
O vento era considerado crucial pelos maias, uma vez que a civilização dependia da chegada das chuvas anuais, vitais para a agricultura e a sobrevivência.
E os reis maias realizavam rituais com incenso de acordo com o calendário sagrado para atrair as chuvas.
Segundo Braswell, as inscrições na parte de trás do pingente revelam que a peça foi usada pela primeira vez para um ritual desse tipo em 672 d.C.
Outras esculturas em pedra do sítio arqueológico de Nim Li Punit, do século 7, confirmam esse uso ao mostrar um rei usando um pingente em forma de T no peito ao espalhar incenso.

Relato ancestral

Em relação aos outros hieróglifos, a interpretação de Braswell e Prager até agora é a seguinte:
A joia foi criada para o rei Janaab Ohl K'inich. Além de revelar a data da primeira utilização do pingente em um ritual, as gravações também relatam a linha ancestral do monarca.
Objetos achados na tumba - pingente, escultura em pedra e vasosDireito de imagemG BRASWELL UC SAN DIEGO
Image captionO pingente foi encontrado junto a outros objetos - 25 vasos e uma pedra esculpida em forma de deusa
Sua mãe era da cidade de Cahal Pech, a oeste de Belize, cerca de 100 quilômetros do sítio arqueológico onde foi encontrada a joia. Sabe-se ainda pelas inscrições que o pai do rei morreu com 20 anos.
Atualmente, a viagem de ônibus entre ambos os lugares leva cinco horas. Naquela época, seria necessário caminhar durante dias, cruzando montanhas e selvas. Como o pingente chegou então a Nim Li Punit?
Talvez jamais se saiba exatamente a resposta.
Mas Braswell acredita ter desvendado por que a joia foi enterrada na tumba, sem os restos mortais de seus donos, apenas com alguns objetos.

Seca e desespero

Segundo ele, o pingente não era um ornamento. "Ele tinha um imenso poder e magia para os maias."
Para o arqueólogo, a joia pode ter sido enterrada como uma homenagem ao deus do vento.
Ruínas de construções em pedra cercadas por árvores no sítio arqueológico de Nim Li PunitDireito de imagemG BRASWELL UC SAN DIEGO
Image captionPingente foi encontrado no sítio arqueológico de Nim Li Punit, longe das grandes cidades maias, o que surpreendeu arqueólogos
As primeiras cidades maias foram construídas no primeiro milênio antes de Cristo, e a civilização chegou a seu apogeu por volta de 600 d.C.. O império maia começou a entrar em colapso por volta de 800 d.C..
Quando os conquistadores espanhóis zarparam para a América Central, em 1517, seu objetivo era derrotar a civilização maia, que dominava a região. Mas, quando chegaram, já não havia mais o poder político e econômico que tinha erguido pirâmides e sustentado uma população que chegou a 2 milhões de pessoas.
"Uma teoria recente é que a mudança climática gerou seca que, por sua vez, levou ao fracasso da agricultura e, consequentemente, ao começo do fim da civilização maia", diz Braswell.
Para ele, a decisão de prestar uma homenagem ao deus do vento na tumba para trazer chuva suporta essa teoria.
"E deveria servir de alerta para nós hoje em dia sobre os riscos da mudança climática", completa.

'Porta do inferno': a gigantesca cratera que continua crescendo e revela como a Terra era há 200 mil anos

'Porta do inferno': a gigantesca cratera que continua crescendo e revela como a Terra era há 200 mil anos


Vista aérea da cratera BatagaikaDireito de imagemALEXANDER GABYSHEV
Image captionLocalizada na floresta boreal da Sibéria, enorme cratera cresce, em média, 10 metros por ano e serve de alerta contra o desmatamento e o aquecimento global
Um buraco de 1 quilômetro de extensão e 85 metros de profundidade não para de crescer em uma remota região da Rússia e é chamado de "porta para o inferno" por pessoas que vivem na região, que preferem evitá-lo.
Mas cientistas asseguram que se trata de uma cratera única, um registro detalhado de 200 mil anos de história da Terra.
Batagaika, a gigantesca cratera, emerge de forma dramática na floresta boreal da Sibéria à medida que o permafrost - tipo de solo que está sempre congelado - derrete como efeito do aquecimento global.
A cratera tem crescido na média de 10 metros por ano. Mas em anos mais quentes, esse aumento chegou a 30 metros, conforme indicou estudo do Instituto Alfred Wegener em Potsdam, na Alemanha. A instituição vem monitorando o buraco há uma década.
Detalhes da parede de BatagaikaDireito de imagemJULIAN MURTON
Image captionCamadas expostas com o degelo do permafrost indicam como eram clima, fauna e flora há 200 mil anos
A cratera representa uma rara oportunidade de observar, ao mesmo tempo, o passado, o presente e o futuro.
As camadas de sedimento expostas revelam como era o clima na região há 200 mil anos. Resquícios de árvores, pólen e animais indicam que, no passado, a área foi uma densa floresta.
Esse registro geológico pode ajudar a compreender como será, no futuro, a adaptação da região ao aquecimento global. E, ao mesmo tempo, o crescimento acelerado da cratera é um indicador imediato do impacto cada vez maior das mudanças climáticas no degelo do permafrost.

Desmatamento

A cratera apareceu na década de 60, de acordo com Julian Murton, professor da Universidade de Sussex, na Inglaterra.
O rápido desmatamento na região deixou o terreno sem a proteção das sombras das árvores nos meses de verão. Assim, os raios de sol aqueceram o solo e aceleraram o processo de degelo, uma vez que era a vegetação que mantinha o solo resfriado.
"Esta combinação de menos sombra e transpiração levou a um aquecimento da superfície", explica Murton em entrevista à BBC.
Com o derretimento do permafrost, é possível que venham a surgir mais crateras como também lagos e bacias hidrográficas.
Para o professor, "à medida que o gelo derrete em novas profundidades, podemos ver o surgimento de paisagens novas".
Restos de um tronco de árvoreDireito de imagemJULIAN MURTON
Image captionAo emergir, cratera revelou siknais de densa floresta que existiu no local há centenas de milhares de anos

Reconstituição histórica

Cientistas ainda trabalham na análise de sedimentos e tentam decifrar a cronologia exata da cratera.
"Queremos saber se as mudanças climáticas durante a última Era do Gelo esteve caracterizada por uma grande variabilidade, com períodos intercalados de aquecimento e esfriamento", diz Murton.
Detalhe da cratera e do degeloDireito de imagemJULIAN MURTON
Image captionA taxa de crescimento da cratera é um indicador direto do crescente impacto das alterações climáticas no permafrost
Isso é importante porque a história climática de grande parte da Sibéria ainda pode ser considerada um mistério. Ao reconstruir alterações ambientais do passado, cientistas esperam conseguir prever mudanças similares no futuro.
Há 125 mil anos, por exemplo, houve um período interglacial, com temperaturas vários graus acima das registradas atualmente.
"Entender como era o ecossistema pode nos ajudar a entender como a região se adaptará ao atual aquecimento do clima", afirma o professor Julian Murton.

'O aquecimento acelera o aquecimento'

A cratera Batagaika pode oferecer lições cruciais, em especial sobre os mecanismos que aceleram o aquecimento em áreas de permafrost.
À medida que o degelo avança, mais e mais carbono é exposto a micróbios. Estes micro-organismos consomem carbono e produzem dióxido de carbono e metano - gases causadores do efeito estufa.
Cratera de BatagaikaDireito de imagemJULIAN MURTON
Image captionÀ medida que o permafrost degela, gases como dióxido de carbono e metano são liberados e aceleram o aquecimento global
O metano é capaz de acumular 72 vezes mais calor que o dióxido de carbono num período de 20 anos.
Além disso, os gases liberados pelos micróbios na atmosfera aceleram ainda mais o aquecimento.
"É o que chamamos de 'feedback positivo'", explica Frank Gunther, do Instituto Alfred Wegener. "O aquecimento acelera o aquecimento e, no futuro, poderemos ver mais estruturas como a cratera de Batagaika", completa o pesquisador.
Segundo o pesquisador, não há nenhuma obra de engenharia que possa conter o desenvolvimento dessas crateras.

Mais de 100 milhões correm o risco de passar fome no mundo, diz representante da ONU

Mais de 100 milhões correm o risco de passar fome no mundo, diz representante da ONU

sexta-feira, 3 de março de 2017 21:01 BRT
 
]
Por Umberto Bacchi
ROMA (Thomson Reuters Foundation) - O número de pessoas enfrentando fome severa no mundo ultrapassou os 100 milhões e vai aumentar se a ajuda humanitária não for acompanhada de mais apoio para os agricultores, disse uma importante autoridade da Organização das Nações Unidas (ONU).
Dominique Burgeon, diretor da divisão de emergência da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), disse que estudos recentes mostraram que em 2016 102 milhões de pessoas enfrentavam desnutrição aguda, o que significa que elas estão à beira da fome, num aumento de quase 30 por cento em relação aos 80 milhões de 2015.
O aumento se deu principalmente por causa do aprofundamento das crises no Iêmen, no Sudão do Sul, na Nigéria e na Somália, onde conflito e seca têm atingido a produção de alimentos, disse ele.
"Ajuda humanitária tem mantido até agora muitas pessoas vivas, mas a situação da segurança alimentar delas continua a deteriorar”, disse Burgeon à Thomson Reuters Foundation.
Mais investimentos são necessários para ajudar que as pessoas se alimentem de plantações e rebanhos, acrescentou.
"Nós vamos com aviões, nós proporcionamos ajuda alimentar e conseguimos mantê-los vivos, mas não investimos o suficiente no sustento dessas pessoas”, declarou ele.
"Nós evitamos que eles entrem numa situação de fome, mas não somos bons em retirá-los do penhasco, para longe da insegurança alimentar.”
A ONU disse no mês passado que mais de 20 milhões de pessoas, mais do que a população da Romênia ou da Flórida, nos Estados Unidos, correm o risco de morrer de fome dentro de seis semanas em quatro situações de crise.
Guerras no Iêmen, no nordeste da Nigéria e no Sudão do Sul acabam com lares e fazem os preços subir, enquanto que uma seca no leste africano tem arruinado a economia agrícola.

Wall St fecha estável após Yellen sinalizar aumento dos juros neste mês

Wall St fecha estável após Yellen sinalizar aumento dos juros neste mês

sexta-feira, 3 de março de 2017 19:41 BRT
 
I]
Por Caroline Valetkevitch
(Reuters) - O S&P 500 e o Nasdaq fecharam estáveis na sexta-feira, mas registraram a sexta semana seguida de ganhos, depois das declarações da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, sinalizando que o banco central norte-americano caminha para aumentar os juros este mês se o emprego e outros dados econômicos sustentarem o movimento.
O índice Dow Jones subiu 0,01 por cento, a 21.005 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,05 por cento, a 2.383 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,16 por cento, a 5.870 pontos. Na semana, o Dow Jones subiu 0,9 por cento, o S&P 500 avançou 0,7 por cento e o Nasdaq registrou ganhos de 0,4 por cento.
Os analistas disseram que os comentários da chair do Fed provavelmente cimentaram uma alta da taxa de juros na reunião do Fed de 14 e 15 de março.
As ações do setor financeiro, que se beneficiam de taxa de juros mais altas, fecharam com avanço de 0,4 por cento nesta sexta-feira após os comentários de Yellen, em um dos melhores desempenhos setoriais do S&P 500, enquanto o setor imobiliário teve o pior desempenho, com queda de 0,4 por cento.
Os investidores esperavam que Yellen sinalizasse uma alta dos juros, depois que um grande número de integrantes do Fed, apareceram nesta semana para sustentar as expectativas de um aumento dos juros.
Os investidores precificam agora uma probabilidade de 85 por cento de um aumento dos juros na próxima reunião, de acordo com dados da Thomson Reuters. Essas chances estavam em cerca de 30 por cento no início da semana.