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Turmalina paraíba foi descoberta há 20 anos, em São José da Batalha (PB). Pedra tem um azul único e um brilho incomparável.
Serra da Borborema, região do cariri paraibano. A imensa cordilheira que corta a caatinga tem muito mais do que beleza. Na região foi descoberta a mais especial e rara das pedras preciosas: a turmalina paraíba. De um azul único, brilho incomparável, alcançou valores nunca imaginados. Um recorde: a turmalina brasileira superou a cotação dos diamantes.
Um caminho de terra e poeira é a ligação da cidade do tesouro com o resto do mundo. Em São José da Batalha, o berço das turmalinas, nada mudou com a descoberta das pedras tão valiosas. O povoado segue a rotina sem pressa e sem novidades. Os moradores
apenas assistiram a riqueza ser levada para bem longe do local. As turmalinas permanecem nas histórias que alimentam muitos sonhos na região.
"Muita gente teve pedras valiosas na mão", conta o ex-garimpeiro Antônio Carlos Costa.
"Uma pedrinha dessas custa de R$ 8 a R$ 10 mil. Não me desfaço dela. Fica como lembrança, para as pessoas verem o que eu faço na vida. Pelo menos fica para os netos, bisnetos, tataranetos. E a história continua", diz o ex-garimpeiro Gerlado Oliveira.
Os moradores guardam mágoa de um passado em que a riqueza esteve bem perto, ao alcance das mãos deles. Mas naquele tempo a turmalina paraíba não tinha o valor que tem hoje.
"Ninguém sabia o valor, entoa, trocava por moto, carro. E assim mandaram tudo para fora", conta Geraldo Oliveira.
E é atrás da história de persistência e obstinação que se vai ao encontro do garimpeiro José de Souza, conhecido por Deda. Dá para imaginar que o homem que ocupa uma casa tão modesta já morou na melhor casa da cidade? Ele já foi dono de caminhões, de um bom carro, de minas de garimpo. Tudo comprado com o dinheiro das turmalinas que achou. Mas hoje a cobiçada pedra azul não passa de um retrato na parede.
"Não tenho ideia de quanto a pedra valeria hoje, mas eu não entregaria a ninguém por menos de R$ 2 milhões. Tenho esperança de que vou conseguir outra", diz Deda, que vai em busca da pedra da fortuna. A caminhada é longa. São seis quilômetros até a mina. Basta seguir por um túnel.
O garimpeiro não teve dinheiro para pagar a energia e tem que trabalhar no escuro, à luz de velas. A mina tem 150 metros de extensão.
"Na realidade, dá para ver o mínimo. Mas não tem outro jeito", conta o garimpeiro, que não tem medo de perder a turmalina no meio da escuridão. "Trabalhamos de olho nela".
Não importa se é dia ou noite, o caçador solitário de turmalinas cava sem parar. A maratona continua empurrando o carrinho.
De carregamento em carregamento, todo o material é retirado de dentro da mina. São toneladas de cascalho. O rejeito da mina cobriu toda a encosta do morro. Deda conta que são oito anos de suor no local. "Meu pensamento fica em Deus", diz.
Caulim é uma argila branca, onde os garimpeiros encontram as turmalinas. Na primeira mina de turmalina da região, uma galeria gigantesca está desativada. Exploração agora, só com máquinas.
"É impossível calcular, mas, pela experiência que temos, ainda não foram explorados 10% dessa mina", conta o minerador Sérgio Barbosa.
As galerias têm passagens para todos os lados e chegam a 60 metros de altura.
E pensar que a mais rara das pedras preciosas foi encontrada em uma região marcada pela aridez, em uma terra considerada pobre, que não serve para plantar. A primeira turmalina paraíba foi descoberta a sete metros de profundidade, 20 anos atrás, graças à obstinação de um homem: Heitor Barbosa, que o Globo Repórter foi conhecer em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Heitor Dimas Barbosa é o dono da mina de São José da Batalha. Todas as pedras que ele guarda vieram de lá. Com orgulho, mostra revistas estrangeiras onde é citado como o homem que descobriu a raríssima turmalina paraíba, em 1982. Era tão bonita e diferente que até comerciantes de joias achavam que não era verdadeira.
"Falavam que era sintética", lembra Heitor Barbosa, que não desistiu. Enviou amostras do mineral ao Gemological Institut of America, nos Estados Unidos, que comprovou: era uma turmalina com cobre e manganês na composição, o que dá o azul especial. Heitor Barbosa diz que não ficou rico porque vendeu as pedras por valor muito baixo e aplicou todo o dinheiro na mina de São José da Batalha, mas garante que ainda vai enriquecer. "Eu tenho uma convicção muito forte de que ainda vou encontrar uma pedra acima de três quilos", diz.
A mina do tesouro, em São José da Batalha, fica em uma região onde não existem empregos. Homens arriscam a vida diariamente nas profundezas da terra.
O local de trabalho do garimpeiro José Tadeu Taveira fica a 60 metros de profundidade. O jeito é colocar o capacete e encarar uma escada. "Não tem perigo", garante Tadeu, que enfrenta esse expediente todo dia.
Os garimpeiros trabalham sempre em dupla: um retira o caulim com a picareta e o outro recolhe com a pá. É também uma medida de segurança. Em caso de desmoronamento, um pode socorrer o outro.
"O perigo está sempre por perto", diz José Tadeu.
Mais perto do que se imagina. Durante a entrevista, uma barreira desabou.
"Na época da chuva é perigoso porque dá infiltração e começa a desabar", explica José Tadeu.
O desmoronamento foi em uma parede. Por precaução, as escavações estão suspensas nas galerias mais profundas.
O professor José Adelino Freire, do Departamento de Minas da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), alerta: o garimpo de São José da Batalha é uma atividade arriscadíssima. "Quem trabalha lá corre risco de morte. Acho que a universidade deve atuar nessas áreas e orientar os garimpeiros para que eles façam uma exploração mais racional", diz o professor.
O garimpeiro Geone de Sousa escapou de morrer graças ao colega que estava com ele e foi buscar socorro. "Caiu uma barreira quando eu estava embaixo, suspendendo a bomba. Quando escutei o barulho, não deu tempo de correr. Caiu por cima de mim. Eu quebrei o fêmur em dois lugares", conta Geone, que retornou ao trabalho com oito pinos na perna e contando com a proteção divina.
Energia nuclear muda a cor e multiplica o preço de cristais
Com tecnologia, quartzo é transformado em ametista. Lapidário revela como destaca a beleza de pedras brutas.
Em busca da perfeição. Será que é possível mudar a cor e a beleza dos cristais? É sim, com energia nuclear e criatividade de artista. Em Minas Gerais encontram-se, em cidades vizinhas, dois homens que se dedicam a essa transformação. Em Lagoa Santa, Walter Ferreira trabalha com as mãos. Na capital, Belo Horizonte, o professor Fernando Lameiras e sua equipe bombardeiam cristais com raios gama.
Os alquimistas nunca conseguiram fazer ouro. Mas, em Belo Horizonte, os cientistas conseguem mudar a cor e multiplicar o preço dos cristais. Na mão deles um quartzo vira uma ametista.
A transformação acontece no Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear de Minas Gerais. A técnica foi descoberta na Alemanha, na década de 40, e aprimorada no Brasil. Cristais claros, sem cor, ganham tons de que vão do amarelo ao azul.
O primeiro passo é selecionar o cristal certo. Nem todos mudam de tonalidade. Mas o Brasil desenvolveu a tecnologia mais avançada do mundo para avaliar a composição química dos minerais e assim saber se a pedra vai ou não ganhar cor. Aí entra o poder da energia nuclear.
O laboratório é cercado de medidas de segurança. Para acionar a cápsula radioativa é preciso primeiro digitar no computador a senha que desbloqueia o sistema.
Pablo Grossi é o responsável pela segurança do laboratório e um dos únicos que têm acesso à chave da câmara de irradiação, onde as pedras mudam de cor.
Só é permitido entrar no local com o sistema desligado. Mesmo assim, nos corredores que levam à cápsula, é difícil esquecer que estamos a poucos metros de uma perigosa fonte radioativa.
"A fonte de radiação fica um metro abaixo do solo. É uma fonte de cobalto 60. Quando ela é exposta, sai de sua blindagem de chumbo e fica em uma região onde os produtos são irradiados e todo o processo ocorre. Ela fica dentro de um cilindro, que serve para proteger o material radioativo que está lá dentro", explica Paulo Grossi.
Para mudar de cor, os cristais ficam expostos à radiação de três dias a dois meses. Os cientistas explicam que o processo não deixa nos minerais nenhum resquício de radioatividade. O que muda mesmo é o valor da pedra.
"No Brasil, costuma sair pedra em um estado que vale muito pouco, cerca de R$ 20 o quilo. Bruta e sem cor. Uma pedra que já está bruta e colorida pode chegar a valer R$ 2 mil o quilo", explica Fernando Lameiras.
Walter Ferreira faz parte de um grupo de artistas cada vez mais raros. A lapidação artesanal de joias vem diminuindo muito no Brasil. Quase sempre as pedras são exportadas em forma bruta e lapidadas no exterior, geralmente na Ásia, onde a mão-de-obra é mais barata. Walter resiste. Começou a trabalhar aos 11 anos e nunca mais parou. Para ele, toda pedra é preciosa. O lapidário acha que só ajuda a revelar a beleza que ela sempre teve.
"Quanto à forma, eu só obedeço. A pedra é que me mostra o seu formato. Eu enxergo formatos dentro das pedras. Se eu não puder por meu trabalho em uma pedra com respeito, eu não ponho. Porque temos que respeitar a natureza", diz Walter.
A lapidação do quartzo consome a tarde inteira. Mas, antes de o sol se por, a peça fica pronta. Apesar das incertezas da profissão, Walter nunca pensou em desistir. "Sou apaixonado por pedras, pela natureza e por minha profissão", afirma.
A mesma paixão que levou o ex-garimpeiro Júlio Bento para Diamantina, o dono de mina Heitor Barbosa para a Paraíba, e que alimenta, todo dia, o sonho dos garimpeiros Miguel Tressi, Deda, Valdemar Bilibil e tantos outros. O sonho de encontrar a felicidade em uma pedra. Para eles, uma pedra mais do que preciosa.
Mineiro volta ao lugar onde se tornou um milionário. Júlio Bento descobriu mina no Vale do Jequitinhonha. Pedras eram escondidas dentro de uma panela no acampamento.
No coração de Minas Gerais fica um lugar que já foi procurado por bandeirantes, aventureiros, e cobiçado por impérios. A história está nas ruas, nas casas, na alma da cidade, que tem no nome a riqueza e o destino de pedra: Diamantina. Ninguém sabe ao certo, mas calcula-se que da região tenham saído mais de 600 quilos de diamantes. E também de lá saíram outras pedras que se transformaram em joias belíssimas que ainda hoje brilham pelo mundo inteiro.
Quase três séculos de mineração deixaram marcas e mitos.
"Júlio Bento foi quem tirou mais diamantes. Ele até achou que era castigo tanto diamante", conta o empresário Fábio Nunes.
"Na região, o rei do diamante é Júlio Bento", confirma o taxista Sandoval Ribeiro, o Juca.
Júlio Bento, o rei do diamante, não gosta de revelar a idade, mas dizem que ele já passou dos 80. Fala menos ainda quando se trata de fortuna. Afinal, ele continua rico ou não? Seu Júlio voltou à Diamantina para mostrar o garimpo onde achou a primeira de muitas e muitas pedras valiosíssimas. Um tesouro encontrado justamente na região de Minas Gerais famosa pela pobreza, o Vale do Jequitinhonha.
A estrada é de terra, mas, naquele tempo, nem ela existia. Seu Júlio abriu as primeiras picadas e passou com uma tropa de mulas. De um trecho em diante, só com tração nas quatro rodas. Depois de uma hora de solavancos, chega-se ao local. Foi em um trecho do Rio Pinheiro que seu Júlio passou os primeiros cinco anos no garimpo.
Depois da investida dos bandeirantes, no Período Colonial, Diamantina viveu, na época de seu Júlio, uma segunda febre do garimpo. No começo dos anos 80, Diamantina chegou a ter mais de 30 mil garimpeiros. Só em uma mina trabalhavam 250 homens. Os diamantes que saíam da região espalhavam riquezas pelo Brasil inteiro e por outros países do mundo. Mas tudo isso tem um custo para a natureza: onde o garimpo chega, a paisagem muda. Areia que foi parar no meio do rio saiu de outro garimpo que ficava um pouco acima.
O leito do rio também foi desviado. Os muros construídos pelos garimpeiros ainda estão de pé. Seu Júlio volta a explorar o lugar, desta vez, para garimpar a própria história. Dois quilômetros adiante, um reencontro com o passado. O velho garimpeiro descobre o acampamento onde ele e os colegas passavam as noites.
"Ficou tudo do jeito que era porque a pedra protege. A comida era carne, arroz, feijão, verdura", lembra seu Júlio.
O homem que cozinhava para os garimpeiros hoje é chefe de cozinha em um restaurante de Diamantina. Mas, naquele tempo, Luiz Lobo – o Vandeca, como ainda é conhecido – tinha outra função, da maior importância: esconder os diamantes que seu Júlio tirava do rio.
"Seu Júlio confiava tanto em mim que eu tinha na cozinha uma panela que se chamava panela do segredo. Nem os cunhados dele sabiam onde eu guardava os diamantes. Eu guardava dentro de uma panela. Eu colocava as garrafas de diamantes e os pacotes de macarrão e de sal em cima, para que ninguém desconfiasse do que estava ali dentro. Ninguém nunca descobriu", afirma Vandeca.
Hoje seu Júlio vive em São Paulo. Além de não falar se ficou rico, ele não revela, nem mesmo, a quantidade de diamantes que extraiu. Mas, de repente, tira do bolso uma recordação dos velhos tempos: um diamante de quase cinco quilates. "Há mais de 20 anos eu guardo", conta.
Tantas lembranças deixam os olhos do velho garimpeiro brilhando como as pedrinhas que ele tanto procurou. "Dá vontade de chorar", diz seu Júlio, emocionado.
Série do Discovery mostra expedições de um especialista em pedras raras
Atração apresenta aventuras de Don Kogen, um caçador de pedras preciosas
Rio - Rubis, safiras, turmalinas e esmeraldas. As pedras preciosas são o negócio do americano Don Kogen, um especialista em gemas raras que viaja ao redor do mundo em busca desses tesouros. Com estreia hoje, no Discovery, a série ‘O Caçador de Pedras Preciosas’ acompanha as expedições promovidas por esse aventureiro moderno, uma mistura real de Indiana Jones (Harrison Ford), da saga cinematográfica, com José Alfredo Medeiros (Alexandre Nero), o rei dos diamantes da novela ‘Império’.
O americano Don Kogen viaja pelo mundo em busca de pedras preciosas
Foto: Divulgação
Don Kogen abandonou a escola antes da adolescência para acompanhar o pai em uma viagem à Tailândia. Para sobreviver, vendeu pedras nas ruas de um povoado tailandês, onde o comércio de gemas raras era a principal atividade. Foi aí que escolheu seu meio de vida.
Após voltar para os Estados Unidos, ele lançou-se em uma viagem por 50 países à procura das pedras mais raras do mundo. Para isso, montou uma equipe com especialistas, até se tornar o senhor deste mercado. A série mostra as expedições com sua equipe, os riscos que enfrentam ao explorar lugares de difícil acesso e a preocupação com seus competidores.