segunda-feira, 6 de março de 2017

Taques anuncia Pró-Mineração para fomentar exploração do subsolo de MT; até R$ 100 bi em 30 anos

Taques anuncia Pró-Mineração para fomentar exploração do subsolo de MT; até R$ 100 bi em 30 anos

Apontado por antigos estudos como detentor de riquezas imensuráveis em seu subsolo, Mato Grosso finalmente vai conquistar a sua carta de alforria. O governador José Pedro Taques (PSDB) anunciou que vai lançar, em poucos dias, o Programa de Desenvolvimento da Mineração de Mato Grosso (Pró-Mineração), há tempos em discussão com técnicos do setor e com parlamentares, como o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), Dilmar Dal’Bosco (DEM) e Romoaldo Júnior (PMDB).
A tese de Taques é colocar é de que o Estado será indutor do desenvolvimento, embora tenha decidido guardar sob sete chaves o conteúdo do programa. Técnicos ouvidos pela reportagem do Olhar Direto, durante reunião-almoço, antes da viagem da comitiva do Estado para Prospectors and Developers Association of Canada (PDAC), em Toronto (Canadá), projetam que, com o programa adequado e a indústria da mineração tende a injetar até R$ 80 bilhões na economia mato-grossense, nos próximos 20 anos.
“O nosso governo está minutando o Pró-Mineração, porque é um  Programa muito importante para superar a fase do amadorismo. Desejamos ser profissionais, nesta área. Estamos buscando isso como Desenvolve MT, que foi aprovado na Assembleia Legislativa”, afirmou o governador mato-grossense.
“O nosso desejo é de que Mato Grosso possa virar a chave desta indústria [da mineração], que é muito forte. Nós precisamos fazer prospecção, em nosso Estado. Temos que fazer nossas pesquisas. E ideia desta viagem [ao Canadá] é justamente esta: fazer com que Mato Grosso seja visto e que nós tenhamos o Pró-Mineração como algo concreto”, avaliou o chefe do Poder Executivo, ao revelar que, na volta, vai anunciar o programa.
Pedro Taques afirmou que a apresentação do futuro Programa de Mineração ainda depende de ajustes e diálogo com os deputados estaduais. “O Pró-Mineração estará pronto para ser apresentado à sociedade mato-grossense e, também, as mudanças legislativas a serem discutidas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso”, sintetizou ele.
“Quando se faz viagem internacional, algumas pessoas falam: vai passear e gastar dinheiro. Você não faz prospecção de negócios internacionais de dentro do seu gabinete. É preciso viajar! Não atrai turistas para MT de dentro de seu gabinete. Temos que ‘vender’, entre aspas, o nosso Estado. E é isso que estamos fazendo”, decretou ele.
“Alguns especialistas dizem [e eu tenho certeza disso, embora não seja técnico] que Mato Grosso pode se tornar mais rico em seu subsolo do que no solo. Nós sabemos que, por determinação constitucional, o subsolo pertence à União. O Artigo 20 da Constituição determina. Mas os estados têm uma participação nisso!”, lembrou ele, que foi professor de direito constitucional até 2010, em universidades de Mato Grosso, Brasília e São Paulo.
“Quero crer que uma próxima etapa no desenvolvimento de Mato Grosso, depois do extrativismo mineral, será a indústria da mineração, através das cooperativas. Eu acredito muito no cooperativismo. Um exemplo disso é a cooperativa de Peixoto de Azevedo, que recentemente recebeu um prêmio. Eu a premiação que receberam em razão do seu trabalho”, completou Pedro Taques, demonstrando que aposta muito alto, no novo Programa de Mineração do Estado.


Fonte: Nativa News

Cobre cai com projeção de PIB menor na China e possível alta de juros nos EUA

Cobre cai com projeção de PIB menor na China e possível alta de juros nos EUA

Os preços do cobre recuam com força nesta segunda-feira depois que a China revisou para baixo sua meta de crescimento de 2017, lançando dúvidas sobre as perspectivas de demanda para o principal consumidor mundial do metal. Possível aumento de juros nos EUA na próxima semana também pesam no metal.
Na LME, o contrato para três meses caía 1,37% por volta das 9h30 (de Brasília), a US$ 5.857,50. Na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para maio recuava 1,26%, a US$ 2,6625 por libra-peso, às 9h50. Ontem, durante o Congresso Nacional do Povo, o premiê Li Keqiang afirmou que a China tem como meta o crescimento do seu Produto Interno Bruto (PIB) em cerca de 6,5% em 2017. A meta de 2017 se compara a uma expectativa de crescimento entre 6,5% e 7% em 2016. Além disso, o Banco do Povo da China (PBoC) sinalizou sua crescente vontade de apertar ainda mais a política monetária.
O discurso da presidente do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), Janet Yellen, também está pressionando os preços do cobre, segundo Caroline Bain, da Capital Economics. Os efeitos do sinal de Yellen de que o Fed poderá aumentar as taxas de juros na reunião de março “ainda persistem” nos preços do cobre, disse ela. Taxas de juros mais altas tendem a impulsionar o dólar, tornando commodities denominadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.
Apesar de a China e o Fed pressionarem os preços do cobre, William Adams, da FastMarkers, disse que as greves em curso na mina chilena Escondida provavelmente ajudarão os preços do cobre a encontrarem um apoio acima dos US$ 5.800 por tonelada. No vizinho Peru, as potenciais greves na mina Cerro Verde de Freeport podem aumentar a pressão advinda de greves ativas na mina de Las Bambas da MMG, informou o ING em nota.
Entre outros metais negociados na LME, o alumínio caía 1,45%, para US$ 1.863,00 a tonelada e o zinco recuava 1,98%, s US$ 2.729,50 por tonelada. O chumbo perdia 1,69%, a US$ 2.211,00 a tonelada, o estanho desvalorizava 0,74%, a US$ 19.350,00 a tonelada e o níquel tinha queda de 0,05%, para US$ 10.970,00 a tonelada.


Fonte: Dow Jones Newswires

Ibovespa fecha em queda de 0,67%

Ibovespa fecha em queda de 0,67%, com cautela por política local e exterior

segunda-feira, 6 de março de 2017 19:18 BRT
 
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Quadro eletrônico mostra as recentes flutuações dos índices de mercado na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), no centro de São Paulo
09/05/2016
REUTERS/Paulo Whitaker/File photo
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SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista fechou em baixa nesta segunda-feira, em meio à cautela com a cena política local e também de olho no cenário externo, tendo as ações da Suzano SUZB5.SA liderando a ponta negativa.
O Ibovespa .BVSP caiu 0,67 por cento a 66.341 pontos. O giro financeiro foi de 8 bilhões de reais, um pouco acima da média diária para o ano até sexta-feira, de 7,88 bilhões de reais, mas inferior à média diária vista em fevereiro, de 9,18 bilhões de reais.
A cautela com a política local veio em meio à expectativa de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, peça nesta semana a investigação de ministros da equipe do presidente Michel Temer e senadores do seu partido PMDB por corrupção, com base no recente acordo de delação premiada de 77 executivos da Odebrecht [ODBES.UL].
"É uma questão que causa um certo mal-estar e favorece o clima de cautela, mas os riscos políticos sempre existiram", disse o analista da Clear Corretora Raphael Figueredo, acrescentando que a situação, por ora, não tem força para causar impactos mais fortes no mercado.
Enquanto não surgem novidades no âmbito da operação Lava Jato, Temer segue em busca de acelerar o ritmo no Congresso da proposta de mudança do sistema previdenciário, promovendo encontros com líderes da base aliada na Câmara dos Deputados para discutir o tema.
O cenário externo também favoreceu o tom negativo neste pregão, com tensões geopolíticas pesando sobre o apetite a risco dos investidores após a Coreia do Norte lançar mísseis balísticos no mar.
DESTAQUES
- SUZANO PNA SUZB5.SA perdeu 5,33 por cento e FIBRIA ON FIBR3.SA caiu 3,59 por cento. Analistas do Bradesco BBI reiteraram cautela para o setor e alertaram para reversão de momento favorável para preços de celulose.
- VALE PNA (VALE5.SA: Cotações) recuou 3,1 por cento VALE ON VALE3.SA teve baixa de 2,26 por cento, em sessão de perdas para o preço do minério de ferro na China.
- CIELO ON CIEL3.SA caiu 2,36 por cento. O UBS rebaixou a recomendação para as ações da empresa para "venda", ante "neutra", e reduziu o preço-alvo para 28 reais, ante 30 reais.
- BRADESCO PN BBDC4.SA recuou quase 1 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4.SA: Cotações) perdeu 0,4 por cento, ajudando a pressionar o Ibovespa devido ao peso dos papéis desses bancos no índice.
- MRV MRVE3.SA subiu 3,46 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa. A empresa divulga o resultado do quarto trimestre de 2016 na terça-feira, após o fechamento do mercado, e analistas do BTG Pactual esperam que a MRV seja o destaque positivo entre as construtoras, com expectativa de crescimento de 11 por cento no lucro por ação na comparação anual.
- BRF ON BRFS3.SA avançou 0,97 por cento. No radar estava a notícia de que a Coreia do Sul proibirá as importações de produtos avícolas dos Estados Unidos depois que uma cepa do vírus da gripe aviária H7 foi confirmada em uma granja norte-americana. A BRF é a maior exportadora de carne de frango do mundo.

Gelo do Oceano Ártico pode desaparecer mesmo com acordo climático, diz estudo

Gelo do Oceano Ártico pode desaparecer mesmo com acordo climático, diz estudo

segunda-feira, 6 de março de 2017 16:57 BRT
 
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Por Alister Doyle
OSLO (Reuters) - O gelo do Oceano Ártico pode desaparecer durante os verões neste século mesmo se os governos cumprirem uma meta central para limitar o aquecimento global acordada por quase 200 nações em 2015, disseram cientistas nesta segunda-feira.
O gelo do Oceano Ártico vem encolhendo constantemente nas últimas décadas, o que prejudica a subsistência de povos indígenas e de espécimes da vida selvagem, como os ursos polares, e ao mesmo tempo abre a região para mais trânsito de mercadorias e exploração de gás e petróleo.
    Segundo o Acordo de Paris de 2015, os governos estabeleceram uma meta para limitar o aumento das temperaturas globais médias a bem menos de 2 graus Celsius acima dos tempos pré-industriais, com a aspiração de restringi-las a somente 1,5oC.
    "A meta de 2 graus Celsius pode ser insuficiente para evitar um Ártico sem gelo", alertaram James Screen e Daniel Williamson, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, no periódico científico Nature Climate Change após uma análise de projeções de gelo.
Mesmo um aumento de 2 graus Celsius significaria 39 por cento de risco de desaparecimento do gelo do Oceano Ártico durante os verões, disseram --mas é virtualmente certo que o gelo sobreviveria com um aquecimento de mero 1,5ºC.
    Eles ainda disseram estimar uma probabilidade de 73 por cento de que o gelo irá sumir no verão a menos que os governos façam cortes de emissões de poluentes maiores do que os planos existentes. Seguindo as tendências atuais, as temperaturas irão subir 3ºC.
    Em março de 2017, a extensão de gelo do Oceano Ártico está competindo com o resultado de 2016 e 2015 para se tornar a menor desta época do ano desde que os registros de satélite começaram no final dos anos 1970. O gelo alcança um nível máximo de inverno em março e um nível mínimo de verão em setembro.
    "Em menos de 40 anos, reduzimos quase pela metade a cobertura de gelo do oceano no verão", disse Tor Eldevik, professor do Centro de Pesquisa Climática Bjerknes da Universidade de Bergen, na Noruega, que não participou do estudo.
    Em previu que o gelo oceânico irá desaparecer do Ártico em cerca de outros 40 anos se as tendências atuais se mantiverem.
    Os cientistas definem um Oceano Ártico sem gelo como tendo menos de um milhão de quilômetros quadrados de gelo, porque segundo eles parte do gelo marítimo irá permanecer em baías, como na costa do norte da Groenlândia, mesmo depois que o oceano não tiver mais gelo.
 

Chuva decepciona e conta de luz pode ter bandeira vermelha no 2° semestre

Chuva decepciona e conta de luz pode ter bandeira vermelha no 2° semestre

segunda-feira, 6 de março de 2017 19:09 BRT
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Linhas de transmissão de eletricidade são vistas durante nascer do sol em Caçapava, no Brasil
14/08/2015
REUTERS/Paulo Whitaker
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 Reuters
SÃO PAULO (Reuters) - Um período de chuvas bastante abaixo da média no Brasil em 2016/17 tem impulsionado apostas do mercado de eletricidade em um segundo semestre de contas de luz com bandeira vermelha em alguns meses, o que elevaria custos para os consumidores.
Especialistas ouvidos pela Reuters avaliam que a hidrologia vista desde novembro não permitirá uma boa recuperação dos reservatórios das hidrelétricas até abril, fim da época de chuvas, o que pode exigir o acionamento de termelétricas mais caras, que resulta na mudança da bandeira.
A bandeira começou 2017 verde, o que não gera cobranças adicionais, mas passou para amarelo neste mês, diante de expectativas de chuvas em torno de 70 por cento da média histórica. A bandeira vermelha, com custo maior, não é acionada desde fevereiro de 2016.
"Provavelmente, teremos aí no segundo semestre um ou mais meses de bandeira vermelha", disse o sócio da comercializadora FDR Energia, Erik Azevedo.
Além das questões relacionadas ao clima, uma eventual recuperação da economia mais ao final do ano pode elevar a carga, outro fator de alta para o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), que define o acionamento das bandeiras tarifárias.
Uma mudança já aprovada nos cálculos do PLD, ou preço spot da eletricidade, a partir de maio, também é fator que deverá elevar significativamente essas cotações.
Azevedo, da FDR Energia, avalia que a bandeira pode ser verde em abril, mas a tendência para o resto do ano é bem mais pessimista, devido à mudança no PLD.
"A tendência é que tenhamos bandeira amarela até o final do período seco, em novembro. Essa é nossa expectativa hoje, mas tecnicamente essa bandeira pode virar vermelha", disse o sócio da consultoria Esfera Energia, Braz Justi.
"Se chover onde precisa, e chover bem, recupera rápido, mas nessa altura do campeonato é contar com a sorte, porque já passaram quatro meses (do período úmido) e não choveu (o suficiente)", completou.
Em novembro e dezembro, as chuvas na região das hidrelétricas do Brasil ficaram em 77 e 75 por cento da média, enquanto em janeiro e fevereiro recuaram para 67 por cento e 70 por cento, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
"A gente vem em um período úmido bem abaixo da média... falar de bandeira vermelha ainda acho um pouco prematuro, mas pode acontecer, sim, se as chuvas ficarem abaixo da média, principalmente a partir da entrada de maio", disse o gerente de risco da comercializadora Ecom Energia, Carlos Caminada.
A bandeira amarela eleva o custo da eletricidade em 2 reais a cada 100 kilowatts-hora consumidos, enquanto a bandeira vermelha gera um adicional de 3 reais a cada 100 kwh.
FATOR CONSUMO
Um dos principais fatores que podem influenciar uma possível mudança para bandeira para vermelha é, além das chuvas, o ritmo da economia.
As projeções de carga atualmente utilizadas no cálculo do PLD, que aciona as bandeiras, consideram um crescimento econômico de 0,5 por cento neste ano e de em média 2 por cento ao ano no período 2017-2021.
Essa projeção de carga deverá ser atualizada no final de abril e depois novamente no final de agosto.
Para abril, a expectativa é que os dados tenham pouca ou nenhuma mudança, mas um início de recuperação econômica esperado para os dois últimos trimestres do ano poderia levar a uma revisão com maior impacto mais adiante.
"A gente não está vendo nenhuma diferença significativa em relação ao cenário atual... mas se no segundo semestre você tiver uma recuperação da economia mais forte que o esperado, e principalmente da indústria, esse aumento de carga pode refletir muito nos preços", disse Caminada, da Ecom.
Os especialistas ressaltaram que é o terceiro ano consecutivo em que o período de chuvas do Brasil tem precipitações consideradas ruins na região das hidrelétricas, o que impede a recuperação dos reservatórios e gera pressão sobre as tarifas de energia mesmo em um cenário de sobrecapacidade estrutural de geração.
"Tem que chegar no final de maio com reservatório no maior nível possível... com os reservatórios como estão, o que está salvando o sistema é essa carga (baixa). Se não fosse isso, a gente já estaria em bandeira vermelha", disse Azevedo, da FDR.