quinta-feira, 9 de março de 2017

Os países que têm mais moradores estrangeiros do que nativos

Os países que têm mais moradores estrangeiros do que nativos

  • Há 6 minutos
Crianças na praia em DubaiDireito de imagemAP
Image captionEmirados Árabes têm a maior proporção de imigrantes em relação à própria população
Os Estados Unidos é, entre as grandes potências mundiais, o país com maior número absoluto de estrangeiros.
São cerca de 46,6 milhões de imigrantes vivendo em território norte-americano, o equivalente a 14,5% da população local. A Alemanha, por exemplo, tem 12 milhões de imigrantes (14,9% da população) e a Rússia contabiliza 11,6 milhões, que representam 8,1% do total de pessoas vivendo naquele país.
Mas, em termos proporcionais, nenhum dos três chega perto de algumas nações que chegam a ter mais moradores estrangeiros do que nascidos no próprio país.
Esse ranking é liderado pelos Emirados Árabes, onde 88,4% da população é composta por estrangeiros. Isso significa que, dos 9,1 milhões de pessoas que lá vivem, 8,09 milhões são imigrantes.
Catar e Kuwait respondem, respectivamente, pelo segundo e terceiro lugares do ranking compilado pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas.
Esses três países ricos em petróleo têm sido, nas últimas décadas, o principal destino de quem busca oportunidades temporárias de emprego e melhor padrão de vida.
10 lugares com maior proporção de imigrantes
País ou territórioPorcentagem em relação à populaçãoNúmero de imigrantes
Emirados Árabes88,4%8,09 milhões
Catar75,5%1,6 milhões
Kuwait73,64%2,8 milhões
Liechtenstein61,82%23.493
Andorra60,12%42.082
Macau (China)58,28%342.703
Mônaco55,37%21.042
Bahrein51,14%704.137
Cingapura45,39%2,5 milhões
Luxemburgo43,97%249.325
Fonte: Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU

Em busca de emprego

Mas quem são esses imigrantes? E como é viver num país onde a maioria da população é estrangeira?
"Em toda a região do Golfo Pérsico e, em particular nos Emirados Árabes, Catar e Kuwait, há bastante oportunidade de emprego em setores como construção, manufatura, indústria do petróleo e no setor doméstico", explica à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, Jeanne Batalova, analista do Instituto de Políticas de Migração (MPI, na sigla em inglês), centro de estudos baseado em Washington.
"Por isso, são destinos muito populares entre trabalhadores que não encontram emprego em seus próprios países", completa.
A maioria dos que vão para o Golfo Pérsico vem do Sudeste Asiático, explica a analista. Eles vêm principalmente da Índia, Paquistão e Bangladesh, mas também há imigrantes da Malásia, Indonésia e Filipinas.
Trabalhadores da construção civil em DubaiDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionNos Emirados Árabes, 88,4% da população é formada por imigrantes,
Esses trabalhadores acabam ocupando empregos pouco qualificados.
Indianos e paquistaneses que vão para o Golfo Pérsico são, em maioria, homens contratados para trabalhar na construção civil e em fábricas.
Já as mulheres que se mudam para a região, especialmente de Bangladesh, Indonésia e Filipinas, normalmente se dedicam a empregos no setor doméstico e de vendas.

Programas de trabalho

Essa rica região petroleira também atrai trabalhadores de países ocidentais que atuam não apenas na indústria do petróleo e gás, como também em educação, finanças e investimentos.
"Nos últimos dez anos, Emirados Árabes, Catar e Arábia Saudita têm se esforçado em desenvolver suas indústrias de tecnologia e de educação universitária", explica Batalova.
Ela afirma que foram construídas universidades que oferecem pacotes muito atrativos para professores e estudantes de pós-graduação de todo o mundo, em especial da Austrália, Estados Unidos e Reino Unido.
Pessoas andando em DubaiDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPaíses como os Emirados Árabes atraem mão de obra - qualificada ou não
São nações dependentes, no momento, da mão de obra estrangeira para conseguir sustentar não apenas o crescimento econômico como também um padrão de vida mais elevado.
Para isso, esses países criaram programas de trabalhos temporários que permitem às empresas contratarem tanto nacionais como estrangeiros.
"Com esses programas de contratação, esses países podem abrir ou fechar suas portas rapidamente dependendo da situação", explica a analista do MPI.
Quando o preço do barril de petróleo despencou, por exemplo, houve suspensão de projetos de construção e redução no número de turistas. Consequentemente, caiu a demanda por trabalhadores nesses setores.
Assim, os fluxos de migração na região do Golfo Pérsico registram altas e baixas a depender do desempenho econômico.
Placa de recepção em LiechtensteinDireito de imagemAFP
Image captionLocalizado nos Alpes, Liechtenstein está em 4º lugar na lista

Violações de direitos humanos

Há, contudo, críticas de que esses programas de contratação temporária podem abrir brechas para abusos relacionados aos direitos humanos. Por isso, organismos internacionais têm pedido alterações no sistema de trabalho para imigrantes no Golfo Pérsico.
Casos de trabalhadoras domésticas submetidas a práticas abusivas e de funcionários com passaporte retidos pelos empregadores estão sendo combatidos. "Foram estabelecidas leis que proíbem essa prática e também estão sendo adotadas medidas para proteção dos salários", explica Joanna Batalova.
Trabalhador da construção civil em DubaiDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionHá críticas sobre possíveis brechas para violações de direitos humanos
Segundo ela, estão sendo feitas mudanças para aprimorar os programas de contratação depois da pressão internacional por um tratamento mais justo, feita por organizações de defesa do trabalhador e dos direitos humanos e ainda pelos governos dos países de onde saíram os imigrantes.
"Mas o sistema não funciona de forma perfeita, e ainda há muito a ser feito", observa a analista, que salienta mudanças para absorver também a mão de obra nacional.
DubaiDireito de imagemAP
Image captionEm Dubai, muitos imigrantes são contratados para a construção de arranha-céus

Inserção de nacionais

Para as próximas décadas, espera-se que os fluxos migratórios para países do Golfo Pérsico aumentem. E os governos da região estão fazendo esforços para equilibrar as necessidades de mão de obra do mercado com o emprego de trabalhadores nacionais.
"Estão tentando reduzir a dependência estrangeira e de aumentar ofertas de emprego para população local", diz Batalova.
Os Emirados Árabes, por exemplo, estabeleceram um pacote de incentivos para dar benefícios e contratos preferenciais às empresas que contratam nacionais - algumas companhias fixam, por exemplo, cotas de empregados nascidos no país em questão.
O que tem motivado essas políticas é a taxa crescente de desemprego entre os mais jovens, muitos deles altamente escolarizados.
"Mas o mercado de trabalho não está organizado para eles. Por isso, os governos estão agora pensando em como atrair essa mão de obra e diversificar a economia para criar oportunidades para um grupo altamente especializado", avalia Batalova.
Trabalhadores admiram vista em DubaiDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionIndianos e paquistaneses são boa parte dos imigrantes nos Emirados Árabes, Catar e Kuwait

Falta integração

No momento, a situação dos trabalhadores estrangeiros, sejam eles qualificados ou não, está desenhada para que exista uma separação entre eles e a população local.
"Isso significa que, em termos práticos, os trabalhadores estrangeiros muitas vezes vivem onde trabalham, fora do alcance dos locais", observa a analista do MPI.
"Eles não têm direito a se estabelecer de forma permanente, só podem ficar no país por no máximo três anos e, se o governo quiser, pode revogar o visto a qualquer momento", acrescenta a especialista.
As regras também incentivam a falta de integração - em muitos casos há leis que proíbem os trabalhadores estrangeiros de se casarem com nacionais.
"A ideia é de que eles são, de fato, temporários, e não se espera que se integrem nem façam parte da sociedade", completa Batalova.

Descubra: de quem é o rosto nas notas de Real?

Descubra: de quem é o rosto nas notas de Real?

DINHEIRO VIVO

Apesar de não vermos esse rosto o tanto quanto desejamos ele esta sempre ali impresso em nossas notas, mas você sabe quem é?

De quem será esse rosto?
De quem será esse rosto?
O Brasil já alterou por várias vezes a sua moeda, a primeira de todas foi o réis, seguido pelo cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, cruzado novo e finalmente o Real, que foi adotado em 01 de julho de 1994, durante o mandato do presidente Itamar Franco, sob o comando de Fernando Henrique Cardoso, até então ministro da fazenda.
Além de fazer referência ao “Réis” (primeira moeda brasileira), o nome “Real” foi escolhido principalmente por trazer um sentido de realidade, ou seja, uma moeda que demonstra o real valor da unidade.
As notas do real possuem no seu reverso imagens de animais característicos da fauna brasileira – o beija-flor nas extintas notas de 1, a tartaruga nas de 2, a arara nas de 10, o mico leão dourado nas de 20, a onça nas notas de 50 e o peixe nas cobiçadas notas de 100. Mas, o que realmente chama atenção é o rosto impresso no anverso da nossa nota, você sabe quem é?
Para começar, esse rosto é de um mulher e de acordo com o Banco Central, trata-se de um ilustração que representa a república. A imagem é baseada no quadro “A Liberdade Guiando o Povo”, do francês Eugêne Delacroix, que comemora à Revolução de Julho de 1830, nele a liberdade é apresentada na forma de uma mulher. Nas nossas notas, ela foi interpretada sob a forma de uma escultura.
A rosto é baseado na mulher do quadro "A Liberdade Guiando o Povo"
A rosto é baseado na mulher do quadro “A Liberdade Guiando o Povo”
Além de ser utilizada no quadro de Delacroix, a mulher é conhecida também como Marianne, um dos símbolos da maçonaria. Os maçons tiveram uma participação fundamental durante a Revolução Francesa, tanto que o lema desse acontecimento, “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”, é compartilhado pela organização.
O principal objetivo da revolução era conquistar a liberdade, já que só tendo ela era possível alcançar a igualdade ou a fraternidade. Isso fez com que os franceses começassem a utilizar a figura de uma mulher para representar esse princípio. Além disso, acredita-se que o nome Marianne tenha surgido a partir da contração de outros dois nomes bem comuns entre as mulheres francesas da época, Marie e Anne.
O mesmo rosto é utilizado na estátua da liberdade em Nova York
O mesmo rosto é utilizado na Estátua da Liberdade em Nova York
A imagem da mesma mulher é utilizada também na Estátua da Liberdade – localizada em Nova York. Caso você não saiba, a Estátua da Liberdade foi um presenta da França aos EUA em comemoração ao centenário da assinatura da Declaração da Independência. O escultor francês responsável pela estátua foi Frédréric Auguste Bartholdi que também era maçon, e fez questão de representar a versão maçônica de Marianne.

Você sabe quando o Cristo Redentor foi construído?

Você sabe quando o Cristo Redentor foi construído?

MONUMENTO

O Cristo é uma das novas sete maravilhas do mundo, e com certeza é o ponto turístico brasileiro mais conhecido no mundo, mas você sabe a história dele?

O Cristo Redentor é o ponto turístico mais famoso do Brasil (Imagem: Reprodução)
O Cristo Redentor é o ponto turístico mais famoso do Brasil (Imagem: Reprodução)
O Cristo Redentor é de fato o mais belo monumento histórico do Rio de Janeiro e do Brasil. Ele está localizado no topo do Morro do Corcovado a 709 metros acima do nível do mar. Inaugurado no dia 12 outubro de 1931, exatamente às 19 horas e 15 minutos, é hoje um dos pontos turísticos mais famosos do mundo, não é atoa que foi eleito como uma das novas sete maravilhas do mundo.
A altura do Cristo é de 30 metros, sem contar os 8 metros do pedestal, graças a esse número a estátua se consolidou como a segunda maior escultura de Cristo no mundo, perdendo apenas para a Estátua do Cristo Rei que fica na Polônia. Além deste posto a estátua também foi considerada pela revista América Economia como o maior símbolo da América Latina.

QUANDO O CRISTO REDENTOR FOI CONSTRUÍDO?

O primeiro pedido para construção da estátua foi feita em 1859 pelo padre lazarista Pedro Maria Bos, para a Princesa Isabel, ,porém a proposta foi descartada em 1889, quando o país se tornou uma república. Em 1920 uma segunda proposta foi feita, desta vez pelo Círculo Católico do Rio de Janeiro. Para que desta vez a obra saísse do papel, o grupo recolheu doações e assinaturas para apoiar a construção.
A construção durou entre 1922 e 1931 (Imagem: Reprodução)
A construção durou entre 1922 e 1931 (Imagem: Reprodução)
As obras no Cristo tiveram inicio em 1922 e contou com colaborados como Heitor da Silva Costa (engenheiro e autor do projeto escolhido), Carlos Oswald (artista plástico) e o francês Paulo Landowski (escultor e executor do rosto e dos braços da estátua). A construção da estátua levou 9 anos para ser concluída e custou o equivalente a 250 mil dólares. A cerimônia de inauguração do Cristo foi realizada no dia 12 de outubro de 1931.
Até hoje a estátua do Cristo Redentor é considerada um dos maiores feitos da engenharia civil brasileira, pois ela foi erguida em concreto armado e revestida de mosaico de triângulos de pedra-sabão, essa pedra pode ser encontrada na região de Carandaí, no estado de Minas Gerais.

Mesmo com cassação de chapa, Temer pode seguir elegível

ENTREVISTA-Mesmo com cassação de chapa, Temer pode seguir elegível e ser candidato, diz Gilmar Mendes

quarta-feira, 8 de março de 2017 21:12 BRT
 
I]
Ministro do STF, Gilmar Mendes
11/03/2015
REUTERS/Ueslei Marcelino
1 de 1Versão na íntegra
Por Lisandra Paraguassu e Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - A eventual cassação pelo Tribunal Superior Eleitoral da chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico possivelmente permitiria que o presidente Michel Temer sobrevivesse com seus direitos políticos intactos, o que o autorizaria a concorrer novamente em uma eleição indireta feita pelo Congresso, disse à Reuters o presidente do TSE, Gilmar Mendes.
A avaliação do ministro é que o caixa 2 --hoje praticamente confirmado depois que executivos da empreiteira Odebrecht afirmaram ao Tribunal terem doado dezenas de milhões de reais em contabilidade paralela-- beneficia a chapa como um todo.
"Evidente que o vice participa da campanha. Mas quem sustenta a chapa é o presidente, o cabeça de chapa" disse o ministro nesta quarta-feira, ressaltando que o caso, de abuso de poder econômico, beneficia a chapa como um todo.
No caso, avaliou o ministro, a chapa como um todo seria cassada, mas a ex-presidente Dilma Rousseff --que deixou o cargo em definitivo há seis meses, depois de um processo de impeachment-- poderia se tornar inelegível por ser considera responsável pela ação. Já seu vice na chapa, por ter uma responsabilidade menor, ainda manteria sua elegibilidade.
A mesma tese foi defendida pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) em entrevista à rede de televisão SBT na última segunda-feira.
"A única regra clara que se coloca é que o presidente Michel Temer pode ser, inclusive, candidato novamente. Não se sabe se uma eleição direta, não se sabe se uma eleição indireta", disse Eunício.
Mendes garante que a eleição direta nessas circunstâncias não existe. A legislação, diz, é clara: depois da metade do mandato a eleição precisa ser indireta.
Na tese que circula também no PMDB, tendo maioria no Congresso, Temer facilmente se reelegeria presidente, caso seja inevitável que a chapa seja cassada.
A posição da defesa do presidente é pedir a separação das contas de Temer e Dilma, alegando que as contabilidades eram separadas e foram apresentadas prestações de contas individuais. O TSE, no entanto, tende a não aceitar. O próprio ministro relator, Herman Benjamin, já declarou não concordar com a separação.
Com os depoimentos dos executivos da Odebrecht confirmando as doações milionárias em caixa dois --em valores que, apenas em 2014, chegam a quase metade do valor oficial declarado-- dificilmente o relator não concluirá pela existência de crime eleitoral.
Para Gilmar Mendes, uma decisão de Herman Benjamin não deve sair antes do final do semestre.
"Dificilmente vai ser antes de junho e pode ter desdobramentos. Como ele abriu, pode ter pedidos de novos depoimentos por parte das partes, e provas e perícias. Há possibilidade de delay", disse o ministro, ressaltando que pode também haver pedidos de vistas.
"Não é de se excluir que (o processo) dure até o ano que vem", acrescentou.
 

Embraer tem lucro líquido de R$648,3 milhões no 4º trimestre

Embraer tem lucro líquido de R$648,3 milhões no 4º trimestre

quinta-feira, 9 de março de 2017 07:23 BRT
 
]
SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante brasileira de aeronaves Embraer teve lucro líquido de 648,3 milhões de reais no quarto trimestre, maior que o resultado de 425,8 milhões de reais apurado no mesmo período de 2015.
A empresa ainda apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 1,258 bilhão de reais entre outubro e dezembro, mais que o dobro dos 579,5 milhões de reais observados no último trimestre de 2015.