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WikiLeaks vai compartilhar ferramentas de ciberespionagem da CIA com empresas, diz Assange
quinta-feira, 9 de março de 2017 15:18 BRT
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Por Dustin Volz e Eric Auchard
WASHINGTON/FRANKFURT (Reuters) - O WikiLeaks irá oferecer a empresas de tecnologia um acesso exclusivo a ferramentas de ciberespionagem da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) que possui para permitir que estas consertem falhas de programas, disse seu fundador, Julian Assange, nesta quinta-feira.
Na terça-feira o grupo antissegredos publicou documentos que descrevem as ferramentas de invasão cibernética da CIA e trechos de códigos de computação. O site não publicou a íntegra dos programas que seriam necessários para explorar celulares, computadores e televisões com acesso à internet.
"Considerando o que pensamos ser a melhor maneira de proceder e ouvindo os pedidos de alguns dos fabricantes, decidimos trabalhar com eles para lhes dar acesso exclusivo a detalhes técnicos adicionais que temos para que os consertos possam ser desenvolvidos e implantados, de forma que as pessoas possam ficar protegidas", disse Assange durante uma coletiva de imprensa transmitida via Facebook Live.
Respondendo a seus comentários, o porta-voz da CIA, Jonathan Liu, afirmou em um comunicado: "Como dissemos anteriormente, Julian Assange não é exatamente um bastião de verdade e integridade".
"Apesar dos esforços de Assange e sua laia, a CIA continua a coletar inteligência estrangeira no exterior agressivamente para proteger a América de terroristas, Estados-nação hostis e outros adversários".
Não ficou claro como o WikiLeaks pretende cooperar com as empresas de tecnologia ou se elas irão aceitar a oferta.
Porta-vozes de Google, Apple, Microsoft Corp e Cisco Systems Inc, todos eles fabricantes de aparelhos sujeitos a ataques descritos nos documentos, não responderam de imediato a pedidos de comentário.
Mas várias companhias já disseram estar confiantes de que suas atualizações de segurança recentes já cobriram as supostas falhas detalhadas nos documentos da CIA. Ainda na terça-feira, a Apple afirmou em um comunicado que "muitas das questões" vazadas já foram sanadas na versão mais atual de seu sistema operacional.
A publicação dos documentos no WikiLeaks reacendeu um debate que questiona se agências de inteligência deveriam ocultar vulnerabilidades de cibersegurança graves ao invés de compartilhá-las com o público. Um processo interagências criado no governo do ex-presidente norte-americano Barack Obama opinou que é preferível errar pelo excesso de divulgação.
Duas autoridades da lei e da inteligência dos EUA afirmaram à Reuters na quarta-feira que as agências de inteligência estão cientes desde o final do ano passado de uma invasão na CIA, que permitiu que o WikiLeaks divulgasse milhares de páginas de informações em seu site.
Os funcionários, que falaram sob condição de anonimato, disseram que prestadores de serviço provavelmente violaram a segurança e entregaram os documentos ao WikiLeaks.
Assange disse possuir "muito mais informações" sobre o ciberarsenal da CIA que serão divulgadas em breve e criticou a "incompetência devastadora" da agência por não ser capaz de controlar o acesso a um material tão sigiloso.
Wall St. fecha com ligeira alta; ações de energia se recuperam
quinta-feira, 9 de março de 2017 19:16 BRT
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(Reuters) - Uma recuperação tardia nas ações do setor de energia ajudou os índices acionários dos Estados Unidos a encerrar com leve alta a sessão volátil desta quinta-feira antes do relatório mensal de empregos dos EUA.
O índice Dow Jones subiu 0,01 por cento, a 20.858 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,08 por cento, a 2.364 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,02 por cento, a 5.838 pontos.
O leve ganho no S&P 500 ocorreu após três dias consecutivos de perdas. Um rali frenético pós-eleições sustentado em apostas de menores regulações e cortes de impostos na gestão do presidente Donald Trump tem perdido força à medida que investidores se preocupam com a possibilidade do Federal Reserve, banco central norte-americano, aumentar as taxas de juros mais agressivamente.
O mercado está passando por uma "consolidação saudável" após uma sequência recente de máximas recordes, disse a estrategista de investimentos da CFRA Research em Nova York, Lindsey Bell.
"Consolidação após alcançar uma nova máxima não é algo ruim", disse ela. "O mercado está esperando pelos dados de emprego na sexta-feira e pela reunião do FOMC na próxima semana."
O índice de energia do S&P 500 subiu 0,6 por cento, encerrando dois dias de perdas, ainda que os preços do petróleo tenham caído quase 2 por cento.
O relatório do mercado de trabalho, conhecido como payroll, que será divulgado na sexta-feira, deverá mostrar que 190 mil empregos foram criados nos EUA em fevereiro.
(Por Caroline Valetkevitch; reportagem adicional de Rodrigo Campos e Yashaswini Swamynathan)
Ibovespa fecha em baixa de 0,21%, com cautela por política local e à espera de dados dos EUA
quinta-feira, 9 de março de 2017 19:37 BRT
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SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista encerrou a sessão volátil desta quinta-feira em baixa, marcando assim o quarto pregão seguido de perdas, em meio aos receios com o cenário político local e à espera dos dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos.
O Ibovespa .BVSP caiu 0,21 por cento, a 64.585 pontos, acumulando queda de 3,29 por cento nos quatro pregões desta semana. O giro financeiro somou 8,73 bilhões de reais.
O índice trocou de sinal algumas vezes ao longo do dia, embora não tenha registrados oscilações muito expressivas. Na mínima, o Ibovespa caiu 0,8 por cento, enquanto subiu 0,54 por cento no melhor momento do dia, quando voltou aos 65 mil pontos.
O cenário político local seguiu inspirando cautela, com investidores à espera da divulgação da lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com pedido de abertura de inquérito para políticos citados em delações no âmbito da Lava Jato, que pode ser entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira.
Além do quadro local, o tom de cautela foi acentuado pela espera por dados do mercado de trabalho norte-americano, que serão divulgados sexta-feira e podem chancelar de vez a aposta por uma alta de juros nos EUA na próxima semana. Na véspera, um relatório mostrou criação de vagas no setor privado norte-americano acima do esperado, o que levou ao aumento nas apostas de que o Federal Reserve elevará os juros na próxima semana.
DESTAQUES
- EQUATORIAL ENERGIA (EQTL3.SA: Cotações) caiu 3,44 por cento, após a companhia informar queda de 11 por cento no lucro líquido ajustado do quarto trimestre ante igual período de 2015.
- SABESP ON (SBSP3.SA: Cotações) perdeu 4,54 por cento, liderando a ponta negativa do Ibovespa. Segundo o analista de uma corretora nacional, a queda seguiu o movimento dos papéis da SANEPAR (SAPR4.SA: Cotações), que perdeu 17,7 por cento, após divulgar a nota técnica da revisão tarifária aquém do esperado pelo mercado. As ações da Sanepar não fazem parte do Ibovespa.
- LOJAS AMERICANAS PN (LAME4.SA: Cotações) recuou 1,86 por cento. A empresa definiu em 16 reais o preço das ações preferenciais de sua oferta primária com esforços restritos, em uma operação que elevará o capital social da empresa em 2,405 bilhões de reais.
- PETROBRAS PN (PETR4.SA: Cotações) teve baixa de 0,34 por cento e PETROBRAS ON PETR3.sA caiu 0,6 por cento, acompanhando o movimento dos preços do petróleo, que ampliaram o declínio da sessão anterior para valores que não eram vistos desde que foi fechado o acordo de produção liderado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). As ações da Petrobras, no entanto, fecharam longe das mínimas, quando a PN caiu 2,6 por cento.
- EMBRAER ON (EMBR3.SA: Cotações) subiu 2,08 por cento, entre os destaques positivos do Ibovespa, após a empresa reportar resultado do quarto trimestre do ano passado e informar que espera melhora no lucro operacional em 2017.
- HYPERMARCAS ON (HYPE3.SA: Cotações) ganhou 1,03 por cento após a companhia propor aos acionistas redução de capital e recompra de até 10 milhões de ações.
- SANTOS BRASIL ON (STBP3.SA: Cotações) caiu 4,74 por cento, a maior perda diária desde 6 de fevereiro. A empresa perdeu um contrato com o consórcio de armadores ESA, no Porto de Santos, equivalente a cerca de 16 por cento do movimento de contêineres da companhia no maior porto do país no ano passado, informou a Reuters mais cedo. Na mínima da sessão, as ações da Santos Brasil caíram mais de 7 por cento.
Notícias da China são boas para mineradoras e siderúrgicas
Os carregamentos históricos de minério de ferro que estão chegando à China e a exportação menor de aço são bons sinais para empresas de mineração como BHP Billiton, Rio Tinto e Vale e uma notícia positiva também para produtoras de metais rivais como a europeia ArcelorMittal.
As aquisições de minério subiram 13 por cento em fevereiro, para 83,5 milhões de toneladas, uma alta histórica para o mês, sendo que os carregamentos no acumulado do ano também apresentam aumento de 13 por cento, para 175 milhões de toneladas, segundo dados de comércio exterior divulgados nesta quarta-feira. As exportações de produtos siderúrgicos caíram para 5,75 milhões de toneladas em fevereiro, menor patamar desde o mesmo mês de 2014.
A China é a maior compradora de minério e a maior fornecedora de aço do mundo, e o aumento das importações de minério e a queda nas vendas de aço no exterior denotam uma recuperação da indústria siderúrgica do país com a estabilização da economia, o aumento da produção das usinas locais e a venda de uma produção maior no mercado doméstico. Com os preços locais do aço mais fortes em comparação com os valores dos principais destinos de exportação, no momento há um incentivo maior para as produtoras de aço venderem domesticamente, segundo a Marex Spectron.
“Para as mineradoras internacionais, vindo do lado da oferta, isso sugere que as usinas chinesas continuam dependendo da importação de minério, e por isso esta pode ser uma notícia positiva”, disse Tan Hui Heng, analista da Marex Spectron em Cingapura, por e-mail. “No caso das usinas siderúrgicas internacionais que são concorrentes diretas do aço chinês isso pode ser um alívio.”
O minério à vista com 62 por cento de conteúdo caiu 2,9 por cento nesta quarta-feira, para US$ 87,19 a tonelada, após atingir US$ 94,86 em 21 de fevereiro, maior nível desde 2014, segundo a Metal Bulletin. A matéria-prima mais do que dobrou de valor desde que atingiu o fundo do poço, em dezembro de 2015, e a recuperação chinesa também beneficiou o aço.
Visão do JPMorgan
Contudo, frente à expansão maior da oferta de minério de ferro, os analistas ressaltaram os riscos de recuo. “O minério de ferro chegará mais perto de US$ 60 a tonelada no fim do ano”, disse Sally Auld, economista-chefe e chefe de estratégia de câmbio e renda fixa do JPMorgan para a Austrália, à Bloomberg TV, nesta quarta-feira, antes da divulgação dos dados.
As aquisições da China podem continuar se expandindo com a oferta maior da mina S11D da Vale, de US$ 14 bilhões. O primeiro carregamento de minério da S11D, mistura que incluiu material de outras minas no Brasil, terminou de ser desembarcado na China em 3 de março. Na Austrália, a mina Roy Hill, da bilionária Gina Rinehart, também está ampliando sua produção.
As importações históricas de minério de ferro do mês passado ocorreram em um momento em que os estoques portuários chineses atingiram níveis sem precedentes. Os estoques subiram 8,2 por cento em fevereiro, maior ganho em três anos, e atualmente estão em um nível recorde de 130 milhões de toneladas, segundo a empresa Shanghai Steelhome E-Commerce.
A menina pobre que viveu em caverna no Brasil e virou escritora de sucesso na Suécia
De Estocolmo para a BBC Brasil
8 março 2017
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Direito de imagemDIVULGAÇÃOImage captionChristina Rickardsson conta sua própria história em livro que esgotou já na primeira semana de vendas na Suécia
"Christiana, me prometa uma coisa. Aconteça o que acontecer na sua vida, nunca pare de caminhar", disse certa vez sua mãe, naqueles tempos miseráveis em que ela se chamava Christiana Mara Coelho.
Sua primeira casa foi uma caverna no Parque Estadual do Biribiri, reserva natural próxima à cidade mineira de Diamantina. A segunda, uma favela de São Paulo. Mas quando ela tinha oito anos de idade, tudo iria mudar: um dos "pássaros de metal" que ela via voar no céu de São Paulo a levou para a Suécia, ao lado dos pais adotivos. E ela passou a se chamar Christina Rickardsson.
A história das duas vidas de Christina se tornou um best-seller na cena literária da Suécia, com título dedicado às palavras da mãe. Sluta Aldrig Gå (Nunca Pare de Caminhar), livro de estreia da autora brasileira que já não fala o português, será lançado no Brasil ainda neste semestre pela editora Novo Conceito, com tradução de Fernanda Sarmatz Åkesson.
Junto com o livro, aos 33 anos, Christina Rickardsson também realizou outro sonho: criar uma fundação de assistência a crianças carentes no Brasil, a Coelho Growth Foundation.
Caverna
Era uma manhã chuvosa quando sua mãe, Petronilia, a levou para viver em uma das cavernas do parque do Biribiri. Christina tinha 15 dias de vida, e ali seria a sua casa até os cinco anos de idade. Se chegou a conhecer o pai, ela não se lembra. Dizem que foi assassinado.
"Lembro que eu tinha muita fome", conta Christina em entrevista à BBC Brasil.
"Quando não encontrávamos o que comer na floresta, caminhávamos até a cidade e nos sentávamos na estação de ônibus para pedir esmolas e comida. Às vezes tínhamos sorte, e as pessoas eram gentis. Outros nos chamavam de ratos de rua, e cuspiam em nós."
Direito de imagemDIVULGAÇÃOImage captionAdotada por suecos, brasileira virou autora de best-seller na Suécia e criou fundação para ajudar crianças carentes
À noite, ela tinha medo: dos escorpiões, das aranhas e das cobras que rondavam a caverna.
"Lembro de acordar várias vezes no meio da noite", diz Christina.
Mas ela também se lembra de uma infância amorosa.
"Na caverna, minha mãe me contava histórias sobre Deus, anjos e muitas outras coisas. Existiam muitas cavernas na região, mas não havia outras pessoas vivendo ali, como nós vivíamos. Era apenas eu e ela, e eu sentia que tinha toda o amor e atenção de minha mãe. Eu me sentia amada, e isso foi extremamente importante para a minha vida", diz.
Um dia, chegaram uns homens com seus cães, e elas foram expulsas da caverna. Foi quando Petronilia levou Christina para uma favela de São Paulo, onde ela passou a viver nas ruas enquanto a mãe buscava trabalho. Seu irmão, Patriqui, nasceu cerca de um ano depois.
Pouco antes de ser levada pela mãe para um orfanato, que Christina achava que era uma escola, ela viveu um trauma. Conta que viu a melhor amiga, Camille, ser assassinada por policiais na sua frente, quando as duas dormiam na rua.
Direito de imagemCORTESIA/CHRISTINA RICKARDSSONImage captionAos oito anos, Christina Rickardsson foi adotada por um casal que a levou para a Suécia
Seu segundo choque aconteceu no dia em que os pais adotivos a levaram do orfanato, junto com o irmão Patriqui - que também ganhou um nome sueco, Patrik.
"Eles me disseram no orfanato que eu seria adotada, mas ninguém me explicou o que aquilo realmente significava", conta Christina. "Quando saímos do orfanato de mãos dadas com meus pais adotivos, vi que aquilo era real - aquelas pessoas estavam me levando embora."
O medo foi suavizado pela excitação de voar pela primeira vez num daqueles pássaros de metal. E só quando o avião pousou na Suécia, Christina percebeu que tinha deixado o Brasil.
"Minha mãe adotiva me mostrou um daqueles globos antigos, e apontou: aqui é a Suécia, ali é o Brasil. Eu vi aquele imenso oceano no meio, e foi então que percebi que eu não estava mais no meu país."
'Não sabia que a neve era fria'
O novo lar de Christina era Vindeln, um pequeno vilarejo de 2,5 mil habitantes situado no norte da Suécia, próximo à cidade de Umeå. E quando o inverno chegou, ela viu a neve pela primeira vez.
"Havia nevado muito durante a noite, e quando acordei achei que nossa casa estava cercada por uma imensa nuvem branca. Eu não sabia o que era neve. Saí então de casa, quase sem nenhuma roupa, e me joguei naquele tapete branco que cobria o chão", conta Christina.
"Não sabia que a neve era fria, e comecei a gritar", ela lembra. A mãe adotiva apressou-se em levá-la para um banho quente.
Direito de imagemCORTESIA/CHRISTINA RICKARDSSONImage captionAdotada junto com o irmão Patrik, Christina Rickardsson se lembra do dia em que descobriu que neve era 'fria'
Tudo era estranho - o clima, a cultura, a língua.
"O mais difícil era que eu não podia me comunicar com ninguém. Meu irmão tinha menos de dois anos de idade. Minha mãe adotiva andava com um pequeno dicionário de português, mas não conseguia pronunciar direito as palavras", diz.
Christina viveria mais uma perda aos 16 anos, quando um câncer levou embora Lili-Ann, sua mãe adotiva.
Depois de 24 anos na Suécia, em 2015 ela decidiu voltar ao Brasil para procurar a família, a caverna e o orfanato da infância.
Sobre a busca da mãe biológica, prefere deixar que as respostas sejam encontradas em seu livro. Mas ela conta que está em contato com a família brasileira, e que aos poucos vai tentando reaprender o português.
"Falo só um pouquinho", ela diz, com um forte sotaque sueco.
Direito de imagemDIVULGAÇÃOImage caption"Sluta Aldrig Gå" ("Nunca Pare de Caminhar") é o título do livro de Christina, dedicado às palavras da mãe biológica dela
Sucesso
Na Suécia, seu livro teve a tiragem inicial esgotada em apenas uma semana, alcançou o segundo lugar na lista dos mais vendidos e levou Christina Rickardsson aos principais veículos de comunicação do país.
"Quando cheguei à Suécia, percebi que meus amigos suecos tinham condições de vida muito diferentes daquelas que crianças como eu tinham no Brasil. Sempre quis então escrever um livro para contar como é crescer em um país onde a nem todas as crianças é dada a oportunidade de ter um futuro. E uma das coisas que a Suécia me ensinou é que, quando você dá a uma criança a chance de ter uma vida digna, ela vai agarrá-la."
A última página do livro é dedicada ao trabalho desenvolvido pela sua fundação, a Coelho Growth.
"Indico ali também o site onde as pessoas interessadas podem fazer doações, para que outras crianças brasileiras também possam ter um futuro", diz Christina.
A fundação já desenvolve projetos de assistência a crianças em uma creche e dois orfanatos de São Paulo - incluindo aquele onde Christina viveu. A autora conta que também iniciou um projeto de colaboração com as favelas de Heliópolis, em São Paulo, e do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
Direito de imagemDIVULGAÇÃOImage captionChristina Rickardsson quer distribuir exemplares gratuítos do livro dela a crianças carentes no Brasil
Para o lançamento do livro no Brasil, Christina tem um plano: distribuir gratuitamente cerca de 1 mil exemplares para crianças carentes em favelas, além de doar cópias para bibliotecas locais.
"Uma das razões que me levaram a essa ideia foi a notícia de que o novo governo do Brasil vai congelar os gastos com educação, assim como no setor de saúde. É muito triste ver o que está acontecendo hoje no Brasil", diz Christina.
"Quero então levar força e esperança às crianças carentes brasileiras, e dizer a elas que, mesmo em tempos difíceis, nunca desistam. Nunca deixem de caminhar."