sábado, 18 de março de 2017

Melhor uso de recursos naturais renderia US$2 tri para economia

Melhor uso de recursos naturais renderia US$2 tri para economia

Escassez de água, poluição do ar e do solo, desmatamento, perda de biodiversidade, desertificação, bilhões de toneladas de resíduos descartados todos os anos…A lista crescente de problemas ambientais tem um denominador comum: o nosso padrão insustentável de produção e consumo.
É como se as gerações do presente estivessem escrevendo a fórmula para o caos na Terra daqui a algumas décadas. Não precisa ser assim. Tudo depende de como extraímos, usamos e descartamos os recursos naturais que o Planeta generoso nos oferta.
Um uso mais inteligente e eficiente, além de reduzir a pressão ambiental, pode trazer benefícios econômicos anuais da ordem de US$ 2 trilhões, superior ao PIB da Itália, revelam dados de um novo relatório produzido pelo Painel de Recursos Internacional, um grupo de especialistas em meio ambiente da ONU.
Segundo o estudo, com esse ganho econômico, o mundo poderia compensar os custos de implementação de medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Uma conta que não para de crescer
Ao longo dos últimos 50 anos, os seres humanos vêm alterando os ecossistemas em um ritmo mais acelerado e intenso do que em qualquer outro período da história humana.
Tendo em vista que a população global deverá crescer 28% até meados do século, a conta ecológica vai aumentar sobremaneira — estimativas apontam que 71% mais recursos per capita serão necessário até 2050.
Sem ações urgentes para aumentar a eficiência, a utilização global de metais, biomassa, minerais, areia e outros materiais aumentará de 85 para 186 bilhões de toneladas por ano até 2050, o que soma ainda mais para a dívida ecológica.
O relatório “Eficiência de Recursos: Implicações Potenciais e Econômicas”, lançado nesta semana na reunião do G20 em Berlim destaca que a utilização mais sustentável dos materiais e da energia não só cobriria o custos para manter o aquecimento da Terra abaixo de 2 graus Celsius, evitando os piores efeitos das mudanças climáticas, mas poderia contribuir para o crescimento econômico e a criação de emprego.
Por exemplo, entre 2005 e 2010, um programa britânico reciclou e reutilizou sete milhões de toneladas de lixo destinados ao aterro sanitário. Esse movimento evitou a emissão de seis milhões de toneladas de dióxido de carbono e poupou perto de 10 milhões de toneladas de materiais virgens e mais de 10 milhões de toneladas de água.
Também aumentou as vendas dos negócios em US$ 217 milhões, reduziu os custos empresariais em US$ 192 milhões e criou 8.700 postos de trabalho.
“Este é um ambiente ganha-ganha”, disse Erik Solheim, Chefe de Ambiente da ONU. “Usando melhor os recursos do planeta, vamos injetar mais dinheiro na economia para criar empregos e melhorar os meios de subsistência. E, ao mesmo tempo, criaremos os fundos necessários para financiar uma ação climática ambiciosa”.
Além de benefícios econômicos, a análise também mostra que a eficiência reduziria o uso de recursos globais em cerca de 28% em 2050 em comparação com as tendências atuais.
O relatório constatou, ainda, que os ganhos econômicos da eficiência dos recursos serão distribuídos de forma desigual. A extração mais lenta de recursos poderia reduzir as receitas e afetar os empregos em alguns setores, como mineração e pedreiras.
Mas mesmo com essas considerações, os países ganharão mais com a mudança de políticas para facilitar a transição para práticas mais eficientes do que por continuar a apoiar atividades predatórias.


Fonte: Exame

Homologado em partes acordo entre Samarco, Vale e BHP com MPF para reparar danos ambientais

Homologado em partes acordo entre Samarco, Vale e BHP com MPF para reparar danos ambientais

A Justiça Federal em Minas homologou parcialmente termo de ajustamento preliminar firmado entre as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton e os governos federal e dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, por meio de seus organismos de proteção ambiental, visando à reparação dos danos causados pelo rompimento da Barragem do Fundão, que lançou milhares de toneladas de rejeito de minério no ambiente, em novembro de 2015, em Mariana, na Região Central de Minas. O subdistrito de Bento Rodigues foi devastado por ocasião do desatre, que deixou 19 mortos.
Com a isso, instituições independentes poderão fazer diagnósticos dos danos socioambientais, visando à reparação, principalmente da Bacia do Rio Doce. A Samarco, dona da barragem que estourou, e suas duas controladoras vão oferecer como garantia financeira R$ 2,2 bilhões. A decisão suspende ação ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF), no valor de R$ 155 bilhões, e outra ação, ajuizada pela União e estados de Minas e Espírito Santo e outras autoridades governamentais, no valor de R$ 20 bilhões, além de determinar reunião e suspensão de outros processos conexos, com objetivo de evitar decisões contraditórias ou conflitantes. O objetivo é trazer unidade processual para viabilizar a negociação de um acordo final. Para isso foram aceitas temporariamente as garantias oferecidas pela Samarco e suas controladoras.
Em 19 de janeiro deste ano, a Vale confirmou o acerto de dois acordos preliminares com o MPF. Porém, eles dependiam da homologação, o que ocorreu nesta quinta-feira, por despacho do juiz substituto Mário de Paula Franco Júnior, da 12ª Vara da Justiça Federal em Minas. O primeiro termo preliminar, firmado em janeiro, tem como objetivo definir os procedimentos e cronograma de negociações para o termo final, previsto para ocorrer até 30 de junho de 2017. E prevê ainda a contratação de especialistas escolhidos pelo MPF e pagos pelas empresas para fazer o diagnóstico e acompanhar o andamento dos 41 programas de recuperação ambiental acordados com procuradores federais.
O segundo acordo preliminar, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cria as bases para a conciliação em torno das duas ações civis públicas que buscam estabelecer reparações e compensações socioeconômicas e socioambientais para os impactos do rompimento da Barragem do Fundão, nos valores de R$ 155 bilhões e R$ 20 bilhões. A homologação parcial do juiz Mário Júnior é um importante passo para a solução dos litígios que geraram dezenas de ações judiciais decorrentes dos danos causados pelo desastre.
Em nota, a Vale destacou a importância da decisão, pela complexidade do caso e a necessidade de uma solução consensual para remediar os impactos causados pelo desastre. Comunicado da Samarco reafirmou os termos da negociação e assinalou que o documento também estabelece que, após entendimento entre as partes, poderá ser firmado um acordo definitivo.
Fonte: EM

sexta-feira, 17 de março de 2017

As mais belas gemas de cor encontradas no Brasil

As mais belas gemas de cor encontradas no Brasil

As mais belas gemas de cor encontradas no Brasil, compõem as jóias criadas pela berylo.
A Água-marinha foi descoberta em Madagascar num passado remoto. Hoje, o maior produtor de Águas-marinhas no mundo é o Brasil, com jazidas em Minas Gerais, Paraíba, Espirito Santo, Rio Grande do Norte e Bahia. De tamanhos variados em sua forma natural, a maior de todas as Águas-marinhas pesava 109 quilos quando foi descoberta em 1920, no Brasil.
Águas-marinhas são cortadas sobretudo em lapidação “esmeralda”, ou retangular para melhor deixar transparecer o brilho de sua cor. No entanto, há muitas pedras de grande
valor e imensa beleza lapidadas em “pêra” ou em ovais de diversos tipos. As Águas-marinhas mais lindas e valiosas são as de intenso azul celeste totalmente translúcidas, com pouca ou nenhuma sombra de verde.
Utilizada desde tempos imemoriais por reis e bispos, a Ametista transmite a quem a traz consigo poderes psíquicos e contemplativos. O alto clero hebreu usava ametistas em seus paramentos e, mais recentemente, podem-se ver essas preciosas pedras púrpuras entre as jóias da coroa da Inglaterra e na Fleur de Lys da realeza da França.
A ametista é um quartzo com ferro. Os melhores espécimes são encontrados no Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul e no Pará. O Uruguai, o Japão e a Rússia também são grandes produtores. Ao ser aquecida, esta pedra pode mudar de cor e adquirir tonalidades do amarelo e do marrom, sendo que uma variedade – encontrada unicamente no Brasil – torna-se verde sob a ação do calor.
A ametista pode ser lapidada em diversas formas. As prediletas são o cabochão – lapidação semi-esférica, de acabamento não facetado, que pode ser utilizada em anéis e abotoaduras – e as gotas que, em brincos e pingentes, dão especial realce ao brilho desta gema. A ametista é também muito utilizada como peça ornamental na sua forma de geodo ou capela.
O quartzo chamado Citrino varia do amarelo pálido ao dourado profundo e deve sua cor a traços de ferro em sua composição química.
Uma das mais importantes fontes brasileiras dessa gema preciosa e acessível é a Mina da Serra, localizada no Rio Grande do Sul, que hoje produz cerca de trezentos quilos de Citrino por mês. Outros estados produtores são Goiás, Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo.
É umas das Gemas mais antigas utilizadas na ourivesaria mundial,
Sendo encontrada em jóias que remontam as civilizações antigas como os impérios grego e romano.
Uma das mais valiosas e desejadas pedras preciosas de toda a história. No antigo Egito, Cleópatra (cujas minas ficaram famosas) adornava-se com belas esmeraldas, pois então se acreditava que nelas residiam a beleza eterna e a clareza de raciocínio. Incas e Astecas empregavam as esmeraldas em rituais e jóias talismânicas por acreditarem que eram pedras sagradas. Os Gregos chamavam-na de Deusa Verde e entre os antigos Romanos era cultuada como a pedra do amor. Em quase todas as coroas reais a esmeralda está presente, pois acredita-se que ela aumente a capacidade de raciocínio e a intuição.
No Brasil as primeiras jazidas de esmeraldas de boa qualidade somente foram encontradas em 1963, em uma localidade chamada Salininha, na Bahia.
Nomes utilizados pelo mercado
  • esmeralda colombiana – denominação do mercado para esmeraldas de alta qualidade
  • esmeralda russa ou siberiana – denominação da menos azulada com mais inclusões e cor mais clara que as gemas colombianas
  • esmeralda brasileira – termo usado algumas vezes para as gemas verde claro
  • esmeralda sandawana – termo usado para gemas de verde profundo, normalmente de tamanho pequeno e com muitas inclusões
  • esmeralda da Zâmbia – termo usado para as gemas ligeiramente acinzentadas
A Turmalina é certamente uma das gemas mais fascinantes na natureza, pois pode ser encontrada em virtualmente todas as cores do arco-íris Muito comum também é existir mais de uma cor num mesmo cristal, originando o que chamamos de Turmalina bicolor, tricolor ou até mesmo multicolorida.
A Verdelita, de cor verde como o nome indica, é a variedade que é lembrada quando se menciona a pedra preciosa Turmalina. Existem, porém, muitas outras “turmalinas”. Uma das variedades mais valiosas é a Rubelita, nome comercial daquela que varia do rosa ao vermelho, confundia até o século XVIII com o Rubi.
A Turmalina-melancia é outra variedade famosa, especialidade do Brasil, que, como o nome diz, tem o núcleo rosa ou vermelho, rodeado da cor verde se cortada perpendicularmente ao eixo do cristal.
Hoje em dia, a maior fonte de Turmalina, suprindo o mercado mundial com seus belíssimos espécimens, é o Brasil, principalmente os estados de Minas Gerais e Bahia. Outros países produtores são o Sri Lanka, o Afeganistão, os Estados Unidos e Burma.
Além das variedades Rubelita e Melancia já mencionadas, temos também a Indicolita, ou Indigolita, variando do verde-azulado ao azul. A siberita, de cor violeta, e a Acroíta, incolor. Schorl é o nome dado à Turmalina negra e Dravita às de cor variando do amarelo ao marrom.
A mais cara das variedades de Turmalina, chama-se Paraíba em homenagem ao estado onde foi descoberta, em 1989. Sua beleza deixa comerciantes e clientes de pedras preciosas sem adjetivos para descrevê-la. Néon, fluorescente, elétrico são palavras comumente associadas ao azul e ao verde dessa novíssima gema.

quinta-feira, 16 de março de 2017

Lítio pode solucionar vício mundial em petróleo

Lítio pode solucionar vício mundial em petróleo

Apesar de seu aspecto – prateado, mole e leve – que não chama a atenção, o lítio poderá ser a cura para o vício mundial em petróleo por seu papel na fabricação de baterias, uma perspectiva que pode gerar importantes receitas a países como Bolívia e Afeganistão. A Bolívia conta com uma grande reserva desse metal, estimada em 100 milhões de toneladas, no salar andino de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo, de em torno de 10.000 km2.
Na semana passada, um estudo de geólogos americanos divulgou que o Afeganistão tem quase 1 bilhão de dólares em reservas minerais inexploradas, incluindo reservas de lítio tão importantes como as da Bolívia. Segundo uma nota interna do Pentágono, o Afeganistão – devastado por décadas de guerra – poderá converter-se na “Arábia Saudita do lítio”.
As companhias mineiras e tecnológicas olham há muito tempo para o lítio, um componente indispensável para baterias recarregáveis, utilizadas pelos telefones e por computadores portáteis, iPods e iPads, assim como para acessórios de informática, militares e médicos. O lítio é usado inclusive dentro do corpo humano, para o funcionamento dos marcapassos.
No entanto, o interesse por esse metal centra-se agora em sua utilização para o funcionamento de veículos elétricos e híbridos, um mercado que deve registrar explosão nos próximos anos. Os fabricantes de automóveis japoneses Nissan, Honda e Toyota encontram-se entre os que apostam fortemente nesse tipo de veículo, que não emitem gases de efeito estufa e que deverão substituir os automóveis movidos a gasolina.
Nesse sentido, as baterias recarregáveis de íons de lítio – conhecidas também como baterias Li-Ion -, e potencialmente novas baterias como uma que combina lítio com oxigênio, surgem como a melhor opção por sua eficiência, seu pouco peso e sua grande capacidade de armazenamento de energia. O presidente americano, Barack Obama, disse que deseja 1 milhão de automóveis híbridos elétricos nas ruas de seu país em 2015.
O vice-presidente americano, Joe Biden, afirmou na segunda-feira passada, na cerimônia de inauguração de uma fábrica de baterias de lítio, que esse produto poderá reduzir a dependência americana de petróleo e prevenir desastres como o recente vazamento de óleo no Golfo do México.
No setor de mineração, as companhias também começam a se mover. A australiana Orocobre assinou em janeiro passado um acordo com a Toyota para desenvolver um projeto de lítio na Argentina. Neste mês, um consórcio sul-coreano e uma empresa de mineração canadense lançaram uma exploração de lítio também na Argentina.
A Galaxy Resources, uma companhia mineira e química australiana, começará em breve a processar em sua fábrica chinesa os recursos da segunda reserva mundial de espudomena, um mineral fonte de lítio, situada no oeste da Austrália. “Será este o fim do petróleo? Tomara”, disse à AFP o chefe de marketing da Galaxy, Anand Seth, admitindo, no entanto, que a questão “não é tão simples” e que ainda faltam alguns anos para que esse momento chegue.


Fonte: Exame

Minério de ferro salta 5% na China com máxima de 3 anos do aço

Minério de ferro salta 5% na China com máxima de 3 anos do aço

Os contratos futuros do minério de ferro negociados na China subiram mais de 5 por cento nesta quarta-feira, com os preços do aço avançando para o seu maior valor em mais de três anos, diante de expectativas de demanda firme. Operadores comentaram que Pequim deve incentivar investimentos em infraestrutura e que as vendas de imóveis estão crescentes.
O mercado de minério de ferro teve nesta semana uma forte recuperação. Os contratos futuros do aço na China sustentam os preços. “Continuamos a acreditar nos investimentos da China em infraestrutura em 2017 para impulsionar o crescimento, com os líderes se preparando para as eleições em novembro”, afirmou analista do Commonwealth Bank of Austrália Vivek Dhar em nota.
O vergalhão mais ativo da Bolsa de Futuros de Xangai subiu para 3.692 iuanes (534 dólares) por tonelada, seu maior valor desde fevereiro de 2014. O contrato fechou em alta de 1,6 por cento a 3.641 iuanes. O minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian subiu 5,5 por cento para terminar a 724,50 iuanes a tonelada, depois de ter tido um pico de duas semanas de 730,50 iuanes mais cedo.
Fonte: Exame