sexta-feira, 24 de março de 2017

O ELEVADOR DOS DIAMANTES

O ELEVADOR DOS DIAMANTES



Nada melhor do que a simbologia para a vulgarização de temas técnicos complexos, ou a geologia ao alcance de todos
Após o artigo técnico de José Inácio Nardi a respeito da quilha mantélica, formadora dos diamantes e dos pipes kimberliticos transportadores destes até a superfície,

apresentamos o elevador dos diamantes, uma vulgarização do mesmo tema e mostrada por Antonio Liccardo da UFOP

O modelo apesar de oriundo da Africa, poderia ser em tese aplicado no Tapajós, já que foram encontradas amostras de lamproito, material destes elevadores na área diamantífera da região. 

ÁGUA BRANCA, UM GARIMPO EM ASCENSÃO



Vista aérea do garimpo.
Muito antes do garimpeiro e empresário Raimundo Santos, o conhecido Truth chegar ao garimpo Água Branca nos anos 70, já existia aquele que hoje é um garimpo em ascensão. Hoje, não podemos negar a luta de Truth e de muitos outros que por ali passaram ou que hoje se empenham para ver o garimpo tornando-se comunidade, o que está acontecendo com Água Branca, que devido a seu crescimento, transformou-se numa comunidade com 250 casas.
Vista da Comunidade de Água Branca.
A comunidade de Água Branca tem hoje, dentro da vila, uma população com cerca de 500 pessoas, e contando com os bachões (áreas de garimpagem) aproximadamente 4.000 pessoas. Hoje, o garimpo não é explorado apenas por garimpeiros, mas também por empresas mineradoras que estão se fixando lá.
Eu (Peninha) e o Presidente da Comunidade.
A exploração do ouro já não é feita somente com equipamentos antigos simples como o maracá, bico jato, cobra fumando e outros. A evolução atingiu também os instrumentos utilizados na extração como escavadeiras (PC), e métodos menos poluentes.
Eu (Peninha) no Garimpo de Água Branca
A comunidade possui hoje uma escola municipal que atende as crianças de 1ª à 4ª serie, um posto de atendimento de endemias para fazer exame e tratar os pacientes com malária, campo de futebol, igrejas das diversas religiões, moto-taxis, além de rede telefônica e sistema de internet ligando, assim, a área garimpeira ao mundo. Nos comércios há notebooks por que o acesso e comunicação pela internet dão-se mais fácil do que pelo telefone. A energia elétrica ainda é particular, ou seja, cada um tem seu grupo gerador.
Momento da despescagem.
Antigamente só era possível chegar ao garimpo de avião, atualmente, devido à ligação da rodovia estadual Transgarimpeira com a comunidade, o acesso é mais fácil, fato que torna Água Branca apta a vivenciar uma nova era do ouro.
No garimpo, fica evidente a corrida do ouro. Minha visita à vila durou cerca de 3 horas, e no decorrer dela, presenciei uma compra de ouro comprar mais de 500 gramas de ouro, o que prova que há, ainda, em Água Branca muito ouro para ser extraído.

Garimpeiro com bico jato.
A visita me fez ver a importância dos garimpos para a econômia do município de Itaituba que vive do ouro que ainda é à base de sua econômia, portanto, devemos nos unir para defender nossos garimpos e torcer para que os órgãos ambientais percebam nossa sensibilidade e atendam às nossas necessidades concedendo as licenças ambientais, e olhem a questão dos garimpos para vê-la como os outros órgãos a vêem. O DNPM, por exemplo, já liberou aproximadamente 2.000 PLG - Permissão de Lavra Garimpeira.
Escola da Comunidade.
Posto de Saúde da Comunidade.
Fonte= Blog do Peninha.

Rejeitos de mineração podem se tornar minas produtivas

Rejeitos de mineração podem se tornar minas produtivas



Rejeitos de mineração podem se tornar minas produtivas
O passo inicial é mapear a produção de rejeitos de mineração e as tecnologias para sua recuperação e comercialização.[Imagem: IPT]

A mineração é uma das atividades essenciais da economia, sem a qual praticamente nada pode funcionar - assim como o ser humano precisa da agricultura para se alimentar, é a mineração que alimenta toda a indústria.
Importância da mineração
Ocorre que, como toda atividade econômica, a mineração gera resíduos - resíduos que ficaram mais conhecidos da população depois do acidente recente que destruiu povoados no município de Mariana (MG) e poluiu praticamente todo o Rio Doce.
A boa notícia é que esses rejeitos da mineração podem ser tratados, recuperados e comercializados, já existindo soluções tecnológicas para minimizar seu armazenamento ou até mesmo extinguir as barragens de rejeitos.
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) iniciou um projeto de capacitação que está mapeando a produção de rejeitos das empresas de mineração que operam no Brasil e avaliando a maturidade das tecnologias aplicadas para sua recuperação e comercialização.
Com o mapeamento, que deverá estar pronto até Maio, será possível propor rotas tecnológicas para recuperar os rejeitos de cada mina, levando em consideração as especificidades do cenário brasileiro e as características de cada tipo de minério.
Minas secundárias
"O minério é um agregado rico em determinado mineral ou elemento químico que é viável, do ponto de vista econômico e tecnológico, para extração. No processo industrial é preciso separar este material de interesse de todo o resto, que é descartado como rejeito.
Num cenário em que já não há reservas brasileiras de alto teor, essa quantidade de rejeitos só tende a crescer. Recuperar esses resíduos, portanto, possui um fim tanto ambiental quanto econômico, pois é possível dar outra destinação comercial ao que geralmente é descartado, diminuindo também a quantidade de resíduos para o meio," explicou Sandra Lúcia de Moraes, coordenadora do projeto.
O montante de rejeitos gerados nos processos de produção de substâncias minerais pode ser estimado a partir da diferença entre a produção bruta e a produção beneficiada. O que impressiona é que a quantidade de rejeitos, em alguns casos, é igual à da substância produzida.
Rejeitos de mineração podem se tornar minas produtivas
Quantidade de rejeitos gerada no Brasil por tonelada de minério de 1996 a 2005 e projeção para o período entre 2010 e 2030. [Imagem: PNRS]
Para cada tonelada de minério de ferro processado, por exemplo, temos cerca de 0,4 tonelada de rejeitos. Uma projeção preliminar para o período 2010-2030 aponta que o beneficiamento de minério de ferro irá contribuir com cerca de 41% do total de rejeitos gerados pelas mineradoras no Brasil.
"As tendências da indústria da mineração apontam para um cenário de maior competitividade em decorrência do empobrecimento, nas últimas décadas, dos teores dos minérios lavrados e beneficiados. Assim, o aumento da recuperação de mineral útil é uma vantagem competitiva preponderante para o sucesso futuro dos empreendimentos mineiros", disse Sandra.
Inova Mineral
A Finep e o BNDES também estão juntando esforços para tentar viabilizar a recuperação dos rejeitos minerais.
As duas instituições estão articulando um plano de apoio tecnológico ao setor de mineração e metais, chamado Inova Mineral. O objetivo é fomentar e selecionar planos de negócios de base tecnológica com foco na produção e agregação de valor em minerais estratégicos e em processos mais eficientes e sustentáveis.

As tecnologias para aproveitamento de resíduos também serão contempladas, já que o Inova Mineral leva em conta o declínio dos teores de concentração nas jazidas de diversos minerais e as consequentes oportunidades de aproveitamento dos rejeitos e de redução do impacto ambiental. A previsão é que o primeiro edital seja lançado no segundo trimestre deste ano.

NÃO SE SOBREVIVE NA INFORMALIDADE

NÃO SE SOBREVIVE NA INFORMALIDADE


Poucas vezes na história deste país se observou
 uma dicotomia tão grande entre as atitudes do nosso governo. Se, de um lado, há uma sensação generalizada de corrupção, sonegação, corporativismo e impunidade - de proporções inimagináveis para um governo de esquerda e dito "popular", de outro se observa uma intensificação dos procedimentos de fiscalizações federais, estaduais e municipais, com cada vez mais ações de grande porte da Polícia Federal e do Ministério Público, inclusive efetuando prisões de empresários, funcionários públicos e membros do poder judiciário.Os recordes mensais de arrecadação atingidos pela Receita Federal sinalizam um aumento generalizado da formalidade em nossa economia, muito mais do que um crescimento econômico do nosso PIB, onde os instrumentos e as tecnologias de fiscalização aumentam numa velocidade muito maior do que a do empresário em adequar o seu negócio.
Neste cenário, o excesso de informalidade, ainda infelizmente presente em nossa economia, transforma-se no principal obstáculo ao seu crescimento. Conseqüentemente, diminui seus ganhos de produtividade e seu desenvolvimento profissional, sem falar que desequilibra a relação Riscoversus Retorno de qualquer negócio neste país, na medida que o risco vem subindo numa velocidade muito mais rápida do que o retorno financeiro.
Logo, conclui-se que estamos atravessando um momento de profundas transformações nas relações Empresas versus Estado e Pessoas versus Estado, onde não podemos esperar pela tão aguardada adequação tributária para o setor joalheiro, que vem sendo costurada a nível federal e estadual ao longo dos últimos anos.
Devemos imediatamente iniciar um processo de reestruturação de nossos negócios e empresas, para que continuem sustentáveis no longo prazo e financeiramente apresentem uma relação Riscoversus Retorno mais atraente para o empresário, com mais profissionalismo e mais legalidade.
É isso o que tenho pretendido demonstrar nos últimos tempos, nas inúmeras palestras e reuniões que tenho feito nas mais diversas regiões do Brasil, onde tenho encontrado empresários preocupados com a situação mas que, na maioria das vezes, desconhem as reais implicações que a informalidade e a sonegação causam para as dificuldades que vêm passando e, principalmente, para o futuro de seus negócios.
Aliás, só teremos futuro com a formalização e a crescente profissionalização de nossas atividades. Não temos mais tempo a perder e não temos outra escolha.

NO MUNDO DOS DIAMANTES

NO MUNDO DOS DIAMANTES 

Continua o mistério sobre o diamante encontrado recentemente na África do Sul.  O “maior diamante do mundo”, uma pedra de aproximadamente 7mil quilates e cor esverdeada, será mesmo um diamante? A expectativa é grande em relação ao resultado dos testes de comprovação e até agora as opiniões se dividem.
O maior diamante bruto descoberto, que se tem registro até hoje, tinha 3.106,75 quilates. Foi encontrado na África do Sul em 1905 e chamado de Cullinan. A pedra foi dada de presente ao Rei da Inglaterra Edward VII, que a enviou para ser lapidada em Amsterdam. Ele foi cortado em 9 pedras principais e 96 outras menores. O Cullinan I (Estrela da África) com 530.20 quilates está no cetro real. Outro diamante do Cullinan faz parte da coroa real da Rainha Elizabeth II. Estes e todos os demais diamantes originários do Cullinan pertencem à coleção da família real britânica.
Na lapidação, a novidade é o diamante de 99 facetas. A Kristall Corporation, empresa de lapidação russa, patenteou a novidade e concedeu licenciamento exclusivo à Dhamani Jewels, de Dubai. A idéia do número de facetas foi inspirada nos 99 nomes de Alá. As pedras serão gravadas a laser e produzidas em série limitada. Vamos aguardar o lançamento da coleção de jóias!
Quando vemos as “novidades” de diamantes - caveiras, luvas de box e capas de livro, as  jóias da realeza  e lapidações inspiradas pela religião parecem coisa de um passado bem remoto. A joalheria contemporânea quebrou as regras, misturando o diamante com materiais menos “nobres” e contestando os valores tradicionais, mas HOJE parece que virou uma brincadeira enfeitar com a “gema das gemas” objetos inusitados.
Na última semana de agosto, foi vendida a obra de arte mais cara de um artista vivo.  Uma  caveira, feita por Damien Hirst, intitulada  "For the Love of God" (Pelo Amor de Deus) de platina com 8.601 diamantes (com total de 1.106,18 quilates) e dentes de verdade foi vendida por cerca de US$100 milhões para um grupo de investimento. Segundo o artista inglês, a intenção da peça é representar uma celebração da vida.
A Diafuego é uma empresa que propõe extrapolar os limites das peças com diamantes e faz sob encomenda objetos variados como miniaturas de carros, microfones e até luvas de Box de ouro com diamantes, muitos diamantes!
Já o multimilionário Russo/britânico Roger Shashoua achou que o seu livro guia sobre como ficar extremamente rico (Dancing with the Bear: A Serial Entrepreneur Goes East, deUS$30) deveria ter uma versão extremamente rica também. O livro com 600 diamantes na capa pode ser encomendado por cerca de US$6 milhões. A pergunta é: quem tem dinheiro para comprar, precisa do livro e das dicas dele?
Humor e quebra de paradigmas são ótimos, mas parece que o diamante virou "o" recurso daqueles que querem lançar o mais caro seja do que for. Sinceramente, e infelizmente,  não vejo contestação ou inovação, mas sim uma banalização da preciosidade da gema e do requinte da joalheria. Por outro lado fiquei encantada com o texto – homenagem – da Diafuego aos diamantes:
“O diamante é um tesouro encantado, que envolve inacreditáveis contos de amor e de intrigas, amores ganhos e traídos, impérios conquistados e perdidos. Eles incorporam beleza, mistério e magia. Os diamantes se envolvem na fascinação de serem raros e únicos, não existem dois iguais. Todo diamante tem personalidade própria, que revela a história da sua longa jornada através dos processos da natureza até sua encarnação final como um objeto de esplendor explícito e, acima de tudo, o desejo na sua forma mais pura”.