quinta-feira, 4 de maio de 2017

Diamante

Diamante


Diamante: s. m. Mineral composto somente por carbono, de dureza 10 na Escala de Mohs. É o mais duro dos minerais conhecidos. Geralmente incolor ou preto, mas pode também ocorrer em praticamente qualquer cor, sendo as mais comuns azul, amarelo champanhe, verde.
Como mineral industrial é muito usado em ferramentas de corte: brocas, serras, tupias e como abrasivo, na forma de pó fino, às vezes misturado em pasta. Na joalheria é o mais valioso dos minerais. Veja em avaliação de gemas e em avaliação de diamantes os critérios usados para se avaliar comercialmente um diamante e outras gemas. É chamando de brilhante quando lapidado neste tipo de lapidação, sendo a que melhor realça seu brilho e a mais valorizada.
Foto:Eurico Zimbres©©
Diamante Oppenheimer- Cristal bruto de diamante, com cerca de 20x20 mm, e 253.7 quilates (50.74 g)
Propriedades Físicas
  • Brilho:adamantino típico
  • Clivagem:perfeita segundo três direções.
  • Cor:incolor, azul, amarelo claro, preto. Pode ocorrer em quase todas as cores.
  • Fratura:conchoidal
  • Transparência:transparente a translúcido
  • Dureza (Escala de Mohs): 10
  • Densidade:3,1 a 3,5g/cm3
  • Hábito:comum em cristais octaédricos com faces curvas.
  • Tenacidade:friável
  • Traço:incolor
  • É fluorescente
Propriedades Óticas e Cristalográficas
  • Sistema Cristalino: Cúbico
  • Sob luz polarizada:isotrópico
Propriedades Químicas:
  • Classe:Elemento nativo
  • Composição:Carbono
  • Fórmula Química: C
  • Elementos Quimicos: carbono
Outras informações
  • História:
  • Usos:em ferramentas de corte, na joalheria
  • Forma de ocorrência e mineração: Chaminés e aluviões
  • Paragênese: piropo, ilmenita, cromo-diopsídio
  • IMA:nome válido
  • Etimologia: do grego "adamas", significando o invencível, o mais duro, em virtude de sua alta dureza.
  • Outras observações: Mineral formado em condições de altas pressões e temperaturas. Embora sua condutividade elétrica seja baixa, sua condutividade térmica é muito grande, sendo de 1,6 a 4,8 maior do que a da prata metálica quase cinco vezes a do cobre metálico. Como na maioria das gemas a condutividade térmica é muito baixa, esta propriedade é usada na construção de instrumentos para identificar e diferenciar os diamantes das inúmeras imitações existentes no mercado.

Saiba mais

  • Estrutura cristalina.
Autor:Anton
Estrutura cúbica do diamante, responsável por suas propriedades
Diferentemente da grafite, o diamante possui uma estrutura cristalina onde cada átomo de carbono se une fortemente, através de ligações covalentes, a quatro átomos de carbono. Isto resulta em uma estrutura muito rígida e muito polarizada, que é a estrutura natural mais rígida que existe.
Além da dureza, o empacotamento dos átomos no diamante é de tal ordem que aumenta a densidade do mineral. Notar na figura que a distância interatômica entre os átomos de carbono no diamante é 0,15nm. Na grafita esta distância é 0,67 nm
Mineral Sistema cristalino Dureza Peso Específico
Diamante Cúbico 10 3,5
Grafite Hexagonal1,5 2,2

*História

Apesar de hoje, inquestionavelmente, o diamante ser o mineral mais valioso, sinônimo de fortuna e sucesso, nem sempre o foi assim. No antigo Ocidente as gemas preferidas eram a safira, esmeralda, turquesa, lápis lazuli, jásper, ametista. Na China e na América pré-Colombiana, a preferência era do jade. Segundo Benvenuto Cellini, famoso escritor, ourives e escultor florentino (1500-1571 AD), em sua época, um rubi pesando um quilate valia o mesmo que um diamante pesando oito vezes mais.
Na antiguidade, desde o século II AC , o diamante era mais usado para esculpir camafeus. Um fragmento irregular e pontudo do mineral era engastado em uma peça de ferro ou bronze, produzindo-se assim um buril. Foi somente no primeiro século DC (depois de cristo), que Plinius, o Velho, na obra História Natural, usou pela primeira vez a palavra "adamas" para designar o diamante.
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Crisoberilo

Crisoberilo


Crisoberilo: s. m. - Min. - Óxido de alumínio e berílio (BeAl2O4 ). De valor gemológico. A variedade alexandrita possui a propriedade de mudar de cor, quando muda da luz natural para luz artificial, e é muito valorizada no mercado de gemas.
Foto:Tom Epaminonda e Eurico Zimbres
Crisoberilo
Foto:Tom Epaminonda e Eurico Zimbres
Crisoberilo
Foto:Wela49
Crisoberilo lapidado
Propriedades Físicas
  • Brilho:vítreo gorduroso
  • Clivagem: distinta e imperfeita
  • Cor: verde, marrom, verde azulado
  • Fratura: conchoidal
  • Transparência: transparente a translúcido
  • Dureza (Escala de Mohs): 8
  • Densidade: 3,7g/cm3
  • Hábito: tabular prismático. Comumente maclado
  • Tenacidade: friável
  • Traço: branco
Propriedades Óticas e Cristalográficas
  • Sistema Cristalino: Ortorrômbico
  • Sob luz polarizada: biaxial positivo
Propriedades Químicas:
  • Classe: óxido
  • Composição: óxido de alumínio e berílio
  • Fórmula Química -BeAl2O4
  • Elementos Químicos: Alumínio, berílio, oxigênio
Outras informações
  • História: seu nome deriva do grego chrysos= dourado + berilo
  • Usos: Como gemas.
  • Forma de ocorrência:
  • Paragênese:
  • IMA: espécie válida
  • Outras observações: De valor gemológico. A variedade alexandrita possui a propriedade de mudar de cor, quando muda da luz natural para luz artificial, e é muito valorizada no mercado de gemas.

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Ametista

Ametista


Autor:E.Zimbres e Tom Epaminondas
Cristal de quartzo roxo (ametista) bem cristalizado
Ametista: s.f. Miner. - Quartzo roxo. O nome vem do grego amethystos, que significa não bêbado, pois acreditava-se que esta pedra protegia seu usuário da ação do álcool e da embriaguez.
A ametista é frequentemente encontrada em geodos que ocorrem em antigos derrames de lavas basálticas, como as do sul do Brasil, grande produtor desta gema.
Podem também serem encontradas em pegmatitos e drusas que se desenvolvem em fraturas de rochas antigas,por onde percolaram soluções silicosas, das quais se precipitaram os cristais de quartzo.
Durante muito tempo pensou-se que a cor violeta da ametista era devido à presença de impurezas de Manganês, mas estudos mais recentes indicam que é devido à presença de Fe 4+ em certos locais da estrutura cristalina.
Autor:Wela49
Ametista roxa lapidada
O aquecimento da ametista em altas temperaturas transforma-a em quartzo citrino, amarelo forte, incorretamente comercializado no Brasil como "topázio do Rio Grande". A mudança de cor se dá devido à redução do Fe4+ em Fe3+. Esta mudança é reversível, submetendo o citrino a uma fonte radioativa.
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Coríndon

Coríndon


Foto:Eurico Zimbres
Coríndon- cristal único, com faces naturais e cerca de 2 quilos, proveniente de Xerém, muncípio de Duque de Caxias, Rio de Janeiro
Foto:USGS
Coríndon
Foto:Adrian Pingstone
Cristal de rubi
Coríndon: s.m. Min. - Mineral de dureza elevada, só perdendo para o diamante.Óxido de Alumínio. Al2O3. Rubi quando vermelho e safira quando azul. Quando reduzido a fragmentos irregulares e pequenos é usado como abrasivo (esmeril). Em pó serve para polir. Também conhecido como corindo.


    Propriedades Físicas

    • Brilho: vítreo
    • Clivagem:não possui, mas tem uma partição pronunciada,em três direções, que se confunde com clivagem
    • Cor: azul (safira) incolor, vermelho (rubi), rosa, amarelo, cinza
    • Diafanidade: transparente, translúcido
    • Dureza (Escala de Mohs): 9
      (mineral pertence à escala de Mohs)
    • Densidade: 4 a 4,1 g/cm3
    • Fratura:irregular, conchoidal
    • Hábito:maciço; prismas em forma de barril
    • Tenacidade:
    • Traço:branco

    Propriedades Óticas e Cristalográficas

    • Sistema Cristalino: Trigonal- uniaxial negativo

    Propriedades Químicas

    • Classe:Óxido
    • Composição: Trióxido de Alumínio
    • Fórmula Química - Al2O 3
    • Elementos Químicos: Alumínio e Oxigênio

    Outras informações

    • Ano de descobrimento:
    • Localidade Tipo: Bombaim, Índia .
    • Nome aprovado pela Associação Mineralógica Internacional ( IMA ).
    Encontrado em rochas insaturadas em sílica como nefelina sienito; depósitos de bauxita metamorfisados, rochas metamórficas de contato ricas em minerais aluminosos, xenólitos aluminosos em rochas ígneas plutônicas. Por ser um mineral física e quimicamente resistente, é comum em depósitos sedimentares detríticos. No Município de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Brasil, ocorrem em pegmatitos anatéticos, no contato do nefelina-sienito metamorfisado com os gnaisses graníticos. Devido à dureza elevada era muito usado como abrasivo (esmeril), tendo sido, modernamente, substituído por abrasivos sintéticos. As variedades coloridas são usadas como gemas, alcançando altos valores. Quando vermelho recebe o nome de rubi e quando azul, safira. Podem ser produzidos artificialmente através de processos industriais.

    Pegmatito

    Pegmatito


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    Autor:Eurico Zimbres
    Pegmatito cortando gnaisses. Leblon, Rio de Janeiro
    Pegmatito:: s.m. - Rocha onde os minerais atingem grandes dimensões, em geral acima de vários centímetros. Em geral são corpos tabulares (dique) composto por feldspato, mica e quartzo. Apesar de ser um assunto controverso, a opinião mais aceita entre os geólogos, atribui origem ígnea a estas rochas.
    Os pegmatitos são importantes fontes de minerais raros como turmalina, topázio, berilo, crisoberilo, granadas,tantalita e espodumênio entre outros.
    Não é incomum encontrar estes minerais em tamanhos centimétricos, podendo chegar a metros. No pegmatito Jonas, Município de Conselheiro Pena, Minas Gerais, foi encontrado um cristal de turmalina rubelita com 1,07 metros de comprimento, pesando 125 quilos, tendo sido vendido por US$ 900.000 (dólares).
    No pegmatito Grota da Generosa, Município de Sabinópolis, Minas Gerais, tem sido encontrado cristais de microclina com até 3 metros e berilo com até 70 cm de diâmetro.
    Entre os autores que atribuem origem ígnea aos pegmatitos, a opinião mais comum sobre o processo que leva à sua formação é a de que são originados de soluções residuais aquosas enriquecidas em silício e metais raros, provenientes do processo de resfriamento de rochas ígneas, em particular graníticas.
    A presença de metais como cloro, flúor, fósforo e boro, atuam como fundentes, abaixando o ponto de fusão destes líquidos e criando um ambiente suficientemente fluído que permite fácil e rapidamente a difusão dos íons através da solução e em direção aos cristais que estão sendo formados.
    Os íons presentes nesta solução aquosa, além do silício, são aqueles que não podem ocupar facilmente, por substituição, espaço no retículo cristalino dos minerais formadores da rocha de onde são provenientes. Estes íons são, principalmente, berílio, lítio, estanho, tântalo, nióbio, flúor, boro, cloro, que os principais constituintes dos minerais raros encontrados nos pegmatitos, como turmalina, mica lepidolita, topázio, cassiterita, volframita, berilo e suas variedades, etc.
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    Pegmatitos anatéticos

    Alguns autores atribuem a formação de alguns pegmatitos ao processo de fusão parcial (anatexia), na base da crosta continental, de rochas pré existentes, o que acarreta a formação de líquidos aquosos, super aquecidos e enriquecidos em silício, alumínio, podendo ter ferro e, mais raramente, metais raros, como os citados acima.
    Para estes pegmatitos tem sido dada a denominação de pegmatitos anatéticos, que no geral, quase não contém minerais raros, tendo uma composição meramente granítica, isto, com feldspato e quartzo e alguma mica muscovita e biotita. Os pegmatitos encontrados ao longo da Faixa Móvel Ribeira, parecem ser predominantemente deste tipo.
    É possível que tal líquido formado por fusão parcial, atue como um lixiviador de metais das rochas por onde percola. De qualquer modo, seja como fluído residual, seja como fluído formado por fusão parcial, ambos apoiam a origem ígnea para os pegmatitos.

    Pegmatitos alcalinos

    No Estado do Rio de Janeiro também são encontrados alguns pegmatitos associados a rochas alcalinas recentes e pré-cambrianas, como o pegmatito alcalino de Xerém mineralizado em coríndon azul (safira).

    Minerais de pegmatitos

    Albita, anatásio, berilo, biotita, cassiterita, cerussita, elbaita, euxinita, ferrocolumbita, fluorapatita, fluorita, hematita, ilmenita, lepidolita, magnetita, microclina, milarita, monazita, montmorillonita, muscovita, nontronita, ortoclásio, pirita, piromorfita, quarto, rutilo, turmalina preta, espodumênio, uraninita e zircão