PROPRIEDADES FÍSICAS DAS GEMAS
1ª Parte: Dureza | |
A propriedade física designada dureza é de fundamental importância em gemologia e em mineralogia.
Estas duas ciências empregam métodos de estudo semelhantes, no entanto, a abordagem do tema é bastante distinta.
O mineralogista pode riscar, pulverizar ou submeter a reações químicas os materiais a serem examinados, sem que se planteie qualquer problema.
O gemólogo, por lidar principalmente com exemplares lapidados, deve limitar-se a ensaios que utilizem instrumentos e técnicas específicas. Se estes não forem conclusivos, ao menos lhe permitem acumular informações que, acrescidas a outras, conduzem à identificação das gemas sem danificá-las.
Por seu caráter destrutivo, o ensaio de determinação da dureza, frequentemente utilizado em mineralogia, raramente é executado em gemologia. Recomenda-se proceder a este teste apenas em exemplares gemológicos brutos e nos casos estritamente necessários.
Define-se dureza como a resistência ao risco ou à abrasão. Ela é uma propriedade vetorial, isto é, varia segundo a direção, e depende da natureza das ligações entre os átomos na estrutura cristalina. Não fosse esta uma propriedade vetorial e os diamantes não poderiam ser lapidados e polidos, pois não teriam direções cristalográficas de menor dureza que outras.
Se, por um lado, a dureza relativa das gemas é poucas vezes determinada em laboratório, por outro, o conhecimento desta propriedade é de fundamental importância, por constatarmos que as gemas de maior dureza:
- têm maior durabilidade; - adquirem melhor polimento e, consequentemente, maior brilho; - não costumam apresentar arestas desgastadas.
A dureza é determinada por comparação com uma série que consiste de 10 minerais dispostos em ordem crescente e se conhece por escala de Mohs, em homenagem ao mineralogista alemão que a concebeu em 1822.
Fluorita policrômica Mineral pertencente à escala de Mohs, de dureza 4 (Fotografia: Luiz Antônio Gomes da Silveira) 1. Talco 2. Gipsita 3. Calcita 4. Fluorita 5. Apatita 6. Feldspato Ortoclásio 7. Quartzo 8. Topázio 9. Coríndon 10. Diamante
Cada mineral desta série risca o anterior e deve ser riscado pelo seguinte. Por exemplo: o coríndon (dureza 9) risca o topázio (dureza 8) e é riscado com facilidade pelo diamante (dureza 10).
Apenas por comparação, é interessante sabermos que as unhas têm dureza 2 ½, o vidro comumente 5 a 5 ½ e uma lâmina de canivete geralmente 6.
Apatita com efeito olho-de-gato Mineral pertencente à escala de Mohs, de dureza 5 (Fotografia: Luiz Antônio Gomes da Silveira)
Ao proceder a determinação, deve-se observar o seguinte: algumas vezes, quando um mineral é menos duro do que outro, porções do primeiro deixarão marcas sobre o segundo, que podem ser tomadas por engano como riscos. No entanto, elas podem ser removidas esfregando-se o local com o dedo umedecido, ao passo que um sulco será permanente.
É sempre aconselhável, quando se faz o ensaio de dureza, confirmá-lo invertendo-se a ordem do processo, isto é, não tentar sempre riscar o mineral A com o mineral B, mas também tentar riscar B com A.
Como a escala de Mohs é relativa, não tem valor quantitativo e, portanto, varia o intervalo de dureza absoluta entre os pares de minerais contíguos na escala. Por exemplo: a diferença de dureza entre o diamante e o coríndon é muitas vezes maior do que entre este e o topázio.
Topázio (variedade imperial) Mineral pertencente à escala de Mohs, de dureza 8 (Fotografia: Luiz Antônio Gomes da Silveira)
Em vista disso, as gemas mais valorizadas, salvo algumas exceções, são aquelas cujas durezas são superiores a 7, que corresponde à dureza do quartzo. Gemas de durezas inferiores a esta podem até mesmo ter o seu polimento e brilhos alterados com o passar do tempo, pela ação da poeira, que contem grande quantidade de partículas de quartzo. Além disso, elas estão mais sujeitas ao risco das facetas e ao desgaste das arestas, pelo atrito com outros materiais devendo, portanto, ser manipuladas com cuidado.
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sexta-feira, 5 de maio de 2017
PROPRIEDADES FÍSICAS DAS GEMAS 1ª Parte: Dureza
PROPRIEDADES FÍSICAS DAS GEMAS 2ª Parte:
PROPRIEDADES FÍSICAS DAS GEMAS
2ª Parte: Tenacidade, Clivagem, Fratura e Partição | |
TENACIDADE
Define-se tenacidade como a resistência ao rompimento ou esmagamento, também conhecida como coesão. Tendemos a confundir esta propriedade com a dureza que, por sua vez, trata-se da resistência ao risco.
Enquanto a dureza relativa de um mineral é determinada numa série de 1 a 10, conhecida como Escala de Mohs, em termos de tenacidade geralmente apenas o designamos como frágil ou resistente.A durabilidade de uma gema depende destas duas propriedades, entre outros aspectos.Exemplificando, o diamante possui dureza extremamente elevada (nenhuma substância é capaz de riscá-lo), mas pode ser rompido ou esmagado por um golpe, pois sua tenacidade não é tão significativa.Por outro lado, o jade (*) apresenta dureza 6 a 7 (portanto, vários minerais podem riscá-lo), no entanto é muitíssimo resistente ao rompimento, pois sua estrutura granular ou fibrosa é extremamente coesa.
CLIVAGEM
Define-se clivagem como a tendência de certos minerais se partirem segundo planos de debilidade estrutural, denominados planos de clivagem, que são invariavelmente paralelos às faces reais ou possíveis do cristal.
Na descrição da clivagem, deve-se indicar sua qualidade e direção cristalográfica. A qualidade se expressa como perfeita, boa, regular, etc.
Topázio imperial, no qual se observa clivagem basal Fotografia: Luiz Antônio Gomes da Silveira
Nem todas as gemas apresentam clivagem e somente poucas, comparativamente, a exibem em grau notável; nestes casos, ela serve como critério diagnóstico decisivo. Nas gemas brutas é fácil observá-la, porém, nas lapidadas, existe muito pouca ou nenhuma evidência desta propriedade.
Apresentam clivagem perfeita, entre outras, as seguintes gemas:topázio (clivagem basal, em 1 direção) calcita (clivagem romboédrica, em 3 direções) diamante e fluorita (clivagem octaédrica, em 4 direções) espodumênio (**) (clivagem prismática, em 2 direções). FRATURA
Entende-se por fratura a maneira pela qual um mineral se rompe, quando isso não se produz ao longo de superfícies de debilidade estrutural.
Os seguintes termos usam-se comumente para designar os diferentes tipos de fratura: conchoidal (ou concóide), plana ou irregular. O primeiro tipo é, de longe, o mais frequente entre as gemas. Os vidros, sejam artificiais ou naturais, também apresentam fratura conchoidal, inclusive de forma mais evidente que a maioria das gemas.
Obsidiana (vidro natural), na qual se observa fratura conchoidal Fotografia: Kevin Walsh
PARTIÇÃO
A partição consiste no desenvolvimento, em determinados minerais com maclas (***) ou sujeitos às tensões, de planos de menor resistência estrutural, ao longo dos quais podem romper-se.
Distingue-se da clivagem pelo fato de que, enquanto esta ocorre em todos os exemplares de um dado mineral, a partição pode ocorrer apenas naqueles maclados (geminados) ou submetidos a tensões.Um exemplo clássico em gemologia é a partição de forma romboédrica do coríndon (rubi e safira), por conta da eventual existência neste mineral das denominadas maclas polissintéticas, importantíssimas para sua identificação.
* Termo genérico utilizado para referir-se aos minerais jadeíta ou nefrita.
** Mineral cujas variedades kunzita (rósea), hiddenita (verde) e trifana (amarela) são designações mais familiares aos que lidam com gemas, sobretudo a primeira, que o da própria espécie. *** Intercrescimento rotacional de dois ou mais cristais de uma mesma espécie mineral. | |
Minério de ferro na China tem mínima desde janeiro com preocupações sobre demanda
Minério de ferro na China tem mínima desde janeiro com preocupações sobre demanda
Os contratos futuros do minério de ferro da China caíram para mínima desde janeiro nesta sexta-feira, ampliando as perdas na semana e também pressionando o aço, com os investidores liquidando posições longas por preocupações com a desaceleração da demanda dos setores de construção e infraestrutura.
A venda generalizada desta semana fez o mercado de minério de ferro, um dos maiores em derivativos de commodities da China, fechar em queda semanal de 8,2 por cento, marcando seu pior desempenho semanal desde dezembro. ”O controle da dívida excessiva do governo local e do setor bancário paralelo na China têm sido prioridade na agenda do governo central, levando a preocupações de que uma liquidez mais apertada afetará a conclusão de alguns grandes projetos de infraestrutura”, afirmou a corretora de commodities Sucden em nota.
O minério de ferro na bolsa de Dalian caiu 7,5 por cento, para 461,5 iuanes por tonelada (66,89 dólares), a maior queda diária desde o final de novembro, tocando mínimas desde janeiro. O contrato mais ativo do vergalhão de aço em Xangai recuou 2,5 por cento, para 2.931 iuanes por tonelada, acumulando queda de 4,4 por cento na semana.
Fonte: Reuters
Trabalhadores da Mineração conquistam reajuste salarial acima da inflação
Trabalhadores da Mineração conquistam reajuste salarial acima da inflação
Trabalhadores do setor de Mineração em Cataguases e região estão comemorando a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho fechado pelo Sindicato da categoria, em abril último, com a Mineração Rio Pomba, do grupo Bauminas. O documento tem efeito retroativo a novembro de 2016 e, conforme salienta o presidente da entidade, José Isaac de Morais, “diante da realidade atual do país representa um avanço histórico para a categoria”, disse.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Mineração de Cataguases e Região concluiu as negociações com a direção da Mineração Rio Pomba em meados de abril que culminou em um reajuste salarial total de 10% sendo, 8,5% de reposição da inflação do período, que foi de 8,5%, e o restante (1,5%) é aumento real de salário.
Isaac revelou também que a empresa vai pagar a todos os funcionários um abono salarial a título de PLR (Participação nos Lucros e Rendimentos) no valor de R$930,00 e o valor do tícket alimentação passa a ser de R$480,00. O reajuste salarial e o tícket serão pagos com reajuste no quinto dia útil de maio, porém, retroativos ao mês de novembro de 2016.
“Foi uma negociação excelente. O melhor acordo em termos de percentual se comparado com a realidade atual do país. Conseguir aumento real e participação nos lucros nesta crise não é fácil e nós conseguimos. A categoria saiu vibrante da Assembleia”, disse Isaac, o presidente do Sindicato.
Fonte:G1
Vale muda gestão de minas e corta custos
Vale muda gestão de minas e corta custos
A Vale está implantando um novo sistema de gestão da produção nas minas de minério de ferro e de manganês que será importante na estratégia da empresa de continuar a reduzir custos e aumentar a produtividade. O desenvolvimento de uma plataforma única para fazer a gestão integrada da produção nas minas no Brasil está em linha com a decisão da mineradora de privilegiar margens ao invés de volumes no minério de ferro. A aposta é que o uso de inovação e de tecnologia pode contribuir no esforço da Vale de se tornar uma empresa ainda mais enxuta e competitiva.
O novo sistema de gestão da produção do minério de ferro e de manganês foi desenvolvi do em parceria com a Chemtech, empresa do grupo alemão Siemens. A ferramenta permitirá gerir de forma integrada 38 minas, plantas de beneficiamento e entrepostos logísticos. É esperada uma economia de US$ 70 milhões até 2020. O número será garantido por redução nos custos de TI, uma vez que haverá plataforma única de gestão, em substituição a diferentes sistemas antigos. São esperados também ganhos resultantes de maior produtividade de mão de obra e de equipamentos. E deverá haver menores impactos operacionais por indisponibilidade do sistema.
Jânio Souza, gerente de inovação em TI da Vale, disse que a empresa tinha vários sistemas diferentes de gestão da produção do minério de ferro, alguns com mais de 25 anos, que foram incorporados à medida que a Vale fez aquisições no começo dos anos 2000, incluindo empresas como MBR, Ferteco e Caemi. “Buscamos uma solução única para substituir os sistemas antigos dentro da necessidade [da Vale] de simplificar e reduzir custos”, disse Souza. O novo sistema unifica 17 sistemas de gestão da produção de minério de ferro que vinham sendo usados.
O novo sistema permitirá padronizar indicadores, facilitando a comparação entre diferentes operações de minas e haverá mais informação em “tempo real” sobre como os ativos estão sendo usados. “Conseguimos ver desvios [no processo produtivo] próximo do tempo real e tomar ações”, disse Souza.
Breno Bregunci, diretor de vendas da Chemtech, disse que com o novo sistema é possível dar maior transparência ao processo de informações para verificar, por exemplo, se houve algum desvio de qualidade no minério de ferro a ser entregue a um cliente antes de que o produto chegue ao destino. Bregunci disse que o sistema permite identificar eventuais problemas de especificação do produto de forma prévia de maneira a permitir a tomada de ações de “blendagem” (mistura) do material para elevar a qualidade antes do despacho do produto ao cliente.
“O sistema dá maior segurança para entrega do produto especificado pelo cliente e é possível ter uma noção do que acontece em tempo real. É um sistema amplo, atrelado à internet das coisas [conexão entre dispositivos eletrônicos]“, afirmou Bregunci. Segundo ele, o sistema também permite ter “visibilidade” sobre a parada programada de equipamentos para manutenção e seus efeitos na operação logística.
Souza, da Vale, disse que até o fim deste ano o sistema de gestão da produção estará implantado em todas as unidades de minério de ferro da Vale no Brasil. O sistema começou a ser instalado no ano passado em algumas unidades em Minas Gerais e depois houve implantação no Pará. “Com o sistema integrado nas minas, conseguimos padronizar vários conceitos. Podemos comparar o desempenho entre diferentes unidades, no Sudeste e no Norte”, disse Fabrícia Lenharo, responsável pelo projeto na área de ferrosos da Vale.
Fonte: Valor / Portos e Navios
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