quinta-feira, 11 de maio de 2017

Ouro fecha em alta, um dia após bater mínima em oito semanas

Ouro fecha em alta, um dia após bater mínima em oito semanas


O ouro fechou com ganhos nesta quarta-feira, 10, um dia depois de registrar mínima em oito semanas. O metal vinha sob pressão diante da crescente chance de uma elevação de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mais adiante nos Estados Unidos.
O ouro para entrega em junho fechou em alta de US$ 2,80 (0,23%), a US$ 1.218,90 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Uma elevação nos juros pressiona o ouro, já que ele concorre com ativos que pagam retorno. No caso de juros maiores, investidores podem preferir, por exemplo, o mercado de Treasuries, o que reduz o apetite pelo metal.
Segundo o analista John Meyer, da SP Angel Mining, relatos de que a Coreia do Norte pode levar adiante mais um teste nuclear deram certo impulso à busca por mais segurança, o que apoiou o ouro neste pregão. Além disso, estatísticas de demanda por ouro maiores que o esperado da Associação do Ouro da China acompanharam um relatório mais otimista em seu tom do World Gold Council, disse o Commerzbank em nota.
Fonte: Dow Jones Newswires

Vale recebe proposta final para criar ‘sociedade sem controle definido’

Vale recebe proposta final para criar ‘sociedade sem controle definido’


A Vale informou nesta quinta-feira (11) que sua controladora, a Valepar, apresentou a proposta final de mudança societária da companhia, com o objetivo de criar uma sociedade “sem controle definido”. A proposta ainda precisa ser aprovada pelos órgãos societários .
As mudanças na Vale foram acordadas pelos maiores acionistas da companhia: Litel Participações (que reúne os fundos de pensão Previ, Funcef e Petros), Litela Participações, Bradespar, Mitsui & Co. e BNDES Participações (BNDESpar).
A iniciativa pretende viabilizar a listagem da empresa no segmento especial do Novo Mercado da bolsa de valores, informou a Vale.

Entenda o acordo de reestruturação

Em fevereiro, os principais acionistas da Vale concordaram em renovar um acordo que os mantém como um bloco de controle por mais três anos e meio.
Hoje os fundos de pensão, a Bradespar, Mitsui e BNDESpar se reúnem em uma outra empresa, a Valepar, controladora da Vale com 53,8% das ações com direito a voto em assembleia de acionistas, mas que detém apenas 33,7% do capital total da Vale.
A companhia fará uma reestruturação que acabará com essa empresa e todos os acionistas terão poder decisório equivalente à sua participação societária na Vale. Em tese, investidores minoritários terão mais poder dentro da empresa.
Fonte: G1

Gol tem alta de 6,9% na demanda total de passageiros em abril, oferta sobe 2,6%

Gol tem alta de 6,9% na demanda total de passageiros em abril, oferta sobe 2,6%

quinta-feira, 11 de maio de 2017 11:16 BRT
 


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SÃO PAULO (Reuters) - A companhia aérea Gol anunciou nesta quinta-feira que a demanda total por assentos de seus voos em abril cresceu 6,9 por cento na comparação com mesmo mês de 2016. Já a oferta de assentos da Gol cresceu 2,6 por cento na mesma comparação. Com isso, a taxa de ocupação de seus voos cresceu 3,2 pontos percentuais, para 79 por cento. A demanda por voos da Gol no mercado doméstico aumentou 7,4 por cento em abril ano a ano, enquanto a oferta subiu 3,2 por cento, levando a taxa de ocupação a subir 3,1 pontos percentuais frente ao mesmo mês do ano anterior, para 79,2 por cento. Considerando apenas os números internacionais, a demanda aumentou 3,2 por cento no mês passado, enquanto a oferta teve baixa de 1,5 por cento, com a taxa de ocupação de 78 por cento, elevação de 3,6 pontos em relação a abril de 2016. (Por Aluísio Alves)

Lula nega a Moro aquisição de tríplex e chama processo de ilegítimo e denúncia de farsa

Lula nega a Moro aquisição de tríplex e chama processo de ilegítimo e denúncia de farsa

quarta-feira, 10 de maio de 2017 23:53 BRT
 


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Lula durante ato em Curitiba
10/5/2017 REUTERS/Paulo Whitaker
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Por Lisandra Paraguassu CURITIBA (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, que não há pergunta difícil quando se diz a verdade e afirmou que "nunca houve a intenção de adquirir" o tríplex no Guarujá (SP), um dos objetos do processo no qual é réu. "Não tem pergunta difícil, doutor. Quando se fala a verdade, não tem pergunta difícil", afirmou Lula no depoimento de cerca de cinco horas. No depoimento, Lula também disse considerar o processo ilegítimo e a denúncia formulada pelo Ministério Público, e aceita por Moro, de uma "farsa". “Como eu considero esse processo ilegítimo e a denúncia uma farsa, eu estou aqui em respeito à lei , em respeito à nossa Constituição, mas com muitas ressalvas ao comportamento dos procuradores da Lava Jato”, disse. Segundo a acusação, o tríplex teria sido dado a Lula pela empreiteira OAS em troca de contratos com a Petrobras. O imóvel teria sido reformado e eletrodomésticos teriam sido adquiridos para atender à família do ex-presidente. Os procuradores também afirmam que a OAS pagou despesas de armazenamento de bens pessoais do acervo presidencial da época que Lula governou o país. "Não havia no início e não havia no fim... nunca houve a intenção de adquirir o tríplex", disse o ex-presidente, questionado sobre a intenção de sua falecida mulher, Marisa Letícia, comprar o apartamento quando adquiriu a cota da cooperativa dos bancários Bancoop. "Eu tomei conhecimento desse apartamento em 2005 e fui voltar a discutir esse apartamento em 2013, só isso", continuou. "Somente em 2013 é que fui ver esse tal tríplex", disse. "Eu fui lá ver o apartamento, coloquei 500 defeitos no apartamento, voltei e nunca mais conversei com o Léo sobre o apartamento", acrescentou, referindo-se ao ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. Lula disse ter ficado sabendo que sua mulher chegou a visitar o imóvel uma segunda vez, em 2014. "Dona Marisa tinha uma coisa importante, ela não gostava de praia, nunca gostou. Certamente, ela queria o apartamento para investimento." No depoimento, o ex-presidente também disse que era sua mulher que era responsável por cuidar das questões envolvendo a cota da Bancoop que ela adquiriu e que não sabia quanto havia sido pago desta cota. "Quem cuidava do apartamento era a Dona Marisa. Então não sei quanto pagou, se terminou em 2007, 2008, 2009, 2010", disse. "Vou apenas repetir se quiser, até para economizar tempo, que a minha relação com o famoso apartamento da Bancoop é de quando a minha mulher comprou, que foi (declarado no) Imposto de Renda, à primeira visita do Léo para me falar que eu tinha que visitar o apartamento porque estava terminando o prédio." Sobre a armazenagem dos bens pela OAS, Lula disse que não acompanhava o assunto. "Eu nunca entrei nos porões do (Palácio da) Alvorada para saber se tinha uma, duas ou mil caixas. Nunca entrei no acervo da Presidência para saber se tinha caixas, é uma coisa privada mas que tem interesse público", disse. "Eu, se soubesse que ia dar isso, teria deixado no palácio para o próximo presidente cuidar", negando que soubesse que a armazenagem seria custeada pela OAS. VÍTIMA No início da audiência, Moro negou qualquer divergência pessoal com o ex-presidente. "Eu queria deixar claro que, em que pese algumas alegações neste sentido, da minha parte não tem qualquer desavença pessoal em relação ao senhor ex-presidente. O que vai determinar o resultado desse processo no final são as provas que vão ser colecionadas e a lei", disse. O juiz negou também que houvesse a intenção de mandar prender o ex-presidente durante o ato processual. "Houve alguns boatos que haveria a possibilidade de ser decretada a sua prisão durante este ato e isso são boatos que não têm qualquer fundamento", disse Moro. Já no final do depoimento, procurou dar um tom mais político a suas declarações, dizendo que está sendo julgado pelo que fez no governo. "Eu gostaria de dizer que eu estou sendo vítima da maior caçada jurídica que um presidente e um político brasileiro já teve", disse Lula em suas considerações finais. "Estou sendo julgado pelo que fiz no governo." A defesa do ex-presidente afirmou a jornalistas, após o término do depoimento, que ficou claro que Lula é inocente e que não foram apresentadas provas sobre a propriedade do apartamento. "O que se conseguiu garimpar de prova incriminadora foi nada. Depois que ficou claro que o presidente é inocente, tentou se questionar sobre a política de governo que o presidente fez no país", disse o advogado Cristiano Zanin Martins. "Isso é um gesto político. As perguntas feitas não são de um processo jurídico e judicial, mas julgam avaliar suas políticas de governo", disse o advogado. (Com reportagem de Eduardo Simões em São Paulo)

Varejo do Brasil despenca 1,9% em março, pior resultado em 14 anos

Varejo do Brasil despenca 1,9% em março, pior resultado em 14 anos

quinta-feira, 11 de maio de 2017 11:45 BRT
 


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Mulheres observam preços em um mercado no Rio de Janeiro.  REUTERS/Pilar Olivares
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Por Rodrigo Viga Gaier e Thais Freitas RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - O varejo do Brasil registrou em março a maior queda em 14 anos, muito pior que o esperado e pressionado pela perda acentuada nas vendas do setor de supermercados em meio ao cenário de desemprego alto, mais um sinal de que a atividade econômica tem sofrido para mostrar recuperação mais consistente. As vendas no varejo do país recuaram 1,9 por cento em março sobre fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, pior resultado mensal desde março de 2003 (-2,5 por cento). Na comparação com mesmo período do ano passado, a queda foi de 4,0 por cento, completando dois anos de perdas contínuas nesta comparação. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de queda de 0,6 por cento na comparação mensal e de recuo de 1,8 por cento sobre um ano antes. Com isso, o comércio varejista acumulou queda de 3,0 por cento no primeiro trimestre de 2017, quando comparado com o mesmo período de 2016, e de 5,3 por cento nos últimos 12 meses. Quando comparado com o quarto trimestre de 2016, as vendas subiram 3,3 por cento entre janeiro e março, muito por conta da nova base de comparação adotada pelo IBGE e que melhorou os resultados. "A conjuntura econômica justifica esse momento do comércio", resumiu o economista e diretor do IBGE, Roberto Olinto, acrescentando que a alta de 6 por cento verificada em janeiro foi um "suspiro das vendas". O IBGE apontou que o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que tem peso importante no consumo das famílias, acelerou a queda a 6,2 por cento em março, ante 1,7 por cento em fevereiro. Foi a maior perda para essa atividade na série histórica do IBGE, iniciada em 2000. O varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, recuou 2 por cento, refletindo o comportamento das vendas de Veículos, motos, partes e peças, que apresentou queda de 0,1 por cento no volume de vendas ante fevereiro. Mesmo com a inflação em trajetória de queda e a redução na taxa de juros promovida pelo Banco Central, o consumo ainda vem sofrendo muito com o desemprego alto, com mais de 14 milhões de pessoas sem trabalho no final do primeiro trimestre.[nL1N1I00K3] O mau resultado de março no varejo ajudou o mercado futuro de juros a aumentar as apostas de que o BC vai acelerar o passo e cortar ainda mais a taxa básica de juros agora em maio, já que a atividade fraca ajuda a tirar ainda mais pressão sobre a inflação. O Brasil viveu forte recessão nos últimos dois anos. No mês passado, o IBGE divulgou que atualizou as ponderações dos setores e passou a usar 2014 como base para a pesquisa, contra 2011 anteriormente. Veja as variações mensais dos segmentos no varejo (%): Atividade Fevereiro Março .Comércio Varejista -1,6 -1,9 1.Combustíveis e lubrificantes +0,6 +1,1 2.Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e bebidas -1,7 -6,2 3.Tecidos, vestuário e calçados +1,4 -1,0 4.Móveis e eletrodomésticos +2,0 +6,1 5.Artigos farmacêuticos e perfumaria +1,1 -0,5 6.Livros, jornais e papelaria +1,4 +5,6 7.Equipamentos, material escritório e comunicação -2,9 -0,5 8.Outros artigos de uso doméstico -1,7 +0,9 .Comércio Varejista Ampliado +0,6 -2,0 9.Veículos, motos, peças e partes -0,7 -0,1 10.Material de construção -1,5 +2,7 (Edição de Patrícia Duarte)