sexta-feira, 12 de maio de 2017

Dono da maior safira do mundo sonha com venda milionária para ajudar pobres

Dono da maior safira do mundo sonha com venda milionária para ajudar pobres

"Nunca esqueci dos pobres, por isso gostaria de melhorar suas vidas", diz homem que encontrou a pedra preciosa e espera vendê-la por US$ 300 milhões



A maior safira do mundo foi encontrada em Sri Lanka  e pode ser vendida por US$ 300 milhões (Foto: Reprodução/CNN)
A fama planetária adquirida pela "maior safira do mundo" estimulou seu dono, natural do Sri Lanka, a tentar vendê-la por "US$ 300 milhões", um sonho com o qual espera ajudar a combater a pobreza em seu país.
"Esta é uma oportunidade que só se tem uma vez na vida. Todos me disseram que nunca uma pedra tinha trazido tanta fama a este país. Estou muito agradecido e feliz", disse à Agência Efe o dono da pedra preciosa, que por "segurança" prefere manter o anonimato.
"Me preocupa a segurança, não quero ser conhecido como o dono da maior safira do mundo", reconheceu este homem de negócios.
O proprietário acredita que este é o "momento ideal para vender" a safira, devido tanto à fama como ao fato de que para um comprador trata-se de um valor seguro dentro da instável conjuntura internacional.
Além disso, ele garantiu que poderá fazer mais por seu país com o dinheiro que ganhar com a pedra.
"Nunca esqueci dos pobres, por isso gostaria de melhorar suas vidas. Mas quero que seja a longo prazo", declarou o dono da safira, que acrescentou que também gostaria de colaborar com o desenvolvimento da indústria do Sri Lanka.
O proprietário pensou a princípio em exibir a pedra durante um tempo para que os cingaleses pudessem admirá-la, mas a possibilidade de roubo o levou a descartar essa opção.
Para a venda da safira, o dono está criando um site onde receberrá ofertas, que espera que alcancem "US$ 300 milhões", um valor que segundo ele se baseia na fama mundial da pedra e em estimativas dentro deste mercado
Esta pedra conta com uma certidão de 1.404,49 quilates emitida pelo Instituto Gemológico de Colombo. O gemólogo Ashan Amarasinghe, que trabalha para este órgão, confirmou à Agência Efe que esta é a "maior safira azul estrela documentada do mundo".
"Não podemos especular seu valor real, porque é uma peça única e por não existir outra que possa ser comparada. Além disso, o preço de uma pedra é determinado por muitos fatores como o seguro, que pode fazer com que ele duplique ou triplique", explicou o gemólogo.
O diretor da Autoridade Nacional de Gemas e Joias do Sri Lanka, K.L.D. Dayasagarage, foi mais um a afirmar que se trata da maior safira conhecida, superando a até agora considerada de maior tamanho, de 1.395 quilates, e que também está no país insular.
A história da agora conhecida como maior safira do mundo começou há poucos meses na cidade de Ratnapura, um lugar sinônimo de pedras preciosas, onde seu dono atual a comprou de um marchand por um preço que não quis revelar.
"Estava no processo de abrir uma joalheria, por isso buscava gemas para abastecê-la. Foi então que encontrei esta peça. Com minha experiência, sabia que podia alcançar um grande valor internacional com a publicidade adequada, por isso paguei um alto preço para adquiri-la", relatou.
O proprietário batizou a safira como "A estrela de Adão".
Segundo uma crença muçulmana, Adão foi enviado ao Sri Lanka após ser expulso do Paraíso por morder a maçã proibida. Lá, o primeiro homem chorou arrependido, implorando a Deus por seu perdão. Essas lágrimas se transformaram nas gemas que estão no país.
O Sri Lanka é conhecido por suas abundantes pedras preciosas, especialmente safiras azuis, embora também conte com variações rosa, amarela, violeta, branca, verde e laranja. Somadas, suas exportações dessas pedras em 2014 foram de US$ 381,2 milhões

quinta-feira, 11 de maio de 2017

A ORIGEM DAS CORES NATURAIS EM DIAMANTES  

A ORIGEM DAS CORES NATURAIS
EM DIAMANTES
                Violeta, Alaranjado, Branco,
Cinza e Preto




Finalizando o tema abordado nos dois artigos anteriores, neste trataremos da origem das cores naturais verde, violeta, alaranjada, branca, cinza e preta em diamantes.
Verde
Os diamantes de cor verde lapidados são muito raros e, geralmente, apresentam tons suaves com um componente modificador marrom, amarelo ou azul. Por outro lado, os espécimes brutos com um finíssimo recobrimento superficial verde, usualmente de óxido de cromo, são mais freqüentes, inclusive no Brasil, onde são encontrados principalmente na região de Diamantina, em Minas Gerais.
A cor verde interna em diamantes deve-se a diversas causas, sendo a mais importante delas a irradiação natural. Acredita-se que esta provenha de minerais radioativos presentes no kimberlito (rocha-matriz do diamante) próximo à superfície ou mesmo de águas radioativas que percolem o corpo kimberlítico.
O mais famoso diamante verde conhecido é o Dresden, que se encontra atualmente em um museu na Alemanha, na cidade do mesmo nome. A gema apresenta forma de gota, pesa 41 ct e seu local de origem é objeto de intensa polêmica, sendo a Índia ou o Brasil a mais provável fonte.
Há diamantes verdes tratados pelo menos desde a década de 40 e a maior parte dos vistos atualmente no mercado foram submetidos ao processo de altas pressões e temperaturas (HPHT), realizado em vários países, sobretudo nos EUA, Rússia e Suécia. Estas pedras têm coloração verde amarelada e são obtidos a partir de exemplares originalmente marrons, do tipo Ia. Embora determinadas propriedades gemológicas, tais como a elevada saturação da cor, a presença de graining e fraturas de tensão e a fluorescência verde amarelada gredosa sob UVC e UVL sugiram uma indução da cor pela mencionada técnica, a identificação irrefutável requer ensaios mais sofisticados, tais como espectroscopia de infravermelho e espectroscopia visível de baixa temperatura.
Violeta
Os diamantes violetas procedem quase exclusivamente da jazida de Argyle, na Austrália, e adicionalmente apresentam uma nuança acinzentada. Embora quase nada se saiba a respeito dos mecanismos que originem tal cor em escala atômica, há evidências de que esteja associada à presença do elemento hidrogênio.
Alaranjada
A cor alaranjada pura, sem qualquer componente modificador é, provavelmente, a mais rara dentre todas as cores em diamantes, até mais que a vermelha ou a verde. A origem desta cor segue sendo um mistério, embora se saiba que um centro desconhecido provoca o aparecimento de uma banda de absorção na região azul do espectro visível, centrada em 480 nanômetros (unidade de medida dos comprimentos das ondas luminosas, de abreviatura nm), o que dá lugar à cor complementar desta, a alaranjada.
Branca
Embora nas práticas comerciais seja comum referir-se equivocadamente a diamantes brancos quando se pretende descrever pedras aproximadamente incolores, esta cor de fato existe neste mineral. Acredita-se que os comprimentos de onda que compõem a luz branca são enviados por diminutas inclusões em todas as direções e em cada uma delas sejam recombinados para dar lugar à luz branca, conferindo ao diamante um aspecto leitoso ou opalescente.
Cinza
A cor cinza em diamantes é mais uma das quais a origem não está ainda esclarecida, embora hajam evidências de que esteja associada a defeitos relacionados à presença de hidrogênio. Em diamantes ricos neste elemento, a absorção da luz ocorre com igual intensidade em todos os comprimentos de onda do espectro visível, o que resulta em uma coloração acinzentada.
Preta
Os diamantes pretos, entre os quais o mais famoso representante é o russo Orlof, tornaram-se mais populares a partir dos anos 90 e devem sua cor à presença de uma grande quantidade de diminutas inclusões escuras, em forma de plaquetas, que se acredita serem majoritariamente do mineral grafita. Em alguns casos, estas inclusões são tão numerosas que dificultam o polimento do exemplar, o que influi, evidentemente, no aspecto final da gema.
A cor preta - ou melhor, uma cor verde-azul que, por muitíssimo saturada, nos transmite a sensação de preta - também pode ser obtida artificialmente por tratamento, mediante intensa irradiação com nêutrons em diamantes facetados, sobretudo aqueles com graus de pureza muito baixos.

TURQUESA  

TURQUESA               



Esta gema deve sua beleza a sua extraordinária cor azul celeste e é utilizada desde a mais remota Antiguidade. Há relatos de sua aplicação como pedra ornamental desde aproximadamente 3.000 a.C. e, possivelmente, antes da Primeira Dinastia do Antigo Egito. Era também muito apreciada pelas antigas civilizações astecas do México e da América Central.

O termo turquesa, empregado desde a Antiguidade, tem origem incerta. Uma versão sustenta que deriva do francês arcaico “tourques”, que significa “pedra da Turquia”, não por proceder deste país, mas pelo fato de que as pedras provenientes da Península do Sinai chegavam a Europa através dele.
Outra versão dá conta de que o termo referia-se a algo estranho ou distante, como tudo que se referia ao Oriente. O certo é que os turcos estavam familiarizados com esta gema, especialmete com exemplares oriundos da antiga Pérsia, o atual Irã.
Em termos de composição química, a turquesa consiste de um fosfato hidratado de alumínio e cobre, cuja exeuberante cor deve-se a este último elemento. Geralmente, parte do alumínio é substituída por ferro. À medida que isto ocorre, o material tende a uma tonalidade verde azulada, que geralmente possui menor aceitação comercial.
A turquesa é uma das gemas que planteia maior dificuldade de identificação, por conta da existência de minerais de aspecto semelhante, além de possuir um equivalente sintético e inúmeros tratamentos e imitações.

Em geral, admite-se que a turquesa é criptocristalina e sua massa está constituída por um sem número de diminutos cristais misturadas com material amorfo e poroso. A textura superficial irregular da turquesa autêntica é muito característica: o material amorfo de cor azul pálida aparece salpicado de partículas de cor branca e frequentemente se observam veios de limonita (um óxido de ferro) escuros.

A turquesa é opaca a semi-translúcida, possui brilho céreo (presente em qualquer fratura ou superfície quebrada), dureza 5 a 6,  densidade 2,76 (- 0,45 a + 0,08), índices de refração 1,610 - 1,650 (- 0,006), sendo a leitura do índice médio, pelo método de visão distante, em torno de 1,61 a 1,62.
O espectro de absorção da turquesa na região da luz visível apresenta bandas no azul e no violeta, que são dificilmente observáveis, mesmo através das bordas dos exemplares traslûcidos com iluminação intensa.
A turquesa ocorre principalmente em rochas sedimentares, na forma massiva compacta ou reniforme, no Irã (minas de Nishapur, na Província de Khorassan), México, China, Perú e EUA (sudoeste do país, nos Estados do Arizona, Colorado, Nevada, Novo México e Califórnia).
No Brasil, até onde sabemos, houveram ocorrências sem produção significativa no Estado da Bahia, na região de Casa Nova, hoje encoberta pelas águas da barragem de Sobradinho; e em Minas Gerais, na localidade de Conselheiro Mata.
Sua alta porosidade permite a impregnação com ceras, resinas, plásticos ou outras substâncias, com o objetivo de estabilizar a cor e manter o polimento.
A turquesa foi obtida por síntese pela primeira vez pelo fabricante Pierre Gilson em 1972. O material tem uma textura superficial diferente do natural e cujo aspecto, curiosamente, se assemelha ao do creme de trigo. Pode ser separado do natural também por meio de susceptibilidade magnética ou da técnica avançada de espectroscopia de infra-vermelho.
Vários tipos de turquesa reconstituída são produzidos a partir de turquesa natural de baixa qualidade (muito clara e pouco dura) e dela se diferenciam pelas ausências da típica textura superficial e do espectro de absorção, bem como pela menor densidade e maior porosidade.
A turquesa é mais comumente lapidada em cabochões de diversas formas, além de contas, sendo também utilizada em esculturas e outros objetos de adorno.

Escala de Mohs

Escala de Mohs

Escala de mohs.png
Escala de Mohs quantifica a dureza dos minerais, isto é, a resistência que um determinado mineral oferece ao risco, ou seja, à retirada de partículas da sua superfície.
O diamante risca o vidro, portanto, é mais duro que o vidro. Esta escala foi criada em 1812 pelo mineralogista alemão Friedrich Vilar Mohs com dez minerais de diferentes durezas existentes na crosta terrestre.
Atribuiu valores de 1 a 10. O valor de dureza 1 foi dado ao material menos duro da escala, que é o talco, e o valor 10 dado ao diamante que é a substância mais dura conhecida na natureza.
Esta escala não corresponde à dureza absoluta de um material. Por exemplo, o diamante tem dureza absoluta 1.500 vezes superior à do talco. Entre 1 e 9, a dureza aumenta de modo mais ou menos uniforme, mas de 9 para 10 há uma diferenças muito acentuada, pois o diamante é muito mais duro que o coríndon (ou seja, que o rubi e a safira)
DurezaMineralFórmula químicaDureza absolutaImagem
1Talco (pode ser arranhado facilmente com a unha)Mg3Si4O10(OH)21Talc block.jpg
2Gipsita (ou gesso) (pode ser arranhado com unha com um pouco mais de dificuldade)CaSO4·2H2O3Gypse Arignac.jpg
3Calcita (pode ser arranhado com uma moeda de cobre)CaCO39Calcite-sample2.jpg
4Fluorita (pode ser arranhada com uma faca de cozinha)CaF221Fluorite with Iron Pyrite.jpg
5Apatita (pode ser arranhada dificilmente com uma faca de cozinha)Ca5(PO4)3(OH-,Cl-,F-)48Apatite crystals.jpg
6Feldspato / ortoclásio (pode ser arranhado com uma liga de aço)KAlSi3O872OrthoclaseBresil.jpg
7Quartzo (capaz de arranhar o vidro. Ex.: ametista)SiO2100Quartz Brésil.jpg
8Topázio (capaz de arranhar o quartzo)Al2SiO4(OH-,F-)2200Topaz cut.jpg
9Corindon (capaz de arranhar o topázio. Exs.: safira e rubi)Al2O3400Cut Ruby.jpg
10Diamante (mineral mais duro que existe, pode arranhar qualquer outro e é arranhado apenas por outro diamante)

Ouro fecha em alta, um dia após bater mínima em oito semanas

Ouro fecha em alta, um dia após bater mínima em oito semanas


O ouro fechou com ganhos nesta quarta-feira, 10, um dia depois de registrar mínima em oito semanas. O metal vinha sob pressão diante da crescente chance de uma elevação de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mais adiante nos Estados Unidos.
O ouro para entrega em junho fechou em alta de US$ 2,80 (0,23%), a US$ 1.218,90 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Uma elevação nos juros pressiona o ouro, já que ele concorre com ativos que pagam retorno. No caso de juros maiores, investidores podem preferir, por exemplo, o mercado de Treasuries, o que reduz o apetite pelo metal.
Segundo o analista John Meyer, da SP Angel Mining, relatos de que a Coreia do Norte pode levar adiante mais um teste nuclear deram certo impulso à busca por mais segurança, o que apoiou o ouro neste pregão. Além disso, estatísticas de demanda por ouro maiores que o esperado da Associação do Ouro da China acompanharam um relatório mais otimista em seu tom do World Gold Council, disse o Commerzbank em nota.
Fonte: Dow Jones Newswires