segunda-feira, 15 de maio de 2017

Duas novas minas prometem modernizar a extração de materiais valiosos no Pará

Duas novas minas prometem modernizar a extração de materiais valiosos no Pará


Reportagem de VEJA desta semana mostrou como, na região norte do Brasil, no estado do Pará, no meio da Floresta Amazônica, dois projetos de mineração chamam atenção nacional e internacional. O S11D, da Vale, maior mineradora do país e a oitava maior do mundo, entrou em operação no fim do ano passado e deve atingir a capacidade máxima de produção de ferro em 2020. O que a consagrará como a principal de seu segmento em todo o mundo. Já o projeto Volta Grande, da empresa canadense Belo Sun, ainda não tem uma máquina sequer ligada para por em pé a estrutura que extrairá ouro da região. Isso pela companhia enfrentar ações na Justiça que suspenderam suas atividades, impedindo o início das obras. As duas minas prometem dar nova — e melhor — cara à mineração, que até hoje era conhecida pelas condições horríveis que tinham de ser enfrentadas pelos trabalhadores, no garimpo, e pela destruição ambiental. Contudo, também podem, ao repetir erros do passado, causar impactos sociais e ambientais irreversíveis e injustificáveis.
Fonte: Veja

domingo, 14 de maio de 2017

Empresa britânica luta para dar nova vida ao mercado de esmeraldas e rubis

Empresa britânica luta para dar nova vida ao mercado de esmeraldas e rubis


Uma empresa de mineração pouco conhecida está modernizando o caótico comércio de pedras preciosas na esperança de gerar demanda para suas esmeraldas e rubis. Na maior mina de esmeraldas do mundo, perto da fronteira da Zâmbia com a República Democrática do Congo, a Gemfields PLC está extraindo milhões de quilates a cada mês.
Em novembro, dezenas de trabalhadores da mina Kagem coletavam fragmentos de rocha e os enviavam para a “sala de lavagem”, onde cerca de 50 pessoas debruçadas sobre esteiras transportadoras usavam ganchos de metal para tentar encontrar vestígios de esmeralda. Observados de perto por gemólogos e seguranças, os funcionários separavam as rochas com esmeraldas em cestos.
No ano encerrado  a receita da Gemsfields somou US$ 171 milhões. Além da Zâmbia, a empresa, que conta com 2 mil funcionários, também opera em Moçambique e detém licenças para exploração em Madagascar e no Sri Lanka.
A operação na Zâmbia tem ajudado a empresa — que negocia suas ações no AIM, o mercado de pequenas empresas da bolsa de Londres — a dominar um setor que vem crescendo rápido e se tornando cada vez mais lucrativo.
A Gemfields é dona de 75% da mina Kagem e o governo da Zâmbia detém os outros 25%.
Desde 2008, a empresa triplicou a produção na Kagem ao contratar geólogos para identificar as melhores áreas de mineração e usar caminhões e equipamentos pesados, além de mais trabalhadores, para processar e transportar as pedras de forma mais eficiente.
Além disso, a Gemfields — ao adotar técnicas de marketing mais astutas que evocam a estratégia da gigante dos diamantes De Beers para dar impulso à demanda por brilhantes nas décadas de 40 e 50 — ajudou a aumentar os preços globais da esmeralda em quase 14 vezes desde 2009, segundo dados de vendas fornecidos pela empresa.
Estatísticas da Organização das Nações Unidas mostram que o comércio global de esmeraldas, rubis e safiras dobrou desde 2011, para cerca de US$ 5 bilhões por ano, e continua crescendo. E a Gemfields não enfrenta concorrentes do seu porte.
A família Gupta, dona da Gemfields, atua no mercado de pedras preciosas há décadas, mas a empresa era pequena e não tinha condições de levantar capital suficiente para crescer. Até que nos anos 2000, o fundador Rajiv Gupta entrou em contato com Brian Gilbertson, ex-diretor-presidente da gigante anglo-australiana BHP Billiton

Ltd., que tinha criado uma firma de private equity para investir no setor de mineração. Com o apoio de Gilbertson, a Gemfields comprou a fatia na mina Kagem em 2008.
A Gemfields está bem posicionada para tirar proveito de sua posição como única produtora formal e de larga escala de rubis e esmeraldas no mercado mundial, dizem analistas.
“Nó ultimo ano, o crescimento de pedras preciosas coloridas foi muito maior que o de diamantes”, diz Daniel Struyf, diretor internacional de joias da casa de leilões britânica Bonhams.
O mercado de pedras preciosas coloridas soma US$ 8,6 bilhões ao ano e, com produtores questionáveis em países como Mianmar e Colômbia, ainda funciona nas sombras do mercado de diamantes mais formal, que é dez vezes maior.
“A Gemfields facilitou a vida de todos os grandes compradores de pedras preciosas”, diz Eckehard Julius Petsch, proprietário da Julius Petsch Jr., uma trading alemã especializada no setor fundada há 115 anos. Petsch foi o avaliador oficial de esmeraldas da Zâmbia entre 1988 e 1990.
A oferta estável tem ajudado a estimular a demanda, elevando os preços das esmeraldas brutas de alta qualidade da Kagem de US$ 4,40 o quilate em 2009 para US$ 60 no ano passado. A empresa produziu 30,1 milhões de quilates em esmeraldas e berilo — uma versão semipreciosa da esmeralda — no ano encerrado em 30 de junho, 49% a mais que no ano anterior. Isso dá à esmeralda um brilho raro num mercado de commodities hoje sombrio. O preço do ouro caiu cerca de 16% em 2015. O do cobre, principal produto exportado pela Zâmbia, caiu cerca de 25%. Até o mercado de diamantes enfraqueceu. A De Beers informou que as vendas de diamantes no terceiro trimestre caíram 59% ante o mesmo trimestre do ano anterior.
Há poucas garantias de que o mercado de pedras preciosas coloridas continuará aquecido, já que a demanda dos países emergentes por bens de luxo está caindo diante da desaceleração na China e das turbulências macroeconômicas globais.
O líder executivo da Gemfields, Ian Harebottle, diz que a empresa poderia ser ainda mais rentável, mas uma expansão oferece riscos, já que a base da demanda é pequena. “Já esprememos bastante a nossa margem”, diz ele.
Mas executivos da Gemfields acreditam que há espaço para crescer, já que as pedras preciosas coloridas respondem por apenas 8% do mercado americano de joias no valor em dólar em comparação com 45% dos diamantes, de acordo com Russell Shor, analista sênior do setor do Instituto Gemológico da América.
A empresa espera obter sucesso replicando as estratégias usadas pela De Beers para converter sua gigantesca mina em Kimberley, na África do Sul, em um mercado global para diamantes, com a realização de leilões diretamente a compradores e o criação de um sistema de classificação para suas pedras. Para ampliar seu domínio no mercado de pedras preciosas coloridas para além das esmeraldas, em 2011, a Gemfields comprou 75% da mina de rubi Montepuez, em Moçambique, por US$ 2,5 milhões.
Fonte: WSJ

Governo quer restaurar confiança de investidores

Governo quer restaurar confiança de investidores


O secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Vicente Lôbo Cruz, disse, durante a cerimônia de abertura da 3ª edição do Congresso Internacional de Direito Minerário (DIRMIN), que o MME trabalha arduamente para restaurar a confiança dos investidores e restabelecer a segurança jurídica e institucional do setor mineral. A abertura do DIRMIN teve a presença de mais de 200 executivos de empresas e profissionais do Direito.
Lôbo explicou que o plano do governo é reduzir o prazo de início da operação dos projetos minerais – geralmente de dez anos – e promover alterações em leis e normas que efetivamente atraiam mais investimento, inclusive externo, para a expansão do segmento mineral no Brasil. Segundo o secretário, o debate sobre o novo Código Mineral e eventuais propostas de mudança, como os procedimentos de outorga e direito minerário, trouxe insegurança jurídica à mineração brasileira. “Estamos trabalhando arduamente para reverter este quadro”, afirmou à plateia. Lôbo acrescentou que o governo irá aumentar a oferta de áreas, via licitação pública, para mineração no Brasil.
O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Walter Batista Alvarenga, participou também da abertura do DIRMIN e comentou que: “é preciso preservar contratos vigentes, assegurar direitos adquiridos e tratar da carga tributária do setor mineral com muita responsabilidade”. Segundo Alvarenga, a indústria mineral não suporta mais elevação de tributos e encargos, sob pena de declínio da atividade no Brasil. O presidente do Conselho Diretor do Instituto, Clovis Torres Junior, afirmou também que empresas associadas do Ibram têm interesse em ampliar seu espaço no setor minerário brasileiro.
O 3º DIRMIN é realizado pelo Ibram em parceria com a Escola da Advocacia Geral da União (EAGU) e o DNPM. Também participaram da mesa de abertura, Victor Hugo Bicca, Diretor-Geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), e o vice-diretor da EAGU, Paulo Fernandes Soares Pereira.
Fonte: Brasil Mineral

sábado, 13 de maio de 2017

DIAMANTE OU BRILHANTE?

DIAMANTE OU BRILHANTE?

Quando você pensa em um DIAMANTE logo vem em sua mente algo branco que reluz brilho, soa como pureza e mexe com os sentidos como a paixão?
Ok, mas antes da sua joia feita com eles, existem uma grande historia e explicações que espero ajudar a esclarecer dúvidas!
Carbono puro a mesma do carvão e do grafite- aquele de lapis! Isso mesmo, essa é a composição dessa pedra tão fascinante e desejada.
Cristalizado sob altas pressões e temperaturas, nas mais profundas entranhas da terra há bilhões de anos.
Para se ter uma ideia, a mais jovem rocha vulcânica da qual se extrai diamantes possui a idade de 70 milhões de anos.A origem do nome, "Adamas", é grega. Significa invencível, indomável.
 DIAMANTE X BRILHANTE – SÃO IGUAIS ?
Sim e Não. Calma, vamos explicar. Se considerarmos o princípio que "brilhante" é o nome de uma das formas (redonda) que um Diamante lapidado possa ter, então realmente um DIAMANTE é a mesmíssima coisa que um BRILHANTE. Porém, a palavra "Brilhante" é usada além desta explicação acima. Ou seja, diversas Gemas - naturais e sintéticas -são também denominadas "Brilhantes" pelo simples fato de reluzirem com os princípios físicos da Luz que "atravessa" o prisma e explode em brilho e cores. Então a melhor solução - ou definição - é que "Um Diamante pode ser um Brilhante, mas nem todo Brilhante é um Diamante".
Mas não vamos complicar!
RESUMINDO : As pessoas costumam errar ao dizer que querem comprar uma peça com brilhantes. A gema é diamante, brilhante é apenas o nome da lapidação. O diamante pode ser lapidado em diversas outras formas e lapidações e então não será mais "brilhante".O mais belo corte (lapidação) para o diamante é o chamado brilhante, criado pelo joalheiro veneziano Peruzz, no final do século XVII. Essa lapidação tem a forma redonda e compõ-se de 58 facetas. Cada faceta é simétrica e disposta num ângulo que não pode variar mais de meio grau.

Os diamantes podem ser lapidados em outras formas como gota, navete, baguete, coração, etc. – O formato coração costuma ser o mais caro pois, perde-se muito da pedra na lapidação pela quantidade de ângulos!

Não se deixa enganar ao comprar um diamante lapidado

Não se deixa enganar ao comprar um diamante lapidado



O diamante é a mais importante pedra preciosa conhecida. Sua excepcional dureza (10 na escala de mohs) e brilho o tornam inconfundível. Por causa desta pedra o mundo viu guerras e revoluções.
A De Beers, a maior produtora de diamantes do planeta, de uma forma muito didática, vem ensinando à todos onde e como comprar as pedras que ela produz e comercializa.
A empresa controla totalmente o ciclo do diamante. Ela prospecta, descobre, lavra, corta e comercializa os seus diamantes. Mais ainda, ela compra praticamente todos os diamantes do mundo por intermédio da CSO. A CSO (Central Selling Organization) é a misteriosa organização  criada em 1930 pela De Beers para regular e controlar o mercado de diamantes do mundo.
A CSO é quem regula os preços  e as quantidades de diamantes no mercado.
O diamante
Qualquer "entendido" irá lhe dizer que avaliar um diamante lapidado é trabalho para um gemólogo experiente. Isso está correto, mas nem sempre se tem o tempo e o dinheiro para contratar um gemólogo não é? Portanto as dicas abaixo irão simplificar o trabalho permitindo que você possa ter uma boa ideia das qualidades e defeitos de uma pedra o que lhe auxiliará na compra.
É bom frisar que se a compra é de um diamante caro a assessoria de um especialista poderá ser imprescindível.
Para você ter uma ideia de como avaliar um diamante lapidado é necessário prestar atenção nos pontos abaixo. Este conjunto de informações irá compor uma visão mais completa da pedra em questão.
Peso (quilates):
Quanto maior o diamante mais raro ele é e, consequentemente mais valioso. Um quilate é uma medida de peso que corresponde a 0,2g em outras palavras 1 grama tem 5 quilates (abreviado ct em inglês) . O quilate por sua vez é dividido em 100 pontos. Ou seja, cada ponto corresponde a 0,002 grama. O uso de pontos pode levá-lo a super-estimar uma pedra. Por exemplo: ao lhe oferecer uma joia que tem 0,35 pontos na realidade você estará recebendo um "cheiro de diamante"...e por isso o preço está tão baixo.
Esta é a primeira característica da pedra que será falada pela noiva..., amigos e pelo investidor. No entanto existem outros pontos que irão ter uma influência maior no preço final da pedra. Portanto veja o peso com reservas. Um diamante não é só o seu peso. Mas é sempre interessante comprar um diamante que seja compatível em tamanho e qualidade com aqueles do círculo social da pessoa que vai usá-lo.
Cor:
As cores dos diamantes variam muito. Um diamante incolor por definição não deve ter nenhuma cor. Parece fácil, mas quando você coloca um incolor de verdade perto de uma pedra quase incolor você vai notar a diferença. Esta comparação, lado a lado, se possível, é a melhor forma de você analisar se o diamante em questão tem ou não alguma cor. Outro fator importante é a influência da luz sobre a cor. Algumas luzes artificiais fazem o diamante parecer mais azul e isso pode ser utilizado por vendedores para lhe "empurrar" um blue-white. Cuidado! Observe o diamante em mais de um tipo de iluminação e peça para comparar com pedras certificadas. Use uma lupa ou microscópio se possível, no caso de pedras pequenas.
Claridade-brilho:
O brilho de um diamante é um dos seus mais importantes atributos. Toda a beleza da pedra passa pelo seu brilho. Não se preocupe tanto com as pequenas inclusões. A grande maioria das pedras do mundo tem inclusões. São muito raras as pedras totalmente limpas. O importante é que a inclusão não seja demasiadamente grande a ponto de interferir na beleza da pedra durante a inspeção ao olho nu. As diferenças entre as classificações como VVS, VS e SI são muito sutis e só lhe devem preocupar se o diamante que você está comprando é um investimento e, então,  estas classificações passam a ser importantes para balizar o investimento. Neste caso não compre sem estar assessorado por especialista de confiança.
Corte:
O corte de um diamante pode valorizá-lo ou depreciá-lo. É aconselhável que o corte seja feito por um lapidário experiente. De uma forma geral as pedras pequenas e de mais baixo valor estão sendo cortadas na Índia enquanto que as maiores e mais  valiosas vão para Israel, Amsterdã e Antuérpia. Se a pedra que você está comprando é muito valiosa poderá ser importante fazer uma avaliação do seu corte. Existem equipamentos que mapeiam o corte permitindo um relatório preciso. Alguns joalheiros usam o corte para adicionar valor à pedra. O importante, se você não é um expert, é perceber a beleza da pedra. Afinal essa deve ser a primeira característica do diamante: a sua beleza.
O corte serve para valorizar o brilho do diamante. No entanto a joalheria moderna está criando inúmeras joias com o diamante bruto sem lapidação. Frequentemente são encontradas joias de alta qualidade com diamantes brutos coloridos. Estes diamantes são, em sua maioria pedras bem terminadas, mas de qualidade baixa e, portanto, não são aproveitados pelas lapidadoras. Neste caso, você estará comprando uma joia com diamantes onde o design geralmente é o ponto mais alto.
Esses 4 critérios acima representam os famosos 4 C´s (carat, colour, clarity, cut) em inglês
Dicas importantes na hora da compra
  • Não compre o diamante "barbada". Se o preço está muito abaixo do mercado cuidado! Deve haver um bom motivo para isso e ele pode não ser agradável.
  • Compre diamantes, de preferência, certificados e garantidos por uma joalheria de renome.
  • Cuidado com certificados complexos que só podem ser lidos por especialistas e que não garantem nada.
  • Considere os preços de mercado para aferir a compra do seu diamante.
  • Estude a pedra antes de comprá-la.
  • Em dúvida não compre.
  • Não compre se for para um investimento de curto prazo.
  • Lembre-se que a beleza, neste caso, é fundamental.
Aproveite. O seu diamante será desfrutado por gerações...