sexta-feira, 19 de maio de 2017

Indenização milionária prestes a ser paga a presidente da Vale é questionada por aposentados

Indenização milionária prestes a ser paga a presidente da Vale é questionada por aposentados


Recentemente o presidente da Vale, Murilo Ferreira, anunciou que deixará a presidência da mineradora, mas quer receber R$ 60 milhões em indenização. A Vale quer pagar R$ 30 milhões ao executivo, que ocupa o posto desde maio de 2011.
O que intriga os aposentados na companhia, principalmente os do Plano de Benefício Definido (PBD), é que a empresa, enquanto se compromete em indenizar o presidente em R$ 30 milhões, não se responsabiliza pelos milhares de processos movidos pelos aposentados contra a Valia, administradora do fundo de pensão dos trabalhadores da companhia, sendo que a Valia é controlada pela Vale.
A Valia foi criada em 1973 e, desde a criação, tem conselheiros indicados pela Vale. Apesar de ser um fundo de pensão dos aposentados da Vale, a Valia é administrada e comandada pela empresa, uma vez que, dos 12 membros do Conselho de Administração do fundo, oito são indicados pela Vale. Das quatro vagas restantes, duas são ocupadas por aposentados e duas por funcionários da ativa da Vale. Por essa razão, os aposentados alegam que as mudanças na Valia são sempre no sentido de tirar direitos dos aposentados.
A Valia tem um contencioso no valor de mais R$ 1,5 bilhão, destinado a pagar o superávit aos aposentados, que conseguiram na Justiça o direito ao recebimento, por conta de mudanças o regulamento do fundo de pensão que geram prejuízos aos aposentados. No entanto, atualmente existem contra a Valia mais de 6 mil processos, o que pode aumentar ainda mais o valor a ser pago, comprometendo o fundo de pensão.
Para os aposentados, é injusto pagar o jurídico com o superávit, sendo que o fundo é controlado diretamente pela Vale.
O regulamento original da Valia é datado de 1973, ano de fundação do fundo. As alterações – foram 13 alterações no total – causaram inúmeros prejuízos para os aposentados, que foram comprovados pela Justiça, que determinou a suplementação por haver comprovação incontroversa sobre os valores devidos.
Atualmente, há pouco mais de 16,4 mil aposentados no PBD e morrem cerca de 400 por ano, sem acesso ao benefício. Se a Vale assumir a despesa do contencioso, os aposentados poderão receber o benefício a que têm direito.
Fonte: Século Diário

Comunidades do MA relatam os conflitos com a chegada da Estrada de Ferro Carajás

Comunidades do MA relatam os conflitos com a chegada da Estrada de Ferro Carajás


O programa grande Carajás foi um mega empreendimento criado no começo de 1980 para explorar a maior província mineral do planeta, no sudeste do Pará. A mineração na Serra dos Carajás deveria eliminar a pobreza e incluir Maranhão e o Pará no mapa econômico do país.Trinta e sete anos depois, o caminho por onde passam 120 milhões de toneladas de minério por ano, cruza alguns dos municípios mais pobres do país. Em Alto do Pindaré, segundo o último censo do IBGE, 42,95% da população é extremamente pobre.
A maioria das pessoas sobrevive com até R$ 140 por mês. “Todo cidadão, cidadã tem direito a participar da vida do país, então, a exclusão social é muito dolorosa, quer dizer, os grandes projetos não levam em consideração a existência dessas populações” afirmou dom Belisário, arcebispo de São Luís.
A estrada de ferro Carajás abriu caminho por uma das regiões, até então, menos exploradas do país. As primeiras locomotivas assombraram tribos ainda selvagens na Amazônia maranhense.
“Nós tinha era medo até da zoada. Quando ele vinha a gente corria pro mato, porque a gente não sabia o quê que era aquilo. Mas aí, o branco também falava pra nós: que aquilo dali era uma máquina, uma coisa que não vai pegar vocês. Até os meus pais diziam que eles não falam português. Disse ó: daqui há uns anos vai passar uma coisa muito grande, uma cobra, eles falavam de monstro e na verdade a cobra mesmo, mas é uma cobra de ferro que vem detonando não só nossos povos indígenas, mas, também, todos aqueles que mora no torno da ferrovia”, disse o cacique da aldeia Maçaranduba Antônio Wilson.
Tribos de índios nômades e com pouco contato com a civilização como os Awá Guajás, passaram a conviver com o ‘ronco’ dos trens, alterando hábitos e costumes na selva. “O pessoal era acostumado de fazer suas caçadas – nós só convive disso, de caça e pesca, e hoje nós sente também que isso aí tá afetando muito, né, muita gente, pois eles vão pra caçada, á noite não escuta nada, só a zoada do trem, a buzina do trem e aquele barulho danado e á noite pra dormir também” disse Wilson.
A estrada de ferro atravessa pelo menos 28 unidades de conservação ambiental no Pará E Maranhão. As obras de duplicação da estrada de ferro acirraram ainda mais as reações contra a companhia Vale, dona do projeto. A mineradora é acusada de provocar uma série de impactos ambientais ao longo do corredor.
Ativistas da ONG Jovens por Justiça, em Santa Rita, listam vinte e dois igarapés que teriam sido desviados ou entupidos para montagem dos dormentes. O igarapé do Roncador, por exemplo, ganhou outro rumo até chegar ao Carimã.
“isso aqui é um igarapé que foi desviado do lugar dele. Eles aterraram a estrada, fizeram uma valeta beirando a estrada pra poder o igarapé passar. Interromperam o igarapé e fizeram esse desvio pra poder cortar a estrada”, afirmou Ricardo Alves da ONG.
As relações da companhia com os movimentos sociais, quilombolas e índios, ao longo da estrada de ferro Carajás, andam tão tensas que vez por outra paralisam as atividades da mineradora. as reações contra as atividades da mineradora também vem dos quilombos – dos antigos refúgios de escravos na área de influência do corredor de Carajás.
E maior queixa é quanto à perda das tradições ancestrais africanas. A crise nas relações entre a mineradora e o quilombo Santa Rosa, em Itapecuru-Mirim, no norte do Maranhão, se agravou com a duplicação da ferrovia. Lideranças quilombolas estariam impedidas até de cruzar a estrada de ferro.
“Se eles me acharem, segundo, na ferrovia, acredito que aí já é uma prisão, né? porque eu estou habitando o lugar impróprio, porque é da vale e eu sou inimiga da vale e eu não posso entrar no espaço da vale”, afirmou a líder quilombola Anacleta Pires da Silva.
Para Pedro Celestino, representante da Fundação Palmares a retirada das riquezas naturais tem gerado cada vez mais pobreza na região. “A riqueza passa, mas passa fazendo pobres, essa é que é a realidade porque nós poderíamos ter hoje não o 26º ou 25º IDH do Brasil. Com esse monte de riqueza passando no quintal da gente, se ficasse um pouquinho só hoje era pra nós estarmos entre os cinco ou o seis, mas, é uma tristeza. uma tristeza que faz a gente perceber que enquanto, enquanto o minério estiver sendo levado, enquanto a Amazônia estiver sendo roubada, subtraída, o nosso povo vai continuar, infelizmente, a ser pobre”.
O arcebispo de São Luís garante que os movimentos não são contra o progresso. “Realmente a questão da mineração é muito problemática para os países periféricos. Costuma-se dizer que o minério dá uma safra só né? Depois que essa safra acabar, acabou. Então eu acho que vale a pena uma discussão política em termos de decisões. de decisão para o momento atual e para as gerações futuras. A ética social ela é uma ética que deve levar em consideração a história. O que nós vamos deixar para os que vêm depois de nós. só buraco?”, finalizou.
Fonte: G1

A MAIOR CONSUMIDORA DE OURO ATÉ 2017

O mercado da China apresenta uma perspectiva positiva em relação à demanda de ouro. De acordo com o World Gold Council (Conselho Mundial de Ouro), a demanda do setor privado chinês deve aumentar das atuais 1132 t de ouro por ano para 1350 t até o ano de 2017.
Este ano ainda não deve apresentar números tão positivos. A expectativa é de uma consolidação, com o crescimento vindo ao longo dos anos subsequentes. Segundo dados divulgados pelo Governo do país mais populoso do mundo, tal crescimento é reflexo do mesmo momento em que a classe média aumentará, passando de 200 milhões para 500 milhões de pessoas – um recrudescimento de 60% até 2020. Isso demonstra o potencial cada vez maior do mercado consumidor.
É importante ressaltar que no ano passado, a China já havia se tornado o maior mercado de ouro do mundo. Enquanto em todo o planeta, houve uma queda da procura de 15% em relação a 2012, na China houve um aumento de 32%.

Mato Grosso produz 87,2% do diamante brasileiro e quer implantar escola de design de joias

Mato Grosso produz 87,2% do diamante brasileiro e quer implantar escola de design de joias



Mato Grosso produz 87,2% do diamante brasileiro e quer implantar escola de design de joias
Responsável por 87,2% da produção nacional de diamantes, Mato Grosso deve implantar escola de design e ourivesaria em 2018. De acordo com a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia (MME), o Estado possui garimpos e minas com exploração contínua há cerca de dez anos nos distritos diamantíferos de Juína, Alto Paraguai e Chapada dos Guimarães.

Dados mais recentes do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) revelam que Mato Grosso em 2014 foram produzidos 49.637 quilates (cts), o equivalente a 87,2% dos 56.923 quilates produzidos no Brasil.

Os principais distritos diamantíferos de Mato Grosso, segundo a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), estão localizados nas regiões de Juína, Chapada dos Guimarães, Paranatinga, Nortelândia/Diamantino, Poxoréo, Alto Paraguai, além do Rio das Garças (seu curso percorre municípios como Alto Garças, Guiratinga, Tesouro, General Carneiro, Pontal do Araguaia e Barra do Garças).

Ainda conforme a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), existem 156 garimpos /minas de diamantes de Mato Grosso cadastrados por meio do Projeto Diamante Brasil, além de quatro campos kimberlíticos e 117 corpos kimberlíticos.

“Além de sermos o maior produtor de diamantes, temos potencial enorme de crescimento. Ao contrário de Minas Gerais, por exemplo, nós temos ainda um limite de exploração muito grande. Hoje, produzimos 49 mil quilates, mas já chegamos a produzir 500 mil quilates”, comenta o presidente da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), Marcos Vinícius Paes de Barros.

Marcos Vinícius comenta que há um projeto para montar em 2018 uma Escola de Design e Ourivesaria. “Na parte de mineração das gemas, como diamante, ametista e quartzo, por exemplo, nós temos uma escola de gemologia, ou seja, lapidação e estamos tentando implantar uma de ourivesaria e design. Seria uma etapa seguinte ao processo de transformação da pedra, agregando muito mais valor a ela”.

O presidente da Metamat comenta que já foram formados 120 lapidários. “São Paulo é o Estado que mais concentra produção de joias do Brasil, gerando 45 mil empregos formais. Mato Grosso produz a pedra e não a joia, ou seja, é o oposto de São Paulo, o que faz com que o produto final volte para nós consumidores com um valor agregado ainda maior”.

O geólogo da Metamat, Wanderlei Magalhães, comenta que há previsão de em 2017 abrir uma turma para qualificar 30 pessoas para transformar gemas em artesanato. Hoje, em Mato Grosso, além do diamante e do ouro, são encontradas gemas como ametista, quartzo, granada, ágata, jaspe e topázio.

MME E CPRM DIVULGAM RESULTADOS DO PROJETO DIAMANTE BRASIL

Com o intuito de desenvolver estudos abrangendo os principais aspectos da geologia do diamante no país, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e o Ministério de Minas e Energia (MME) lançam os resultados do projeto Diamante Brasil. O evento acontece no Auditório Térreo do MME, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, às 09h. Na oportunidade, estarão presentes autoridades e especialistas ligados ao tema.
O projeto busca reunir e integrar em um banco de dados público informações sobre os principais aspectos da geologia do diamante no Brasil, incluindo fontes primárias e secundárias, além de perspectivas econômicas.  Executado pela CPRM, o projeto abrange áreas inseridas em 20 estados das cinco regiões brasileiras.
Iniciado em 2010, o projeto mapeou 20 campos diamantíferos, 804 ocorrências, 142 garimpos, 42 campos e 1.344 corpos kimberlíticos. O levantamento pode contribuir para impulsionar novos investimentos em pesquisas de prospecção mineral.
O Diamante Brasil traz informações importantes e atualizadas com áreas potenciais para prospecção e exploração de diamantes, além de reunir em um banco de dados informações geológicas, geofísicas, geoquímicas, petrográficas e econômicas dessas áreas pesquisadas.