segunda-feira, 22 de maio de 2017

'Nunca vi o dinheiro', diz garimpeiro que achou opala de R$30 milhões no PI

'Nunca vi o dinheiro', diz garimpeiro que achou opala de R$30 milhões no PI

Segundo ele, pedra hoje está em museu na Grã-Bretanha.
Opalas extra são encontradas apenas no interior do Piauí e na Austrália.

Anay CuryDo G1, em Pedro II (PI) -
Raimundo Daltro Galvão, de 85 anos, um dos garimpeiros mais antigos de Pedro II. (Foto: Anay Cury/G1)Raimundo Daltro Galvão, de 85 anos, um dos
garimpeiros mais antigos de Pedro II.
(Foto: Anay Cury/G1)
No interior do Piauí, há cerca de 40 anos, comprar fiado era comum e nenhum negócio fechado ia além de uma anotação em uma caderneta. Foi dessa forma que Raimundo Daltro Galvão, 85 anos, conhecido como Mundote, um dos garimpeiros mais antigos da cidade de Pedro II, viu seu grande achado, uma opala extra de quase cinco quilos avaliada hoje em mais de R$ 30 milhões, ir embora para o Rio de Janeiro, sem nunca ter lhe rendido um tostão.
“Isso era comum. Ainda tenho guardado no meu cofre cheques de pessoas que compraram pedras de mim há mais de 20 anos e que nunca vi o dinheiro. Mas ainda guardo, tá lá.”
A última notícia que teve de sua pedra preciosa dava conta de que um museu britânico a expunha como parte de sua coleção. “Não quero nem mais saber daquilo também. Já passou e não interessa mais”, disse, com ares de quem pouco se importa em ter perdido tanto dinheiro. “Garimpeiro é assim. O dinheiro vem e vai. Eu tenho é fé no hoje”, ri.
O interior do Piauí, onde vive Mundote, é um dos dois únicos lugares do mundo onde se encontra a opala extra - o outro é o interior da Austrália. Isso faz com que o mineral seja considerado precioso e chegue a custar três vezes mais do que o ouro. Por ano, a cidade de Pedro II vende perto de 400 quilos de joias feitas com a pedra para os mercados interno e externo.

Sorte no garimpo
Ao longo dos anos de exploração, Mundote chegou a encontrar mais duas pedras de opala negra, o tipo mais raro desse mineral - e mais valioso -, que, juntas, chegavam a pesar quase um quilo. Essa sorte para o garimpo, ainda que o destino desses maiores achados tenha sido longe de Pedro II, faz o garimpeiro sonhar em viver até os 120 anos e continuar cavando buracos em busca de mais pedras preciosas. “Só gosto disso, é isso que dá dinheiro. Aqui, tudo é opala. Se não fosse meu filho encrencar e o tempo estar assim, chovendo muito, eu já tava é lá [na mina]”, contou Mundote, que após ter sido dono da concessão de uso de quatro minas, hoje só cuida de uma.
Minha Boi Morto, antiga propriedade de Mundote. (Foto: Anay Cury/G1)Mina Boi Morto, antiga propriedade de Mundote. (Foto: Anay Cury/G1)
O início dessa vida em busca das opalas, em 1958, que garantiu a Mundote o sustento da família e permitiu que comprasse terras em Pedro II, ganhou um empurrão após uma despretensiosa leitura de cartas. Morador de uma região tomada por lendas de assombrações e extraterrestres, Mundote, que diz ser “crente do destino” acreditou no que lhe foi dito. Apesar de, na época, nunca ter ouvido falar da opala, o garimpeiro soube, através da vidente, que sua vida estava, de alguma forma, ligada a essa pedra.
Pedras de opala em sua forma bruta (Foto: Carlos Augusto Ferreira Lima/Sebrae)Pedras de opala em sua forma bruta (Foto: Carlos
Augusto Ferreira Lima/Sebrae)
“Uns anos se passaram, mas eu nunca esqueci isso. Foi um doido me avisar que tinha pedra sendo tirada da terra que fui querer saber o que era. E agradeço até hoje por esse doido ter aparecido... Se explodisse um vulcão nessa terra, ia sair opala em vez de lava por tudo quanto é canto. Eu sei do que tô falando.”
Confiante de que os caminhos da sua vida estão determinados pela opala e certo de que embaixo de toda a cidade de Pedro II se encontra mais pedra do que qualquer um possa imaginar, o garimpeiro divide seus dias entre a mina da qual tem licença para explorar, o cartório de registro de uma de suas filhas – para quem dá “uma força” -  e o seu Landau, um antigo carro da década de 1970, do qual não se desfaz. Fosse mais uma obra do destino, Mundote andaria em outro modelo de veículo que divide o mesmo nome com a pedra, ainda mais preciosa para o velho garimpeiro.

Rara no mundo, exploração de opala emprega mais de 1.500 pessoas no PI

Rara no mundo, exploração de opala emprega mais de 1.500 pessoas no PI

'Retirada do mineral é importante para o desenvolvimento', diz APL.
Extração da pedra é importante para econômia e cultura, afirma prefeita.

Pedro Santiago Do G1 PI, de Pedro II

Material retirado do solo e descartado após lavagem (Foto: Pedro Santiago/G1)Material retirado do solo e descartado após lavagem ainda contém opalas (Foto: Pedro Santiago/G1)
A cidade de Pedro II, a 195 quilômetros de Teresina, é um dos dois locais no mundo onde é encontrada a opala de alta qualidade, uma pedra semipreciosa muito utilizada na confecção de joias. O garimpo, beneficiamento, lapidação e venda da opala emprega diretamente cerca de 1.500 pessoas na cidade, que tem uma população de pouco mais de 37 mil habitantes.
Raio X da Opala (Foto: Editoria de Arte/G1)Raio X da Opala (Foto: Editoria de Arte/G1)
A opala pode ser de diversas cores: branca, incolor, azul-leitosa, vermelha, amarela, cinza, verde, marrom e preta. Segundo Antônio Sepúlveda Almendra, 45 anos, presidente da Cooperativa dos Garimpeiros de Pedro II, Algumas pedras emitem até sete cores e essas são as mais valiosas, podendo chegar até R$ 180,00, um grama. Ainda de acordo com ele, o material extraído das minas é comprado pela cooperativa, que vende as pedras para as joalherias da cidade.
Antônio Sepúlveda Almendra conta que a situação do garimpeiro já foi pior, mas tem melhorado com o conhecimento adquirido e a inserção de máquinas no garimpo. “Antes eles não tinham um acompanhamento, orientação, trabalhavam irregulares e ainda corriam riscos. Queremos mecanizar o processo de extração da Opala, diminuindo o trabalho dos garimpeiros e aumentando a sua renda, para isso, já temos uma máquina que lava a terra, separando as pedras e areia, da opala”, explica.
Trabalhando na extração da Opala há 26 anos, Antônio Gonçalves, de 51 anos, conta que ainda existe muita Opala em Pedro II. “Eu acredito que ainda têm muitas pedras aqui nesse solo. Somos muitos garimpeiros, mas ainda tem lugar para outros”, diz ele, que já achou uma pedra de 1,7 quilo. “Vendi a R$ 100,00 o grama, o valor total chegou a cerda de R$ 170 mil. O dinheiro foi dividido entre a cooperativa, o dono da terra, eu e outros sócios” relata.
Francisco da Costa Silva, 38 anos, é outro garimpeiro que há mais de duas décadas lava a terra atrás do seu sustento. “Eu gosto do meu trabalho, tanto é que estou aqui em uma sexta-feira (31) enforcada. O rendimento não é dos melhores, mas a gente vende por semana uma média de R$ 200, R$ 250, mas isso varia. Tem dias ruins e bons”, diz.
A movimentação da economia meche de forma tal com a economia do município que existe hoje uma entidade que trabalha para consolidar a cadeia produtivada pedra em Pedro II e cidades vizinhas. A palavra é integração, afirma Marcelo Moraes, coordenador do Arranjo Produtivo Local.
“Nossa cidade foi abençoada por seu clima ameno e a farta disponibilidade de Opala em nossas terras. Hoje trabalhamos com a pesquisa mineral, lavra, design, joalheria e até a inclusão social. A gestão da exploração da Opala é fundamental para o desenvolvimento da cidade”, diz Marcelo.
A prefeita de Pedro II, Neuma Café, afirma que a importância da opala transcende o fator econômico. “Tem uma importância econômica fundamental, além da cultural com a divulgação do nome da cidade. Falar em opala no mundo é falar em Pedro II. Antigamente, a opala era quase traficada. Chegavam, pegavam e levavam de forma clandestina. Agora existe uma cadeia produtiva bem definida”, diz a gestora.
Marcelo Moraes conta que a exploração da pedra está também integrada a prática do turismo, que cresceu bastante na cidade desde a criação do Festival de Inverno de Pedro II, evento que traz grande nomes da música brasiliera para shows em praça pública.
"Queremos que a pessoa venha a nossa cidade, aproveite nosso clima, nossa hospitalidade, que conheça nossas cachoeiras, o Morro do Gritador e que também compre nossas joias e conheça as minas de Opala. Está tudo conectado e quam ganha com isso é a população", finaliza Marcelo.
Francisco Carneiro da Silva Filho, 24 anos, preferiu ficar longe das lavouras e se especializar em lapidação (Foto: Anay Cury/G1)Lapidação é uma das atividades desenvolvidas dentro da cadeia de exploração da opala (Foto: Anay Cury/G1)
Rejeito
Mas nem tudo são flores na cadeia produtiva da Opala. Mais de 40 anos de produção desenfreada produziram cerca de 10 milhões de metros cúbicos de rejeito, material retirado do solo e descartado após lavagem.
A Mina do Boi Morto, na Zona rural da cidade, dá uma medida dessa fatura. São morros cortados, cavados, revolvidos que estão lá ameaçando o equilíbrio da natureza. Atenta a esse problema, que poderia inviabilizar a atividade, a APL desenvolveu um plano ambiental que aproveita o rejeito em dois estágios.
“Esse material descartado ainda tem muita opala, tanto é que os garimpeiros trabalham nele todos os dias. Depois desse aproveitamento, a terra descartada será utilizada para fazer tijolos ecológicos. Já estamos aplicando isso aqui no Boi Morto”, conta Marcelo Moraes.
Plano ambiental da Mina do Boi Morto, na Zona rural da cidade (Foto: Pedro Santiago/G1)Plano ambiental da Mina do Boi Morto, na Zona rural da cidade (Foto: Pedro Santiago/G1)
 

Peças valorizadas da Opala ganham mercado mundo afora

A opala sempre foi uma pedra preciosa importante na joalheria, mas quando a atriz Gwyneth Paltrow foi fotografada com broche de opala negra e Cate Blanchett apareceu como uma diva com as pedras preciosas, joalherias como a Cartier, Tifhany, Chanel e a Chopard passaram a oferecer peças da alta joalheria, desenhadas por grandes designers com o minério, que é encontrado em Pedro II, na região Norte do Piauí.
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A designer e joalheira Áurea Brandão foi a pioneira em Pedro II em produzir joias de ouro com opala. Outros joalheiros da cidade passaram a segui-la e ela foi mais adiante, misturando opalas com brilhantes, esmeraldas, safiras e rubis. Anéis são vendidos por R$ 10,2 mil e pingentes atingem preços de R$ 8,2 mil. Certamente, há um mercado de luxo ávido por consumi-los.
“São pedras brasileiras tão caras como as opalas e misturamos para fazer um jogo de cores. Compramos em São Paulo, que é o grande centro de comercialização de pedras preciosas, e aproveitamos o momento em que compramos dos grandes atacadistas para também vendermos as nossas opalas de Pedro II”, afirmou Áurea Brandão.
Áurea Brandão está aproveitando a explosão da opala para atender a demanda de suas clientes em Teresina e São Paulo. Com a redução de feiras para vender produtos do Piauí, Áurea Brandão aciona as suas clientes e é chamada por elas em São Paulo para promover bazares fechados e exclusivos, na residência delas.
“Elas me chamam, promovem chá para as amigas e nós apresentamos as minhas joias. Se comprarem uma peça, já valeu a viagem”, conta Áurea Brandão.
O joalheiro Juscelino Araújo Souza afirma que sua empresa, a Opalas Pedro II, já tem a tradição de exportar opalas há 20 anos, onde há demanda por matéria-prima. Um dos principais destinos é a Europa. Segundo ele, suas joias ainda não entraram no mercado internacional da joalheria, mas conquistaram o mercado nacional com suas peças oferecidas em seus próprios canais de comercialização, como site, mala direta, conta nas redes sociais e nas feiras.
“A gente já está conseguindo um varejo razoável em São Paulo e Rio de Janeiro, principalmente”, declarou Juscelino Souza.
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Forte concorrência não desanima joalheiros
A ascensão da opala, que tradicionalmente era extraída em Pedro II e na Austrália, está relacionada com a chegada das pedras extraídas e comercializadas na Etiópia, na África, que reduziu, e muito, o valor do minério, ajudando sua popularização.
O joalheiro Juscelino Souza conta que encontraram uma reserva de opalas muito grande na África nos últimos cinco anos, o que alterou completamente o mercado mundial do minério.
“Para se ter uma ideia, a Austrália era a maior produtora de opalas, detendo 95% do mercado mundial; o Brasil representava 2,5% e o México representava 2,5%. Esse mercado se alterou abruptamente, após a produção de opalas na Etiópia. Agora, 95% da produção mundial das opalas já são da Etiópia. Nós nos tornamos um grão de areia no mercado, pois estamos demandando um quilo por ano, enquanto a Etiópia está produzindo mais de 30 toneladas por ano. As opalas da Etiópia já estão oferecendo forte concorrência no mercado internacional”, afirma Juscelino Souza.
Ele considera que o consumo da pedra cresceu devido a maior oferta, mas embora o consumo das opalas brasileiras tenha diminuído em função do baixo custo das opalas africanas, há diferença de qualidade. “As nossas opalas, de Pedro II, são as melhores dentro de nossa variedade, as opalas brancas, mas perderam a competitividade em relação a preços”, justifica.
Áurea Brandão, porém, tem uma boa notícia para as opalas de Pedro II. Ela diz que após dois anos de domínio no mercado global, as opalas da Etiópia têm suas fragilidades descobertas.
“Não vale a pena comprar uma pedra que em alguns anos fica estilhaçada, ela não tem estabilidade. Eles vendem muito barato, mas com o tempo ficam estilhaçadas”, comenta Áurea Brandão.
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UOL

Pedro II é uma cidade cheia de história, artesanato e sítios arqueológicos

Pedro II é uma cidade cheia de história, artesanato e sítios arqueológicos

O município também é conhecida como Cidade Imperial e fica localizada na Serra dos Matões


Pedro II, também conhecida como a Cidade Imperial, é um tesouro piauiense localizado na Serra dos Matões e tem uma variada gama de opções para o turista. Por seus 600 metros acima do nível do mar, possui temperaturas amenas durante o ano todo. As cachoeiras, formações rochosas e trilhas são cenários perfeitos para esportes radicais ou para quem só quer passear e desfrutar a natureza. Na parte urbana, o casario em estilo português revela o ar interiorano e toda a história por trás da colonização, mas elemento indígena também está presente: os mais de 200 sítios arqueológicos são prova viva da presença das comunidades que habitaram essas terras desde milhares de anos atrás. No subsolo, está a opala, gema valiosa que, no mundo, só é encontrada nesta região do Piauí e na Austrália. O artesanato em fios de algodão é um traço cultural marcante com sua tapeçaria e redes de qualidade reconhecida nacionalmente. Para quem gosta de boa música, há o Festival de Inverno, que ocorre desde 2004, anualmente, no feriado de Corpus Christi, unindo todos os potenciais do município – ecoturismo, artesanato, esporte – e a música, com shows de artistas locais, nacionais e internacionais. Pedro II ainda tem opções para quem gosta de vivenciar as situações do homem do campo com a possibilidade de hospedar-se na casa dos habitantes da zona rural.
Como chegar
Saindo de Teresina, pela BR 343 seguindo até o posto da Polícia Rodoviária Federal da cidade de Piripiri, dobra-se à direita e segue pela BR 404 por cerca de 50 quilômetros até o portal de entrada. Também é possível vir do Ceará, por Crateús, pela mesma BR 404.
Centro Histórico
O Centro do município tem imóveis seculares com inspiração portuguesa e também casarões que relembram o apogeu econômico da primeira metade do século XX. Entre eles, destacam-se o Memorial Tertuliano Brandão Filho, que guarda um acervo de imagens e documentos da cidade; a Junta Comercial, que hoje abriga centros de lapidações de opala; o Solar da Estrela Marrom, que foi a casa do coronel Domingos Mourão Filho, bombardeado por ordem do governo federal; a Igreja de Nossa Senhora da Conceição que substituiu a capela em homenagem à mesma santa trazida por portugueses no século XVIII; o Mercado do Artesão; entre outras.
Artesanato
O artesanato em fios de algodão é uma tradição em Pedro II desde, de pelo menos, o século XIX. Segundo a história oral, tudo começou com as três irmãs Severa, Honorina e Mariana que introduziram os teares de grade na localidade e depois disseminaram as técnicas de confecção de redes, o produto mais conhecido. Hoje em dia são produzidos também, colchas, bolsas, jogos americanos, entre outros objetos.
Rota da Opala
Também é possível fazer um roteiro que contempla toda a cadeia produtiva da opala, desde as suas minas, sendo que a mais conhecida é a do Boi Morto, uma das maiores do mundo em céu aberto, até as oficinas de lapidação e ourivesaria.
Sítios Arqueológicos
Pedro II possui mais de 200 painéis de sítios arqueológicos catalogados, sendo que quatro deles possuem estrutura para receber turistas: Serra do Quinto, Buriti Grande dos Aquiles, Torre 1 e Torre 2. As figuras de animais, homens e abstratas são resultado da ocupação humana de anos. É necessária a presença de guia.
Museu da Roça
Museu particular que está situado a cerca de 10 quilômetros da sede do município. Ocupa um casarão do século XIX e tem um acervo eclético que mostra a evolução social e os primórdios da mineração da cidade. Também possui um restaurante com piscina e redário. Abre aos sábados, domingos e feriados.
Sítio Buritizinho
É uma propriedade particular que funciona nas épocas de festivais e festejos da cidade. No local existe um engenho e uma Casa de Farinha onde é possível acompanhar e interagir com os processos de feitura de produtos a partir da cana (caldo, rapadura) e da mandioca (farinha, goma, tapioca).
Turismo Rural
Famílias da zona rural também recebem turistas que querem vivenciar as experiências do campo como plantar, colher e cuidar de animais.
Capela da Marialves
Uma menina que morreu de fome e de sede é considerada santa por muitas pessoas. Diz-se que há muitos anos, uma família saiu do Ceará fugindo da seca e foi perdendo seus membros no caminho, restando apenas a garota Maria Alves, de 14 anos, que morreu à sombra de uma árvore em Pedro II. Desde então, a garota possui vários devotos que ergueram uma capela em sua homenagem.
Ecoturismo e esportes
Pedro II tem várias trilhas e estradas vicinais que são usadas para esportes como ralis, enduros e competições de corrida em meio à vegetação de cerrado, caatinga e mata atlântica. Há ainda diversas cachoeiras que, além do banho, são utilizadas para práticas como o rapel. Entre elas, se destacam a Cachoeira do Salto Liso, com 26 metros de altura e com água fria – visitável de fevereiro a julho; e a Cachoeira do Urubu Rei, com difícil acesso e cascata de 76 metros.
Mirante do Gritador
É um ponto de contemplação situado a uma altitude de 729 metros do nível médio do mar e que oferece uma visão magnífica dos vales, divididos entre Pedro II e os municípios de Piracuruca, São João da Fronteira e Domingos Mourão. Diz-se que ao se atirar um chapéu em seu desfiladeiro, este mesmo voltará, pela força do vento. Fica a 14 quilômetros ao Norte da sede do município com acesso por estrada pavimentada e possui infraestrutura para recepção de turistas em períodos de festivais e festas na cidade.
Autoria: Redação CCom

  • Pedro II é uma cidade cheia de história, artesanato, sítios arqueológicos e ecoturismo
    Pedro II é uma cidade cheia de história, artesanato, sítios arqueológicos e ecoturismo

Sem dúvida o carbono é um elemento químico extremamente importante

Sem dúvida o carbono é um elemento químico extremamente importante, por ser indispensável à existência da vida - seja ela animal e vegetal - sem falar dos compostos minerais constituídos pelo elemento em questão. O elemento não-metálico tetravalente carbono, está localizado na família 4A da tabela periódica, apresenta o numero atômico 6 e massa atômica 12, e símbolo C.

Foi descoberto na antiguidade, a sua união com outros elementos para formação de compostos e moléculas é chamada de ligação covalente, ou seja, o carbono compartilha seus elétrons com os demais elementos ligando-se tetraedricamente com os quais tem afinidade eletrônica, exceto em algumas ocasiões. Sua presença na natureza ocorre em duas formas alotrópicas: o diamante e a grafite. O diamante é um sólido covalente que apresenta dureza e ponto de ebulição bastante elevado e o material mais duro existente enquanto que a grafite é menos resistente.
Normalmente a maior parte do carbono presente na natureza está na forma de compostos, principalmente nos compostos orgânicos que apresentam o esqueleto de suas cadeias compostas por este elemento. O carbono é tão essencial para existência de vida que o DNA, as proteínas e outros compostos importantes para a vida são formados por cadeias carbônicas, entre outros compostos amplamente estudados pela bioquímica.
A Química Orgânica é o ramo da química que se ocupa exclusivamente do estudo do carbono e de seus compostos, isto não quer dizer que não existam compostos carbônicos inorgânicos, como veremos seguir. Está presente em todo o reino animal e vegetal formando os compostos essenciais para a vida. Em minerais, este se encontra na forma carbonatos, carbetos e bicarbonatos.
A presença do carbono é cotidiana, e observa-se isso pelos compostos cujo, as suas formulas químicas são formadas por um esqueleto carbônico tais como a celulose das nossas roupas e do papel, dos plásticos e dos nossos alimentos e até mesmo os números e pesos atômicos tem como referencia a massa atômica do carbono de acordo com a convenção de 1977 da comissão de pesos atômicos da IUPAC.
Além do diamante e do grafite citado acima o carbono apresenta uma outra forma alotrópica descoberta em 1985 chamada fulereno com moléculas formando estruturas com 60 átomos de C, batizado com este nome em homenagem ao arquiteto R. Buckminister Fuller.
Informações importantes:
  • Símbolo: C
  • Massa Atômica: 12 u
  • Número atômico: 6
  • Ponto de Fusão: 3550°C
  • Ponto de Ebulição:4289°C
  • Formas alotrópicas: Diamante e grafite.
  • Configuração Eletrônica: 1s², 2s², 2p²
  • Hibridização: sp³
Alguns Compostos de Carbono:
CH4, Na2CO3, C2H6, C2H5OH, CaC2
Ligações de estruturas carbônicas mais comuns: