quinta-feira, 6 de julho de 2017

Polícia Militar descobre mineradora ilegal na Ceilândia

Polícia Militar descobre mineradora ilegal na Ceilândia


O Grupo de Operações do Cerrado (GOC) da Polícia Militar do DF encontrou, na tarde desta segunda-feira (3/7), uma mineradora de cascalho que funcionava ilegalmente na fazenda Saltador, na área rural da Ceilândia. As licenças para o funcionamento da cascalheira estão vencidas desde 2008. O Batalhão de Polícia Militar (BPMA) recebeu informações de que uma mineradora funcionava na fazenda Saltador e enviou policiais, por volta das 13h, para averiguar.
Quando chegaram ao local, avistaram dois funcionários e os interrogaram sobre as licenças para o funcionamento da cascalheira, que estão vencidas há nove anos. O proprietário informou à PMDF, por telefone, que o Instituto Brasília Ambiental (IBRAM) teria autorizado verbalmente a continuação da extração do cascalho.
Além de encontrarem a mineradora ativa, os policiais militares viram um caminhão que vinha comprar cascalho no momento em que estavam no local. Os responsáveis foram conduzidos para a DEMA (Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente), onde foi instaurado inquérito policial e o proprietário da fazenda responderá pelos artigos 50 e 55 da Lei 9605/98.
Fonte: Correio Braziliense

Desabamento em mina de ouro ilegal em Gana deixa ao menos 14 desaparecidos

Desabamento em mina de ouro ilegal em Gana deixa ao menos 14 desaparecidos


Ao menos 14 pessoas ficaram desaparecidas e presume-se que estejam mortas depois que uma mina de ouro ilegal onde trabalhavam desmoronou no oeste de Gana, informou a polícia nesta terça-feira (4). Cinco pessoas escaparam ilesas na antiga cidade mineradora de Prestea, que fica cerca de 200 km ao oeste da capital, Acra.
“Aproximadamente 19 pessoas entraram no buraco e apenas cinco saíram vivas. Já passaram 48 horas agora e a presunção é que as 14 estejam mortas”, disse à Reuters o chefe da polícia local, Atsu Dzineku. Segundo maior produtor de ouro da África depois da África do Sul, Gana tem lutado para controlar a mineração ilegal, que polui fontes de água e ameaça a produção de cacau, à medida que os mineradores assumem o controle de fazendas do fruto.
O governo do presidente Nana Akufo-Addo, que tomou posse em janeiro, baniu temporariamente a mineração artesanal, em um renovado esforço para reduzir operadores ilegais. A mineração artesanal é comum no oeste e no centro da África e acidentes são frequentes, principalmente nas temporadas de chuva. Dezenas de mineradores ilegais morreram após ficarem presos em um acidente no centro de Gana há dois anos.
Fonte: G1

Diretor-Geral fala sobre as atribuições da nova Agência Nacional de Mineração

Diretor-Geral fala sobre as atribuições da nova Agência Nacional de Mineração


Foi realizado em Brasília, de 29 a 30 de junho, o VII Encontro de Executivos de Exploração Mineral, evento realizado pela Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira – ADIMB. O evento contou com a participação do Diretor-Geral do DNPM, Victor Hugo Froner Bicca, do Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério das Minas e Energia, Vicente Lôbo, dentre outras autoridades.
Na oportunidade foram discutidos temas relacionados ao Programa de Revitalização da Indústria Mineral Brasileira. O Encontro foi estruturado em seis painéis nos quais o Governo Federal apresentou as diretrizes do programa de recuperação do setor mineral. Os painéis contaram com palestras de autoridades federais e de representantes do setor produtivo.
O Diretor-Geral, em sua Palestra, abordou o tema “Atribuições da Agência Nacional de Mineração – Compatibilização DNPM/Agência Nacional de Mineração”, onde discorreu, principalmente, no âmbito das competências da nova Agência.
Fonte: DNPM

Senado aprova acordo que estabelece critérios rigorosos para o uso do mercúrio

Senado aprova acordo que estabelece critérios rigorosos para o uso do mercúrio


O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (4) o texto da Convenção de Minamata sobre Mercúrio (PDS 114/2017). O acordo internacional foi assinado pelo Brasil e por outros 91 países na cidade de Kumamoto, Japão, em outubro de 2013, e estabelece critérios rigorosos para o uso do mercúrio.
A convenção traz uma série de medidas para conter as emissões desse metal, como a proibição de mineração primária de mercúrio e eliminação gradual das minerações que já existem. O acordo também estabelece a redução do uso do mercúrio em uma série de produtos e processos e a promoção de medidas de controle das emissões na atmosfera, no solo e na água. Regras de controle das atividades do setor de mineração artesanal e disposições sobre armazenamento provisório e eliminação de resíduo do mercúrio também constam na convenção.
O senador Jorge Viana (PT-AC), que relatou a matéria na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), destacou que essa foi a primeira convenção multilateral firmada no século XXI – um grande acordo internacional assinado por 128 países.
- Essa convenção diz respeito a regras que o mundo precisa adotar para evitar mortes, sequelas em muitas pessoas e um dano irreparável ao meio ambiente. É o primeiro grande acordo internacional feito por 128 países, entendendo a gravidade do mau uso de mercúrio, com emissões que implicam acelerar o processo de mudança climática e, o mais grave, com danos irreparáveis para a vida humana – ressaltou.
Viana explicou ainda que, com a assinatura do acordo, o Brasil vai como protagonista participar da Conferência das Partes, que ocorrerá em Genebra, de 26 a 29 de setembro deste ano. Principalmente porque o país é o país responsável pelo maior número de emissões de evaporação de mercúrio e contaminação por mercúrio na América Latina e no Caribe.
- Com a aprovação, com a ratificação que estamos fazendo hoje aqui desse tratado, o Brasil está incluído, junto com outros países. E nós, que somos um dos responsáveis pela maior parte das emissões decorrentes do mercúrio hoje, de alguma maneira estamos nos redimindo – acrescentou.

Mercúrio

De acordo com a mensagem do governo, o mercúrio é um elemento químico, que na forma líquida evapora facilmente e, assim, pode ser liberado no ar, água e solo por processos naturais ou por ação do homem. É considerado uma das substâncias mais perigosas para a saúde e para o meio ambiente. A exposição a níveis elevados pode provocar efeitos graves no ser humano, causando danos neurológicos, cardiológicos, pulmonares, renais e imunológicos.
A vegetação e os animais, principalmente os peixes, também podem ser contaminados com o mercúrio. Daí a importância do controle desse metal. Estima-se que a concentração de mercúrio no meio ambiente aumentou cerca de três vezes nos últimos cem anos, devido, também, à intensificação de seu uso em produtos e processos industriais, bem como por liberações associadas à mineração e à queima de combustíveis fósseis.

Minamata

A convenção de Minamata faz referência à cidade japonesa de mesmo nome. Foi lá, em 1956, que ocorreu o primeiro caso registrado de contaminação humana por mercúrio — uma criança com danos cerebrais. Muitos casos foram observados depois, com centenas de pessoas envenenadas pelo mercúrio industrial, e a moléstia ficou conhecida como Mal de Minamata.
Fonte: Agência Senado 

Ex-presidente de companhia de mineração de MT diz ter comprado ouro para lavar dinheiro desviado

Ex-presidente de companhia de mineração de MT diz ter comprado ouro para lavar dinheiro desviado


O ex-presidente da Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat), João Justino Paes de Barros, afirmou, em depoimento prestado nesta terça-feira (4) à Justiça, ter viajado algumas vezes para Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá, entre 2014 e 2015, a pedido do ex-secretário de estado Pedro Nadaf, para comprar ouro. A compra era feita para lavar parte do dinheiro desviado dos cofres públicos.
João Justino e Nadaf são acusados de integrar uma quadrilha que desviou dinheiro público por meio da concessão de incentivos fiscais e extorsão a empresários que tinham contrato com o estado. Os dois já firmaram acordo de delação premiada. Nadaf também prestará depoimento à Justiça nesta terça-feira nesse mesmo processo em que ambos são réus.
Segundo ele, Nadaf lhe deu dinheiro em espécie para que comprasse ouro para ele diretamente dos garimpeiros, obtendo maior vantagem. Justino afirmou ter feito sete viagens a pedido do então secretário da Casa Civil, algumas de carro e outras de avião.
Justino disse que não sabia precisar quanto comprou de ouro e quanto de dinheiro movimentou para o ex-secretário, mas citou que, em uma das viagens de avião, levou para Cuiabá entre 4 e 5 kg de ouro para Nadaf. Pelo serviço, ele disse que ficava com 1% do valor usado na compra. Justino alegou ter devolvido R$ 20 mil à Justiça quando firmou acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Estadual (MPE). No entanto, apesar do acordo, continua sendo réu no processo.

Denúncia

Na ação, o MPE aponta que a quadrilha da qual João Justino fez parte recebeu indevidamente R$ 15,8 milhões dos R$ 31,7 milhões que o estado pagou pela desapropriação de uma área, no Bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, paga no último de gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), em 2014.
De todo o valor pago pelo governo na desapropriação, o correspondente a 50%, ou seja, R$ 15,8 milhões, teriam retornado em prol da organização criminosa através de uma empresa de assessoria e organização de eventos. O restante do valor teria sido dividido entre os demais participantes do esquema, que são ex-secretários estaduais e o ex-procurador do estado.
No entanto, a participação de João Justino seria a lavagem de dinheiro desviado.
Fonte: G1