quinta-feira, 6 de julho de 2017

Manutenção em barragem muda a cor de rio em Conceição do Pará

Manutenção em barragem muda a cor de rio em Conceição do Pará


Na tarde desta quarta-feira (5), a Polícia Militar de Meio Ambiente esteve na cidade de Conceição do Pará para verificar denúncias de que a barragem de Bento Lopes havia sofrido uma rachadura e dejetos teriam atingido o Rio Pará. No local foi constada uma obra de manutenção e que toda a ação está regular, sem dano à população ou ao meio ambiente.
G1 recebeu uma denúncia de um internauta, que não quis se identificar, dizendo que a cor da água do rio estava escura e barrosa, que havia uma rachadura na barragem, que a empresa estava usando caminhões de terra para “tapar” o buraco e que resíduos estavam atingido o rio.De acordo com o comandante da 7ª Companhia de Meio Ambiente e Trânsito, Major Paulo Antônio Moares de Paula, o grupamento de Pitangui foi até Conceição do Pará após denúncias dos moradores da região e constatou que havia uma intervenção para reparo da barragem CGH Bento Lopes, da Companhia de Tecidos Santanense.
A informação é de que a intervenção foi autorizada pela Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram). Ainda de acordo com o major Paulo, houve a construção de uma ensecadeira – espécie de tapume estanque provisório – no Rio Pará, com utilização de argila, terra e pedras para represamento da água do rio. “Com o término das obras, a empresa está rompendo a ensecadeira, retirando toda a terra, e depositando na fazenda”.
O comandante acrescentou que não houve dano para a população com relação à falta de água e nem danos ao rio Pará. O G1 entrou em contato com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) para saber o motivo da manutenção e os procedimentos a serem tomados, mas ainda não obteve resposta. Também tentou contato com a Santanense, mas nenhum responsável foi encontrado na empresa para falar sobre o assunto.
Fonte: G1

Em Cruzeiro do Sul, 150 servidores podem ser demitidos após olarias e areais terem atividades suspensas por irregularidades

Em Cruzeiro do Sul, 150 servidores podem ser demitidos após olarias e areais terem atividades suspensas por irregularidades


A segunda maior cidade do Acre passa por um impasse desde o início de junho. A suspensão de cinco olarias e seis areais pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) gerou alvoroço entre os empresários e também na comunidade. De acordo com o órgão, as atividades foram suspensas porque foi constatado que as empresas extraiam recursos minerais (argila ou areia) sem autorização necessária e a área apta para exploração não era respeitada.
A prática configura, segundo o departamento, que há “indícios de crime ambiental e de usurpação”. Um relatório da vistoria feita pela jurisdição de Rondônia e Acre deve ser entregue ao Ministério Público Federal (MPF-AC). Antes da suspensão das atividades, o DNPM disse ainda que vários autos de paralisação foram emitidos.
Paralelo a isso, os empresários tentam impedir que uma empresa de Mato Grosso ganhe a concessão de uma área que, segundo eles, seria de 42 mil hectares que abrangeria as cidades de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves. Na cidade, várias audiências públicas com representantes políticos pediam a intervenção nesse processo.
Ao G1, o departamento explicou que há 12 requerimentos de permissão de lavra garimpeira para o ouro na região do Vale do Juruá e que os pedidos englobam ainda a cidade amazonense de Guajará. A área de exploração desses pedidos, somadas, chegam a 110 mil hectares. “Esses processos ainda encontram-se na fase de requerimento e o DNPM estuda o caso, não tendo decidido conclusivamente sobre os mesmos”, destaca a nota do DNPM.
O advogado do grupo de empresários em Cruzeiro do Sul, Frederico Filipe, diz que teme pela degradação do meio ambiente. Porém, o órgão rebate e diz que qualquer atividade de extração de minério degrada o meio ambiente. “Eles não estão agindo fora da lei, são amparados. Só que eles ainda não têm a concessão. Precisam seguir várias etapas. Nosso objetivo é tentar retirar as áreas produtivas que já estão consolidadas para poderem voltar a operar. Para mim, não há harmonia entre o garimpo e o meio ambiente. Nossa região é rica em biodiversidade, com bacia hidrográfica cheia de nascente de rios”, defende.
Além disso, o DNPM diz que a própria atividade já realizada na região já degrada o meio ambiente e que são seguidas medidas para amenizar esse impacto. “Em regra, toda a atividade de mineração degrada o meio ambiente (quer seja para ouro, quer seja para argila ou areia). Por esta razão, todo processo de concessão de títulos minerários para lavra (extração mineral), requer em sua instrução o licenciamento ambiental. Deste modo, antes da autorização, o município e o estado manifestam-se tendo em vista o rito processual exigido em lei, principalmente com base nas resoluções do Conama [Conselho Nacional do Meio Ambiente]”, destaca o órgão.
Demissões
Com as atividades paradas, os empresários alertam para uma onda de demissões no setor. A expectativa é que 150 pessoas sejam demitidas de seus empregos. O dono de um dos areais suspensos, Jorge Ponce, diz que já pensa em demitir seus funcionários.
“Tenho nove funcionários, mas, acredito que ao todo esta interdição afete 150 pessoas que trabalham nas cerâmicas e areais. Não tenho mais areia para atender meus clientes. Do jeito que está, devo demitir todos e fechar minha empresa. O prejuízo pode ser bem maior. Tem a construção civil que depende de barro e areia e daqui mais uns dias ninguém terá para fornecer”, diz.
O funcionário de um areal, Adailton Mariano, de 31 anos, diz que está preocupado com a demissão e como vai sustentar a família.
“Tenho mulher e dois filhos. Agora ninguém pode mais retirar areia. Espero que as autoridades possam ver uma maneira de podermos voltar a trabalhar. Sem emprego não sei como vou fazer para sustentar minha família. Meu patrão já reuniu e disse que dessa maneira não vai poder manter todos nós”, conta.
Em contraponto, o DNPM alega que as fiscalizações vão continuar no Vale do Juruá e destaca que é impossível as empresas trabalharem fora do que a legislação exige. “É neste contexto, portanto, que os requerimentos de permissão de lavra garimpeira para ouro serão analisados, gestão da outorga de títulos e fiscalização da atividade minerária, especialmente, considerando o exigido pela que rege a lavra garimpeira”, destaca o órgão.
O presidente da Associação Comercial do Alto Juruá, Assem Cameli, teme ainda que o desemprego afete outros setores do comércio. “É um absurdo a vinda dessa mineradora dessa maneira. Deveria chegar e comprar uma área. Acho que a forma como está querendo chegar é que é errado. Não dá para alguém vir e inesperadamente ser o dono de todo o subsolo da região. Esse embargo das cerâmicas e areais terá um reflexo maior. Os preços vão aumentar. Já pensou quem vai construir e comprar tijolos e areia em Tarauacá ou Feijó? Quando um trabalhador perde o emprego o reflexo é direto no comércio”, finaliza.
Fonte: G1

Mineradora norueguesa é alvo de 34 ações do MPF no Pará

Mineradora norueguesa é alvo de 34 ações do MPF no Pará


O governo brasileiro recebeu críticas e foi cobrado em relação a sua política ambiental pelo governo da Noruega. O país europeu – principal financiador do Fundo Amazônia -, anunciou corte de metade dos recursos enviados por causa do aumento do desmatamento no Brasil. Mas a política de exploração de petróleo e gás da Noruega também é alvo de críticas de ambientalistas e entidades como o Greenpeace.
No Brasil, o foco é a atuação de uma mineradora que tem como principal acionista o Estado Norueguês. A questão foi levantada pela empresa de comunicação pública britânica BBC. A Hydro tem sido alvo de ações judiciais e denúncias do Ministério Público Federal (MPF) por danos ao meio ambiente. Entre as acusações que pesam contra a empresa, está a contaminação de rios e expansão da extração de bauxita para territórios quilombolas.
Para o Procurador Federal Bruno Valente, as atividades de mineração da empresa tem impactado comunidades quilombolas, indígenas e populações ribeirinhas. Trinta e quatro ações judiciais e investigações em trâmite no Pará, abertas a partir da atuação do Ministério Público Federal, citam a Hydro. A mineradora estrangeira está presente em três estados brasileiros. Rio de Janeiro, São Paulo e Pará.
A maioria das operações ocorrem em cidades paraenses. Em Trombetas, oeste do estado, a Hydro é acionista da Mineração Rio do Norte. No nordeste paraense a empresa é proprietária de uma mina de bauxita, em Paragominas, além da refinaria Hydro Alunorte e da fábrica de alumínio Albras, ambas instaladas no Polo Industrial de Barcarena.
De acordo com a própria mineradora, um vazamento de resíduos de bauxita proveniente da Alunorte gerou na Justiça mais de 5.300 processos. Apesar de ainda haver pendências judiciais relacionadas ao caso, a maioria teve decisão favorável a empresa. O motivo seria a falta de comprovação de que os danos sofridos foram causados pelo consumo da água contaminada com resíduos de bauxita.
A mineradora destaca que além de reabilitar as áreas onde a companhia realiza atividades de mineração, também reabilita áreas que foram abertas antes da aquisição, em 2011. O governo da Noruega não retornou o nosso contato.
Fonte: EBC



   

Técnicas avançadas e sustentabilidade fazem a mineração inovadora

Técnicas avançadas e sustentabilidade fazem a mineração inovadora


Segundo o professor aposentado da Escola Politécnica da USP Arthur Chaves, a mineração é um setor que ainda não tem reconhecimento necessário, apesar de sua importância. Ele explica que inovações nas técnicas de separação de partículas e em equipamentos têm trazido mais eficiência. Além disso, a preocupação com o meio ambiente tem sido cada vez mais presente no setor.
O professor ainda comenta o caso de Mariana, que foi uma surpresa para os profissionais da área devido à alta qualidade técnica da Samarco, conhecida pelo pioneirismo em todo o mundo. Ele ainda explica como as inovações têm sido utilizadas para mitigar o estrago deixado pela tragédia em Minas Gerais.
Jornal da USP, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.
Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 93.7, em Ribeirão Preto FM 107.9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular.
Fonte: Jornal da USP

Preços de commodities ficam praticamente estáveis em junho

Preços de commodities ficam praticamente estáveis em junho


Os preços das commodities, produtos primários com cotação internacional, ficaram praticamente estáveis em junho. O Índice de Commodities Brasil (IC-Br), calculado mensalmente pelo Banco Central (BC), apresentou queda de 0,02%, em junho comparado a maio. Em 12 meses encerrados em junho, o índice registrou retração de 4,63% e no acumulado do ano, de 3,94%.
O IC-Br é calculado com base na variação em reais dos preços de produtos primários (commodities) brasileiros negociados no exterior. O BC observa os produtos que são relevantes para a dinâmica dos preços ao consumidor no Brasil. No mês passado, o segmento de energia (petróleo, gás natural e carvão) registrou queda de 0,9%, enquanto o de metais (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel) subiu 1,68%.
O segmento agropecuário (carne de boi, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz e carne de porco) registrou queda de 0,35%. O índice internacional de preços de commodities CRB, calculado pelo Commodity Research Bureau, registrou alta de 5,04% em junho e de 1,65%, em 12 meses.
Fluxo cambial
Hoje (5), o Banco Central também divulgou os dados da entrada e saída de dólares do país no mês de junho. O resultado ficou negativo, ou seja, a saída superou a entrada em US$ 4,301 bilhões. O fluxo negativo veio do segmento financeiro, com saldo em US$ 8,928 bilhões, enquanto o resultado comercial ficou positivo em US$ 4,627 bilhões.
No primeiro semestre, o fluxo cambial ficou positivo em US$ 7,478 bilhões. O fluxo financeiro apresentou resultado negativo de US$ 24,051 bilhões, enquanto o comercial ficou positivo em US$ 31,529 bilhões.
Fonte: IstoÉDInheiro