segunda-feira, 10 de julho de 2017

Petrobras e UTC discordam sobre contratos em plataformas em Campos

Petrobras e UTC discordam sobre contratos em plataformas em Campos

segunda-feira, 10 de julho de 2017 20:20 BRT
 

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SÃO PAULO (Reuters) - A UTC informou nesta segunda-feira que a Petrobras decidiu não aditar contratos de manutenção de 12 plataformas da estatal, ao passo que a petroleira disse que a empresa de engenharia decidiu interromper unilateralmente a prestação de serviços, em meio a uma disputa que poderia afetar as operações. Os contratos se referem às plataformas P-18, P-19, P-20, P-26, P-33, P-35, P-37, P-50, P-52, P-54, P-55 e P-62, todas localizadas na Bacia de Campos, o principal polo de produção de petróleo do Brasil, segundo a UTC. "Dentro do propósito de defender os interesses e os direitos trabalhistas de seu qualificado quadro de funcionários, a UTC continua tentando, junto à Petrobras, a regularização e aditamento dos contratos", afirmou a companhia, uma das empresas envolvidas no escândalo de corrupção investigado na operação Lava Jato, que atingiu também a estatal. A Petrobras, por sua vez, afirmou em nota que houve uma decisão da UTC de interromper a prestação de serviços de construção e montagem em plataformas na Bacia de Campos. A estatal afirmou ainda que a decisão da UTC "ocorreu de forma unilateral e após intensa tentativa de negociação por parte da Petrobras, na busca de uma solução que priorizasse os trabalhadores envolvidos". Segundo a estatal, "medidas contingenciais estão sendo tomadas para garantia da continuidade operacional e manutenção da segurança das instalações". A Petrobras relatou que "não solicitou a desmobilização do efetivo da UTC, uma vez que os contratos de prestação de serviços ainda estão vigentes e as obrigações assumidas pela companhia estão sendo regularmente cumpridas". "Inclusive, a Petrobras antecipou, no último dia 5/7, os pagamentos à UTC previstos para o final do mês de julho. Esta antecipação foi excepcionalmente aprovada após pedido da UTC e teria como objetivo garantir o pagamento dos salários de junho dos empregados da empresa." Ainda assim, ressaltou a Petrobras, a empresa "foi surpreendida com a decisão da UTC de desmobilização do seu efetivo a bordo". A estatal informou também que retenções parciais de recursos realizadas pela Petrobras em junho e julho de 2017 se referem a falhas da UTC na execução de serviços contratados, em 2011, com a Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul, e que "este procedimento está de acordo com o previsto nos contratos celebrados entre as partes". A Petrobras disse que adotará as medidas administrativas e judiciais cabíveis no caso. Paralelamente, nesta segunda-feira, a UTC assinou um acordo de leniência no qual a companhia se compromete a ressarcir aos cofres públicos federais 574 milhões de reais relativos a fraudes em 29 contratos de licitação das estatais Petrobras, Eletrobras e Valec, informou a Advocacia-Geral da União. (Por Roberto Samora)

Wall St começa semana com otimismo, impulsionada pelo setor de tecnologia

Wall St começa semana com otimismo, impulsionada pelo setor de tecnologia

segunda-feira, 10 de julho de 2017 18:15 BRT
 


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NOVA YORK (Reuters) - As ações dos Estados Unidos avançaram nesta segunda-feira, lideradas por ganhos dos papéis do setor de tecnologia, com investidores otimistas antes da divulgação dos resultados trimestrais. O índice Dow Jones caiu 0,03 por cento, a 21.408 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,09 por cento, a 2.427 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,38 por cento, a 6.176 pontos. O índice de tecnologia do S&P 500 avançou 0,8 por cento, seguido de um ganho de 0,6 por cento no índice do setor de matérias primas. Espera-se que as empresas do setor de tecnologia tenham registrado crescimento do lucro mais forte no segundo trimestre, de acordo com dados da Thomson Reuters. "Você teve um pouco de venda no setor de tecnologia nas últimas semanas", disse Jeff Carbone, sócio-gerente da Cornerstone Financial Partners. "Isso mostra que os investidores podem estar vendo oportunidades para entrar ... enquanto nos dirigimos para a temporada de lucros." As empresas norte-americanas começaram a divulgar os resultados do segundo trimestre, com os relatórios da semana passada de grandes bancos dos EUA, incluindo JPMorgan Chase, Wells Fargo e Citigroup. A expectativa é que o lucro consolidado das empresas do S&P 500 tenha alta de 7,9 por cento no segundo trimestre na comparação com o ano anterior. O setor de saúde caiu 0,3 por cento, enquanto os investidores esperavam clareza sobre a revisão da legislação de saúde proposta em Washington. As ações da Snap recuaram abaixo do preço do oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de 17 dólares pela primeira vez, atingindo a mínimo de 16,95 dólares. A ação fechou cotada a 16,99 dólares, queda de 1,1 por cento. O depoimento semestral da chair do Fed, Janet Yellen, deve ser o destaque desta semana para os investidores que procuram indícios de aumentos adicionais dos juros. Ela falará na quarta e quinta-feira.
 

A segunda-feira de fusões chegou à Ásia.

A segunda-feira de fusões chegou à Ásia.
As empresas asiáticas anunciaram cerca de US$ 19 bilhões em transações em menos de 24 horas, gerando o início de semana mais movimentado para os negócios da região em quase um ano, segundo dados compilados pela Bloomberg. O dia foi encabeçado pelo bilionário Sun Hongbin, que selou a maior aquisição imobiliária da história da China nesta segunda-feira, seguido de um acordo para criar a maior empresa de transporte marítimo operando nas rotas comerciais do Oceano Pacífico.
A série de transações desta semana é um raio de esperança para os banqueiros de investimento da região, que viram os volumes caírem depois que o governo chinês alertou sobre riscos nos investimentos no exterior e reprimiu alguns tipos de negócios. As fusões e aquisições asiáticas caíram 13 por cento no período de seis meses terminado em junho, para US$ 495,5 bilhões, pior primeiro semestre desde 2014, mostram dados compilados pela Bloomberg.
“É raro ver várias transações serem anunciadas em um curto espaço de tempo”, disse Steven Leung, diretor-executivo da UOB Kay Hian em Hong Kong, por telefone. “A segunda-feira de fusões é mais comum nos EUA devido à grande quantidade de negócios.”
Transportadora de contêineres
A sequência começou na noite de domingo, quando a transportadora de contêineres estatal chinesa Cosco Shipping Holdings ofereceu US$ 6,3 bilhões pela Orient International, sua rival de Hong Kong. Depois, na manhã de segunda-feira, a Dalian Wanda Group anunciou dois negócios avaliados em um total combinado de US$ 9,3 bilhões para venda de ativos como parques temáticos e hotéis para a Sunac China Holdings.
A construtora chinesa Future Land Development Holdings afirmou antes da abertura do mercado, na segunda-feira, que está se preparando para anunciar uma possível oferta para privatização da empresa, que tem um valor de mercado de US$ 2 bilhões. A Wanda Film Holding, do magnata do setor imobiliário Wang Jianlin, também revelou detalhes de uma possível compra, afirmando que planeja emitir novas ações para adquirir a divisão de produção de filmes de sua empresa controladora Wanda Pictures.
“Os negócios ocorrem em setores que estão prontos para consolidação”, disse Sam Lee, diretor de pesquisa de ações da unidade de Hong Kong da China Merchants Securities. “Os setores de transporte marítimo e de imóveis da China estão enfrentando um ambiente operacional difícil, por isso as empresas desses setores podem querer ganhar participação de mercado e competitividade por meio de fusões e aquisições.”
A última vez com tantos negócios na Ásia foi em 18 de julho do ano passado, quando as empresas, lideradas pela SoftBank Group, iniciaram a semana fechando mais de US$ 30 bilhões em transações, mostram dados compilados pela Bloomberg. A SoftBank, apoiada pelo bilionário Masayoshi Son, anunciou um acordo de segunda-feira para compra da desenvolvedora de chips ARM Holdings logo depois que o Reino Unido decidiu, em referendo, deixar a União Europeia. No mesmo dia, um grupo de investidores chineses afirmou que compraria o negócio de navegadores web da desenvolvedora norueguesa Opera Software.
Anunciar acordos às segundas-feiras permite que os banqueiros e os advogados passem o fim de semana estabelecendo os termos finais de uma transação, sem se preocupar com vazamentos durante as horas de negociação e com os requisitos para manter os investidores informados. A prática é utilizada principalmente nos EUA e na Europa, mas sua importância poderia crescer em mercados como a China, onde as empresas precisam suspender o trading quando negociam uma transação importante.
Fonte: Bloomberg

Indústria do cimento piora projeção de vendas no Brasil em 2017

Indústria do cimento piora projeção de vendas no Brasil em 2017

segunda-feira, 10 de julho de 2017 18:43 BRT
 

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SÃO PAULO (Reuters) - O setor produtor de cimento do Brasil piorou sua estimativa de vendas em 2017 nesta segunda-feira, pressionado pela crise econômica atravessada pelo país e falta de confiança de investidores diante das incertezas políticas em torno do presidente Michel Temer. A entidade que representa o setor, Snic, ampliou a faixa de previsão de queda nas vendas de 5 a 7 por cento definida no início do ano para 5 a 9 por cento. A ampliação na expectativa negativa ocorreu apesar da manutenção da tendência de desaceleração na queda das vendas. "O cenário de referência de queda de 6 por cento passou a 7 por cento... Ainda que temos uma desaceleração na queda, a incerteza política fez com que a gente ampliasse a queda", disse o presidente do Snic, Paulo Camillo Penna, à Reuters. Ele se referiu ao futuro do governo de Michel Temer. Nesta segunda-feira, o relator da denúncia contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), disse que a acusação feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) não é inepta e votou por sua admissão. Temer é acusado de corrupção passiva no âmbito da delação premiada de executivos da J&F, holding que controla a JBS. "Não se tem crédito, aumento de renda, confiança, que basicamente seria o componente fundamental para investimento em obras públicas. Estas ficam ameaçadas em função da instabilidade política", disse Penna. Em junho, as vendas totais da indústria de cimento do Brasil caíram 8,7 por cento sobre o mesmo período do ano passado, para 4,454 milhões de toneladas. Sobre maio, houve queda de cerca de 2 por cento. No acumulado do primeiro semestre, as vendas do setor tiveram queda de 9 por cento, em comparação com o primeiro semestre de 2016, a 26,034 milhões de toneladas. Segundo o presidente do Snic, o índice de capacidade ociosa do setor em junho se manteve em 45 por cento, algo que deve se aproximar a 50 por cento até o final do ano, mantida a nova projeção da entidade para 2017. Em 2016, o setor vendeu 57,4 milhões de toneladas de cimento. "Temos um volume imenso de imóveis retomados por bancos e as próprias incorporadoras ainda têm estoques muito grandes... Se tiver algum movimento de recuperação, não acredito que terá fôlego diante da instabilidade política", disse Penna. Ele afirmou que a desaceleração nas quedas nas vendas em cada mês na comparação com o mesmo período do ano passado ocorre diante de iniciativas pontuais que incluem medida do governo federal para concessão de crédito para reformas, liberação de saques de contas inativas do FGTS e alguns movimentos municipais de obras como corredores de ônibus. (Por Alberto Alerigi Jr.)

EXCLUSIVO-J&F encerra conversas para venda da Alpargatas por desacordo sobre preço, diz fonte

EXCLUSIVO-J&F encerra conversas para venda da Alpargatas por desacordo sobre preço, diz fonte

segunda-feira, 10 de julho de 2017
 


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Funcionário usa camisa com logo da marca Havaianas em loja em São Paulo. 23/11/2015 REUTERS/Nacho Doce
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Por Tatiana Bautzer e Guillermo Parra-Bernal SÃO PAULO (Reuters) - A J&F Investimentos encerrou as conversas para a venda de sua participação majoritária na Alpargatas para o grupo formado por Cambuhy Investimentos e Itaúsa Investimentos por conta de diferenças em relação ao preço, disse uma pessoa com conhecimento direto do assunto no domingo. De acordo com a fonte, a J&F não cedeu à pressão da Cambuhy Investimentos e da Itaúsa para que reduzisse o preço pedido por sua fatia controladora de 86 por cento na Alpargatas ao término do período de exclusividade das negociações, no domingo. A fonte se recusou a informar o tamanho da diferença de preço. Mais cedo no domingo, a Reuters noticiou que Cambuhy e Itaúsa haviam oferecido entre 3,3 bilhões e 3,5 bilhões de reais pela Alpargatas. [nL1N1K0075] Cambuhy, Itaúsa e Bradesco não comentaram. A J&F não tinha um comentário de imediato sobre o assunto. A J&F, holding que controla a fortuna da família Batista, precisa levantar capital para pagar uma multa recorde de 10,3 bilhões de reais prevista no acordo de leniência e refinanciar empréstimos a vencer. Em maio, os irmãos Joesley e Wesley Batista assinaram acordo de leniência após admitirem o pagamento de propinas a cerca de 1.900 políticos. [nL1N1IX1FG] Os Batista retomarão a venda da Alpargatas por meio de processo competitivo "o mais breve possível", disse a fonte, que pediu anonimato por causa da sensibilidade do assunto. A J&F contratou o Bradesco BBI como consultor na operação. As ações ordinárias da Alpargatas dispararam 35 por cento nos últimos três meses em meio a especulações de que os Batista a colocariam à venda. Os papéis acumulam valorização de 63 por cento neste ano. Segundo a fonte, a J&F busca um preço mais elevado pela sua fatia controladora na Alpargatas, que administra uma ampla variedade de marcas de moda, incluindo a Osklen. Criados em 1962 durante o movimento da Bossa Nova, os chinelos Havaianas da empresa são usados mundialmente por celebridades. A Itaúsa administra a fortuna das famílias Villela e Setubal, que controla o Itaú Unibanco, maior banco privado da América Latina em termos de ativos. A Cambuhy, por sua vez, é o veículo de investimento da bilionária família Moreira Salles, que também é acionista do Itaú.Tanto Cambuhy quanto Itaúsa informaram reguladores em 26 de junho que, se a proposta fosse bem-sucedida, dividiriam igualmente a participação na Alpargatas. A Reuters noticiou a oferta preliminar feita pelo grupo em 16 de junho. [nE6N1HD02P] RITMO DAS NEGOCIAÇÕES As conversas entre J&F e o grupo formado por Cambuhy e Itaúsa ganharam ritmo nos últimos dias, enquanto os credores pressionavam os Batista a renegociar mais de 30 bilhões de reais de dívidas da holding e da JBS, a maior produtora de carnes do mundo. A família Batista planejava usar os recursos provenientes da venda da Alpargatas para pagar um empréstimo de 2,7 bilhões de reais obtido junto à Caixa Econômica Federal, conforme noticiado pela Reuters no domingo. O empréstimo é alvo de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) por possíveis irregularidades. Os Batista compraram em dezembro de 2015 a Alpargatas do conglomerado Camargo Corrêa [PMORRC.UL], que também estava envolvido no escândalo de corrupção da Lava Jato. As fatias controladoras da J&F na fabricante de produtos lácteos Vigor e na produtora de celulose Eldorado Brasil também foram colocadas à venda e o processo está avançando, segundo informou a Reuters nas últimas semanas. A venda das participações na Alpargatas, na Vigor e na Eldorado podem render 10 bilhões de reais à J&F e reduzir o endividamento da holding em mais de 10 bilhões de reais, disse à Reuters no domingo a pessoa familiarizada com a estratégia da família Batista.