quarta-feira, 12 de julho de 2017

Usiminas elevará em 10,7% preço de laminados a quente nos próximos dias

Usiminas elevará em 10,7% preço de laminados a quente nos próximos dias


A Usiminas elevará em 10,7 por cento os preços dos produtos laminados a quente para a rede de distribuição, informou a siderúrgica em comunicado nesta quarta-feira. O reajuste, que entrará em vigor nos próximos dias, reflete a recuperação das cotações no mercado internacional em função da demanda maior por aços planos no exterior, esclareceu a empresa.
Fonte: Reuters

“O Brasil parou de pensar, esqueceu o que é planejar”

“O Brasil parou de pensar, esqueceu o que é planejar”

 Por pouco não sai negócio no final da entrevista entre Walter Dissinger, presidente da Votorantim Cimentos, e Paulo Cesar de Souza e Silva, comandante da Embraer. “Você, que viaja bastante para visitar as fábricas, deveria comprar um jato executivo da Embraer”, sugeriu Silva. “E se você for construir uma nova fábrica da Embraer, conte com o nosso cimento”, devolveu, bem-humorado, Dissinger.
Não se sabe ao certo se a troca de avião por cimento foi adiante (ficamos imaginando quantos sacos de cimento pagariam um Phenom 300), mas o saldo da conversa entre os líderes de dois dos maiores símbolos do capitalismo brasileiro foi bem além da suposta transação comercial. Em pouco mais de uma hora de bate-papo, o americano criado na Alemanha e apaixonado pelo Brasil, extraiu do novíssimo presidente da Embraer – Silva está há seis meses no cargo – importantes revelações.
Uma delas: a criação de uma nova área de negócios na empresa, uma espécie de consultoria que usará muita tecnologia para oferecer, segundo ele, serviços inéditos aos clientes. Uma equipe alocada no Vale do Silício estará antenada em tendências como realidade virtual para dar às companhias aéreas a possibilidade de “voar” de maneira mais inteligente. Silva diz como na entrevista a seguir.
Dissinger, por sua vez, revela o que pretende fazer para inovar em seu setor e atrair talentos para a “pouco sexy” indústria do cimento. Também diz de onde vem a paixão pelo Brasil. “Na Alemanha, as coisas mudam muito pouco. É 1% para cima ou 1% para baixo. Emoção mesmo é aqui, e eu gosto disso.” E por falar em Brasil e Alemanha, para quem será que o executivo torceu na semifinal da Copa de 2014?  Silva fez a pergunta a Dissinger. Vale conferir a resposta.
Walter Dissinger Como você avalia o momento atual do Brasil? Será que o país vai decolar?
Paulo Cesar de Souza e Silva O país está encontrando seu caminho, a equipe econômica é muito boa e sabe exatamente onde é possível atuar. As reformas estão surgindo – as PECs do Teto, Previdência e Trabalhista são transformadoras e necessárias. Dão o direcionamento para o futuro do país. Sabemos, por exemplo, que se não fizermos a reforma da previdência, esse país quebra em 2022. Não tem como escapar dessas medidas.
Dissinger Como a empresa reagiu a essa crise interna e externa nos últimos anos?
Silva Na prática, o que mais nos afeta é o câmbio, que foi de US$ 4,15 para US$ 3,10. No terceiro trimestre de 2016, nosso estoque era de US$ 2,5 bilhões. Esse estoque entrar com uma taxa e sair com outra é bem ruim. A volatilidade do câmbio, portanto, compromete muito o planejamento. Se tivéssemos menos inconstância, conseguiríamos planejar melhor. Mas é preciso dizer também que o momento é difícil para todos. Os Estados Unidos têm a promessa de crescer mais, mas até agora o que se viu foi uma evolução de 1,8% ou 2%. China e Índia crescem menos do que estavam acostumadas. A Rússia está no zero a zero, e o Brasil perdeu 8% do PIB em três anos. A gente, que tem 90% do faturamento no exterior, conseguiu driblar um pouco os problemas investindo lá atrás, para estar atualizado hoje. Temos produtos para a aviação executiva e comercial que chegam ao mercado agora em 2018. Mas também vemos um cenário muito difícil à frente: pense que, em 2008, foram entregues 1.350 jatos executivos. Ano passado, foram 648 unidades. Ou seja, a metade disso.
Época NEGÓCIOS  Quais os impactos, para a Embraer, dessa onda de neoprotecionismo no mundo?
Silva Se houver barreira de entrada em alguns países, podemos ter problemas. Mas eu não acredito que o mundo vai caminhar para um bloqueio a ponto de afetar a aviação como um todo. É muito cedo para analisar o que o Donald Trump irá fazer, como será sua administração. Prefiro olhar para um outro lado. Enquanto nos Estados Unidos e na Europa a aviação cresce a 1%, 1,5%, na Ásia ela está crescendo 12% ao ano. Há muitas oportunidades.
Dissinger A Embraer é um exemplo de inovação no Brasil. Que lições poderia dar aos demais setores da economia?
Silva Investimos 10% do nosso faturamento anual em pesquisa e desenvolvimento, e quando olhamos para os países que mais se desenvolveram nos últimos anos vemos que eles têm como pilar exatamente essa prioridade na inovação. Mas é preciso vincular inovação a educação no Brasil. Quanto mais investimentos na educação, mais inovação teremos. O país precisa pensar mais no longo prazo. Nós, brasileiros, paramos de pensar, de planejar. Isso é papel do governo, mas também do empresariado. A verdade é que são tantas crises na história do país que acabamos nos acostumando a olhar apenas para o curto prazo.
Dissinger Na Alemanha, muitos executivos que já trabalharam no Brasil foram promovidos, porque adquiriram essa capacidade de reagir rápido a qualquer mudança. As crises talvez tenham dado aos profissionais daqui esse jogo de cintura. Agora, uma pergunta complexa: como você consegue, no dia a dia, gerenciar o longo prazo, os ciclos longos da aviação e, do outro lado, gerir o curto prazo, cortando custos e sendo mais eficiente?
Silva Esse é nosso maior desafio. A indústria aeroespacial é muito complexa em termos de cadeia, desenvolvimento de produtos e maturação dos investimentos. Para lançar um produto, por exemplo, demoramos em média três anos. É o tempo para você fazer pesquisas, descobrir o que falta ao mercado e também para a engenharia transformar esses insights em produtos. Feito isso, serão mais seis anos em média para que o produto chegue ao mercado. E a questão crucial é: eu preciso tomar todas essas decisões sem saber como o mercado vai estar daqui a dez anos. Vou te dar um exemplo. Há alguns anos, o petróleo estava a US$ 130 e isso motivou as fabricantes a lançar motores que consomem 15% menos combustível. O combustível, na ocasião, representava 40% do custo de uma empresa aérea. Foi então que Boeing, Bombardier, Mitsubishi começaram a produzir novos aviões com esses motores. Nós também investimos US$ 1,7 bilhão em um avião que ficará pronto em 2018. Mas hoje a equação econômica mudou completamente. O petróleo está em US$ 45, e o custo das empresas aéreas com combustível é de 25%. Ou seja: a atratividade desse investimento não é mais a mesma. Eu diria para você que é uma gestão cheia de emoções fortes.
Fonte: Época Negócios

Setor de mineração atinge superávit de US$ 11,5 bilhões

Setor de mineração atinge superávit de US$ 11,5 bilhões


O setor mineral arrecadou US$ 11,5 bilhões ao longo do primeiro semestre deste ano. A balança foi superavitária, já que os exportações com mineração e transformação mineral arrecadaram US$ 22,6 bilhões, enquanto que as importações foram de  US$ 11,1 bilhões. Com isso, o setor representou 21% de todas as vendas do País no mercado externo. O desempenho foi puxado principalmente pela vendas de minério de ferro, cujo valor de mercado também subiu. As exportações do produto corresponderam a 44% de todo o comércio exterior do setor mineral.
A exportação de ouro também se destacou no período e atingiu US$ 1,4 bilhão, também influenciada pela alta dos preços das commodities de mineração. Já as importações da mineração totalizaram US$ 3,9 bilhões, apresentando crescimento de 53%, justificado pelo aumento, tanto em volume como valor, das importações de carvão metalúrgico e potássio.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério de Minas e Energia


Votorantim Metais busca IPO em Toronto avaliada em US$4 bi, dizem fontes

Votorantim Metais busca IPO em Toronto avaliada em US$4 bi, dizem fontes


A Votorantim Metais, uma das maiores produtoras de metais básicos da América Latina, está buscando levantar 750 milhões de dólares em uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em Toronto que pode avaliar a companhia em 4 bilhões de dólares, disseram duas fontes com conhecimento do assunto.
A companhia sediada em São Paulo, conhecida como VMH, pretende precificar a oferta entre setembro e dezembro, disseram as fontes. A operação deve permitir à controladora Votorantim SA liberar recursos para financiar investimentos em outras áreas, acrescentaram. O conglomerado tem dívida de cerca de 15 bilhões de reais. Segundo uma das fontes, a VMH completou um plano de três estágios de preparação para o IPO que durou quase três anos. A Votorantim SA e a VMH contrataram quatro bancos de investimento internacionais para assessorarem a operação, disseram as fontes sem revelar os nomes.
Procurada, a Vororantim Metais disse que não comentaria rumores de mercado. “As avaliações de opções estratégicas visando o melhor interesse da Companhia e de seus acionistas são constantes, porém não tratamos de nossos planos, possibilidades ou seu contexto temporal”, informou em nota. O IPO dará à VMH acesso a uma ampla base de investidores que apostam na recuperação de longo prazo dos preços do zinco, cobre, chumbo e prata.

Ofertas

A VMH é a mais recente em uma lista de empresas brasileiras que estão buscando IPOs nos próximos meses para reequilibrarem suas estruturas de capital e abrirem caminho para futuras expansões. Depois de considerar tanto Nova York quanto Toronto, a VMH optou pela bolsa de valores canadense (TSX) por causa da experiência dela em IPOs relacionados a mineração, disseram as duas fontes. A TSX tem mais mineradoras listadas que qualquer outra bolsa de valores.
Com presença no Brasil e Peru, onde detém o controle da Cia Minera Milpo, a VMH opera cinco complexos industriais em Minas Gerais e em Cajamarquilla, no Peru. A VMH também tem escritórios comerciais em Houston e Luxemburgo. No ano passado, investimentos em zinco e produtos relacionados representaram 11 por cento do investimento da Votorantim de cerca de 3 bilhões de dólares. Estes investimentos incluem esforços para ampliar a vida útil da mina Vazante no Brasil por mais 10 anos. Em abril, fontes disseram à Reuters que Morgan Stanley, JPMorgan Chase e Bank of America estavam disputando direito para assessorarem o IPO da VMH.
Fonte: Reuters

terça-feira, 11 de julho de 2017

Bovespa tem leve alta à espera de votação da reforma trabalhista no Senado

Bovespa tem leve alta à espera de votação da reforma trabalhista no Senado


SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista tentava firmar-se no território positivo nesta terça-feira, com o cenário político no centro das atenções, no dia em que o plenário do Senado deve votar a reforma trabalhista e de olho no andamento da denúncia contra o presidente Michel Temer.
Às 12:09, o Ibovespa .BVSP subia 0,56 por cento, a 63.379 pontos. O giro financeiro era de 1,49 bilhão de reais.
Antes da crise que atingiu o Planalto em meados de maio, o Ibovespa vinha em uma trajetória positiva, buscando se aproximar dos 70 mil pontos, amparado na expectativa pela aprovação das reformas no Congresso. No entanto, a crise lançou dúvidas sobre a capacidade de avanço nessas medidas e, embora a percepção geral seja de aprovação da reforma a trabalhista, ainda há dúvidas sobre o andamento do texto da Previdência.
"Tal votação (reforma trabalhista) se coloca como chave para a manutenção do sangue frio de investidores que... tentam encontrar um desfecho positivo ao ajuste fiscal em meio à baderna política que temos vivenciado", escreveu a equipe da corretora H.Commcor em nota a clientes.
A votação ocorre um dia após o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) apresentar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) parecer favorável para que a Câmara dos Deputados autorize o Supremo Tribunal Federal (STF) a julgar a denúncia contra o presidente Michel Temer ao entender que há "sólidos" indícios da prática do crime de corrupção passiva. [nL1N1K11R1]
São necessários 34 dos 66 votos para que o relatório de Zveiter seja aprovado na CCJ. Já no plenário da Câmara são necessários dois terços dos votos para autorizar que o STF analise a denúncia, ou seja, ao menos 342 dos 513 deputados. Seja qual for o resultado na CCJ, a autorização para a denúncia será votada no plenário. [nL1N1K11R1]

Destaques

- PETROBRAS PN (PETR4.SA) avançava 1,42 por cento e PETROBRAS ON (PETR3.SA) tinha valorização de 1,65 por cento, acompanhando o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional.
- VALE PNA (VALE5.SA) subia 1,09 por cento e VALE ON (VALE3.SA) tinha alta de 0,77 por cento, mantendo o tom positivo da véspera e acompanhando a alta dos contratos futuros do minério de ferro na China. [nL4N1K22GY]
- CSN ON (CSNA3.SA) avançava 4,68 por cento, no melhor desempenho do Ibovespa, também na esteira dos ganhos para os contratos do minério de ferro e do aço na China. USIMINAS PNA USIM5.SA ganhava 1,22 por cento.
- EMBRAER ON (EMBR3.SA) subia 1,85 por cento, após anunciar entregas do segundo trimestre de 35 jatos comerciais e 24 jatos executivos. Para a equipe do BTG Pactual os números dão uma sinalização positiva para a receita no período. [nL1N1K20D9] [nL1N1K20I1]
- ELETROBRAS ON (ELET3.SA) caía 2,3 por cento e ELETROBRAS PNB (ELET6.SA) perdia 1,71 por cento, entre os destaques negativos do Ibovespa, mantendo o movimento de ajuste da véspera após as fortes altas na semana passada devido à divulgação de plano do governo de ampla reforma para o setor elétrico.
Fonte:  Reuters