quinta-feira, 13 de julho de 2017

JBS diz que tribunal liberou venda de ativos para Minerva

JBS diz que tribunal liberou venda de ativos para Minerva




Logo da JBS é visto em unidade em Jundiaí, São Paulo 01/06/2017Paulo Whitaker
SÃO PAULO (Reuters) - A JBS informou nesta quinta-feira que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região concedeu liminar revertendo a decisão judicial que proibia a empresa de alimentos de negociar ativos, incluindo as operações de carne bovina na Argentina, Uruguai e Paraguai para subsidiárias da Minerva.
A companhia disse, em fato relevante, que a Justiça a autorizou a "dar curso normal às suas atividades, para comprar e também para vender bens componentes de seu ativo, em especial a totalidade das ações de suas subsidiárias detentoras das operações de carne bovina na Argentina, Paraguai e Uruguai ao Grupo Minerva".
Em 6 de junho, a JBS anunciou acordo para venda dos negócios para Minerva por 300 milhões de dólares, dos quais 280 milhões seriam pagos em dinheiro no fechamento da transação e o restante depois da conclusão do processo de due diligence.
Mas a transação estava suspensa desde o dia 21 de junho, quando a Justiça Federal de Brasília a barrou sob a justificativa de que a alienação dos ativos poderia comprometer o esclarecimento de fatos investigados no âmbito da delação firmada pelos executivos da J&F Investimentos, holding que controla a maior produtora de carnes do mundo.
A JBS ressaltou ainda que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) emitiu em 6 de julho parecer favorável à aprovação sem restrições da venda dos negócios de carne bovina na Argentina, Paraguai e Uruguai para as subsidiárias da Minerva.
A Reuters havia noticiado o aval da superintendência-geral do Cade em 10 de julho, com base em despacho publicado no Diário Oficial da União.
Na ocasião, a autarquia destacou o perfil "predominantemente exportador" da Minerva, bem como sua participação de mercado "sensivelmente menor" que a da líder JBS, concluindo que a operação não tinha "o condão de gerar efeitos anticoncorrenciais no Brasil".
Ações da JBS abriram em forte alta nesta quinta-feira, subindo cerca de 7 por cento, enquanto os papéis da Minerva operavam com leve queda 0,4 por cento.
Fonte: Reuters

Dissidente chinês ganhador do Nobel da Paz Liu Xiaobo morre aos 61 anos

Dissidente chinês ganhador do Nobel da Paz Liu Xiaobo morre aos 61 anos




Manifestante segura retrato do dissidente chinês Liu Xiaobo do lado de fora da embaixada da China em Oslo, na Noruega 09/12/2010Toby Melville
PEQUIM (Reuters) - O ganhador chinês do Nobel da Paz Liu Xiaobo, dissidente proeminente desde os protestos pró-democracia da Praça Tiananmen em 1989, morreu nesta quinta-feira da falência múltipla de órgãos, após não receber permissão para deixar o país para tratar de um câncer de fígado em estado avançado.
Liu, de 61 anos, foi condenado a 11 anos de prisão em 2009 por "incitar a subversão do poder do Estado", depois de ter ajudado a escrever uma petição conhecida como "Estatuto 08" pedindo por amplas reformas políticas.
Já gravemente doente, ele foi transferido no mês passado da prisão para um hospital na cidade de Shenyang para receber tratamento.
O departamento jurídico de Shenyang afirmou em um breve comunicado em seu site que Liu sofreu uma falência múltipla de órgãos e que esforços para salvá-lo fracassaram.
Apesar de receber diversas formas de tratamento, sua doença continuou a se agravar, acrescentou.
O hospital que o tratava confirmou, em um comunicado separado, a causa da morte.
A líder do Comitê Norueguês do Nobel, que concedeu o prêmio da paz em 2010 para Liu, disse que o governo chinês tem uma grande responsabilidade por seu falecimento.
"Consideramos profundamente perturbador que Liu Xiaobo não tenha sido transferido para uma instalação onde poderia receber tratamento médico adequado antes de se tornar um doente terminal", disse Berit Reiss-Andersen.
"O governo chinês tem uma grande responsabilidade por sua morte prematura", disse ela em um comunicado enviado por email.
A China disse à época que o prêmio de Liu era uma "obscenidade", que não devia ter sido concedido a um homem classificado por Pequim de criminoso e subversivo.
Carl von Ossietzky, um pacifista que morreu em 1938 na Alemanha nazista, foi o último vencedor do Prêmio Nobel da Paz a viver seus últimos dias sob vigilância estatal.
Grupos de direitos humanos e governos ocidentais vinham exortando a China a permitir que Liu e sua esposa, Liu Xia, deixassem o país para que ele fosse tratado no exterior, como Liu disse desejar.
Mas o governo alertou várias vezes contra qualquer interferência e disse que o ativista estava sendo cuidado por especialistas em câncer chineses renomados.
Pequim até permitiu que dois médicos estrangeiros, dos Estados Unidos e da Alemanha, visitassem Liu no sábado, e mais tarde eles disseram considerar seguro transferir o paciente ao exterior.
Os médicos afirmaram que Liu e sua família pediram que o restante de seu tratamento fosse realizado nos EUA ou na Alemanha.
O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, pediu à China que garanta a liberdade de movimento da esposa Liu Xia e permita que ela viaje para o exterior, se assim o desejar. Liu Xia vive em prisão domiciliar desde 2010.
Por Ben Blanchard
Fonte: Reuters

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Mineradora quer pagar menos

Mineradora quer pagar menos


Seis hectares, cinco famílias e uma única expectativa: receber o valor justo por terras que essas pessoas sequer queriam vender. A fazenda Pereira Ferrugem, na zona rural de Conceição do Mato Dentro, despertou o interesse da Anglo American porque ela precisa do local para a construção de um dique de contenção. A obra faz parte do chamado “Step 3”, fase em que a mineradora expandirá a capacidade da mina.
A companhia britânica explica que, como não houve acordos para compra das terras, ela precisou entrar com pedido de servidão. Entretanto, os moradores afirmam que não houve negociação. “Eles recorreram direto ao instrumento de servidão, que é uma desapropriação permitida pelo Estado quando há algum interesse público na área”, explica um dos proprietários do condomínio, Thallyson Ferreira Chaves, destacando que a avaliação ficou muito aquém do preço real.
Quando o processo começou, em setembro 2015, um perito indicado pela empresa avaliou o terreno em R$ 107 mil. Em fevereiro de 2016, o juiz titular da Comarca de Conceição do Mato Dentro pediu uma reavaliação, e o montante subiu para R$ 807 mil, valor que está depositado em Juízo e ainda não foi liberado. Por meio de nota, a Anglo afirma que a terra adquirida pela empresa foi invadida, com construção de benfeitorias e plantações que a empresa entende não ter o dever de indenizar.
O advogado das famílias, Felipe Palhares, rebate. “Impossível alguém ter feito alguma benfeitoria, pois a segurança patrimonial da empresa é armada e não deixa ninguém entrar na área. Sem falar que a empresa está naquela área há dois anos, e as famílias estão lá por uma vida inteira”, ressalta. O advogado afirma que, mesmo com a reavaliação oito vezes maior, o cálculo está subvalorizado. “O Código da Mineração, em seu artigo 11, diz que, além do terreno, o valor deve considerar tudo que a área geraria de royalties pela exploração do minério. Pela legislação, teria que pagar 50% da Cfem, que é 2% sobre o faturamento”, diz.
A família Chaves contratou uma nova perícia, com engenheiro especialista em mineração. Considerando tudo que foi construído na propriedade e o potencial de minério, seriam R$ 11 milhões, dez vezes mais do que a Anglo estimou.
Justiça. Famílias pedem que 80% do valor depositado em Juízo seja liberado. Juíza deu prazo até esta semana para a Anglo se manifestar. Após pagamento, lutarão para receber o valor que consideram justo.
Fonte: O TEMPO

Esmeralda gigante de 137 kg extraída na BA é adquirida por empresário de Petrolina, PE

Esmeralda gigante de 137 kg extraída na BA é adquirida por empresário de Petrolina, PE


Um empresário que mora no Centro de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, adquiriu uma pedra rara gigante extraída no norte da Bahia. A canga de esmeraldas, conjunto de pedras brutas unidas, chama a atenção por possuir 60 cm de altura e pesa 137 kg. O minério agora pertence ao pernambucano e a um outro investidor de Curaçá, na Bahia. A pedra foi avaliada em aproximadamente R$500 milhões.
A pedra foi encontrada na Mina Caraíba, em Pindobaçu. Na região, essa é a terceira pedra desse porte. A segunda esmeralda foi localizada com 360 Kg, conhecida como “Esmeralda Bahia”, avaliada em 300 milhões de dólares. Enquanto que a primeira tinha 380 kg e foi avaliada em cerca de R$ 1 bilhão.
Ao G1, o empresário de Petrolina e um dos donos da esmeralda, que preferiu não se identificar, explicou que atua no setor de mineração e disponibiliza patrocínio financeiro aos mineradores e garimpeiros da região. Por esse motivo, ele teve preferência na aquisição do minério.
O empresário disse ainda que adquiriu a peça devido a sua raridade e o destino da esmeralda gigante será, a princípio, a comercialização no mercado externo. “ A esmeralda chama à atenção por se tratar de uma peça rara, uma das únicas do mundo com peso e tamanho semelhantes. Ela é uma verdadeira obra de arte esculpida pela natureza e com certeza será desejada por colecionadores, museus e universidades”, relatou.
Segundo o advogado dos donos do minério, José Cícero de Melo, já foram providenciados o certificado de origem e a nota fiscal de compra, assim como todos os trâmites junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e o Fisco, processo para demonstrar a regularidade e legalidade das transações.
. Na região, essa é a terceira pedra desse porte. A segunda esmeralda foi localizada com 360 Kg, conhecida como “Esmeralda Bahia”, avaliada em 300 milhões de dólares. Enquanto que a primeira tinha 380 kg e foi avaliada em cerca de R$ 1 bilhão. Ao G1, o empresário de Petrolina e um dos donos da esmeralda, que preferiu não se identificar, explicou que atua no setor de mineração e disponibiliza patrocínio financeiro aos mineradores e garimpeiros da região. Por esse motivo, ele teve preferência na aquisição do minério.
O empresário disse ainda que adquiriu a peça devido a sua raridade e o destino da esmeralda gigante será, a princípio, a comercialização no mercado externo. “ A esmeralda chama à atenção por se tratar de uma peça rara, uma das únicas do mundo com peso e tamanho semelhantes. Ela é uma verdadeira obra de arte esculpida pela natureza e com certeza será desejada por colecionadores, museus e universidades”, relatou.
Segundo o advogado dos donos do minério, José Cícero de Melo, já foram providenciados o certificado de origem e a nota fiscal de compra, assim como todos os trâmites junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e o Fisco, processo para demonstrar a regularidade e legalidade das transações.
Fonte: G1

Inovação permitirá utilizar níquel em impressoras 3D

Inovação permitirá utilizar níquel em impressoras 3D


Quando falamos em futuro, certamente a impressora 3D é uma das primeiras palavras que nos vêm à cabeça. A tecnologia é uma ferramenta de produção de objetos tridimensionais através de um arquivo digital. Ou seja, com ela, é possível construir peças funcionais da indústria, até mesmo objetos necessários na medicina como implantes e próteses. Já imaginou?
E nessa história o níquel tem uma importante função. O uso do produto nas impressoras 3D tem sido estudado pela Nano Dimension Technologies, empresa líder em eletrônicos na área de impressão 3D, e a Universidade de Tel Aviv. A ideia é que tintas com nanopartículas de níquel possam ser utilizadas nesses equipamentos para serem aplicadas em determinados materiais. Esse é mais um uso possível para o produto, que é produzido pela Vale e vai ser cada vez mais utilizado no futuro.
Essas novas nanopartículas de níquel possibilitarão, por exemplo, criar sensores nas camadas de uma PCB, abrindo um mundo de possibilidades para o monitoramento de várias energias e seus derivados, como magnetismo, capacidade, temperatura e radiação.
As tintas avançadas com nanopartículas permitem a rápida criação de protótipos de placas de circuitos impressos. A Impressora 3D DragonFly 2020, por exemplo, imprime protótipos de PCB multicamadas de alta resolução em uma questão de horas usando tecnologia de tinta nano, tecnologia de jato de tinta avançada e impressão em 3D.
Para que a inovação desse certo, o time de pesquisadores precisou vencer um grande desafio: fazer com que as partículas de níquel não se unissem e acabassem entupindo os bocais da impressora, como acontece normalmente dada a natureza desse minério. A questão foi resolvida ao desenvolver uma suspensão estável de nanopartículas de níquel que não se agrupam, o que foi possível usando um processo de síntese química úmida.
Fonte: Vale