quinta-feira, 13 de julho de 2017

Brasil amplia venda de minério ao Oriente Médio

Brasil amplia venda de minério ao Oriente Médio


As exportações brasileiras de minérios aos países árabes renderam US$ 564,5 milhões no primeiro semestre, um aumento de 133% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). O minério de ferro e seus concentrados responderam pela totalidade das vendas deste grupo à região nos seis primeiros meses de 2017.
O principal destino foi Omã, onde a mineradora Vale tem uma usina de pelotização de minério, armazéns e um terminal marítimo. Os embarques para lá somaram US$ 267,5 milhões, um crescimento de 131% sobre o primeiro semestre de 2016. Em segundo lugar aparece o Bahrein, com importações equivalente a US$ 129,5 milhões, um avanço de 227% na mesma comparação.
O Egito ficou na terceira posição, com US$ 87,5 milhões, um acréscimo de 74,5% sobre o período de janeiro a junho do ano passado. Os Emirados Árabes Unidos vêm em seguida, com US$ 46,8 milhões, contra zero nos seis primeiros meses de 2016. Na quinta colocação aparece a Líbia, com importações de US$ 33 milhões, um aumento de 146%.
Total
De forma geral, o setor mineral brasileiro exportou o equivalente a US$ 22,6 bilhões no primeiro semestre, e importou US$ 11,1 bilhões, o que resultou num superávit de US$ 11,5 bilhões, de acordo com informações do Ministério das Minas e Energia (MME). Estes números incluem não só os minérios, mas também produtos da indústria de transformação mineral.
O segmento de mineração propriamente dito obteve receita de US$ 12,3 bilhões nos seis primeiros meses de 2017, segundo o MME, um crescimento de 64% em relação ao mesmo período de 2016. A participação do minério de ferro foi de 82%.
Já as importações de minerais somaram US$ 3,9 bilhões, um aumento de 53% na mesma comparação, impulsionadas pelas compras de carvão metalúrgico e potássio, de acordo com o MME.
Fonte: ANBA

Lula anuncia que vai buscar candidatura à Presidência em 2018

Lula anuncia que vai buscar candidatura à Presidência em 2018



Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante pronunciamento em São Paulo 13/07/2017Nacho Doce
SÃO PAULO (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que vai reivindicar do PT o direito de ser candidato à Presidência pelo partido na eleição de 2018, garantindo que a sentença condenatória do juiz Sérgio Moro não vai tirá-lo do jogo político e que aqueles que acham que esse é o seu fim vão "quebrar a cara".
Em pronunciamento à imprensa na sede nacional do PT em São Paulo, Lula afirmou que a condenação a 9 anos e 6 meses de prisão --sem detenção imediata-- tem um componente político muito forte, e que sente uma tentativa de tirá-lo do jogo político antes das eleições presidenciais.
"Se alguém pensa que com essa sentença me tiraram do jogo, podem saber que eu estou no jogo", afirmou.
"Quem acha que é o fim do Lula vai quebrar a cara, porque somente na política quem tem o direito de decretar o meu fim é o povo brasileiro."
O ex-presidente foi condenado na quarta-feira pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso envolvendo um tríplex no Guarujá, no litoral de SP, na primeira sentença entre os três processos em que é acusado no âmbito da operação Lava Jato.
Moro também determinou a proibição de o ex-presidente exercer qualquer cargo público, com base na lei de lavagem de dinheiro, por 19 anos.
Lula afirma que a denúncia é baseada em um mentira, e seus advogados anunciaram que irão recorrer.
"O que me deixa indignado, mas sem perder a ternura, é perceber que você está sendo vítima de um grupo de pessoas que contaram a primeira mentira e vão passar a vida inteira para justificar a primeira mentira que contaram que o Lula era dono de um tríplex", disse o ex-presidente.

Fonte:  Reuters

JBS diz que tribunal liberou venda de ativos para Minerva

JBS diz que tribunal liberou venda de ativos para Minerva




Logo da JBS é visto em unidade em Jundiaí, São Paulo 01/06/2017Paulo Whitaker
SÃO PAULO (Reuters) - A JBS informou nesta quinta-feira que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região concedeu liminar revertendo a decisão judicial que proibia a empresa de alimentos de negociar ativos, incluindo as operações de carne bovina na Argentina, Uruguai e Paraguai para subsidiárias da Minerva.
A companhia disse, em fato relevante, que a Justiça a autorizou a "dar curso normal às suas atividades, para comprar e também para vender bens componentes de seu ativo, em especial a totalidade das ações de suas subsidiárias detentoras das operações de carne bovina na Argentina, Paraguai e Uruguai ao Grupo Minerva".
Em 6 de junho, a JBS anunciou acordo para venda dos negócios para Minerva por 300 milhões de dólares, dos quais 280 milhões seriam pagos em dinheiro no fechamento da transação e o restante depois da conclusão do processo de due diligence.
Mas a transação estava suspensa desde o dia 21 de junho, quando a Justiça Federal de Brasília a barrou sob a justificativa de que a alienação dos ativos poderia comprometer o esclarecimento de fatos investigados no âmbito da delação firmada pelos executivos da J&F Investimentos, holding que controla a maior produtora de carnes do mundo.
A JBS ressaltou ainda que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) emitiu em 6 de julho parecer favorável à aprovação sem restrições da venda dos negócios de carne bovina na Argentina, Paraguai e Uruguai para as subsidiárias da Minerva.
A Reuters havia noticiado o aval da superintendência-geral do Cade em 10 de julho, com base em despacho publicado no Diário Oficial da União.
Na ocasião, a autarquia destacou o perfil "predominantemente exportador" da Minerva, bem como sua participação de mercado "sensivelmente menor" que a da líder JBS, concluindo que a operação não tinha "o condão de gerar efeitos anticoncorrenciais no Brasil".
Ações da JBS abriram em forte alta nesta quinta-feira, subindo cerca de 7 por cento, enquanto os papéis da Minerva operavam com leve queda 0,4 por cento.
Fonte: Reuters

Dissidente chinês ganhador do Nobel da Paz Liu Xiaobo morre aos 61 anos

Dissidente chinês ganhador do Nobel da Paz Liu Xiaobo morre aos 61 anos




Manifestante segura retrato do dissidente chinês Liu Xiaobo do lado de fora da embaixada da China em Oslo, na Noruega 09/12/2010Toby Melville
PEQUIM (Reuters) - O ganhador chinês do Nobel da Paz Liu Xiaobo, dissidente proeminente desde os protestos pró-democracia da Praça Tiananmen em 1989, morreu nesta quinta-feira da falência múltipla de órgãos, após não receber permissão para deixar o país para tratar de um câncer de fígado em estado avançado.
Liu, de 61 anos, foi condenado a 11 anos de prisão em 2009 por "incitar a subversão do poder do Estado", depois de ter ajudado a escrever uma petição conhecida como "Estatuto 08" pedindo por amplas reformas políticas.
Já gravemente doente, ele foi transferido no mês passado da prisão para um hospital na cidade de Shenyang para receber tratamento.
O departamento jurídico de Shenyang afirmou em um breve comunicado em seu site que Liu sofreu uma falência múltipla de órgãos e que esforços para salvá-lo fracassaram.
Apesar de receber diversas formas de tratamento, sua doença continuou a se agravar, acrescentou.
O hospital que o tratava confirmou, em um comunicado separado, a causa da morte.
A líder do Comitê Norueguês do Nobel, que concedeu o prêmio da paz em 2010 para Liu, disse que o governo chinês tem uma grande responsabilidade por seu falecimento.
"Consideramos profundamente perturbador que Liu Xiaobo não tenha sido transferido para uma instalação onde poderia receber tratamento médico adequado antes de se tornar um doente terminal", disse Berit Reiss-Andersen.
"O governo chinês tem uma grande responsabilidade por sua morte prematura", disse ela em um comunicado enviado por email.
A China disse à época que o prêmio de Liu era uma "obscenidade", que não devia ter sido concedido a um homem classificado por Pequim de criminoso e subversivo.
Carl von Ossietzky, um pacifista que morreu em 1938 na Alemanha nazista, foi o último vencedor do Prêmio Nobel da Paz a viver seus últimos dias sob vigilância estatal.
Grupos de direitos humanos e governos ocidentais vinham exortando a China a permitir que Liu e sua esposa, Liu Xia, deixassem o país para que ele fosse tratado no exterior, como Liu disse desejar.
Mas o governo alertou várias vezes contra qualquer interferência e disse que o ativista estava sendo cuidado por especialistas em câncer chineses renomados.
Pequim até permitiu que dois médicos estrangeiros, dos Estados Unidos e da Alemanha, visitassem Liu no sábado, e mais tarde eles disseram considerar seguro transferir o paciente ao exterior.
Os médicos afirmaram que Liu e sua família pediram que o restante de seu tratamento fosse realizado nos EUA ou na Alemanha.
O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, pediu à China que garanta a liberdade de movimento da esposa Liu Xia e permita que ela viaje para o exterior, se assim o desejar. Liu Xia vive em prisão domiciliar desde 2010.
Por Ben Blanchard
Fonte: Reuters

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Mineradora quer pagar menos

Mineradora quer pagar menos


Seis hectares, cinco famílias e uma única expectativa: receber o valor justo por terras que essas pessoas sequer queriam vender. A fazenda Pereira Ferrugem, na zona rural de Conceição do Mato Dentro, despertou o interesse da Anglo American porque ela precisa do local para a construção de um dique de contenção. A obra faz parte do chamado “Step 3”, fase em que a mineradora expandirá a capacidade da mina.
A companhia britânica explica que, como não houve acordos para compra das terras, ela precisou entrar com pedido de servidão. Entretanto, os moradores afirmam que não houve negociação. “Eles recorreram direto ao instrumento de servidão, que é uma desapropriação permitida pelo Estado quando há algum interesse público na área”, explica um dos proprietários do condomínio, Thallyson Ferreira Chaves, destacando que a avaliação ficou muito aquém do preço real.
Quando o processo começou, em setembro 2015, um perito indicado pela empresa avaliou o terreno em R$ 107 mil. Em fevereiro de 2016, o juiz titular da Comarca de Conceição do Mato Dentro pediu uma reavaliação, e o montante subiu para R$ 807 mil, valor que está depositado em Juízo e ainda não foi liberado. Por meio de nota, a Anglo afirma que a terra adquirida pela empresa foi invadida, com construção de benfeitorias e plantações que a empresa entende não ter o dever de indenizar.
O advogado das famílias, Felipe Palhares, rebate. “Impossível alguém ter feito alguma benfeitoria, pois a segurança patrimonial da empresa é armada e não deixa ninguém entrar na área. Sem falar que a empresa está naquela área há dois anos, e as famílias estão lá por uma vida inteira”, ressalta. O advogado afirma que, mesmo com a reavaliação oito vezes maior, o cálculo está subvalorizado. “O Código da Mineração, em seu artigo 11, diz que, além do terreno, o valor deve considerar tudo que a área geraria de royalties pela exploração do minério. Pela legislação, teria que pagar 50% da Cfem, que é 2% sobre o faturamento”, diz.
A família Chaves contratou uma nova perícia, com engenheiro especialista em mineração. Considerando tudo que foi construído na propriedade e o potencial de minério, seriam R$ 11 milhões, dez vezes mais do que a Anglo estimou.
Justiça. Famílias pedem que 80% do valor depositado em Juízo seja liberado. Juíza deu prazo até esta semana para a Anglo se manifestar. Após pagamento, lutarão para receber o valor que consideram justo.
Fonte: O TEMPO