quinta-feira, 20 de julho de 2017

As gemas usadas na fabricação de joias

As gemas usadas na fabricação de joias

As gemas usadas na fabricação de joias apresentam características como cor, brilho, raridade e dureza. As pedras preciosas frágeis ou de dureza baixa, ainda que belas, não podem ser aproveitadas para esse fim. Ao adquirir uma joia, é importante saber o significado das diversas denominações atribuídas às gemas.
Em joalheria, gemas naturais são as pedras formadas inteiramente pela natureza, sem interferência do homem. As gemas naturais podem ser orgânicas: têm origem vegetal ou animal (coral, âmbar e pérola) ou inorgânicas: surgem a partir de rochas ou minerais (esmeralda, ametista, safira, diamante).
As gemas sintéticas não são uma imitação das gemas naturais. Elas mantêm as mesmas propriedades físico-químicas e estrutura cristalina, no entanto são materiais cristalizados fabricados pelo homem a partir de diferentes técnicas.
Isso explica porque é tão difícil diferenciar o rubi ou o lápis-lazúli natural daqueles produzidos em laboratório. Há pedras preciosas que ainda não podem ser sintetizadas como água-marinha, turmalina e granada.
O processo de produção de uma gema sintética pode demorar de seis a doze meses, por isso, chegam a valer tanto quanto as gemas naturais.

Tratamentos de laboratório
As gemas artificiais são produtos criados e fabricados pelo homem, não havendo um produto correspondente na natureza. Um exemplo é a zircônia cúbica.
As gemas compostas são formadas por duas ou mais partes unidas normalmente pelo método de cimentação. Seus componentes podem ser gemas naturais, sintéticas, artificiais e vidro.
As gemas revestidas recebem uma fina camada em sua superfície de elementos iguais ou não à sua composição química podendo ser coloridos ou não. A cristalização é um dos métodos empregados para a junção das pedras.
As gemas reconstituídas são produzidas em laboratório mediante fusão parcial ou aglomeração de fragmentos de gemas.
As gemas simulantes são gemas (naturais, artificiais ou sintéticas) que simulam gemas naturais de maior valor ou mais conhecidas. Simulam o diamante, o zircão, o berilo e a safira incolor e a zircônia cúbica. O espinélio vermelho é simulante do rubi e a turmalina verde simula a esmeralda.
A gema tratada é aquela em que a cor ou outra propriedade foi modificada para acrescentar mais valor.
A gema realçada é aquela que teve uma de suas propriedades, geralmente a cor, melhorada artificialmente.
A pérola cultivada é uma gema de origem orgânica produzida pela natureza com intervenção parcial do homem.
O termo brilhante, sem qualquer descrição adicional do material, deve ser somente aplicado para diamantes redondos, em lapidação brilhante.
As imitações são produtos que imitam gemas naturais ou sintéticas. Esses produtos de fantasia são fabricados no intuito de reproduzir o efeito óptico, a cor e/ou a aparência das gemas naturais ou sintéticas, sem possuir suas propriedades físicas, químicas ou sua estrutura cristalina.

Joias br

O encanto das esmeraldas

O encanto das esmeraldas

As primeiras esmeraldas foram descobertas há cerca de 5 mil anos, no Egito. A pedra verde é considerada a quinta gema mais valiosa do mundo – perde apenas para o diamante, o rubi, a alexandrita e a safira.
Para se chegar a um veio de esmeraldas, é preciso cavar verticalmente fendas no solo rochoso com até 500 metros de profundidade. A gema é um composto de berílio, alumínio e silício. Esmeralda vem do grego smaragdus, derivado do sânscrito marakta. A cor verde da pedra preciosa deve-se aos elementos crômio e ao vanádio. A dureza varia de 7.5 a 8.0 na escalda de mols de dureza.
A cor de uma esmeralda varia do verde claro ao verde intenso, com tonalidades azuladas ou amareladas. A qualidade da gema depende da cor, do grau de transparência e da presença de inclusões. Quanto mais intensa a tonalidade, mais valiosa. Esmeraldas de boa cor e tamanho são raras e caras.
As esmeraldas se formam em rochas associadas ao metamorfismo hidrotermal. Cristalizam-se a partir de fluidos quentes, ricos em elementos químicos que atravessam fissuras e fendas de rochas. Ao se precipitarem, os fluidos geram os filões. Canga é o nome atribuído à mistura de esmeralda bruta com rocha. As inclusões presentes nas esmeraldas, permitem, em muitos casos, determinar sua origem geográfica.
Em decorrência de seu valor e beleza, a esmeralda é sintetizada há algum tempo. A produção teve início nos anos 1940, nos Estados Unidos e hoje também é realizada pela Alemanha.
Brasil, Colômbia e África do Sul são os maiores produtores do mundo de esmeraldas. No Brasil, uma das principais áreas de extração de esmeraldas localiza-se na Serra da Carnaíba, na Bahia, onde o mineral foi descoberto em 1963. Minas Gerais e Goiás também apresentam reservas dessa gema preciosa.
Em 2001, foi descoberta a Esmeralda Bahia, uma pedra bruta pesando 400 quilos com valor estimado em US$ 1 bilhão. A maioria das pedras encontradas no Brasil são compradas por comerciantes indianos que as repassam para o mercado árabe onde são usadas para a decoração de casas e mesquitas.
Na antiguidade, a esmeralda simbolizava a imortalidade. Esta era a gema favorita de Cleópatra. A rainha a usava como adorno, amuleto e antídoto. A maioria das esmeraldas usadas em joias históricas teria saído das minas do Egito. A atividade mineradora nessa região ocorre desde 2000 anos a.C.
A lapidação da esmeralda exige habilidades especiais em razão de sua fragilidade e facilidade de fratura. O corte retangular de pedras preciosas é conhecido como lapidação esmeralda. O talhe esmeralda depende do tamanho e do formato da pedra bruta.
Uma pedra de boa qualidade é facetada e a de qualidade inferior é talhada em cabuchão. A esmeralda conserva-se durante séculos nas profundezas dos oceanos. Sua duração é ilimitada podendo ser um patrimônio desfrutado por várias gerações.
As esmeraldas podem ser usadas em todos os tipos de joias, como anéis, braceletes, colares, brincos e broches. Uma boa combinação são as joias feitas com esmeraldas e as pedras opala, água marinha e diamantes. Joias mais antigas apresentam esmeraldas em tamanhos maiores e menos trabalhados. Após talhada, uma gema de esmeralda de 20 quilates chega a valer US$ 600 mil.
Com cerca de 3 mil peças, o museu privado Alberto Sepúlveda, em Bogotá, é o primeiro dedicado à esmeralda.
Fonte: Joias br

Alexandrita, a gema entre a esmeralda e o rubi

Alexandrita, a gema entre a esmeralda e o rubi

A gema Alexandrita é uma variedade de crisoberilo transparente semelhante à cor da esmeralda. A cor é atribuída à presença de cromo e ferro. Alexandrita é considerada uma pedra de transição entre a esmeralda e o rubi. A gema varia de coloração: azul, vermelha, roxa, verde, amarela e incolor, dependendo da intensidade e do tipo de iluminação, natural ou artificial. A pedra preciosa costuma ser lapidada em pera.
É produzida sinteticamente desde 1970. Adicionando-se 3% de óxido de vanádio a espinélio sintético tem-se a versão sintética da gema que é chamada de Alexandrina, Alexandrita sintética ou simplesmente alexandrina. Difere da alexandrita natural porque mostra a cor azul, em luz natural e a cor vermelha em luz incandescente e não verde e vermelha. Os principais produtores de alexandrita são Sri Lanka, Zimbábue, Tanzânia, Madagascar, Índia e Brasil, nos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia.
A maior alexandrita lapidada tem 65 ct e encontra-se na Smithsonian Insitituon em Washington, nos Estados Unidos. Foi achada no Sri Lanka. A maior gema bruta já encontrada é de origem brasileira. Foi encontrada na Bahia e pertence à coleção do Museu Amsterdam Sauer de Pedras Preciosas, localizado no Rio de Janeiro.
O nome alexandrita é uma homenagem a Alexandre II, czar da Rússia, por ter sido descoberta no dia do aniversário do monarca em 1830. Atribui-se à alexandrita as propriedades: doadora de força, coragem e renovação de ideias. A Alexandria também simboliza as bodas de 26 anos de casamento.

Fonte: Joias br

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Alternativa externa- gemas de cor

Alternativa externa

Vendas para outros países tornam-se mais uma forma para a ampliação dos negócios das empresas brasileiras em tempos de crise1
FotoliaEm época de crise econômica interna, explorar os mercados de outros países é sempre uma alternativa bem-vinda para que os negócios das empresas não sejam tão atingidos enquanto as vendas por aqui permanecerem em baixa. Embora, segundo dados da área de negócios internacionais da Fiemg, as vendas externas de Minas Gerais tenham apresentado redução nos 3 primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2015, principalmente por causa da queda nos preços do minério e do café, que impactam nos negócios externos do estado, a esperança é de que haja reação a partir dos segundo semestre de 2016. “A expectativa é de que as exportações comecem a reagir no segundo semestre, com aumento das vendas de produtos industrializados e semimanufaturados. A melhoria do câmbio e a estabilização das principais economias podem atuar nesta recuperação”, prevê Alexandre Brito, consultor de negócios internacionais da Fiemg. Os principais mercados de destino dos produtos mineiros são China, Estados Unidos, Argentina e Países Baixos.
Apesar de o estado ter longa lista de produtos vendidos para outros países, a pauta de exportação de Minas é composta, principalmente, por minério de ferro, alimentos (café, carne, açúcar), metalúrgicos (aço), material de transporte e pedras. Consolidada no mercado interno, a Forno de Minas aproveita o câmbio favorável e já vende 5% de toda a sua produção para outros países, principalmente Estados Unidos. No atual contexto das vendas internas, as externas tornam-se ainda mais importantes para os negócios da companhia. A ideia da empresa é fazer com que os brasileiros que vivem nos Estados Unidos matem a saudade de casa comendo cada vez mais pão de queijo, e também conquistar o paladar dos estadunidenses. Para conseguir isso, a empresa abriu uma subsidiária no fim de 2014 para começar a trabalhar o consumo entre os norte-americanos, já que os brasileiros que vivem lá são grandes consumidores do pão de queijo mineiro.
Divulgação
“A meta das vendas externas, que deverá ser atingida até 2020, é de fazer com que elas representem 20% do faturamento”, antecipa a gerente de Comércio Exterior da Forno de Minas, Gabriela Ciola. Segundo ela, a estratégia é desenvolver os mercados onde a empresa já vem atuando, utilizando estratégias para entrar no food service ou trabalhar no varejo, por meio das ações de trading marketing e mídia social. Os Estados Unidos representam 60% das vendas externas da Forno de Minas. A empresa já está com 1,2 mil pontos de venda na terra do tio Sam e pretende chegar a 10 mil até o início de 2017. Além desse desenvolvimento de mercado, a outra estratégia é abrir novas possibilidades para o pão de queijo mineiro em outros países.
As exportações da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) aumentaram 40% em 2015 em relação ao ano anterior. Foram vendidos 60,5 mil veículos para outros países. Segundo a empresa italiana, com a desvalorização cambial, o produto nacional voltou a ser competitivo e isso possibilitou à FCA voltar a exportar a partir do Brasil. Um dos países que compraram carros brasileiros foi o México. Mas a FCA também vende seus veículos para a Argentina e outros países da América Latina. Este ano, os principais modelos exportados são Palio, Siena e Fiorino. De acordo com a assessoria de imprensa da FCA, embora exportar seja uma das saídas para as empresas em momentos de crise no Brasil, essas ações não acontecem de uma hora para a outra. 
Leo Lara
A estratégia somente se torna viável se o país e a indústria automotiva estiverem preparados para isso, sendo que são necessários acordos de comércio com diversos países e investimentos na eficiência, excelência e qualidade de toda a cadeia produtiva nacional. Diante disso, a ampliação das exportações a partir do Brasil é parte da estratégia de longo prazo da FCA na América Latina, e não apenas uma saída emergencial para a crise. A empresa considera que o Brasil já foi um grande exportador e pode voltar a ser importante no comércio global, já que as dimensões de sua indústria automotiva conferem-lhe vocação exportadora. Além disso, a FCA enxerga muitas oportunidades não somente na América Latina, mas em todo o mundo, que podem ser aproveitadas pela indústria automotiva nacional.
Fotolia
Ele conta que o mercado internacional já foi o maior faturamento da Manoel Bernardes e, apesar de ter perdido espaço para as lojas de varejo, ainda continua significativamente importante, representando 30%. Graças a essa atuação no mercado internacional, a Manoel Bernardes tornou-se uma das empresas mais conhecidas lá fora quando se trata de gemas de cor. Para deixar mais eficaz sua atuação externa, a empresa fez joint ventures nos Estados Unidos, Índia, Tailândia, China com empresas que importam seus produtos já lapidados, com as gemas de acordo com as necessidades desses clientes principais. As exportações são tão importantes na Manoel Bernardes que foi criada uma unidade de negócios voltada para o mercado externo, com diretrizes e orçamento próprios. A Manoel Bernardes já nasceu uma empresa exportadora. Desde os anos 60 a joalheria vende gemas de cor brasileiras para outros países. Tanto que, em 1970, sua nova sede, no centro de Belo Horizonte, tinha como meta canalizar a produção brasileira de gemas para o exterior. “Meu pai encontrava compradores estrangeiros para cada tipo de mercadoria, sendo que os principais mercados daquela época eram os Estados Unidos (maior consumidor mundial de gemas), o Japão (que vivia o milagre japonês, com financiamentos muito baratos para a compra de joias, o que provocou boom de compradores no Brasil) e a Alemanha, que sempre teve tradição de trabalhar com gemas de cor”, relembra o diretor de comunicação e desenvolvimento de produtos da empresa, Manoel Bernardes. 
FotoliaAlém das gemas de cor, em 2000 a Manoel Bernardes também passou a exportar joias com gemas brasileiras para a Rússia, países do Oriente Médio e Estados Unidos. Embora ainda seja em pequena quantidade, essas exportações são de produtos com design brasileiro contemporâneo, que valoriza as matérias-primas locais. Como todos os segmentos, o de gemas também está sujeito à conjuntura internacional e é suscetível a regulamentações e normas internacionais. Devido a mudanças de normas e à crise nos Estados Unidos, que contaminou a Europa, em 2008, o mercado internacional reduziu significativamente até 2010. “Desde 2011 estamos sentindo recuperação sustentável, mas paulatina, desses mercados. Em 2012 a China assumiu protagonismo importante, passando a ser o destino número 1 no mundo, de gema de cor. Mas, desde o ano passado, o país também apresentou sensível redução no consumo, em virtude da queda de sua economia e da regulamentação interna, que proíbe presentes com joias”, analisa Manoel Bernardes.Alberto Wu
Do alto de sua experiência de atuação em outros países, o empresário diz que o mundo é extremamente complexo, mas que existe a alternância nos mercados. “Com a dificuldade interna, a área internacional assume importância maior. Os ciclos nem sempre são concomitantes em todos os países.” O empresário prevê que a proporção da importância do mercado externo aumentará no faturamento da Manoel Bernardes, mas isso vai depender da questão chinesa, que se tornou cliente incontornável, muito importante para a empresa, mas que está com um pouco de dificuldade para se levantar.
Manoel Bernardes diz que os exportadores ficam sujeitos às ações locais dos clientes e parceiros de outros países. Por ser considerado uma província mineralógica, o Brasil sempre foi muito importante na produção de gemas, sendo que Minas Gerais é responsável por 50% da produção de gemas de cor nacional e por 70% das exportações. “Nossos lapidadores são considerados os melhores do mundo”, afirma. Segundo ele, 90% das exportações da Manoel Bernardes vão para os Estados Unidos e que a gema de maior interesse mundial, no momento, é a turmalina paraíba, descoberta há menos de 20 anos, em São José da Batalha (PB). Os exportadores brasileiros agradecem a preferência internacional. 
Em época de crise econômica interna, explorar os mercados de outros países é sempre uma alternativa bem-vinda para que os negócios das empresas não sejam tão atingidos enquanto as vendas por aqui permanecerem em baixa. Embora, segundo dados da área de negócios internacionais da Fiemg, as vendas externas de Minas Gerais tenham apresentado redução nos 3 primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2015, principalmente por causa da queda nos preços do minério e do café, que impactam nos negócios externos do estado, a esperança é de que haja reação a partir dos segundo semestre de 2016. “A expectativa é de que as exportações comecem a reagir no segundo semestre, com aumento das vendas de produtos industrializados e semimanufaturados. A melhoria do câmbio e a estabilização das principais economias podem atuar nesta recuperação”, prevê Alexandre Brito, consultor de negócios internacionais da Fiemg. Os principais mercados de destino dos produtos mineiros são China, Estados Unidos, Argentina e Países Baixos.Apesar de o estado ter longa lista de produtos vendidos para outros países, a pauta de exportação de Minas é composta, principalmente, por minério de ferro, alimentos (café, carne, açúcar), metalúrgicos (aço), material de transporte e pedras. Consolidada no mercado interno, a Forno de Minas aproveita o câmbio favorável e já vende 5% de toda a sua produção para outros países, principalmente Estados Unidos. No atual contexto das vendas internas, as externas tornam-se ainda mais importantes para os negócios da companhia. A ideia da empresa é fazer com que os brasileiros que vivem nos Estados Unidos matem a saudade de casa comendo cada vez mais pão de queijo, e também conquistar o paladar dos estadunidenses. Para conseguir isso, a empresa abriu uma subsidiária no fim de 2014 para começar a trabalhar o consumo entre os norte-americanos, já que os brasileiros que vivem lá são grandes consumidores do pão de queijo mineiro.“A meta das vendas externas, que deverá ser atingida até 2020, é de fazer com que elas representem 20% do faturamento”, antecipa a gerente de Comércio Exterior da Forno de Minas, Gabriela Ciola. Segundo ela, a estratégia é desenvolver os mercados onde a empresa já vem atuando, utilizando estratégias para entrar no food service ou trabalhar no varejo, por meio das ações de trading marketing e mídia social. Os Estados Unidos representam 60% das vendas externas da Forno de Minas. A empresa já está com 1,2 mil pontos de venda na terra do tio Sam e pretende chegar a 10 mil até o início de 2017. Além desse desenvolvimento de mercado, a outra estratégia é abrir novas possibilidades para o pão de queijo mineiro em outros países.As exportações da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) aumentaram 40% em 2015 em relação ao ano anterior. Foram vendidos 60,5 mil veículos para outros países. Segundo a empresa italiana, com a desvalorização cambial, o produto nacional voltou a ser competitivo e isso possibilitou à FCA voltar a exportar a partir do Brasil. Um dos países que compraram carros brasileiros foi o México. Mas a FCA também vende seus veículos para a Argentina e outros países da América Latina. Este ano, os principais modelos exportados são Palio, Siena e Fiorino. De acordo com a assessoria de imprensa da FCA, embora exportar seja uma das saídas para as empresas em momentos de crise no Brasil, essas ações não acontecem de uma hora para a outra. A estratégia somente se torna viável se o país e a indústria automotiva estiverem preparados para isso, sendo que são necessários acordos de comércio com diversos países e investimentos na eficiência, excelência e qualidade de toda a cadeia produtiva nacional. Diante disso, a ampliação das exportações a partir do Brasil é parte da estratégia de longo prazo da FCA na América Latina, e não apenas uma saída emergencial para a crise. A empresa considera que o Brasil já foi um grande exportador e pode voltar a ser importante no comércio global, já que as dimensões de sua indústria automotiva conferem-lhe vocação exportadora. Além disso, a FCA enxerga muitas oportunidades não somente na América Latina, mas em todo o mundo, que podem ser aproveitadas pela indústria automotiva nacional.A Manoel Bernardes já nasceu uma empresa exportadora. Desde os anos 60 a joalheria vende gemas de cor brasileiras para outros países. Tanto que, em 1970, sua nova sede, no centro de Belo Horizonte, tinha como meta canalizar a produção brasileira de gemas para o exterior. “Meu pai encontrava compradores estrangeiros para cada tipo de mercadoria, sendo que os principais mercados daquela época eram os Estados Unidos (maior consumidor mundial de gemas), o Japão (que vivia o milagre japonês, com financiamentos muito baratos para a compra de joias, o que provocou boom de compradores no Brasil) e a Alemanha, que sempre teve tradição de trabalhar com gemas de cor”, relembra o diretor de comunicação e desenvolvimento de produtos da empresa, Manoel Bernardes. Ele conta que o mercado internacional já foi o maior faturamento da Manoel Bernardes e, apesar de ter perdido espaço para as lojas de varejo, ainda continua significativamente importante, representando 30%. Graças a essa atuação no mercado internacional, a Manoel Bernardes tornou-se uma das empresas mais conhecidas lá fora quando se trata de gemas de cor. Para deixar mais eficaz sua atuação externa, a empresa fez joint ventures nos Estados Unidos, Índia, Tailândia, China com empresas que importam seus produtos já lapidados, com as gemas de acordo com as necessidades desses clientes principais. As exportações são tão importantes na Manoel Bernardes que foi criada uma unidade de negócios voltada para o mercado externo, com diretrizes e orçamento próprios. Além das gemas de cor, em 2000 a Manoel Bernardes também passou a exportar joias com gemas brasileiras para a Rússia, países do Oriente Médio e Estados Unidos. Embora ainda seja em pequena quantidade, essas exportações são de produtos com design brasileiro contemporâneo, que valoriza as matérias-primas locais. Como todos os segmentos, o de gemas também está sujeito à conjuntura internacional e é suscetível a regulamentações e normas internacionais. Devido a mudanças de normas e à crise nos Estados Unidos, que contaminou a Europa, em 2008, o mercado internacional reduziu significativamente até 2010. “Desde 2011 estamos sentindo recuperação sustentável, mas paulatina, desses mercados. Em 2012 a China assumiu protagonismo importante, passando a ser o destino número 1 no mundo, de gema de cor. Mas, desde o ano passado, o país também apresentou sensível redução no consumo, em virtude da queda de sua economia e da regulamentação interna, que proíbe presentes com joias”, analisa Manoel Bernardes.Do alto de sua experiência de atuação em outros países, o empresário diz que o mundo é extremamente complexo, mas que existe a alternância nos mercados. “Com a dificuldade interna, a área internacional assume importância maior. Os ciclos nem sempre são concomitantes em todos os países.” O empresário prevê que a proporção da importância do mercado externo aumentará no faturamento da Manoel Bernardes, mas isso vai depender da questão chinesa, que se tornou cliente incontornável, muito importante para a empresa, mas que está com um pouco de dificuldade para se levantar. Manoel Bernardes diz que os exportadores ficam sujeitos às ações locais dos clientes e parceiros de outros países. Por ser considerado uma província mineralógica, o Brasil sempre foi muito importante na produção de gemas, sendo que Minas Gerais é responsável por 50% da produção de gemas de cor nacional e por 70% das exportações. “Nossos lapidadores são considerados os melhores do mundo”, afirma. Segundo ele, 90% das exportações da Manoel Bernardes vão para os Estados Unidos e que a gema de maior interesse mundial, no momento, é a turmalina paraíba, descoberta há menos de 20 anos, em São José da Batalha (PB). Os exportadores brasileiros agradecem a preferência internacional. 

MARCOS SZUECS E DRUZA DE AMETISTA GIGANTE

MARCOS SZUECS E DRUZA DE AMETISTA GIGANTE