domingo, 30 de julho de 2017

O Brasil pode estar deixando de ganhar milhares de dólares por não conhecer melhor os tratamentos aplicados em gemas


ENTREVISTA

Maurício Favacho*

O Brasil pode estar deixando de ganhar milhares de dólares por não conhecer melhor os tratamentos aplicados em gemas e por ainda existir o mito de que pedra irradiada (comumente chamada de "bombardeada") perderia a cor com o tempo ou poderia causar danos à saúde de quem a usa.
O assunto é polêmico e, para esclarecer as várias dúvidas, entrevistamos o gemólogo Maurício Favacho, da Empresa Brasileira de Radiações - (EMBRARAD):
Jóia br – É verdade que as gemas irradiadas perdem a cor?
Maurício Favacho -
Esta generalização é péssima para o mercado brasileiro de gemas, só reflete a falta de conhecimento de quem a menciona. O que acontece é que gemas como a hidenita - uma espécie de espodumênio - que após irradiação torna-se verde, perde esta cor com o passar do tempo sem qualquer exposição ao sol. Isso também acontece com algumas ametistas irradiadas, e também com um tipo específico de berilo que fica azul após a irradiação. No caso da EMBRARAD, estes fatos são divulgados e esclarecidos ao cliente e de modo algum esta gema é comercializada. Por outro lado, gemas como topázio azul, rubelitas, berilos amarelos, fluoritas, kunzitas, morganitas e quartzos, dentre outros tipos de gemas, apresentam excelente estabilidade em sua cor. A única generalização que deve ser feita é: "Existem gemas com excelente estabilidade em sua cor e que são passíveis de comercialização e gemas como baixa estabilidade em sua cor que, de modo algum, podem ser comercializadas". Assim sendo, é tarefa de todo gemólogo conhecer a fundo o assunto, antes de expressar qualquer opinião sobre irradiação em gemas.

Jóia br – Você diz que o processo de tratamento por irradiação gama corresponde a uma aceleração do processo natural. Poderia explicar melhor?Maurício FavachoO tratamento gama aplicado pela EMBRARAD para melhoramento da cor está muito ligado à composição química do mineral, e isto é muito interessante. Por exemplo, é fato que tratamento aplicado em determinados topázios incolores de regiões de Minas Gerais ficam com um azul muito exuberante após o procedimento. Por outro lado, também é fato que em determinados topázios de algumas regiões do norte a cor não fica muito boa, e todo mundo sabe disso. Novamente, não podemos generalizar; pode existir no norte determinada lavra cujo topázio incolor após o tratamento gama apresente muito boa qualidade, fato este relacionado intimamente com a composição química do mineral. Assim sendo, recomendamos testar sempre o material gemológico na Embrarad.
Uma outra questão dentro desta sua pergunta é que a gema irradiada não é considerada artificial e sim uma gema natural tratada com gama. Assim sendo, jamais se usa o termo artificial para gemas naturais tratadas, qualquer que seja o processo.

Jóia br – E quanto à questão da saúde, é verdade que gemas irradiadas podem causar doenças como o câncer?Maurício Favacho Esta é mais uma questão polêmica que tentarei esclarecer. As gemas tratadas com radiação gama pela Embrarad não ativam os elementos radioativos existentes nas mesmas, logo seria impossivel causarem qualquer tipo de dano à saúde. Existe esta possibilidade, ainda que remota, com gemas irradiadas com neutrons, que seria uma atividade energética mais intensa, e feita em reatores nucleares. Mesmo assim, o controle de saída deste material é super rigoroso, e a liberação só acontece depois do decaimento, ou seja, depois que não exista qualquer resquício radioativo. Vale ressaltar que a Embrarad não trabalha com neutrons, porém de modo algum discrimina este tratamento. A única coisa que sei é que, em se tratando de economia de tempo, o melhor é irradiar com gama.
Jóia br – Qual o valor agregado com o tratamento aplicado pela Embrarad?Maurício Favacho - É muito grande, só daria para estimar pelo tipo de cada pedra que é tratada, ou seja, o valor agregado com o quartzo tratado não pode ser comparado com o valor agregado com o tratamento de rubelitas. Este estudo tem que ser feito para cada tipo de pedra. A questão de valores agregados com o tratamento realizado pela empresa é tão importante, que o governo de Minas Gerais (Ciência e Tecnologia) tem no seu programa "Gemas e Jóias" interesse em conhecer pormenores sobre o tratamento, o que é tarefa não muito fácil. Poderia afirmar que cerca de 90% dos comerciantes de gemas do Brasil testam e comercializam pedras tratada pela Embrarad.
Jóia br - Existe aceitação internacional para o tratamento aplicado pela EMBRARAD?Maurício Favacho É claro que sim, apesar da maior parte dos clientes serem do Brasil, em particular de Minas Gerais, gemas oriundas de outros países chegam a todo momento na empresa para serem testadas.
Fonte:  Joia br

ALEXANDRITA        

ALEXANDRITA        



A mais rara e valiosa variedade de crisoberilo exibe as cores verde e vermelha, as mesmas da Rússia Imperial, e seu nome é uma homenagem a Alexandre Nicolaivich, que mais tarde se tornaria o czar Alexandre II; de acordo com relatos históricos, a sua descoberta, nos Montes Urais, em 1830, deu-se no dia em que ele atingiu a maioridade.

Como uma das mais cobiçadas gemas, esta cerca-se de algumas lendas, a mais difundida das quais diz que o referido czar teria ordenado a execução de um lapidário, depois que este lhe devolveu uma pedra de diferente cor da que lhe houvera sido confiada para lapidar.

Esta lenda deve-se ao fato de que a alexandrita apresenta um peculiar fenômeno óptico de mudança de cor, exibindo uma coloração verde a verde-azulada (apropriadamente denominada “pavão” pelos garimpeiros brasileiros) sob luz natural ou fluorescente e vermelha-púrpura, semelhante a da framboesa, sob luz incandescente. Quanto mais acentuado for este cambio de cor, mais valorizado é o exemplar, embora, para alguns, os elevados valores que esta gema pode alcançar devam-se mais a sua extrema raridade que propriamente à sua beleza intrínseca.

Esta instigante mudança de cor deve-se ao fato de que a transmissão da luz nas regiões do vermelho e verde-azul do espectro visível é praticamente a mesma nesta gema, de modo que qualquer cambio na natureza da luz incidente altera este equilíbrio em favor de uma delas. Assim sendo, a luz diurna ou fluorescente, mais rica em azul, tende a desviar o equilíbrio para a região azul-verde do espectro, de modo que a pedra aparece verde, enquanto a luz incandescente, mais rica em vermelho, faz com que a pedra adote esta cor.

Este exuberante fenômeno é denominado efeito-alexandrita e outras gemas podem apresentá-lo, entre elas a safira, algumas granadas e o espinélio. É importante salientar a diferença entre esta propriedade e a observada em gemas de pleocroísmo intenso, como a andaluzita (e a própria alexandrita), que exibem distintas cores ou tons, de acordo com a direção em que são observadas e não segundo o tipo de iluminação a qual estão expostas.

Analogamente ao crisoberilo, a alexandrita constitui-se de óxido de berílio e alumínio, deve sua cor a traços de cromo, ferro e vanádio e, em raros casos, pode apresentar o soberbo efeito olho-de-gato, explicado detalhadamente no artigo anterior, no qual abordamos o tema do crisoberilo.

As principais inclusões encontradas na alexandrita são os tubos de crescimento finos, de forma acicular, as inclusões minerais (micas, sobretudo a biotita, actinolita acicular, quartzo, apatita e fluorita) e as fluidas (bifásicas e trifásicas). Os planos de geminação com aspecto de degraus são também importantes características internas observadas nas alexandritas.

Atualmente, os principais países produtores desta fascinante gema são Sri Lanka (Ratnapura e diversas outras ocorrências), Brasil, Tanzânia (Tunduru), Madagascar (Ilakaka) e Índia (Orissa e Andhra Pradesh).

No Brasil, a alexandrita ocorre associada a minerais de berílio, em depósitos secundários, formados pela erosão, transporte e sedimentação de materiais provenientes de jazimentos primários, principalmente pegmatitos graníticos. Ela é conhecida em nosso país pelo menos desde 1932 e acredita-se que o primeiro espécime foi encontrado em uma localidade próxima a Araçuaí, Minas Gerais. Atualmente, as ocorrências brasileiras mais significativas localizam-se nos estados de Minas Gerais (Antônio Dias/Hematita, Malacacheta/Córrego do Fogo, Santa Maria do Itabira e Esmeralda de Ferros), Bahia (Carnaíba) e Goiás (Porangatú e Uruaçú).

A alexandrita é sintetizada desde 1973, por diversos fabricantes do Japão, Rússia, Estados Unidos e outros países, que utilizam diferentes métodos, tais como os de Fluxo, Czochralski e Float-Zoning, inclusive na obtenção de espécimes com o raro efeito olho-de-gato.

A distinção entre as alexandritas naturais e sintéticas é feita com base no exame das inclusões e estruturas ao microscópio e, como ensaio complementar, na averiguação da fluorescência à luz ultravioleta, usualmente mais intensa nos exemplares sintéticos, devido à ausência de ferro, que inibe esta propriedade na maior parte das alexandritas naturais.

Na prática, a distinção por microscopia é bastante difícil, seja pela ausência de inclusões ou pela presença de inclusões de diferente natureza, porém muito semelhantes, o que, em alguns casos, requer ensaios analíticos mais avançados, não disponíveis em laboratórios gemológicos standard.
O custo das alexandritas sintéticas é relativamente alto - mas muito inferior ao das naturais de igual qualidade - pois os processos de síntese são complexos e os materiais empregados caros. O substituto da alexandrita encontrado com mais frequência no mercado brasileiro é um coríndon sintético “dopado” com traços de vanádio, que também exibe o câmbio de cor segundo a fonte de iluminação sob a qual se observa o exemplar. Eventualmente, encontram-se, ainda, espinélios sintéticos com mudança de cor algo semelhante à das alexandritas.

Não existe ALEXANDRITA NATURAL

Artigo

Não existe ALEXANDRITA NATURAL


História Resumida da Alexandrita


Estima-se que menos de uma pessoa em 100 mil vai ver uma vez na vida uma Alexandrita Natural

Alexandrita – o próprio nome desta pedra preciosa traz à mente imagens da realeza!

Uma das mais intrigantes de joias, foi descoberta pela primeira vez ao longo cordilheira dos Urais da Rússia, onde esmeraldas estavam sendo extraído no início de 1830, e nomeado como a gema imperial da Rússia em homenagem ao Czar Alexandre II. Alexandrita é altamente desejável nos tons de roxo com variedade de mudança de cor da gema conhecida como crisoberilo.

Imagine, se quiser, o que os mineiros russos devem ter se perguntado? Como a história vai, os mineiros descobriram uma veia do que eles pensavam que era mais de esmeralda, que é o que as minas na área vinham produzindo. No entanto, quando observaram a sua descoberta à luz da fogueira, à noite, eles ficaram surpresos ao ver que o material bruto revelou uma tonalidade avermelhada em vez de um verde esmeralda!

A Alexandrita  desde aquela época, gozava de uma reputação como pedra preciosa de cor mais cobiçada do mundo, mas é provavelmente o mais incompreendido, considerando a quantidade de confusão resultante da desinformação popular sobre a pedra.

Este guia contém os fatos básicos que você deve saber sobre o que procurar ao comprar uma alexandrita. Ele é compilado a partir de nossas próprias observações ao longo dos anos, e escrito com a intenção de educar os consumidores e aqueles que apenas querem aprender sobre alexandrita. Estamos muitas vezes a pergunta, “onde posso encontrar mais informações sobre alexandrita?” Porque a informação verdadeiramente precisa sobre alexandrita não é fácil de encontrar, e, quando se acha, é incompleta, mesmo se você pesquisar através de livros ou online.

Através de nossos anos de experiência, descobrimos que a maioria dos joalheiros de varejo, e mesmo alguns gemólogos, sabem pouco sobre distinguir as propriedades de mudança de cor de uma amostra de qualidade e, portanto, nem sempre pode dar uma avaliação justa da pedra. Isso não é inteiramente surpreendente, quando você leva em conta que a maioria dos joalheiros, gemólogos e fornecedores de gemas desconhecem. Passei muito tempo observando os diamantes e outros tipos mais comuns de gemas coloridas, mas nunca, vi uma alexandrita natural.

Elas não são comumente encontrados em lojas de varejo de joias, e estima-se, segundo estudos científicos, que menos de uma pessoa em 100 mil vai ver uma vez na vida uma Alexandrita Natural. Isso porque o bruto de uma Alexandrita é extremamente sujo e requer algum tipo de tratamento para remover as impurezas e não é, portanto, fácil encontrar as naturais. 

O  mais comum é encontrar Alexandritas tratadas para a remoção das impurezas. Utiliza-se na maioria da vezes o ultrassom associado com laser e aspersão à vácuo.

O  Tratamento acima referido reduz o preço por quilate da gema mas mantém a naturalidade dela com pouca desorganização molecular. Agora, por outro lado, você vai encontrar Alexandritas reconstituídas no mercado a preço de banana. A técnica de reconstituição promove uma desorganização molecular tirando totalmente a naturalidade da gema. Veremos mais sobre esse tema abaixo.

Nós, da Redspot Gemas e Joias utilizamos  a técnica de tratamento por laser e ultrassom e aspersão a vácuo. Isso resulta em uma gema natural com tratamento adequado, mantendo a organização molecular pouco alterada, como se fosse natural.

A alexandrita natural deve sempre mostrar uma mudança na cor de um tom de verde (um pouco azulada ou vermelho-púrpura). Esse é o clássico e adequado, muitas vezes fascinante, mudança de cor de uma qualidade pedra natural.

Você também deve tomar cuidado em pagar muito por uma das muitas pedras crisoberilo naturais que mudam de cor de algum tom de verde ou amarelada, com um tom de laranja ou marrom, ou mesmo para uma cor avermelhada, mas somente sob uma luz amarela forte. Essas não são verdadeiras Alexandritas, mas deve ser devidamente identificado como “mudança de cor chrysoberyl”, e não deve comandar um preço premium.

Uma vez que estas pedras são chrysoberyl, que, aparentemente, podem vir de qualquer origem que uma verdadeira alexandrita pode, e estão  vendendo para os compradores desavisados cada vez mais como “alexandrita”, uma vez que maiores quantidades deste material menos valiosos estão sendo minados. As  alexandrita muitas baratas “doublets” para venda quase nunca contêm qualquer crisoberilo natural, mas normalmente são fabricadas a partir de cor criado em laboratório mudando o corindo.

Origens da Alexandrita: 

Mesmo que os compradores estão extremamente interessados no aprendizado do país de origem da sua Alexandrita, a maioria dos laboratórios de gemologia não têm um teste para verificar a origem de uma alexandrita! Por isso, pode vir como uma surpresa que, quando perguntado, aqueles de nós com a experiência muitas vezes deve fazer uma estimativa com base em certas características, por vezes visto em pedras de regiões específicas.

Alexandritas já foram minadas só na Rússia, e enquanto a Rússia tem sido visto como “o lugar” para Alexandritas, sabemos por experiência que a qualidade da amostra individual é o que importa, e não só a origem. Alguns espécimes russos têm inclusões e não são atraentes, assim como algumas pedras de outras origens. Durante décadas, a palavra era que qualquer material que não era  minado russo foi considerada inferior, e até hoje algumas pessoas preferem apenas pedras que são de suposta origem russa.

No entanto, na década de 1980 uma descoberta a brasileira que agitou o mundo da joia com sua alta qualidade e mudança de cor brilhante de um verde azulado impressionante a magenta! De fato, algumas das Alexandritas melhores e mais bonitas vem do Brasil. A descoberta de material de boa qualidade, seguido de Índia anos mais tarde. O material do Brasil e da Índia é geralmente de melhor qualidade na mudança de cor do que o material da Tanzânia descoberto mais tarde. Embora qualquer local onde as gemas são extraídas irão produzir algum material de melhor qualidade, alguns de menor qualidade. É por isso que um determinado país de origem não determina necessariamente o valor de uma alexandrita. Então, novamente, não há mais a ser dito sobre as cores da amostra individual, em vez de a verdadeira origem  determinar a qualidade.

À luz de uma vela ou chama a maioria dos Alexandritas irão apresentar tons avermelhados consideráveis, mas não em “suaves brancas” lâmpadas domésticas vivas ou do dia! Nós todos vimos os anúncios onde um vendedor afirma uma alexandrita vai mudar radicalmente de cor, assim como está sendo movidos de uma sala para outra, mas que raramente é o caso.

Mesmo Alexandritas finas requerem mais do que nuances nas condições de iluminação, a fim de mudar de cor, e normalmente irá mostrar tons de azul-violeta à luz de lâmpadas incandescentes regulares ou na sombra, mantendo-se na maior parte verde/Azul sob incandescente mista e luz solar ou lâmpadas incandescentes e iluminação fluorescente.

Além disso, se a fonte de luz é muito brilhante, se incandescente ou não, um pouco de verde será quase sempre presente. Além disso, está cientificamente provado que os olhos de algumas pessoas verem a cor mudar de maneira diferente dos outros. É verdade! Tem sido observado que uma alexandrita pode não exibir as mesmas cores exatas e as mudanças de cor de uma região geográfica que é realizado no outro, talvez altitude e/ou as alterações climáticas sejam um fator. Seja qual for o caso, é apenas à luz de velas ou luz do fogo que a mais dramática mudança de cor de verde/azul para roxo avermelhado será visto.

De uma coisa você pode ter certeza – cada alexandrita é um indivíduo e é raro encontrar dois que mostram exatamente as mesmas cores sob uma variedade de condições de iluminação.  Essa característica do individualismo é devido a uma combinação de fatores, incluindo variações na claridade e cor, bem como a forma e corte da pedra, e faz alexandrita ainda mais valioso e agradável para colecionadores.

Fonte: Redspot Gemas e Joias

CLASSIFICAÇÃO DAS GEMAS

Existem diversos critérios internacionais para a classificação das gemas, e que têm impacto no preço final da mesma.

Adotamos os critérios utilizados para gemas  no Brasil (BR) – ABRAGEM – e no Exterior (USA).

São bem parecidos, mudando apenas as siglas.

Atenção para as classificações de diamantes pois eles possuem tabela específica e as vezes são usados erroneamente para gemas.

QUADRO DE CLASSIFICAÇÃO DE PUREZA DAS GEMAS DE COR (BRASIL)

GRAU DE PUREZA
DESCRIÇÃO DO GRAU DE PUREZA
SI
Sem inclusões e sem imperfeições externas, quando examinada sob a luz difusa, com lupa 10X.
lL
Inclusões leves ou muito pequenas, quando examinada com lupa 10X. Pequenas imperfeições externas. A categoria IL, é descrita como muito próxima da categoria anterior SI.
IM
Inclusões moderadas que podem ser vistas facilmente com lupa 10X. e com pouca dificuldade a olho nu. Pequenas imperfeições externas. Nesta categoria, as inclusões ou imperfeições não podem afetar a mesa da gema.
IA
Inclusões acentuadas, facilmente vistas a olho nu.
Imperfeições externas também são facilmente encontradas.
IE
Inclusões excessivas. Esta categoria envolve todas as gemas que apresentam muitas inclusões e imperfeições externas, afetando seriamente a beleza, a transparência e a durabilidade do material. As gemas desta categoria são quase sempre translúcidas a opacas.
QUADRO DE CLASSIFICAÇÃO DE PUREZA DAS GEMAS DE COR (USA)
Classificação
“Grade”
Siglas e Descrição na Gema
SF – Super Fino ou excelente negócio
Esta graduação denota que o produto em questão é limpo, bem facetado, bem polido, tem uma cor agradável e viva com consistência e apropriação.
AAA – (SI1-SI2) ou grande negócio
Esta graduação denota que o produto em questão é limpo, bem facetado, bem polido, cor viva, mas apresenta variação na consistência da cor
AA: – (SI1 – I1) ou bom negócio
Esta graduação denota que o produto em questão está semi limpo, bem facetado & polido, apresenta variações e inconsistência na apropriação da cor. Em termos de joias, denota boa jóia com SI2 e I1 na graduação dos diamantes ou gemas coloridas, mais nas jóias de prata de lei.
A: – (I2)
ou valor extra
Esta graduação denota que o produto em questão está semi limpo, razoavelmente facetado e polido, com variações notáveis e inconsistência na apropriação da cor.
Em termos de jóias, denota jóias em ouro com graduação I2/gemas com claridade ou joias em prata de lei.
Comercial ou Valor Extra
Irregular, nebuloso, inclusões visíveis, semi transparente/opaco, menor graduação.
Em termos de jóias, denota ouro ou prata de lei com graduação menor

sábado, 29 de julho de 2017

9 tesouros que ainda não foram encontrados

Com tanta gente no mundo, tecnologia cada vez mais avançada e o planeta sendo decifrado por cientistas de plantão, diversos mistérios e perguntas não respondidas ainda surgem semanalmente ao redor do globo. Quanto mais se descobre sobre o passado da Terra, mais questões e incógnitas surgem pelo caminho.
Um dos mistérios mais explorados tem relação direta com a fama dos tesouros perdidos ou roubados ao longo dos séculos. Onde é que está boa parte das riquezas da antiguidade? Uma coisa é certa: em tempos de incerteza, quer se trate de uma revolução, guerra, canibalização etc., o lugar mais seguro para guardar algo de valor era em uma colina bem alta ou embaixo da terra.
A equipe do Mega Curioso arregaçou as mangas e “escavou” alguns tesouros lendários que grandes ícones da História perderam em suas aventuras pelo planeta. Confira:

1. O tesouro perdido de Napoleão


Ao abandonar a cidade de Moscou, o ilustre Napoleão levou consigo alguns carrinhos de ouro, objetos de valor e uma coleção de armas antigas. Contudo, devido aos ataques que seu exército sofria constantemente, ele foi deixando um pouco das riquezas pelo caminho, com o intuito de fazer suas tropas andarem mais rápido.
Historiadores sugerem que Napoleão continuou a puxar carroças, pelo menos, até o Rio Berezina, na região russa do planeta. O primeiro tesouro foi encontrado no rio Nara, mas os outros ainda estão perdidos. Quer procurar? Basta você se aventurar pelas aldeias Zhernovka e Velisto, lagos Kasplya, Svaditskoe, Semlevskoe e no distrito Demidov, na região de Smolensk, na Rússia.

2. As riquezas de Sigismundo III


Filho do rei sueco João III, Sigismundo III invadiu a Rússia em 1604, confiscando tudo o que parecia ter algum valor. Depois da “época da colheita”, ele conseguiu encher 923 vagões de mercadorias, que foram enviados por Mozhaisk, estrada para a Polônia.
Contudo, antes de chegar ao destino final, praticamente todo o tesouro sumiu sem deixar nenhum vestígio. Quer procurar? Compre agora uma passagem para as cidades russas Mojaisk ou Aprelevka. Mas atenção: é bom você voltar e dividir um pouco do tesouro com a gente.

3. O tesouro de Montezuma


Montezuma era um cara um lendário e poderoso líder asteca — tinha uma fortuna incrível. Em 30 de junho de 1520, Hernan Cortés e seus soldados assassinaram o imperador, roubando toda a sua riqueza.
Contudo, a população não deixou barato, cercando os assassinos e tentando impedi-los de fugir com o ouro. É óbvio que um grande combate foi travado, fazendo com que os moradores locais recuperassem parte das joias, mas grande parte do tesouro saqueado foi perdida e nunca mais vista.
Quer procurar? Vá para a cidade de Kanab, em Utah (EUA). Em 1914, o garimpeiro Freddy Crystal encontrou uma gravura feita do lado de um penhasco que combinava com uma marcação em um mapa de tesouro antigo, que supostamente conduzia à fortuna de Montezuma.
O mapa foi decifrado por um descendente do grande líder asteca e, depois de algum tempo, eles conseguiram encontrar um sistema de cavernas e túneis que atravessavam a montanha, em Kanab. O lugar estava cheio de armadilhas, mas nenhum ouro jamais foi encontrado.

4. A fortuna de Lima


No século 19, diversas guerras começaram a ser travadas na América do Sul, visando o fim do colonialismo existente. Durante o domínio da Espanha, a Igreja Católica conquistou uma grande fortuna na região, e claro que eles precisavam de um local seguro para guardar a grana dos chamados “rebeldes”.
Com isso, William Thompson foi encarregado para levar diversas estátuas de ouro, joias, diamantes, coroas, prata e mais um monte de riquezas para bem longe das guerras — o valor estimado era de 300 milhões de dólares.
Contudo, William e sua tripulação não resistiram à tentação e mataram os guardas católicos, tomando as joias para eles. Depois do ocorrido, a trupe foi parar nas Ilhas Cocos, na Costa Rica, e enterrou o tesouro, com a intenção de recuperá-lo dias depois. Porém, eles foram capturados e apenas dois integrantes não foram para a forca, sendo obrigados a revelar o lugar secreto em que o tesouro estava.
Sabe o que aconteceu? William e seu capanga fugiram, e nunca mais eles foram vistos no planeta, muito menos o tesouro escondido.

5. Tesouro do navio Flor do Mar


Construído em 1502 e comandado pelo irmão de Vasco da Gama, o navio português Flor do Mar era muito famoso na época, tendo feito parte de uma viagem para a Índia portuguesa em 1505. Além disso, a embarcação participou de algumas batalhas navais, até que, em 1511, foi perdido em uma tempestade.
O fato intrigante é que o Flor do Mar estava lotado de ouro, o que fez do navio o mais procurado depois de um naufrágio. Tudo indica que a fortuna é o tesouro do reino Melaka, localizado na moderna Malásia, que teria mais de 60 toneladas de ouro.

6. A misteriosa Arca da Aliança


Para os antigos israelitas, a Arca da Aliança era a coisa mais sagrada que existia na Terra, sendo o objeto supremo dos hebreus. Aliás, o famoso aparato era repleto de ouro e acompanhou a galera por 40 anos no deserto — alguns místicos dizem que ela produzia o Maná, alimento usado por Moisés e seu povo.
A Arca da Aliança sumiu depois do ataque dos babilônios a Jerusalém, em 607 antes de Cristo. Desde então, ela nunca mais foi vista. Uns dizem que os próprios hebreus a esconderam, outros afirmam que ela foi destruída. Já os mais fiéis acreditam que Deus levou a Arca para o céu. Será?

7. Maxberg Specimen


Até hoje, apenas 11 fósseis completos de Archaeopteryx foram descobertos pelo ser humano. Caso você não saiba, essa espécie é um dos raros animais que poderia ajudar no desenrolar dos estudos sobre a evolução das espécies, já que faz parte da transição entre os dinossauros e as aves.
O dono da riqueza — sim, isso vale muito dinheiro —, Eduard Opitsch, descobriu o fóssil em 1956, época em que apenas dois fósseis de Archaeopteryx tinham sido descobertos. Ao descobrir que teria que pagar altos impostos pela venda do achado, Opitsch decidiu esconder o fóssil em sua casa. Contudo, depois de sua morte, ninguém descobriu onde ele escondeu essa fortuna fossilizada.

8. A lendária espada Kusanagi


Conhecida no Japão como Kusanagi-no-Tsurugi ou Ama-no-Murakumo-no-Tsurugi ("Espada que Colhe as Nuvens do Céu"), essa espada leva a fama de ser a Excalibur japonesa. Cada vez que um novo imperador era coroado, a Kusanagi era usada em um ritual específico. Segundo a mitologia, a espada foi encontrada no corpo de uma serpente de oito cabeças, decaptada pelo deus japonês Susanoo.
Existem algumas réplicas muito bem feitas dela, mas, infelizmente, a espada verdadeira mora no fundo do oceano desde uma batalha no século 12. Quem se atreve a procurar essa lendária relíquia? Atualmente, o valor dela é praticamente incalculável.

9. O tesouro dos Cavaleiros Templários


Em 1307, o último templário, Jacques de Molay, foi perseguido pelo rei Filipe IV da França, fazendo com que o mistério sobre o paradeiro de todo o tesouro que os Cavaleiros Templários tinham se tornasse motivo de uma busca frenética pelo globo.
O nome completo da ordem era “Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão", fundada na época das Cruzadas, por volta do século 11, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista. Contudo, muitos iniciados no assunto sabem que a verdade não é essa: eles tinham objetivos a mais nessa empreitada.
Depois da morte de Jaques, o que levou à dispersão e sumiço de muitos Templários, o tesouro deles, assim como a frota, nunca mais foi visto no planeta. É óbvio que o rei Filipe IV ficou muito furioso com isso. De acordo com algumas lendas, todo esse tesouro teria sido usado para financiar a independência dos Estados Unidos. Você acredita nisso?