terça-feira, 8 de agosto de 2017

Como é feito o papel?

Como é feito o papel?

O produto surgiu na China, no século 2

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Ele é feito a partir da madeira, da qual são extraídas fibras de celulose, convertidas em papel após uma série de processos industriais. O que pouca gente sabe é que nem sempre foi desse jeito. O papel foi inventado na China no século 2, mas durante mais de 1500 anos a matéria-prima mais comum para fazê-lo não era madeira, mas sim fibras de algodão extraídas de roupas velhas, panos e trapos.
Depois que as máquinas de impressão começaram a se desenvolver, a partir do século 15, o consumo de papel aumentou muito e o mundo percebeu que não havia roupa velha que chegasse para publicar livros, revistas, jornais… Alguns reis da Europa tentaram inclusive limitar o comércio de trapos, temendo ficar sem papel. Apesar de o francês René Antoine de Reaumour ter dado a idéia de usar fibras extraídas da madeira em 1719, foi só a partir de 1850 que diversos inventores, como o alemão Friedrich Keller, o inglês Hugh Burgess e o americano Benjamin Tilghman, tornaram isso viável.
Foi preciso aperfeiçoar um método de “digerir” a madeira com produtos químicos, de modo a extrair a celulose e obter um papel de qualidade aceitável. Entre os produtos químicos usados estão certos sulfitos (compostos de enxofre) – é daí que vem o nome, por exemplo, do papel “sulfite”. Hoje, com métodos avançados, é possível aproveitar até 98% da madeira de uma árvore numa fábrica de papel, usando a casca e outras partes antes descartadas como combustível para o próprio processo industrial. Na essência, porém, o método de fabricação ainda é o mesmo, desde sua invenção pelos chineses.
Da madeira à folha Processo de fabricação começa com um “cozido” de lascas de árvores1 – A principal matéria-prima para a produção de papel são toras de madeira. Nas fábricas, após serem cortadas, elas passam por um descascador e picador, de onde saem na forma de pequenos cavacos (lascas)
2 – Num tanque chamado digestor, os cavacos são cozidos dentro de um líquido composto por água e alguns agentes químicos, como sulfitos. O resultado desse cozimento é chamado de polpa
3 – A polpa passa por um processo de lavagem, em tanques e centrífugas, onde são extraídos os cavacos que não se dissolveram e outras impurezas. Depois, ela é deixada em repouso em outros tanques, numa etapa chamada de branqueamento, para separar a celulose de outros resíduos
4 – Os restos não aproveitados de madeira são queimados em caldeiras e transformados em energia elétrica em turbogeradores a vapor. A energia gerada aqui alimenta o próprio processo de fabricação do papel
5 – A polpa de celulose, ainda com alto teor de água, passa por uma máquina chamada mesa plana, que transforma essa massa úmida em uma grande folha contínua e lisa, pousada sobre uma esteira rolante de feltro
6 – A grande folha, movida pela esteira rolante, passa por rolos de prensagem e secagem com ar quente, que retiram o excesso de água, compactam o papel e alisam a folha. Dependendo do tipo de produto que se quer, ela ainda passa pelo coater (revestidora), um rolo que aplica uma película que protege ou dá brilho ao papel – como no caso do cuchê, por exemplo
7 – Finalmente, a folha passa por um aparelho chamado enroladeira e por rolos de rebobinagem, onde o papel se descola da esteira rolante e forma enormes rolos – ou bobinas -, estando pronto para o corte e o empacotamento
Negócio da China O papel surgiu no século 2, substituindo o papiro e o pergaminho4000 a.C. – CRIATIVIDADE egípcia
Os antigos egípcios descobriram que podiam montar folhas macias para escrever a partir da medula da cana que crescia nos pântanos alagados do rio Nilo. Depois de cortadas, as canas (Cyperus papyrus) ficavam dispostas lado a lado em duas fileiras perpendiculares de fibras, eram prensadas e postas para secar. O papiro foi o grande meio destinado à escrita na Antiguidade, sendo usado por gregos, romanos, persas e árabes durante muitos séculos
Século 2 a.C. – Idéia animal
Ao contrário do papiro, que tem origem vegetal, o pergaminho era feito com couro de animais (como ovelhas, cabras e bezerros), que era limpo, curtido, lixado e esticado em armações de madeira. Acredita-se que ele foi inventado na colônia grega de Pérgamo (atual Bergama, na Turquia), daí o seu nome. Depois do ano 700, quando os árabes conquistaram o Egito, principal fornecedor de papiro no mundo, o pergaminho se tornou o mais importante meio de escrita da Europa
Século 2 d.C.- Roupa reciclada
No ano 105, o chinês T’sai Lun, sábio da corte do imperador Han, misturou trapos de roupa, cordas e cortiça numa tina, pôs para cozinhar e recolheu a polpa formada em bandejas lisas de madeira. Depois, prensou as bandejas para retirar o excesso de líquido e pendurou as folhas para secar no sol, em um varal. Estava inventado o papel, que ainda levaria mil anos para chegar à Europa. Os europeus aprenderam a fabricá-lo com os árabes, que por sua vez tinham aprendido com os chineses

Fonte:  Mundo Estranho

Temer diz que anuncia na 5ª-feira nova remuneração do FGTS que dará R$7 bi a mais ao fundo

Temer diz que anuncia na 5ª-feira nova remuneração do FGTS que dará R$7 bi a mais ao fundo



Presidente Michel Temer 01/08/2017Adriano Machado
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Michel Temer disse que será anunciado na próxima quinta-feira uma nova remuneração para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço que, segundo ele, acrescentará 7 bilhões de reais ao FGTS.
"Na quinta-feira nós vamos anunciar 7 bilhões do Fundo de Garantia para os trabalhadores brasileiros, fruto de uma nova remuneração para o Fundo de Garantia", disse o presidente em cerimônia sobre financiamento imobiliário da Caixa Econômica Federal, nesta terça-feira, em São Paulo.
A mudança na remuneração do FGTS já havia sido definida pelo governo em dezembro do ano passado, quando anunciou uma série de ações para tentar estimular a economia. [nL1N1EA1YB]
Atualmente, o FGTS tem uma remuneração de 3 por cento ao ano mais a Taxa Referencial (TR). Na ocasião, o governo indicou que a nova remuneração do fundo passará a ser de 5 ou 6 por cento ao ano mais TR, próximo do que rende a poupança.
Fonte:   Reuters

REUTERS SUMMIT-Vale quer atrair novos investidores asiáticos e fundos de mineração

REUTERS SUMMIT-Vale quer atrair novos investidores asiáticos e fundos de mineração

08/08/2017


Luciano Siani, chief financial officer of Vale SA, talks during an interview in Rio de Janeiro, Brazil,
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Com a ascensão da Vale ao mais alto nível de governança da B3 e diante de novas medidas estratégicas para alavancar resultados, a mineradora acredita ser possível ampliar a base de acionistas, atingindo novos perfis, como asiáticos e fundos mineração e metais.
A inclusão da Vale no Novo Mercado, como parte de um amplo plano de pulverização do bloco de controle atual da companhia, será um pontapé decisivo para a empresa afugentar alguns riscos que hoje estão atrelados a ela, disse o diretor-executivo de Finanças e de Relações com Investidores da mineradora, Luciano Siani, ao Reuters Latin American Investment Summit.
"De modo geral, a expectativa é que com a melhoria da governança você atraia mais investidores", afirmou Siani, ao receber a reportagem da Reuters para uma entrevista em um dos atuais escritórios da empresa, no Rio de Janeiro.
O executivo frisou que a empresa, maior produtora global de minério de ferro e de níquel, é destino certo para investidores de Brasil e mercados emergentes, mas ainda não é garantida na carteira daqueles que investem nos principais produtos da mineradora ou daqueles que atuam na Ásia, onde estão seus maiores clientes.
"Quando você olha os chamados fundos de 'mining and metals', nesses a gente tem um caminho para percorrer, porque existe um reconhecimento da Vale, mas não é como nós gostaríamos", declarou o diretor.
A Vale, segundo Siani, chegou a ter cerca de 500 mil acionistas, quando houve um boom de demanda da China, e hoje tem cerca de 200 mil. "Houve uma perda importante da base acionária que precisa ser revertida", ressaltou.
O perfil da mineradora também traz uma desvantagem em relação aos seus concorrentes, que têm perfis mais balanceados de acionistas, enquanto a Vale ainda é muito concentrada em América do Norte e Europa, destacou o diretor.
O plano de reestruturação societária foi aprovado em junho e agora passa por uma fase de conversão voluntária de ações preferencialistas em ordinaristas, cujo prazo de adesão termina na sexta-feira.
A diretoria executiva, segundo Siani, está otimista em relação ao resultado, confiante de que os acionistas entendem que o processo ampliará governança e transparência, afastando a possibilidade de interferências do governo --representados hoje no bloco de controle-- e agregando valor à companhia.
"Aqueles que se anteciparam tiveram belos retornos, porque as ações da Vale triplicaram de valor nos últimos 18 meses", afirmou.

VELHOS RISCOS, NOVOS DESAFIOS

Como parte de um grande plano para alavancar os resultados da gigante do minério de ferro, Siani prevê apresentar novas estratégias no tradicional Vale Day, em Nova York, realizado em todo ano em dezembro.
O evento, que normalmente atualiza o "guidance" para os anos seguintes, deverá trazer também o resultado de uma análise profunda de todos os negócios da empresa, a primeira promessa do presidente, Fabio Schvartsman, que assumiu o cargo em maio.
O objetivo, segundo Siani, é buscar rentabilidade para todos os negócios, além do minério de ferro, e reduzir fatores de risco atrelados à Vale.
Com a alta exposição à variação dos preços do minério de ferro, as ações da Vale são muito influenciadas por oscilações dos preços da commodity.
A ideia, segundo Siani, é que com o fortalecimento dos demais negócios e com a superação de alguns riscos, as ações possam oscilar menos em patamares maiores.
Dentre os planos que devem ser apresentados, a empresa deverá apontar para uma redução de dívida líquida mais profunda que a planejada para 2017. A meta atual é reduzir o endividamento para entre 15 bilhões e 17 bilhões de dólares ao final deste ano, ante os cerca de 22 bilhões de dólares registrados no fim do segundo trimestre.
Para isso, a empresa prevê permanecer trabalhando para gerar caixa e com investimentos em queda, após a entrega do seu maior projeto de minério de ferro, em Canaã dos Carajás, que iniciou a operação comercial no início deste ano.
"Tendo em vista a imensa volatilidade das commodities, estamos inclinados certamente a trabalhar com níveis de dívida ainda inferiores, mas a companhia já pode dizer que é possível remunerar melhor os nossos acionistas", afirmou, evitando antecipar o patamar de desalavancagem que deverá ser buscado.
Para contribuir com a queda da dívida e atingir a meta deste ano, Siani citou a conclusão de desinvestimentos já anunciados e reiterou que haverá uma venda adicional de quatro navios nos próximos meses. Além disso, Siani declarou que novos movimentos de fusões e aquisições estão totalmente descartados nos atuais planos.
"A Vale só vai pensar em M&A (sigla em inglês para fusões e aquisições) o dia que concluir o seu dever de casa, a gente ainda tem muito o que fazer na gestão de portfólio de ativos", afirmou.

RESULTADOS E PLANOS PARA O FUTURO

Com a conclusão e o sucesso dos planos para alavancar valor às ações da Vale, Siani destacou que a empresa poderá avaliar retornar ao mercado de fusões de aquisições de uma forma diferente.
"Um dia, se a Vale vier a fazer M&A, certamente será usando as suas próprias ações como moeda, o que aliás é algo que essa reestruturação permite", afirmou, explicando que a medida, se aplicada atualmente, poderia diluir o bloco controlador.
"Financiar M&A com dívida, usando seu próprio fluxo de caixa, é algo que a gente não pretende fazer", frisou.
Entretanto, para isso, Siani reiterou que as ações da Vale precisam ter uma "valorização adequada, o que não é o caso ainda hoje".
Outra mudança, segundo Siani, é que a empresa não voltará a investir nos chamados projetos "greenfield", totalmente novos e que carregam um maior volume de investimentos.
"O mundo não precisa mais de projetos greenfields na maioria das commodities", disse o diretor, destacando que expansões de projetos já existentes são mais baratas, mas mesmo assim a empresa será muito criteriosa daqui para frente.
Fonte: Reuters
Reuters

Trump alerta para “fogo e fúria” se Coreia do Norte ameaçar EUA; Pyongyang considera atacar Guam

BEDMINSTER, Estados Unidos/PEQUIM (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou a Coreia do Norte nesta quinta-feira que o país será atingido por “fogo e fúria” caso ameace os EUA, levando a nação com armas nucleares a dizer que está considerando disparar mísseis contra a ilha de Guam, território dos Estados Unidos no Pacífico.
Numa escalada das tensões, Pyongyang afirmou que está "examinando cuidadosamente" um plano para atacar Guam, local de uma base militar norte-americana. Um porta-voz militar da Coreia do Norte afirmou, em um comunicado divulgado pela agência estatal norte-coreana KCNA, que o plano será "implementado... a qualquer momento", uma vez que o líder Kim Jong Un tome uma decisão.
Em outra nota citando outro porta-voz militar, a Coreia do Norte também disse que poderia realizar uma operação preventiva se os Estados Unidos mostrassem sinais de provocação.
Washington advertiu que está preparada para usar força caso seja necessário para impedir os programas balístico e de mísseis da Coreia do Norte, mas disse preferir ação diplomática global, incluindo sanções.
As consequências de um ataque norte-americano seriam possivelmente catastróficas para membros militares sul-coreanos, japoneses e norte-americanos dentro de alcance de ataques retaliatórios da Coreia do Norte.
“Melhor a Coreia do Norte não fazer mais ameaças aos Estados Unidos. Ela será atingida por fogo e fúria como o mundo nunca viu”, disse Trump a repórteres no Trump National Golf Club, em Bedminster, no Estado norte-americano de Nova Jersey.
Anteriormente nesta terça-feira, o Ministério da Defesa do Japão informou que “é concebível que o programa de armas nucleares da Coreia do Norte já tenha avançado consideravelmente e é possível que a Coreia do Norte já tenha alcançado a miniaturização de armas nucleares e tenha adquirido ogivas nucleares”.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) impôs unanimemente no sábado novas sanções sobre a Coreia do Norte por seus contínuos testes de mísseis que podem reduzir em um terço a receita anual de exportação de 3 bilhões de dólares do recluso país.
A Coreia do Norte informou que as sanções infringem sua soberania e que está pronta para dar a Washington uma “severa lição” com sua força nuclear estratégica em resposta a qualquer ação militar norte-americana.
A Coreia do Norte não escondeu seus planos de desenvolver um míssil de ponta nuclear capaz de atingir os Estados Unidos e ignorou pedidos internacionais para interromper seus programas nuclear e de mísseis.
A Coreia do Norte diz que seus mísseis balísticos intercontinentais são meios legítimos de defesa contra perceptível hostilidade norte-americana. O país acusa há tempos os EUA e a Coreia do Sul de aumentarem tensões ao conduzirem exercícios militares.
FONTE:   REUTERS

Abi-Ackel versus Globo

Abi-Ackel versus Globo

Marcelo Rubens Paiva
08 Agosto 2017                                                           


Enquanto escutávamos o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), relator do parecer na CCJ, defender no púlpito do Congresso Nacional o réu Michel Temer e elogiar seu governo, um pai sorriu:
Ibrahim Abi-Ackel, político mineiro, deputado federal que chegou ao cargo ministro de Justiça do regime do general Figueiredo, entre 1980 e 1985, sucedendo o temido e todo-poderoso Golbery do Couto e Silva, foi envolvido num escândalo de contrabando de pedras preciosas em 1983.
O Brasil ficou surpreso com a edição do Jornal Nacional de 1983, antes dócil a todos generais no poder desde 1964, atacar violentamente um ministro da Justiça.
A emissora mudara de lado, descobriu a opinião pública, que apostava nas Diretas Já, enquanto a emissora procrastinava entrar no debate e na campanha.
Ela divulgou amplamente, sem entrelinhas ou metáforas, que o americano Mark Lewis, preso na alfândega dos Estados Unidos com pedras brasileiras avaliadas em valores da época em 10 milhões de dólares, confessou que elas tinham conexões com um amigo de Abi-Ackel.
O ministro foi apontado como um dos envolvidos no contrabando pelo advogado norte-americano, Charles Haynes.
O Jornal Nacional, da Rede Globo, que começava a apostar no fim do regime militar, não se amedrontou e noticiou amplamente o caso.
No livro Ibrahim Abi-Ackel – Uma Biografia (da jornalista Lígia Maria Leite e com prefácio do senador Aécio Neves), o acusado afirma que, antes, malotes enviados pela Rede Globo para sua sucursal no exterior transportavam drogas, por isso ele fora vítima de um complô da emissora.
O ditador general Figueiredo, numa entrevista à rádio gaúcha Pampa, defendeu a tese do seu discípulo civil:
“A campanha do Roberto Marinho contra o ministro Ibrahim Abi-Ackel se deveu a um engano do sr. Roberto Marinho. Os malotes da Rede Globo para Nova York serviram de transporte para cocaína. A Polícia Federal apreendeu dois desses malotes, e o Roberto Marinho nunca perdoou o Abi-Ackel, porque pensou que foi ele que mandou fazer a apreensão.”
Hoje, um membro da família, contra todas as provas apresentadas, nega o óbvio.
E contra o grande furo da Rede Globo: a gravação do cabeça da JBS, Joesley Batista, envolvendo Temer.

Fonte: Estadão