segunda-feira, 14 de agosto de 2017

O MERCADO DE RELÓGIOS ANTIGOS

O MERCADO DE RELÓGIOS ANTIGOS
Marcos Arend*


O interesse por relógios antigos está crescendo no Brasil e há muito tempo no exterior. Trata-se de um mercado de apaixonados que são fiéis aos mecanismos e que jamais irão fazer uso de peças modernas, fazendo movimentar um comércio de itens usados e serviços de restaurações (mostradores, polimento, reparos de relojoaria e ourivesaria...).modelo Gondolo, da Patek PhilippeObserva-se no Brasil um aumento na demanda por peças de qualidade, infelizmente já há muito tempo comerciantes do exterior vem aportando nas principais cidades brasileiras, adquirindo importantes peças que eram facilmente vistas no passado, fazendo extinguir certos modelos de nosso mercado - como exemplo o modelo Gondolo da Patek Philippe que era basicamente encontrado no Brasil . O mercado apresenta-se ainda imaturo quanto à cotação real das peças: encontra-se peças valorizadas em demasia e verdadeiras barganhas. No atual momento observa-se uma desvalorização dos relógios de bolso e uma constante valorização dos cronógrafos de pulso.
Os colecionadores experientes sempre irão observar a compra de peças em excelente estado (com pouco ou sem uso) e em sua condição original (mostrador, mecanismo...) que podem apresentar um preço várias vezes maior que uma peça "judiada".
Os cuidados na Compra
Uma compra sempre deve ser feita com muito cuidado, com muita paciência. Uma peça pode aparentar ser interessante, mas ao analisar com cuidado pode-se descobrir grandes problemas.
- Deve-se observar que relógios de qualidade possuem marcas do fabricante no mostrador, mecanismo, coroa e caixa, e é comum encontrar peças "casadas", onde o mecanismo não possui uma caixa original;
- Testar o mecanismo, o acerto das horas, a corda, calendário e outras funções e verificar se o mecanismo opera em posições diferentes (mostrador para baixo, de pé...). Certos "vícios" mecânicos podem ser de difícil solução e custar caro;
- Observar a originalidade do mostrador: hoje em dia é difícil constatar uma restauração, deve-se observar se há falhas na serigrafia e, no caso de mostradores de porcelana, deve-se estar atento se o mesmo está fixo corretamente pelos pinos de fixação (em alguns modelos é observado pelo mecanismo).
- Ter cautela máxima com réplicas.
- Deve-se ter uma referência de preço como catálogos de preço, ou observar o preço de venda de similares na internet.

Sem dúvida a experiência sempre irá contar!
Avaliação
O valor de um relógio depende da marca, do material empregado na caixa, do estado de conservação (arranhões, peças originais...), de sua raridade e tipo/estilo (militar, cronógrafo, alarme, não usual...).

*Marcos Arend é colecionador e restaurador de relógios antigos há aproximadamente 20 anos e mantém o web site http://www.geocities.com/contatempo que divulga e informa sobre relógios mecânicos.

Dólar sobe e ronda R$3,20 com cautela antes de anúncio de meta fiscal maior

Dólar sobe e ronda R$3,20 com cautela antes de anúncio de meta fiscal maior









Notas de reais e dólares em casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015Ricardo Moraes
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar operava em alta e rondando o patamar de 3,20 reais nesta segunda-feira, com os investidores assumindo posições mais defensivas antes de o governo brasileiro anunciar novas e maiores metas fiscais para 2017 e 2018.
Às 10:44, o dólar avançava 0,65 por cento, a 3,1946 reais na venda, depois de acumular alta de 1,56 por cento na semana passada e ir a 3,2065 reais na máxima dessa sessão. O dólar futuro era negociado praticamente estável.
"Esse aumento do déficit (primário) tira um pouco da credibilidade da equipe econômica", afirmou o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.
O governo anunciará nova meta de déficit primário de 159 bilhões de reais para 2017 e 2018 nesta segunda-feira, sem aumento de impostos, disse mais cedo à Reuters uma importante fonte palaciana. Esse é praticamente o mesmo rombo obtido em 2016, buscando sinalizar que pelo menos a trajetória das contas públicas não vai piorar.
No mercado, havia temores de que o Brasil possa ser rebaixado mais uma vez pelas agências de classificação de risco por conta da situação fiscal, o que tenderia a espantar investidores estrangeiros.
Por isso a queda-de-braço foi intensa dentro do governo para tentar fechar as contas, com parte do Planalto alinhada com o Ministério do Planejamento no intuito de promover a mudança das metas, em meio ao cenário político mais delicado, com o presidente Michel Temer tendo de buscar apoio no Congresso Nacional para dar andamento às reformas, como a da Previdência.
Mas o Ministério da Fazenda ainda preferia esperar mais para manter a mensagem de maior austeridade. Temer terá outra reunião nesta segunda-feira com sua equipe econômica e política antes de anunciar as alterações.
Os investidores também trabalhavam de olho no cenário externo nesta sessão, onde o dólar subia ante uma cesta de moedas, com expectativas de alta dos juros nos Estados Unidos recuando após dados de inflação fracos.

Fonte: Infomoney

Vale avalia maneiras de acelerar listagem no Novo Mercado da B3, dizem executivos

Vale avalia maneiras de acelerar listagem no Novo Mercado da B3, dizem executivos

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um suporte maior do que o esperado de acionistas da Vale ao plano de conversão de ações está motivando a maior produtora global de minério de ferro a acelerar a listagem de ações ordinárias no segmento Novo Mercado, mais alto nível de governança da B3, disseram executivos da empresa nesta segunda-feira.
O presidente executivo, Fabio Schvartsman, disse aos investidores em uma teleconferência que a Vale não está considerando usar dinheiro para comprar ações de investidores que não converteram suas ações preferenciais.
A empresa informou na noite de sexta-feira que 84,4 por cento dos seus acionistas concordaram em trocar suas ações preferenciais por ordinárias, garantindo o sucesso da maior reorganização corporativa do país.

Fonte:  Reuters

Nova formação de carbono é capaz de brilhar mais que diamante

Nova formação de carbono é capaz de brilhar mais que diamante



A questão é: como sintetizar essas novas substâncias?


por Redação Galileu
Editora Globo
O diamante é a pedra mais brilhante que há// Crédito: mnlamberson via Flickr
Os diamantes são conhecidos como as pedras mais duras e reluzentes encontradas no planeta, mas pesquisadores encontraram outras três combinações de carbono que são mais brilhantes que o "melhor amigo da mulher". A questão é: como sintetizar essas novas substâncias?

As três configurações de carbono puro chamadas de hP3, tI12 e tP12 existem apenas em simulações de computador. Nenhuma das pedras seria tão dura quanto o diamante, mas elas são entre 1.1 e 3.2% mais densas que ele. Isso significa que o poder de refração da luz é maior e portanto a pedra "brilha" mais.

Essa descoberta não será apenas boa para joalherias, mas a propriedade do material mostra também que ele seria um bom condutor de energia, com quase zero de resistência.

A questão é conseguir fabricar essas novas pedras. Simulações ainda não encontraram a forma exata, mas com a quantidade certa de temperatura e pressão, cientistas podem transformar
um pedaço de grafite no diamante mais brilhante que já foi feito.

Fonte: Galileu

O segredo da felicidade segundo a ciência

O segredo da felicidade segundo a ciência





Ser feliz não é comer sempre o mesmo prato no restaurante que você mais gosta ou gozar de uma vida plena e tranquila; a ciência mostra que a chave para a satisfação pessoal é fazer coisas arriscadas, desconfortáveis e até mesmo desgastantes


por Todd B. Kashdan e Robert Biswas-Diener | Ilustração: Nik Neves

Editora Globo
Para nós, psicólogos que estamos sempre viajando de avião, a maneira como descrevemos nossa profissão para o vizinho de assento é determinante para saber se passaremos cinco horas ouvindo intrigas, detalhes de um casamento decadente, ou sobre o quanto é impossível resistir a uma bomba de chocolate. Mesmo usando fones de ouvido enormes, é impossível ignorar aquele passageiro decidido a contar sua história de abandono na infância. Para os que arriscam dizer a verdade e admitir que estudamos a felicidade, a resposta é quase sempre a mesma: o que eu posso fazer para ser feliz?

O segredo da felicidade é uma preocupação cada vez mais importante na era moderna, já que o aumento da estabilidade financeira proporciona a muitos a oportunidade de se concentrar no crescimento pessoal. Uma vez que já não somos mais caçadores preocupados em encontrar a próxima presa, procuramos viver nossas vidas da melhor maneira possível.

A busca da felicidade é uma epidemia mundial — em um estudo com mais de 10 mil participantes de 48 países, os psicólogos Ed Diener, da Universidade de Illinois, e Shigehiro Oishi, da Universidade de Virginia, descobriram que pessoas de todos os cantos do mundo consideram a felicidade mais importante do que outras realizações pessoais altamente desejáveis, tais como ter um objetivo na vida, ser rico ou ir para o céu. A febre da felicidade é estimulada em parte pelo crescente número de pesquisas que sugerem que, além de ser boa, a felicidade também faz bem — ela está ligada a muitos benefícios, desde maiores salários e um melhor sistema imunológico até estímulo à criatividade.

A maioria das pessoas entende que a felicidade verdadeira é mais do que um emaranhado de sentimentos intensos e positivos — ela é melhor descrita como uma sensação plena de “paz” e “contentamento”. Não importa como seja definida, a felicidade é parcialmente emocional — e por isso está ligada à máxima de que cada indivíduo tem um ponto de regulação, como um termostato, definido pela bagagem genética e a personalidade de cada um.

A felicidade verdadeira dura mais do que uma dose de dopamina, por isso é muito importante pensar nela como algo que vai além da emoção. A sensação de felicidade de cada um também inclui reflexões cognitivas, tais como quando você ri — ou não! — da piada do seu melhor amigo, ou quando analisa o formato do seu nariz ou a qualidade do seu casamento. Somente parte desta sensação tem a ver com o que você sente; o resto é produto de um cálculo mental, em que você computa suas expectativas, seus ideais, a aceitação daquilo que não pode mudar e inúmeros outros fatores. Assim, a felicidade é um estado mental e, como tal, pode ser intencional e estratégico.

Não importa qual seja o seu ponto de regulação emocional, seus hábitos diários e suas escolhas — da maneira como você lida com uma amizade até como reflete sobre decisões em sua vida — podem influenciar o seu bem-estar. Os hábitos de pessoas felizes foram documentados em estudos recentes e fornecem uma espécie de manual a ser seguido. Aparentemente (e paradoxalmente, é preciso dizer), atividades que causam incerteza, desconforto, e mesmo uma pitada de culpa estão associadas às experiências mais memoráveis e divertidas das vidas das pessoas. As pessoas mais felizes, ao que parece, têm vários hábitos não-intuitivos que poderiam ser considerados como infelizes. Ou seja, nem tudo aquilo que os livros de auto-ajuda defendem que pode te fazer feliz tem parcela significativa na sua felicidade. A felicidade pode vir de onde menos se esperava. Duvida? Que bom, isso significa que você tem grandes chances de ser feliz. Confira a seguir como.



 01> O IMPORTANTE É CORRER RISCOS
Situações complicadas, incertas e até mesmo desgastantes são fundamentais para aumentar nossa sensação de satisfação
Editora Globo
É sexta-feira à noite e você tem planos de jantar com os amigos. Se você quiser ter certeza de que vai chegar em casa satisfeito, você pede uma pizza ou um hambúrguer. Se, em vez disso, você escolher um tipo de comida que nunca experimentou (culinária etíope — claro, por que não?) você corre o risco de não gostar muito daquela injera com wat (tipo de massa fina de pão coberta com carne condimentada) —, mas pode ser que se surpreenda com um sabor delicioso.

Pessoas verdadeiramente felizes aparentam saber intuitivamente que a felicidade duradoura não se trata apenas de fazer aquilo de que gostamos. Ela também exige crescimento pessoal e se aventurar além dos limites da sua zona de conforto. Em um estudo de 2007, os psicólogos do estado do Colorado Todd Kashdan e Michael Steger monitoraram as atividades diárias de estudantes e como eles se sentiam durante 21 dias; aqueles que sentiam curiosidade em determinado dia também se diziam mais satisfeitos com a vida — e se envolviam em um número maior de atividades que levavam à felicidade, tais como expressar sua gratidão aos colegas ou praticar atividades voluntárias.

A curiosidade — aquele estado pulsante e ávido do não-saber — é fundamentalmente um estado de ansiedade. Quando, por exemplo, o psicólogo Paul Silvia mostrou aos participantes de uma pesquisa uma série de pinturas, as imagens tranquilas de Claude Monet e Claude Lorrain evocaram sentimentos felizes, enquanto as obras misteriosas e inquietantes de Egon Schiele e Francisco Goya causaram curiosidade.

Ao que parece, a curiosidade consiste basicamente em explorar. Pessoas curiosas em geral entendem que, apesar de não ser fácil se sentir desconfortável e vulnerável, este é o caminho para se tornar mais forte e sábio. Na verdade, um olhar aprofundado no estudo de Kashdan e Steger sugere que pessoas curiosas investem em atividades que lhe causam desconforto, pois estas atuam como um trampolim para estados psicológicos mais elevados.

É claro que existem diversas circunstâncias na vida em que a melhor maneira de aumentar seu grau de satisfação é simplesmente fazer o que te faz bem, como tocar sua música favorita numa jukebox ou fazer planos para visitar seu melhor amigo. Mas, de vez em quando, vale a pena buscar uma nova experiência, mais complicada, incerta e até mesmo desgastante — seja finalmente fazer aquela aula de caratê pela primeira vez ou ceder a sua casa para a exibição do filme de arte de um colega. As pessoas mais felizes optam pelas duas vias e assim se beneficiam de ambas.



 02> DETALHES TÃO PEQUENOS
Pessoas mais felizes não são minuciosas e têm uma proteção emocional natural contra o desgaste dos pequenos detalhes
Editora Globo
Uma crítica comum às pessoas felizes é que elas não são realistas — levam a vida alegremente sem levar em conta os perigos e problemas do mundo. Pessoas satisfeitas tendem a ser menos analíticas e atentas a detalhes. Um estudo conduzido pelo psicólogo Joseph Forgas, da Universidade de New South Wales, constatou que pessoas com uma predisposição a serem felizes — ou seja, aquelas que tendem a ser positivas — são menos céticas do que as outras. Elas são menos críticas e mais receptivas com estranhos, o que as torna mais suscetíveis a mentiras e golpes.

Claro, ficar de olho nos detalhes pode ajudar quando se trata de navegar o complexo universo social de colegas e namorados — e é algo que as pessoas menos alegres tendem a fazer. Na verdade, o psicólogo da Universidade Virginia Commonwealth, Paul Andrews, argumenta que a depressão é, na verdade, uma questão de adaptação. Pessoas depressivas, segundo a lógica, tendem a refletir e processar mais suas experiências do que as outras — e, por consequência, ter mais insights sobre si mesmo ou sobre a condição humana —, embora paguem um preço emocional por isso. Um pouco de atenção aos detalhes ajuda a avaliar o universo social de maneira mais realista.

No entanto, muita atenção aos detalhes pode interferir no nosso funcionamento cotidiano, como dizem as pesquisas realizadas pela psicóloga Kat Harkness, da Queen’s University. Em seu estudo, ela mostra que as pessoas deprimidas tendem a notar mudanças nas expressões faciais dos outros a cada minuto. Já as pessoas felizes tendem a ignorar tais mudanças repentinas — um ar de aborrecimento, um sorriso sarcástico. Você provavelmente conhece tal fenômeno das interações com seu parceiro. Quando estamos de mau humor, notamos pequenas mudanças de expressão que geralmente surgem de uma briga (“Eu vi você virar os olhos pra mim! Por que você fez isso?!”), mas quando estamos de bom humor, passamos por cima desses detalhes (“Você me provoca, mas eu sei que no fundo você ama estar perto de mim”). As pessoas mais felizes têm uma proteção emocional natural contra a energia desgastante dos pequenos detalhes.

Do mesmo modo, as pessoas mais felizes não dão tanta importância para o seu desempenho. Ao rever a literatura de pesquisa de Oishi e seus colegas, nota-se que as pessoas mais felizes — cujas notas foram 9 ou 10 no quesito satisfação com a vida — tendem a ter desempenhos piores do que pessoas medianamente felizes quando se trata de notas, frequência em aulas e salários. Em resumo, elas se preocupam menos com o seu desempenho; acreditam que vale a pena sacrificar um certo grau de realização para não ter que se preocuparem com coisas pequenas.



 03> EU TORÇO POR VOCÊ
Comemorar de verdade o sucesso dos seus amigos pode te fazer mais feliz do que conquistar os seus próprios
Você já ouviu isso um milhão de vezes: um bom amigo é aquele com quem você pode contar quando precisa. Segundo uma pesquisa recente da Gallup World Poll, o melhor indicador de felicidade no trabalho era se a pessoa tinha ou não um melhor amigo com quem podia contar. Assim, faz sentido pensarmos que um bom amigo é aquele que nos leva pra tomar uma cerveja quando recebemos uma promoção no trabalho — ou que somos um quando buscamos aquele amigo no bar que acabou de ser demitido e está muito bêbado para voltar pra casa dirigindo.

De fato, tal apoio alivia as pancadas difíceis da vida e ajuda a vítima a superá-las. Ainda assim, novas pesquisas revelam uma ideia menos intuitiva sobre amizades: as pessoas mais felizes são aquelas que estão presentes nos sucessos dos amigos e cujas realizações são comemoradas por eles.

Tal ideia é reforçada pela psicóloga Shelly Gable, da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara. Uma pesquisa realizada por ela e alguns colegas revelou que quando parceiros românticos falham em dar importância ao sucesso do outro, o casal tem mais chances de se separar. Em contrapartida, quando os parceiros comemoram as realizações uns dos outros, eles tendem a ficar mais satisfeitos e compromissados com o relacionamento, desfrutando de mais amor e felicidade.

No entanto, fora do nosso relacionamento principal, por que capitalizar o sucesso dos outros nos faria mais feliz? Por que devemos apoiar aquele amigo sortudo, ouvindo todos os detalhes de mais uma de suas conquistas sexuais quando nós mesmos passamos muitas noites de sexta-feira lendo gibi? Primeiramente, ele precisa de você, de verdade. O processo de conversar sobre uma experiência positiva com alguém que escuta atentamente muda, de fato, a memória daquele evento — dessa forma, depois de falar sobre a sua experiência, seu amigo vai se lembrar daquela noite com a modelo de maneira ainda mais positiva do que ela foi realmente, e vai ser mais fácil para ele relembrar deste encontro alguns anos depois, quando ela der o fora nele. Mas igualdade é importante, e você também pode pegar uma carona na positividade do seu amigo. Assim como nós nos sentimos mais felizes quando compramos presentes ou doamos dinheiro para caridade em vez de gastarmos com nós mesmos, nos sentimos mais felizes ao ouvir os relatos de sucesso de nossos amigos.

Na vida, existem muitas pessoas esperando uma oportunidade para mostrar seu heroísmo. Difícil mesmo é encontrar pessoas que realmente conseguem compartilhar a alegria e realização dos outros sem sentir inveja. Assim, mandar flores para uma amiga que está se recuperando de uma cirurgia pode ser generoso da sua parte, porém oferecer o mesmo buquê quando ela se formar em Medicina ou ficar noiva gera mais satisfação para ela — e principalmente para você.



 04> SENTIMENTOS NEGATIVOS À MOSTRA
Admitir sentir raiva ou inveja pode nos tornar mais flexíveis, e a habilidade de mudar nosso estado mental é fundamental para o bem-estar
Editora Globo
As pessoas mais saudáveis psicologicamente têm um entendimento nato de que as emoções servem como um feedback — um sistema de radar interno que fornece informações sobre o que está acontecendo (e o que vai acontecer) no nosso universo social. Pessoas felizes e radiantes não escondem seus sentimentos negativos. Elas reconhecem que a vida é cheia de decepções e batem de frente com elas, sempre usando de sua raiva para se defender e de sua culpa como motivador para mudar seu próprio comportamento. Esta hábil alternância entre prazer e dor — habilidade de mudar seu comportamento para atender à demanda da situação — é conhecida como flexibilidade psicológica.

A habilidade de mudar o estado mental de acordo com a circunstância é um aspecto fundamental para o bem-estar. George Bonanno, psicólogo da Columbia University, descobriu que, após o 11 de Setembro, as pessoas mais flexíveis que moravam em Nova York quando os ataques aconteceram — aquelas que ocasionalmente sentiam raiva, mas também escondiam sua emoção quando necessário — se recuperaram mais rápido e desfrutaram de melhor saúde mental do que as que não souberam se adaptar.

Oportunidades para reagir de maneira flexível estão em toda parte: uma recém-casada que acaba de descobrir que é infértil talvez esconda sua desesperança de sua mãe, mas se abra com a amiga; pessoas que passaram por algum trauma talvez expressem sua raiva para outras que compartilham do mesmo sentimento, mas a esconda de amigos. O que nos permite obter melhores resultados em diferentes situações é a capacidade de tolerar o desconforto causado pela mudança de estado de espírito de acordo com nossa companhia e suas atitudes.

Aprender a lidar com o desconforto emocional é algo que se faz aos poucos. Da próxima vez em que você tiver um desentendimento com alguém, em vez de beber uma dose de uísque, tente simplesmente tolerar aquele sentimento por alguns minutos. Com o passar do tempo, sua capacidade de tolerar emoções negativas vai aumentar.



 05> ENCURTANDO A CURTIÇÃO
Prive-se dos prazeres imediatos: banho demorado, barra de chocolate, sessão de TV... As pessoas mais felizes têm metas longas e definidas
Editora Globo
Até a pessoa mais esforçada concorda que uma vida cheia de objetividade e sem prazeres é muito chata. Pessoas felizes sabem se permitir certas indulgências momentâneas que são gratificantes — tomar um banho longo, faltar na ginástica no sábado para assistir a uma partida de futebol na TV... Se você se concentra principalmente em atividades que te dão prazer instantâneo, você pode estar perdendo os benefícios de ter uma meta definida. Objetivos nos levam a correr riscos e fazer mudanças — mesmo face à privação e ao sacrifício da felicidade a curto prazo.

Ao tentar descobrir como as pessoas equilibram prazer e objetivo, Michael Steger e seus colegas da Colorado State mostraram que o ato de tentar compreender nosso mundo é o que geralmente nos desvia de nossa felicidade. Afinal, esta é uma missão carregada de tensão, incerteza, complexidade, momentos de intriga e agitação, e conflitos entre o desejo de se sentir bem e a vontade de progredir em direção ao que mais valorizamos. Ainda assim, no geral, as pessoas mais felizes tendem a sacrificar mais os prazeres a curto prazo quando existe uma boa oportunidade de progredir em direção ao que elas desejam ser na vida.

Uma pesquisa realizada pelo neurocientista Richard Davidson, da Universidade de Wisconsin, revelou que progredir em direção à realização de nossos objetivos nos faz sentirmos mais envolvidos e nos ajuda a tolerar sentimentos negativos que podem surgir neste percurso.

Ninguém diz que ter um objetivo na vida é fácil ou que seja uma tarefa simples, mas pensar nas atividades gratificantes e significativas que você fez na semana passada, no que você é bom e nas experiências das quais você não abre mão pode ajudar. Observe também as situações em que suas respostas refletem aquilo que você acha que devia dizer em vez daquilo em que realmente acredita. Por exemplo, ser pai não significa que o tempo que você passa com seus filhos é a parte mais energizante e significativa da sua vida — e é importante aceitar isso. As pessoas mais felizes conseguem combinar aquilo que mais gostam com uma vida de objetivos e satisfação.



 A FELICIDADE EM NÚMEROS
• 0,98m é a distância de casa, em metros, em que os tweets das pessoas começam a expressar menos felicidade (aproximadamente a distância de casa para o trabalho para quem mora relativamente perto).

• 40% de nossa capacidade de ser feliz está ligada ao poder de mudança, de acordo com a pesquisadora da Universidade da Califórnia, Riverside, Sonja Lyubomirsky.

• 85 é o número de residentes em cada 100 que dizem ter sentimentos positivos no Panamá e no Paraguai, países mais positivos no mundo.

• 20%. Para 1/5 da população dos Estados Unidos a sensação de felicidade não é afetada pelas flutuações de igualdade de renda do país graças à sua condição financeira.
Fonte:  Revista Galileu