quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Após 30 anos, governo autoriza exploração mineral na Amazônia

Após 30 anos, governo autoriza exploração mineral na Amazônia


 Depois de mais de 30 anos fechada à atividade de mineração, uma imensa área da Amazônia rica em ouro poderá ser explorada pela iniciativa privada. Por meio de um decreto publicado na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União, o governo federal extinguiu a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), criada em 1984, ainda durante a ditadura militar. Com isso, uma área de cerca de 47 mil quilômetros quadrados entre o Pará e o Amapá está liberada para extração de ouro e outros minerais nobres.
A expectativa do governo é, agora, iniciar os leilões das áreas para as empresas interessadas em explorar a área. No decreto, assinado pelo presidente Michel Temer, o governo destaca que a extinção da Renca “não afasta a aplicação de legislação específica sobre proteção da vegetação nativa, unidades de conservação da natureza, terras indígenas e áreas em faixa de fronteira”.
Apesar de ter cobre no nome, a reserva é rica sobretudo em ouro, mas também em tântalo, minério de ferro, níquel, manganês e outros minerais. Não há informações sobre o tamanho dos depósitos. Mas a avaliação do Ministério de Minas e Energia é que a área poderá se tornar algo de relevância mundial e despertar a atenção de mineradoras de todo o planeta.
A reserva do cobre foi criada por meio de um decreto assinado pelo presidente militar João Figueiredo, que impediu a exploração mineral na mata. A área fechada tem o tamanho equivalente ao do estado do Espírito Santo, ou oito vezes a dimensão do Distrito Federal. O plano dos militares era explorar, por meio de uma estatal, grandes jazidas de cobre na região. Essa intenção, no entanto, não saiu do papel.
Sem mineração, a área reúne florestas protegidas e terras indígenas. Por isso, a liberação da região para as mineradoras preocupa ambientalistas. O governo federal ainda não detalhou como será a entrada de mineradoras na região.
Fonte: Reuters

Governo extingue Reserva Nacional de Cobre e Associados para atrair investimentos em mineração

Governo extingue Reserva Nacional de Cobre e Associados para atrair investimentos em mineração


O governo brasileiro extinguiu a Reserva Nacional de Cobre e Associadas (Renca), localizada nos Estados do Pará e Amapá, com o objetivo atrair investimentos para o setor de mineração, de acordo decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União. A extinção da reserva, criada em 1984, foi proposta pelo Ministério de Minas e Energia em março, sob o argumento de que a medida era necessária para viabilizar o potencial mineral da região e estimular o desenvolvimento econômico dos dois Estados. “A extinção … não afasta a aplicação de legislação específica sobre a vegetação nativa, unidades e conservação da natureza, terra indígenas e áreas em faixa de fronteira”, diz o Decreto nº 9.142.
Fonte: Reuters

BHP volta a registrar lucro e vai vendar ativos nos EUA

BHP volta a registrar lucro e vai vendar ativos nos EUA


A BHP anunciou, nesta terça-feira (22), que voltou a registrar lucro, estimulada pelos preços mais elevados das commodities, após um forte prejuízo no ano passado. A mineradora também anunciou a venda de seus ativos americanos de operação de xisto. A maior mineradora do mundo registrou um lucro líquido de 5,89 bilhões de dólares em um ano, contado em 30 de junho, abaixo do esperado pelo mercado. No período anterior, ela tinha tido um prejuízo de 6,39 bilhões de dólares.
“Nos últimos cinco anos, nós criamos as bases para melhorar significativamente nosso retorno sobre o capital e ampliar o valor para o acionista a longo prazo”, comentou o diretor da BHP, Jac Nasser. O lucro subjacente, que desconsidera amortizações pontuais, ficou abaixo das previsões, a 6,73 bilhões de dólares. A companhia anglo-australiana ofereceu 43 centavos de dividendos finais aos acionistas, bem melhor do que os 14 centavos do ano passado.
A BHP disse que chegou à conclusão de que suas operações com petróleo de xisto americano não são essenciais para os negócios e ela está, portanto, “empenhada em buscar opções para deixar esses ativos”. Recentemente, o escritório Elliott Advisors, importante acionista da empresa, pressionou a BHP para reestruturar os negócios e se desfazer das operações de óleo e gás nos Estados Unidos. Mas a empresa rejeitou essas propostas em abril.
Como outras mineradoras, a BHP se beneficiou de uma recuperação dos preços de importantes metais após uma crise provocada pelo excesso de oferta e pela desaceleração do crescimento da China, o maior consumidor de commodities do mundo. O revés financeiro levou a BHP a apertar os cintos e, nesta terça, a empresa anunciou que os ganhos com aumento da produtividade e com a redução de custos foram de 1,3 bilhão no período analisado.
“O resultado amplo foi dentro do esperado e, portanto, um pouco decepcionante, mas com certeza os números absolutos, comparados a 2016, são muito bons”, disse à AFP o analista de recursos da Fat Prophets, David Lennox. – Prejuízos após Mariana – As ações da BHP na Austrália fecharam em alta, refletindo o apoio dos investidores ao plano de deixar a produção de xisto nos Estados Unidos, disse o analista de mercado da CMC Markets Ric Spooner em uma nota. “O anúncio foi bem recebido. Essa é uma indicação positiva para o futuro da BHP sob o comando de Ken MacKenzie, que teve um registro excelente de criar valor aos acionistas na Amcor”, disse Spooner.
MacKenzie entrou na BHP como diretor no ano passado. Antes disso, era o CEO da gigante de embalagens australiana Amcor. Ele foi anunciado para substituir Nasser em junho e assume a presidência em setembro. Em 2011, a BHP gastou 20 bilhões de dólares em ativos de óleo e gás de xisto nos Estados Unidos, mas o setor tem atravessado uma redução dos preços, reduzindo os lucros. O CEO Andrew Mackenzie admitiu, nesta terça-feira, que a aquisição desses ativos teve um timing ruim, e a BHP “pagou caro demais”.
Os resultados da empresa também foram afetados por causa da tragédia de Mariana, em 2015, quando uma barragem da mineradora rompeu, deixando 19 mortos e provocando o pior desastre ambiental da história do Brasil. A BHP teve prejuízo de 381 milhões de dólares por causa do rompimento da barragem. Empresa da BHP e da Vale, a Samarco enfrenta processos judiciais com pedidos de indenizações financeiras e ambientais de bilhões de dólares. Em junho, a anglo-australiana apontou que dificilmente as operações da mina voltam ainda neste ano.
Fonte: Isto É Dinheiro / AFP

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Bolsa atinge 70 mil pontos com anúncio de privatização da Eletrobras

Bolsa atinge 70 mil pontos com anúncio de privatização da Eletrobras

A notícia de que o governo vai privatizar a Eletrobras impulsiona os mercados locais nesta terça-feira, 22, colocando dólar e juros em baixa, enquanto a B3 superava os 70 mil pontos perto do meio-dia, com as ações ON da estatal em alta de mais de 35%. Os papéis da Petrobras, Vale e siderúrgicas também subiam.
É a primeira vez desde 2011 que o Ibovespa marca mais de 70 mil pontos durante o pregão (intraday). O bom humor no exterior, com bolsas em alta em Nova York e na Europa, reforça o ambiente interno positivo.
O secretário-executivo de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, confirmou pela manhã que a União deixará o controle da Eletrobras. “Trata-se mesmo de uma privatização. A União passará a ter uma participação inferior ao controle na empresa”, afirmou.
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, disse que os funcionários da empresa são celetistas e não podem ser demitidos sem custos, a não ser em casos de justa causa. “Fizemos um programa recente de aposentadoria voluntária, que teve adesão de 2.100 funcionários. E vamos oferecer um novo pacote de demissão voluntária no fim do ano”, afirmou.
Às 11h26, o Ibovespa subia 2,00%, aos 70.008 pontos (máxima de 70.095 pontos). O dólar à vista no balcão tinha queda de 0,60%, a R$ 3,1512. O DI para janeiro de 2021 estava em 9,43%, de 9,52% no ajuste anterior. Em Nova York, o Dow Jones tinha alta de 0,55%.
Fonte:  Estadão

Antofagasta eleva dividendo após resultado forte no primeiro semestre de 2017


Antofagasta eleva dividendo após resultado forte no primeiro semestre de 2017


A Antofagasta mais que triplicou nesta terça-feira seu pagamento de dividendo, após reportar um forte aumento em seu lucro. A empresa citou como justificativa para a mudança os preços mais altos do cobre, o aumento das vendas em volume e o controle estrito de custos. A mineradora chilena registrou lucro antes de impostos de US$ 689,1 milhões no semestre encerrado em 30 de junho, acima dos US$ 276,50 milhões de igual período do ano passado. A receita da companhia subiu a US$ 2,05 bilhões, de US$ 1,44 bilhão anteriormente.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) no período aumentou 88%, para US$ 1,08 bilhão, graças em grande medida ao aumento na receita. A produção de cobre no primeiro semestre avançou 7,1%, para 346.300 toneladas. A companhia, listada no índice FTSE-100 da Bolsa de Londres, declarou dividendo de US$ 0,103 por ação, de 0,031 um ano atrás. Por volta das 8h30 (de Brasília), o papel da Antofagasta subia 2,99% em Londres. A Antofagasta ainda reiterou sua meta de produção de cobre em entre 685.000 e 720.000 toneladas para 2017. A diretriz de gasto de capital para o ano também foi mantida, em US$ 900 milhões.
Fonte: Dow Jones Newswires