domingo, 3 de setembro de 2017

Petrobras assina acordo com banco de desenvolvimento chinês e poderá ter crédito de 5 bilhões

Petrobras assina acordo com banco de desenvolvimento chinês e poderá ter crédito de 5 bilhões

BRASÍLIA (Reuters) - A Petrobras e o Banco de Desenvolvimento Chinês assinaram no último, em Pequim, um memorando de entendimento que permitirá à empresa brasileira “explorar oportunidades no mercado financeiro chinês”, informou neste sábado o jornal Valor Econômico.
O memorando, chamado de “acordo de cooperação estratégica abrangente”, foi assinado durante a visita do presidente Michel Temer a China. Permitirá à Petrobras buscar novas opções de financiamento na China e usar a segunda metade de um crédito de 10 bilhões de dólares aberta no ano passado pelo banco, com lastro nas exportações de petróleo brasileiras para a China, disse o jornal.
A cooperação com o banco chinês irá cobrir o financiamento e o leasing de plataformas de petróleo e outros equipamentos necessários para exploração e produção e investimentos conjuntos nas áreas de exploração e refino.
A Petrobras não respondeu ao pedido de comentário feito pela Reuters.
Em dezembro, a empresa tomou um empréstimo inicial de 5 bilhões de dólares por 10 anos que pode ser pago em dinheiro ou em Petróleo, a pedido da China.
A Petrobras é hoje a empresa petrolífera com maior débito no mundo e foi forçada a vender ativos e cortar custos enquanto tenta se recuperar da queda dos preços do petróleo, um enorme processo de fixação de preços e o escândalo de corrupção revelado pela operação Lava Jato.

Fonte:  Reuters

BNDES resiste a pedido da União para devolver mais R$100 bi neste ano, diz fonte

BNDES resiste a pedido da União para devolver mais R$100 bi neste ano, diz fonte

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um pedido extraordinário da União para que o BNDES devolva 30 bilhões de reais surpreendeu o banco de fomento, que teme que o pagamento comprometa o fôlego de financiamento no momento em que a economia do país dá sinais retomada gradual, disse à Reuters uma fonte familiarizada com o banco.
Representantes do BNDES e da área econômica negociaram recentemente a devolução de 80 bilhões de reais em 2018 oriundos de repasses de 500 bilhões de reais do Tesouro ao banco nos últimos anos. No ano passado, o BNDES devolveu 100 bilhões. O governo chegou a pedir outros 100 bilhões em 2018, mas o valor foi reduzido para cerca de 80 bilhões.
Agora, o governo estaria querendo um retorno adicional de 30 bilhões de reais, segundo a fonte.
“A decisão final ainda não saiu, mas há uma demanda de 30 bilhões para esse ano e mais o volume do ano que vem. O BNDES foi pego de surpresa porque só se falava do ano que vem. Cento e dez a 130 bilhões é um volume muito expressivo”, disse a fonte.
“As conversas precisam ser feitas com calma para não colocar em risco o fluxo de caixa do banco. O fôlego que o BNDES tem é de uns 80 bilhões somados os dois anos”, adicionou a fonte.
O dinheiro da devolução do BNDES seria usado para quitar principalmente despesas com a Previdência Social. O governo tem encontrado obstáculos para avançar com a reforma no Congresso.
A previsão de uma nova denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer nos próximos dias complica ainda mais as discussões sobre a reforma.
Uma regra impede que o Tesouro faça novas emissões de títulos para bancar despesas de custeio como a previdência. Uma das hipóteses seria a devolução de recursos pelo BNDES.
O BNDES tem resistido ao pedido da União por devolução de valores maiores por entender que, com a retomada da economia, a procura por crédito vai aquecer. A falta de recursos disponíveis para atender a demanda poderia comprometer o ritmo da retomada.
Paralelamente, o banco tenta levantar recursos no mercado para repasse de crédito, incluindo uma captação de um bilhão de dólares em 2018 e outra de 5 bilhões de dólares também no ano que vem, caso a primeira operação seja bem sucedida.

Fonte:  Redação Reuters

Presidente chinês diz que Brics devem promover economia mundial aberta 

Presidente chinês diz que Brics devem promover economia mundial aberta 

XIAMEN, China (Reuters) - O Brics --formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- deve promover uma liberalização comercial e uma economia mundial aberta, disse o presidente chinês, Xi Jinping, em reunião neste domingo, no início de um encontro de três dias do grupo que acontece no sudeste da China.
Os chefes de Estado dos países do Brics se reunirão na cidade de Xiamen até a terça-feira, dando à China, como anfitriã, sua última chance de se posicionar como baluarte da globalização diante da agenda “América em Primeiro Lugar” do presidente norte-americano Donald Trump.
Os líderes do Brics serão acompanhados pelos países observadores Tailândia, México, Egito, Guiné e Tajiquistão, e as autoridades irão discutir um plano “Brics Plus” para possivelmente expandir o bloco a novos membros.
O presidente do México, Enrique Peña Nieto, deve ir à China discutir comércio e investimento, enquanto Trump renovou as ameaças de acabar com o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), o qual chamou de “matador de empregos norte-americanos”
“Nós deveríamos pressionar por uma economia mundial aberta, promover a liberalização e a facilitação do comércio, criar em conjunto uma nova cadeia de valor global, e perceber um reequilíbrio econômico global”, disse Xi aos líderes do Brics.
Xi afirmou ainda ter “total confiança” no desenvolvimento dos países do Brics apesar das alegações de que a relevância do bloco tenha se esvaído devido a um crescimento mais lento.
“O desenvolvimento do mercado emergente e países em desenvolvimento não irá tocar no queijo de ninguém, mas ao contrário, irá diligentemente aumentar a torta da economia global”, disse ele.

Fonte: Reuters

Regiões Geoeconômicas do Brasil

A divisão do Brasil em três regiões com base em critérios sócio-econômicos é um modelo que antecede a própria divisão oficial em regiões com base em dados meramente geográficos, que ocorreu em 1969.
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Foi em 1967 que o geógrafo Pedro Pinchas Geiger propôs a divisão geoeconômica do Brasil, que seria, pelo modelo proposto, dividido em: Amazônia, Centro-Sul e Nordeste. Cada região apresenta uma característica do ponto de vista da própria história econômica, que a define em relação às demais.
Alguns dos aspectos levados em conta são o volume e estágio da industrialização, perfil da atividade econômica, traços culturais e de ocupação geográfica.
A divisão geoeconômica desconsidera, inclusive, as fronteiras estaduais. Por exemplo, enquanto o sul de Minas é integrado, pelo modelo de Geiger, à região Centro-Sul, o norte do estado se integra à região Nordeste, certamente levando em conta as características que aproximam a região norte daquele estado do sertão nordestino, onde fenômenos como a seca se fazem presentes, muitas vezes na mesma intensidade.
Da mesma forma, apesar de estar na região Centro-Oeste, o estado do Mato Grosso, pela divisão geoeconômica, aparece como pertencente à região da Amazônia, guardando grandes semelhanças com a região Norte, dentre elas o fato de ser ocupado pela floresta amazônica.
Geiger pensou, com base na matriz geográfica que criou, oferecer um parâmetro geoeconômico para o planejamento do desenvolvimento nacional, num momento em que os governos militares tratavam como questão estratégica a integração nacional, que melhor seria levada à cabo se, divido o país em regiões que guardassem uma característica marcante, fosse criado um modelo de desenvolvimento individualizado, voltado para as necessidades de cada uma delas.
Em outras palavras, isso quer dizer que a Amazônia carecia de um modelo de investimento, ocupação e desenvolvimento completamente diferentes do Nordeste e do Centro-Sul.
Abaixo, algumas características históricas e econômicas que diferenciam as três regiões geoeconômicas.

Região Amazônica

A Região Amazônica é a representação perfeita da ausência de um bom projeto nacional de ocupação territorial e desenvolvimento.
Trata-se de uma região que ocupa 60% do território nacional, mas, contraditoriamente, é ocupada por aproximadamente 7% da população brasileira.
Essa situação não ocorre por acaso e está fortemente ligada ao modelo de colonização a que esteve submetido o Brasil desde a chegada dos portugueses, cuja entrada no território brasileiro se deu pelo litoral, com um lento processo de interiorização.
A primeira grande migração de novos contingentes populacionais para aquela região só foi acontecer no final do século XIX, com o ciclo da borracha. Até então, a região da Amazônia era ocupada praticamente apenas pelas populações locais.
Trata-se de uma região quente e chuvosa, com predomínio da floresta, onde as principais atividades econômicas são a agropecuária, o extrativismo mineral e vegetal, com baixa industrialização, exceto nas regiões metropolitanas de Manaus e Belém, principais capitais da região Norte do país.
O grande dilema atual que cerca aquela região é a exploração econômica das oportunidades oferecidas pela biodiversidade amazônica, que desperta a cobiça de outras nações. Muitos defendem que a industrialização e intensificação da ocupação humana da região, de forma planejada, é o melhor caminho para a preservação da floresta e suas riquezas, para a integridade territorial e soberania nacional, combate ao contrabando e a pirataria e, por fim, para contribuir com o crescimento da economia brasileira.

Região Nordeste

A região Nordeste ocupa 18% do território nacional, abrangendo todos os estados nordestinos e o norte de Minas.
Trata-se de uma região de grandes contrastes, que abriga 23% da população brasileira, porém com grande concentração no litoral, a chamada Zona da Mata, onde está concentrada também a atividade econômica, nos setores de serviço, turismo, indústria e agricultura intensiva, com destaque para a cana de açúcar, fumo e cacau.
Na medida em que se penetra em direção ao interior, a paisagem nordestina muda. Aparecem fenômenos como o sertão e o agreste, regiões pobres, cuja economia se baseia na pecuária extensiva, agricultura e alguma atividade industrial localizada no sertão.
Do ponto de vista histórico, a grande característica do Nordeste foi ter permanecido fora do planejamento governamental por séculos. A transposição do Rio São Francisco, além do investimento em infraestrutura e desenvolvimento humano que marcaram o início do século XXI podem ser responsáveis por uma grande mudança no perfil da região, com a interiorização da ocupação e sofisticação da atividade econômica no agreste e no sertão.

Região Centro-Sul

Esse território geoeconômico tem como principal característica representar em torno de 75% do PIB nacional, consequência do fato de ser o mais desenvolvido e industrializado, favorecido pelas condições geográficas, climáticas e históricas, como ter sido o Rio de Janeiro a capital federal até a década de 50.
Essas características explicam o fato de ser o Sudeste o principal polo econômico do país, favorecido pelo grande povoamento, que também se deu de forma intensa na região Sul do país, que, assim como o Sudeste, foi ocupada por imigrantes europeus, que trouxeram as técnicas aprendidas no velho continente para a atividade agrícola da região, que se tornou diversificada e abundante.
O Centro-Sul possui diversificada atividade econômica, com ênfase no agronegócio, indústria, comércio e serviços, mas também com ênfase no turismo. O que aproxima o Centro-Oeste do restante da região Centro-Sul, do ponto de vista econômico, é o fato de ser Brasília a capital do Brasil, estratégia que ajudou a povoar e desenvolver a região, o que possibilitou o desenvolvimento dos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul.

Fonte: Terra


Características da Pangeia

No comecinho do século XX, mais uma ideia começou a assombrar a cabeça – principalmente dos cientistas mais tradicionalistas. O meteorologista Alfred Wegener, alemão, criou uma das hipóteses com maior repercussão e motivo de polêmicas do século para a comunidade científica.

Características da Pangeia

Para Wegener, há cerca de 200 milhões de anos, os continentes com localização geográfica já pré-determinada não existiam, ou seja, tinha outro modelo de configuração, diferente daquele que conhecemos hoje. Isso acontecia já que eles tinham unicamente uma massa continental: por isso, ele solicitou que as divisões fossem deixadas para trás. África ficava junto com as Américas, que também estão no mesmo espaço que a Oceania e até mesmo um pedacinho da Ásia, representada pela Índia.
Pangeia
A massa continental pela qual Wegener se referia ficou conhecida como Pangeia, denominação que ganha até os dias atuais. No grego, a palavra tem um significado no mínimo conclusivo: “toda a Terra”. Para envolvê-la, de todos os lados, ela também era banhada por um único Oceano, o Pantalassa.
Milhões de anos mais tarde a Pangeia passou por um processo de fragmentação que deu origem a dois diferentes continentes – o Gondwana e o Laurásia. A separação nesse sentido foi extremamente lenta e teve como base principalmente o deslocamento de um subsolo oceânico de basalto.
E foi depois desse processo que dividiu a Pangeia em duas que finalmente os novos megacontinentes também passaram por mudanças, dessa vez, consolidando o que hoje conhecemos como os nossos continentes.
Algumas descobertas foram de grande importância para que Wegener realmente conseguisse comprovar a sua teoria. Seu primeiro esforço foi no sentido de adotar a região da costa americana com a africana para voltar os seus estudos. Visualmente, uma região e outra tinham um encaixe praticamente perfeito. Mas mesmo assim, tal fato não foi o suficiente para lhe consolidar e comprovar a sua hipótese.
Posteriormente, outra descoberta também foi fundamental para comprovar a sua teoria: ele comparou os fósseis encontrados na África com outros que só podemos encontrar no Brasil. Ao notar a similaridade de um animal com o outro, ele alegou que aqueles animais não tinham a capacidade de atravessar o Oceano Atlântico todo. Sendo assim, em tempos remotos, ele conseguiu concluir que tais animais teriam dividido o mesmo espaço na Terra.
Mesmo com essas duas hipóteses que são consideradas as de maior peso para comprovação da existência da Pangeia, a teoria do alemão não foi aceita – enquanto ele esteve vivo. Nesse período ele foi até mesmo ridicularizado por muitos cientistas tradicionais de todo o mundo, que aceitaram de primeira vista a existência de continentes já pré-estabelecidos e fixos desde os primórdios da Terra.
Porém, em 1960, as coisas começaram a mudar para Wegener e sua teoria, mesmo que ele já estivesse morto há 30 anos. As hipóteses criadas pelo meteorologista finalmente foram aceitas.

Algumas curiosidades

Muitas são as curiosidades acerca dessa descoberta alemã, contendo informações no mínimo interessantes para os que ficam impressionados com essa possibilidade.
O continente de massa existiu há muito, muito tempo: os estudos apontam para algo entre 200 a até 540 milhões de anos atrás. Segundo os poucos relatos envolvendo o continente, ele ocorreu durante a Era Paleozoica.
Vamos conhecer alguns fatos mais aprofundados sobre a existência da Pangeia?
• Para ter uma ideia, até mesmo o nome ‘Pangeia’ conta com uma boa explicação: Pan, do grego, significa “inteiro”, ou “todo”, oferecendo uma noção de universalidade. Por outro lado, a palavra ‘geia’ remete diretamente a um único bloco de Terra, além de também fazer referência a titã grega responsável por personificar a Terra em todas as suas essências.
• A Pangeia nada mais é do que uma agregação composta por todas as massas continentais terrestres. Sendo assim, mesmo que tenha verdadeiramente existido – como comprovam os estudos na área atuais – certamente não houve a criação de uma sociedade, assim como a organização de cultura, de atividades econômicas e industriais e outras nesse sentido.
• Por isso, mesmo que tenha existido não se sabe como é que as Américas conviviam com os indianos e africanos ao mesmo tempo: será que eles teriam algum dialeto ou idioma padrão para se comunicarem?
• Muitos são os cientistas que acreditam que não existia qualquer tipo de água em meio à pangeia, porém, foi comprovada a existência de áreas de mares dentro da massa continental. Mas, a principal diferença é que essas águas tinham apenas fundo continental, ou seja, não eram mares oceânicos tais como os que conhecemos – e também os que nos dividem.
Por fim, você certamente também deve estar curioso para saber quais eram as nações participantes da Pangeia. E o mais curioso é: o Brasil também estava lá! Pois é: a massa continental abrigava a América do Sul como um todo, além da Austrália, África e unicamente a região da Índia. O bloco de terra conhecido como ‘Laurásia’ ficou com a outra parte do globo: Ásia, Ártico, América do Norte e Europa.


Fonte: Terra