domingo, 3 de setembro de 2017

Presidente chinês diz que Brics devem promover economia mundial aberta 

Presidente chinês diz que Brics devem promover economia mundial aberta 

XIAMEN, China (Reuters) - O Brics --formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- deve promover uma liberalização comercial e uma economia mundial aberta, disse o presidente chinês, Xi Jinping, em reunião neste domingo, no início de um encontro de três dias do grupo que acontece no sudeste da China.
Os chefes de Estado dos países do Brics se reunirão na cidade de Xiamen até a terça-feira, dando à China, como anfitriã, sua última chance de se posicionar como baluarte da globalização diante da agenda “América em Primeiro Lugar” do presidente norte-americano Donald Trump.
Os líderes do Brics serão acompanhados pelos países observadores Tailândia, México, Egito, Guiné e Tajiquistão, e as autoridades irão discutir um plano “Brics Plus” para possivelmente expandir o bloco a novos membros.
O presidente do México, Enrique Peña Nieto, deve ir à China discutir comércio e investimento, enquanto Trump renovou as ameaças de acabar com o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), o qual chamou de “matador de empregos norte-americanos”
“Nós deveríamos pressionar por uma economia mundial aberta, promover a liberalização e a facilitação do comércio, criar em conjunto uma nova cadeia de valor global, e perceber um reequilíbrio econômico global”, disse Xi aos líderes do Brics.
Xi afirmou ainda ter “total confiança” no desenvolvimento dos países do Brics apesar das alegações de que a relevância do bloco tenha se esvaído devido a um crescimento mais lento.
“O desenvolvimento do mercado emergente e países em desenvolvimento não irá tocar no queijo de ninguém, mas ao contrário, irá diligentemente aumentar a torta da economia global”, disse ele.

Fonte: Reuters

Regiões Geoeconômicas do Brasil

A divisão do Brasil em três regiões com base em critérios sócio-econômicos é um modelo que antecede a própria divisão oficial em regiões com base em dados meramente geográficos, que ocorreu em 1969.
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Foi em 1967 que o geógrafo Pedro Pinchas Geiger propôs a divisão geoeconômica do Brasil, que seria, pelo modelo proposto, dividido em: Amazônia, Centro-Sul e Nordeste. Cada região apresenta uma característica do ponto de vista da própria história econômica, que a define em relação às demais.
Alguns dos aspectos levados em conta são o volume e estágio da industrialização, perfil da atividade econômica, traços culturais e de ocupação geográfica.
A divisão geoeconômica desconsidera, inclusive, as fronteiras estaduais. Por exemplo, enquanto o sul de Minas é integrado, pelo modelo de Geiger, à região Centro-Sul, o norte do estado se integra à região Nordeste, certamente levando em conta as características que aproximam a região norte daquele estado do sertão nordestino, onde fenômenos como a seca se fazem presentes, muitas vezes na mesma intensidade.
Da mesma forma, apesar de estar na região Centro-Oeste, o estado do Mato Grosso, pela divisão geoeconômica, aparece como pertencente à região da Amazônia, guardando grandes semelhanças com a região Norte, dentre elas o fato de ser ocupado pela floresta amazônica.
Geiger pensou, com base na matriz geográfica que criou, oferecer um parâmetro geoeconômico para o planejamento do desenvolvimento nacional, num momento em que os governos militares tratavam como questão estratégica a integração nacional, que melhor seria levada à cabo se, divido o país em regiões que guardassem uma característica marcante, fosse criado um modelo de desenvolvimento individualizado, voltado para as necessidades de cada uma delas.
Em outras palavras, isso quer dizer que a Amazônia carecia de um modelo de investimento, ocupação e desenvolvimento completamente diferentes do Nordeste e do Centro-Sul.
Abaixo, algumas características históricas e econômicas que diferenciam as três regiões geoeconômicas.

Região Amazônica

A Região Amazônica é a representação perfeita da ausência de um bom projeto nacional de ocupação territorial e desenvolvimento.
Trata-se de uma região que ocupa 60% do território nacional, mas, contraditoriamente, é ocupada por aproximadamente 7% da população brasileira.
Essa situação não ocorre por acaso e está fortemente ligada ao modelo de colonização a que esteve submetido o Brasil desde a chegada dos portugueses, cuja entrada no território brasileiro se deu pelo litoral, com um lento processo de interiorização.
A primeira grande migração de novos contingentes populacionais para aquela região só foi acontecer no final do século XIX, com o ciclo da borracha. Até então, a região da Amazônia era ocupada praticamente apenas pelas populações locais.
Trata-se de uma região quente e chuvosa, com predomínio da floresta, onde as principais atividades econômicas são a agropecuária, o extrativismo mineral e vegetal, com baixa industrialização, exceto nas regiões metropolitanas de Manaus e Belém, principais capitais da região Norte do país.
O grande dilema atual que cerca aquela região é a exploração econômica das oportunidades oferecidas pela biodiversidade amazônica, que desperta a cobiça de outras nações. Muitos defendem que a industrialização e intensificação da ocupação humana da região, de forma planejada, é o melhor caminho para a preservação da floresta e suas riquezas, para a integridade territorial e soberania nacional, combate ao contrabando e a pirataria e, por fim, para contribuir com o crescimento da economia brasileira.

Região Nordeste

A região Nordeste ocupa 18% do território nacional, abrangendo todos os estados nordestinos e o norte de Minas.
Trata-se de uma região de grandes contrastes, que abriga 23% da população brasileira, porém com grande concentração no litoral, a chamada Zona da Mata, onde está concentrada também a atividade econômica, nos setores de serviço, turismo, indústria e agricultura intensiva, com destaque para a cana de açúcar, fumo e cacau.
Na medida em que se penetra em direção ao interior, a paisagem nordestina muda. Aparecem fenômenos como o sertão e o agreste, regiões pobres, cuja economia se baseia na pecuária extensiva, agricultura e alguma atividade industrial localizada no sertão.
Do ponto de vista histórico, a grande característica do Nordeste foi ter permanecido fora do planejamento governamental por séculos. A transposição do Rio São Francisco, além do investimento em infraestrutura e desenvolvimento humano que marcaram o início do século XXI podem ser responsáveis por uma grande mudança no perfil da região, com a interiorização da ocupação e sofisticação da atividade econômica no agreste e no sertão.

Região Centro-Sul

Esse território geoeconômico tem como principal característica representar em torno de 75% do PIB nacional, consequência do fato de ser o mais desenvolvido e industrializado, favorecido pelas condições geográficas, climáticas e históricas, como ter sido o Rio de Janeiro a capital federal até a década de 50.
Essas características explicam o fato de ser o Sudeste o principal polo econômico do país, favorecido pelo grande povoamento, que também se deu de forma intensa na região Sul do país, que, assim como o Sudeste, foi ocupada por imigrantes europeus, que trouxeram as técnicas aprendidas no velho continente para a atividade agrícola da região, que se tornou diversificada e abundante.
O Centro-Sul possui diversificada atividade econômica, com ênfase no agronegócio, indústria, comércio e serviços, mas também com ênfase no turismo. O que aproxima o Centro-Oeste do restante da região Centro-Sul, do ponto de vista econômico, é o fato de ser Brasília a capital do Brasil, estratégia que ajudou a povoar e desenvolver a região, o que possibilitou o desenvolvimento dos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul.

Fonte: Terra


Características da Pangeia

No comecinho do século XX, mais uma ideia começou a assombrar a cabeça – principalmente dos cientistas mais tradicionalistas. O meteorologista Alfred Wegener, alemão, criou uma das hipóteses com maior repercussão e motivo de polêmicas do século para a comunidade científica.

Características da Pangeia

Para Wegener, há cerca de 200 milhões de anos, os continentes com localização geográfica já pré-determinada não existiam, ou seja, tinha outro modelo de configuração, diferente daquele que conhecemos hoje. Isso acontecia já que eles tinham unicamente uma massa continental: por isso, ele solicitou que as divisões fossem deixadas para trás. África ficava junto com as Américas, que também estão no mesmo espaço que a Oceania e até mesmo um pedacinho da Ásia, representada pela Índia.
Pangeia
A massa continental pela qual Wegener se referia ficou conhecida como Pangeia, denominação que ganha até os dias atuais. No grego, a palavra tem um significado no mínimo conclusivo: “toda a Terra”. Para envolvê-la, de todos os lados, ela também era banhada por um único Oceano, o Pantalassa.
Milhões de anos mais tarde a Pangeia passou por um processo de fragmentação que deu origem a dois diferentes continentes – o Gondwana e o Laurásia. A separação nesse sentido foi extremamente lenta e teve como base principalmente o deslocamento de um subsolo oceânico de basalto.
E foi depois desse processo que dividiu a Pangeia em duas que finalmente os novos megacontinentes também passaram por mudanças, dessa vez, consolidando o que hoje conhecemos como os nossos continentes.
Algumas descobertas foram de grande importância para que Wegener realmente conseguisse comprovar a sua teoria. Seu primeiro esforço foi no sentido de adotar a região da costa americana com a africana para voltar os seus estudos. Visualmente, uma região e outra tinham um encaixe praticamente perfeito. Mas mesmo assim, tal fato não foi o suficiente para lhe consolidar e comprovar a sua hipótese.
Posteriormente, outra descoberta também foi fundamental para comprovar a sua teoria: ele comparou os fósseis encontrados na África com outros que só podemos encontrar no Brasil. Ao notar a similaridade de um animal com o outro, ele alegou que aqueles animais não tinham a capacidade de atravessar o Oceano Atlântico todo. Sendo assim, em tempos remotos, ele conseguiu concluir que tais animais teriam dividido o mesmo espaço na Terra.
Mesmo com essas duas hipóteses que são consideradas as de maior peso para comprovação da existência da Pangeia, a teoria do alemão não foi aceita – enquanto ele esteve vivo. Nesse período ele foi até mesmo ridicularizado por muitos cientistas tradicionais de todo o mundo, que aceitaram de primeira vista a existência de continentes já pré-estabelecidos e fixos desde os primórdios da Terra.
Porém, em 1960, as coisas começaram a mudar para Wegener e sua teoria, mesmo que ele já estivesse morto há 30 anos. As hipóteses criadas pelo meteorologista finalmente foram aceitas.

Algumas curiosidades

Muitas são as curiosidades acerca dessa descoberta alemã, contendo informações no mínimo interessantes para os que ficam impressionados com essa possibilidade.
O continente de massa existiu há muito, muito tempo: os estudos apontam para algo entre 200 a até 540 milhões de anos atrás. Segundo os poucos relatos envolvendo o continente, ele ocorreu durante a Era Paleozoica.
Vamos conhecer alguns fatos mais aprofundados sobre a existência da Pangeia?
• Para ter uma ideia, até mesmo o nome ‘Pangeia’ conta com uma boa explicação: Pan, do grego, significa “inteiro”, ou “todo”, oferecendo uma noção de universalidade. Por outro lado, a palavra ‘geia’ remete diretamente a um único bloco de Terra, além de também fazer referência a titã grega responsável por personificar a Terra em todas as suas essências.
• A Pangeia nada mais é do que uma agregação composta por todas as massas continentais terrestres. Sendo assim, mesmo que tenha verdadeiramente existido – como comprovam os estudos na área atuais – certamente não houve a criação de uma sociedade, assim como a organização de cultura, de atividades econômicas e industriais e outras nesse sentido.
• Por isso, mesmo que tenha existido não se sabe como é que as Américas conviviam com os indianos e africanos ao mesmo tempo: será que eles teriam algum dialeto ou idioma padrão para se comunicarem?
• Muitos são os cientistas que acreditam que não existia qualquer tipo de água em meio à pangeia, porém, foi comprovada a existência de áreas de mares dentro da massa continental. Mas, a principal diferença é que essas águas tinham apenas fundo continental, ou seja, não eram mares oceânicos tais como os que conhecemos – e também os que nos dividem.
Por fim, você certamente também deve estar curioso para saber quais eram as nações participantes da Pangeia. E o mais curioso é: o Brasil também estava lá! Pois é: a massa continental abrigava a América do Sul como um todo, além da Austrália, África e unicamente a região da Índia. O bloco de terra conhecido como ‘Laurásia’ ficou com a outra parte do globo: Ásia, Ártico, América do Norte e Europa.


Fonte: Terra

Cristais que mudam de cor

Cristais que mudam de cor


Cristais que mudam de cor
Pedras preciosas possuem várias qualidades ópticas interessantes, que as tornam ótimas para adorno (steine image by Elisabeth Klein from Fotolia.com)
Pedras preciosas que apresentam efeitos ópticos incomuns são conhecidas como gemas fenomenais. Temos como exemplo: pedra da lua, opala e labradorita. Enquanto algumas pedras são classificadas como fenomenais por causa da sua iridescência ou efeitos brilhantes, algumas são avaliadas por sua capacidade de mudar de cor sob luz diferente. Isso acontece por causa de várias reações que ocorrem naturalmente na gema.

Granada azul

Para cada 1.000 pedras preciosas descobertas, uma será uma granada azul cristalizada. Porque ela é naturalmente azul, a pedra absorve sombreamento azul de iluminação fluorescente, fazendo-a parecer azul escuro. A cor fica roxa sob iluminação incandescente. A mudança de cor é devido a pequenas quantidades de cromo e vanádio, minerais que absorvem todas as cores, exceto azul ou roxo. A pedra preciosa reflete uma determinada cor, porque ela não absorve essa cor no espectro de luz. Por exemplo, uma granada azul vai absorver todas as cores do espectro de luz, exceto a azul, o que a faz refletir essa cor.
Cristais que mudam de cor
A granada azul, só é azul sob iluminação florescente. Sob iluminação incandescente ela fica roxa (Jeffrey Hamilton/Photodisc/Getty Images)

Safira

Safiras são mais conhecidas por sua coloração azul, mas elas também vêm em tons de vermelho e amarelo. Como a granada azul, a safira azul parece rejuvenescida sob iluminação fluorescente. A cor azul desaparece em iluminação incandescente, mas as cores amarelo e vermelho em safiras são destacadas. Isto é devido ao tom quente da iluminação incandescente. As safiras amarelas e vermelhas emitem as cores quentes refletidas a partir da luz.
Cristais que mudam de cor
Safiras são mais conhecidas por sua coloração azul, mas elas também vêm em tons de vermelho e amarelo (Zedcor Wholly Owned/PhotoObjects.net/Getty Images)

Alexandrita

A Alexandrita é nomeada assim por causa do ex-czar da Rússia e foi encontrada pela primeira vez nos Montes Urais. Ela têm a qualidade de mudança de cor mais óbvia de todas as pedras preciosas. Enquanto em iluminação fluorescente e à luz do dia a cor da Alexandrita seja um verde-mar claro, em uma lâmpada incandescente ela fica roxa. As reflexões quentes da iluminação incandescente aparecem violeta, e não diminuem o verde claro.
Cristais que mudam de cor
Enquanto em iluminação fluorescente e à luz do dia, a cor da Alexandrita seja um verde-mar claro, em uma lâmpada incandescente, ela fica roxa (Ablestock.com/AbleStock.com/Getty Images)

Turmalina

Ao contrário das pedras preciosas que mudam de cor apenas em uma iluminação especifica, a turmalina pode realmente ter duas cores diferentes. Isso ocorre por causa da sua composição mineral. Enquanto a maioria das pedras são cristalizadas a partir de um mineral específico, a turmalina pode crescer a partir de vários, incluindo ferro, cromo, vanádio e manganês. É mais comum achar turmalina com a mistura das cores rosa e verde, que são cristalizadas a partir de ferro e manganês.
Cristais que mudam de cor
É mais comum achar turmalina com a mistura das cores rosa e verde, que são cristalizadas a partir de ferro e manganês (Thomas Northcut/Photodisc/Getty Images)

Fonte:  Geologo.com

Coreia do Norte reivindica teste de bomba H   

Coreia do Norte reivindica teste de bomba H   
Imagem da TV estatal norte-coreana KCNA mostra Kim Jong-Un junto a dispositivo nuclearFuncionário de centro metereológico indonésio aponta para local de tremor após teste norte-coreano Imagem da TV estatal norte-coreana KCNA mostra Kim Jong-Un junto a dispositivo nuclear A Coreia do Norte realizou, neste domingo (3), seu sexto teste nuclear, o mais poderoso até à data, afirmando ter testado uma bomba de hidrogênio, um novo desafio para Donald Trump e para a comunidade internacional.
Pequim, Moscou, Tóquio, Seul e Paris rapidamente condenaram esta nova violação das múltiplas resoluções da ONU exigindo o fim dos programas nuclear e balístico da Coreia do Norte.
A Rússia acrescentou um apelo à calma, enquanto o presidente sul-coreano, Moon Jae-In, pediu "uma punição mais forte", incluindo sanções da ONU, contra o governo vizinho.
Em um primeiro momento, as agências geológicas estrangeiras detectaram um terremoto de 6,3 de magnitude perto do principal local de testes nucleares da Coreia do Norte, em Punggye-Ri, no nordeste do país.
Logo em seguida, Tóquio confirmou se tratar de um teste nuclear. E algumas horas depois, uma apresentadora da televisão pública norte-coreana anunciou, em um tom de júbilo, "o teste de uma bomba de hidrogênio" que foi "um perfeito sucesso".
A bomba, "de poder sem precedentes", marca "uma ocasião muito importante, a de termos alcançado o objetivo final de fortalecer a força nuclear do Estado", acrescentou.
A televisão estatal exibiu uma imagem da ordem manuscrita de Kim Jong-Un pedindo que o teste fosse realizado no dia 3 de setembro ao meio-dia.
Poucas horas antes, o Norte havia publicado outras fotos mostrando o líder norte-coreano inspecionando o que estava sendo apresentado como uma bomba H (de hidrogênio ou termonuclear) que poderia ser instalada no novo míssil balístico intercontinental norte-coreano.
- Muito mais potente -
Funcionário de centro metereológico indonésio aponta para local de tremor após teste norte-coreano As bombas H são muito mais poderosas do que as bombas atômicas convencionais que a Coreia do Norte já testou.
De acordo com especialistas sul-coreanos, o poder do novo teste foi de cinco a seis vezes maior do que no teste anterior, em setembro de 2016. Na época, a Coreia do Norte detonou uma bomba de 10 quilotons.
Independentemente do poder de deflagração, Jeffrey Lewis, do site armscontrolwonk.com, estimou se tratar de uma arma termonuclear, o que constitui um passo notável nos programas de mísseis nucleares e balísticos da Coreia do Norte, proibidos pela comunidade internacional.
Um terremoto de 4,6 de magnitude também abalou a Coreia do Norte, menos de dez minutos após o primeiro tremor, segundo o Centro chinês de vigilância sismológica. Ele apresentou a hipótese de "colapso", o que sugere que a deflagração pode ter causado o desmoronamento da rocha acima do local da explosão.
A Coreia do Norte nunca escondeu o fato de que seus programas proibidos visavam o desenvolvimento de mísseis balísticos intercontinentais capazes de transportar explosivos nucleares ao continente americano.
O país defende sua estratégia militarista pela ameaça que representa à sua sobrevivência o arsenal americano.
- 'Desastre' -
Este teste, sem dúvida, agravará as tensões já muito elevadas na península.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) denunciou o teste, "num desrespeito completo às demandas repetidas da comunidade internacional".
O Conselho de Segurança da ONU já impôs sete blocos de sanções contra o Norte para tentar forçá-lo a abandonar seus programas proibidos.
Neste domingo, o abalo sísmico gerado pela explosão foi sentido em áreas do nordeste da China, fronteira com a Coreia do Norte, de acordo com a imprensa chinesa e internautas locais que expressaram suas preocupações.
"Ao fazer este teste, (Pyongyang) semeia o desastre, é uma caminhada passo a passo em direção a guerra ou destruição", denunciou um internauta na China.
A situação na península sofreu uma primeira grande escalada em julho, quando Pyongyang realizou dois testes bem-sucedidos de um míssil balístico intercontinental ou ICBM, o Hwasong-14, que poderia ameaçar o território americano.
A agência de notícias oficial norte-coreana, KCNA, explicou neste domingo, antes do anúncio do novo teste, que Kim Jong-Un havia inspecionado uma bomba H miniaturizada que poderia ser montada em um míssil durante uma visita ao Instituto de Armas Nucleares do regime norte-coreano.
O dispositivo é "uma bomba termonuclear muito poderosa fabricada por nossos esforços e tecnologia", acrescentou KCNA. Kim ressaltou, por sua vez, que "todos os componentes desta bomba H foram feitos 100% nacionalmente", de acordo com a agência.
As fotografias mostram Kim, vestido de preto, examinando um dispositivo metálico apresentado pela KCNA como uma bomba H.
Analistas estrangeiros haviam expressado dúvidas sobre a capacidade de Pyongyang de fabricar uma bomba H e miniaturizá-la o suficiente para instalá-la em um míssil.
Pyongyang acaba de ameaçar de disparar mísseis perto da Ilha de Guam, um território americano no Oceano Pacífico, e na semana passada lançou um míssil de alcance intermediário que caiu no Pacífico depois de sobrevoar o Japão.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu que levaria "fogo e cólera" para a Coreia do Norte se Pyongyang continuasse a ameaçar os Estados Unidos e seus aliados.

Fonte:  BBC