domingo, 3 de setembro de 2017

Região colombiana vive 'febre das esmeraldas'

Região colombiana vive 'febre das esmeraldas'


Esmeralda (Foto Parent Gery - Wikicommons)
Colômbia é uma das maiores produtoras de esmeralda
A pequena cidade de Pauna, na Colômbia, está vivendo uma verdadeira "febre das esmeraldas" desde sexta-feira, quando operários que trabalhavam na construção de uma estrada descobriram pedras preciosas nas suas proximidades.
As esmeraldas foram achadas por três trabalhadores na região conhecida como Nariz do Diabo.
De acordo com o prefeito de Pauna, Omar Casallas, citado pelo jornal colombiano El Tiempo, os três estavam cavando o solo para construir a fundação de um muro inclinado que protegeria a estrada quando fizeram a descoberta.
"Um deles estava perfurando a rocha com um martelo hidráulico e viu uma pedra verde brilhante", escreveu o jornal.
A notícia se espalhou não só por Pauna, mas também pelos povoados vizinhos de Maripí, Quípama e Muzo.
Logo, centenas de pessoas correram para as imediações do Nariz do Diabo com o objetivo de procurar mais esmeraldas.
Para evitar caos, a polícia teve de bloquear a estrada e a encosta íngreme perto da qual as pedras foram encontradas.
Segundo Casallas, uma das esmeraldas foi adquirida por 4 milhões de pesos colombianos (cerca de R$ 4,4 mil) e seria enviada aos EUA.
Outra, um pouco menor, seria usada para pagar estudos que identificarão a pureza das pedras da região.

Mercado

A Colômbia é um dos maiores produtores de esmeralda do mundo, juntamente com países como a Zâmbia e o Brasil. E Boyacá é uma das principais regiões produtoras do país.
Em pelo menos duas ocasiões, uma nos anos 60 e outra nos anos 80, disputas entre famílias e grupos produtores por minas e territórios ricos em esmeralda desataram conflitos que deixaram centenas de mortos no país - as chamadas "guerras verdes".
A Colômbia exporta hoje US$ 64 milhões (R$ 200 milhões) em esmeraldas, segundo a Fedesmeraldas, que representa produtores do setor. A associação diz, porém, que ainda há margem para aumentar a produção se mais investimentos forem feitos.

As três opções militares dos Estados Unidos contra a Coreia do Norte   

As três opções militares dos Estados Unidos contra a Coreia do Norte   
Foto de parada militar: Exército norte-coreano tem um milhão de soldados e número de reservistas que pode chegar a seis milhões
Durante a semana, o presidente norte-americano Donald Trump disse que "nenhuma opção está descartada" em relação à Coreia do Norte, depois que o país disparou, na última semana, um míssil que sobrevoou o Japão.
Isso antesa de Pyongyang anunciar, neste domingo, a realização de um teste nuclear com uma bomba de hidrogênio que poderia ser instalada em um míssil de longo alcance.
Apesar de diversas sanções diplomáticas e econômicas, a Coreia do Norte não apenas se recusa a interromper seu programa nuclear como parece estar desenvolvendo capacidades mais ousadas de forma mais rápida que o esperado.
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Mas como se daria uma eventual ação militar contra o regime de Kim Jong-un? A BBC ouviu Justin Bronk, analista do Royal United Services Institute, um dos principais centros do mundo em estudos de defesa e segurança.
Bronk afirma que, mesmo com todo o poderia militar americano, as opções disponíveis são limitadas.
Entenda algumas delas:

Opção 1: Aumentar a contenção atual

Trata-se de simplesmente ampliar as ações que já estão em curso. É a opção menos arriscada e provavelmente a menos efetiva, uma vez que as estratégias atuais (sancções) tiveram pouco sucesso em deter o programa nuclear norte-coreano e o desenvolvimento de mísseis balísticos no país.
Líder norte-coreano, Kim Jong-un (no centro), conversa com militares: Norte-coreanos afirmam ter testado uma bomba termonuclear capaz de ser carregada por um míssil© Reuters Norte-coreanos afirmam ter testado uma bomba termonuclear capaz de ser carregada por um míssil
Os Estados Unidos poderiam deslocar mais tropas terrestres para a Coreia do Sul. Artilharia pesada e veículos blindados estariam no pacote, além do sistema antimísseis Thaad, testado em julho, mas cercado de polêmica - moradores de onde o sistema está localizado na Coreia do Sul temem se tornar um alvo em potencial,e a China diz que ele interfere com suas operações militares".
Ainda assim, seria uma forma de mostrar disposição para usar a força.
O problema é que Seul vetou temporariamente o uso do Thaad e é frontalmente contrária ao aumento no número de tropas dos EUA em solo. O governo sul-coreano teme que a chegada de mais tropas seja vista como uma provocação pelo Norte.


E, de fato, a Coreia do Norte quase certamente interpretaria esse tipo de movimento como o prelúdio de uma invasão terrestre. É o que sugere a reação do governo norte-coreano aos exercícios conjuntos que são realizados todos os anos pelos exércitos da Coreia do Sul e dos EUA.
Russos e chineses também seriam frontalmente contrários ao aumento das tropas. E ambos têm o poder de complicar a vida dos EUA em lugares como o leste europeu e o mar da China.
Sistema Thaad, em foto de 2015: Sistema antimísseis Thaad é uma das formas controversas de tentar conter avanço norte-coreano© AFP/Getty Images Sistema antimísseis Thaad é uma das formas controversas de tentar conter avanço norte-coreano A Marinha dos EUA poderia aumentar sua presença em torno da Península Coreana, enviando mais cruzadores e destroieres com capacidade para abater mísseis. Outra possibilidade é enviar uma segunda frota à região, com cerca de 7,5 mil homens e um porta-aviões. No jargão militar, esse tipo de formação é chamado de "carrier strike group".
Em conjunto com as operações navais, a Força Aérea americana poderia ampliar sua presença na região. Mais esquadrões de caças, aviões de vigilância e bombardeiros poderiam ser deslocados para bases avançadas em Guam (território dos EUA na Micronésia), na própria Coreia do Sul e no Japão.
O problema é que tanto a Marinha quanto a Força Aérea dos EUA já estão sendo empregadas pesadamente em outros países do mundo. E ambas as forças estão em um momento de desgaste, após mais de uma década de uso intenso. Operações no Iraque e no Afeganistão, por exemplo, contribuíram para a sobrecarga.

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Mais importante, porém, é o fato de que o tempo está do lado da Coreia do Norte: um aumento da presença militar americana não forçaria, por si só, a interrupção do programa de armas nucleares do regime ditatorial. E o desenvolvimento dessas armas e dos mísseis balísticos está em ritmo acelerado.
Skyline de Seul, a capital da Coreia do Sul: Seul e seus 10 milhões de habitantes estão vulneráveis a ataques de Pyongyang© Getty Images Seul e seus 10 milhões de habitantes estão vulneráveis a ataques de Pyongyang Qualquer decisão de abater os mísseis balísticos norte-coreanos que deixem o espaço aéreo do país demandaria um aumento significativo da presença da Marinha dos EUA na área.
A Coreia do Norte controla um arsenal grande de mísseis balísticos. Já os foguetes interceptadores americanos, além de muito caros, são transportados em pequenas quantidades em cada navio.
Os norte-coreanos podem portanto, em tese, esgotar os estoques de mísseis dos navios americanos. Vulnerável, a frota teria de retornar ao porto.


Tal política, portanto, representaria uma opção extremamente custosa e provavelmente insustentável. Além disso, traz o risco de uma escalada ao nível de conflito armado.

Opção 2: ataques cirúrgicos


A Força Aérea e a Marinha americanas detêm a maior capacidade de realizar ataques aéreos cirúrgicos no mundo.
Pode parecer tentador, à primeira vista, empregar rajadas de mísseis de precisão Tomahawk, disparados a partir de submarinos. Ou bombardeios com aviões "stealth" B-2, que não podem ser detectados por radares, de modo a atingir posições-chave do programa nuclear norte-coreano.
É possível ainda causar danos pesados até mesmo a alvos subterrâneos e fortificados, usando a bomba conhecida como "MOP", de 14 toneladas.
Míssil Tomahawk disparado de navio: Mísseis de precisão Tomahawk são usados para ataques de precisão© Getty Images Mísseis de precisão Tomahawk são usados para ataques de precisão O risco imediato aos aviões americanos depende de muitos fatores, inclusive a quantidade de alertas recebidos pela Coreia do Norte e o número de aeronaves envolvidas. Importa ainda a extensão do uso de aviões não-stealth, que podem ser detectados por radares, dentro da área coberta pelas defesas norte-coreanas.
De qualquer forma, o estado atual da defesa antiaérea norte-coreana é difícil de determinar. Trata-se de um mix de tecnologias russas/soviéticas, chinesas e domésticas, incluindo mísseis terra-ar e radares, adquiridos ao longo dos últimos 50 anos.

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A defesa norte-coreana está entre as mais densas do mundo. Foi modificada e avançada a um grau ainda desconhecido, e é difícil avaliar o quão preparada estará para a eventualidade de um ataque.
O cenário será de pesadelo se os EUA perderem aeronaves para ataques inimigos ou devido a acidentes. A escolha será entre tentar resgatar a tripulação ou abandoná-la ao regime norte-coreano.
Pessoas olham uma TV que traz noticiário em japonês sobre o míssil norte-coreano: O lançamento do projétil norte-coreano causou comoção no Japão© Reuters O lançamento do projétil norte-coreano causou comoção no Japão Mais significativo, porém, é o fato de que mesmo ataques bem-sucedidos contra instalações nucleares ou de mísseis, a centros de comando ou aos líderes do regime não impedirão a Coreia do Norte de retaliar.
O Exército do Povo, como são chamadas as Forças Armadas da Coreia do Norte, ainda poderia atacar de forma devastadora a Coreia do Sul - um aliado-chave dos EUA.
A força norte-coreana é formada por mais de 1 milhão de soldados regulares. Alguns estimam em 6 milhões o número de reservistas e grupos paramilitares.


Há ainda um número enorme de foguetes e peças de artilharia convencionais enterrados próximos à zona desmilitarizada entre as duas Coreias. Milhares desses equipamentos estão em posições que lhes permitiriam atingir áreas em Seul. E a capital sul-coreana tem cerca de 10 milhões de habitantes.
Mesmo o poderio militar dos EUA levaria dias para eliminar totalmente essas armas. No meio tempo, dezenas de milhares de disparos poderiam ser feitos.
© Getty Images Exército norte-coreano tem um milhão de soldados e número de reservistas que pode chegar a seis milhões Os danos seriam catastróficos em uma cidade moderna e populosa como Seul, e ao próprio exército sul-coreano. É por isso que a Coreia do Sul é contra tomar qualquer iniciativa militar contra o vizinho do Norte.
Mesmo sem uma arma nuclear utilizável neste momento, e sem invadir a Coreia do Sul, o regime de Kim Jong-un poderia causar devastação do outro lado da fronteira. Seria o fim da aliança entre a Coreia do Sul e os EUA como a conhecemos.

Opção 3: invasão militar completa


Essa é uma opção extremamente improvável - principalmente por conta do tamanho do Exército do Povo, o poder de sua artilharia, a densidade de suas defesas aéreas e a relutância da Coreia do Sul em apoiar qualquer ação militar dos EUA.

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Qualquer tentativa de realmente invadir a Coreia do Norte requereria meses de movimentações militares visíveis dos EUA e a colaboração total da Coreia do Sul. Além de alguma forma de garantir que a capacidade nuclear norte-coreana, cuja extensão é desconhecida, seja totalmente desmantelada.
Essa opção volve a morte de centenas de milhares de pessoas nos dois lados do conflito.

Sobre o programa de mísseis norte-coreano:


- A Coreia do Norte vem trabalhando em seu programa de mísseis há décadas, com armas baseadas na família de mísseis soviéticos Scud.
- Disparos de curto e médio alcances são frequentes, tanto para marcar datas nacionais quanto em momentos de tensão política na região.
© Getty Images Arsenal convencional da Coreia do Norte também causa preocupação a inimigos - Nos últimos meses, a frequência dos testes aumentou. Especialistas dizem que a Coreia do Norte parece estar próxima de atingir o objetivo de controlar um míssil confiável de longo alcance com capacidade para transportar uma arma nuclear.
- Em julho, a Coreia do Norte disparou dois mísseis que seriam do tipo balístico inter-continental (ICBM, na sigla em inglês), capazes, em tese, de atingir os EUA. Especialistas dizem que partes dos EUA poderiam ser atingidas.
- Não há consenso sobre o quão perto a Coreia do Norte está de obter uma bomba nuclear pequena o suficiente para ser transportada por um míssil, mas no último domingo o regime anunciou um teste "bem-sucedido" com uma bomba de hidrogênio "miniaturizada".

  • Qual a capacidade militar da Coreia do Norte para além das armas nucleares, e que estragos causaria numa guerra?

Além da artilharia pesada, o Exército do Povo norte-coreano treina há muito tempo para realizar infiltrações de larga escala na Coreia do Sul. Bimotores que voam a baixas altitudes e são por isso difíceis de detectar em radares seriam usados. Barcos pequenos e mini-submarinos (de menos de 150 ambém estão no pacote.
Essas armas aumentariam o caos e a perda de vidas na eventualidade de um conflito de larga escala. Também dispersariam a atenção das forças americanas e sul-coreanas, que estariam em menor número, apesar de tecnologicamente superiores.
A última vez que os EUA e seus aliados entraram no Norte foi durante a Guerra da Coreia (1950). Na ocasião, a China entrou no conflito ao lado da Coreia do Norte, para evitar o surgimento de um regime unificado e aliado ao Ocidente em sua fronteira terrestre.
E a China ainda não está preparada para viver esta situação - evitar algo do tipo é a principal razão dos chineses para ajudar o regime norte-coreano por tanto tempo.
Finalmente, mesmo que esses imensos problemas pudessem ser resolvidos de alguma forma, uma invasão bem-sucedida da Coreia do Norte deixaria os EUA responsáveis pela reconstrução de um país devastado.
A Coreia do Norte vive em um estado sem precedentes de manipulação psicológica, dificuldades econômicas crônicas e isolamento, há mais de 60 anos.
A verdade é que todas as opções militares disponíveis para os EUA lidarem com a Coreia do Norte trazem riscos e custos elevados. E os resultados são incertos e potencialmente problemáticos.

Fonte:  BBC

Riqueza mineral da Amazônia pode ter origem em vulcões antigos

Riqueza mineral da Amazônia pode ter origem em vulcões antigos

Erupções começaram há bilhões de anos, mas suas consequências perduram até hoje


Rochas com pontos brilhantes de molibdênio, além de cobre e outros minerais em menor quantidade - Foto: Leo ramos/Revista Fapesp
Rochas com pontos brilhantes de molibdênio, além de cobre e outros minerais em menor quantidade – Foto: Leo Ramos/Revista Fapesp
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Cerca de 4 mil quilômetros separam a sala repleta de caixas com fragmentos de rochas dentro da USP do local de onde elas foram retiradas – a floresta amazônica. Caetano Juliani, o geólogo que faz do pequeno espaço no Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental, no Instituto de Geociências (IGc), seu local de trabalho, toma um pedaço de rocha na mão medindo não mais do que 15 centímetros de comprimento, que cintila com pequenos pontos prateados. “Pode tocar. Isso aqui brilhando é molibdênio”, diz o pesquisador, apontando para o elemento usado na confecção de ligas metálicas muito resistentes, com boa demanda no mercado internacional.
Desde 1998 o geólogo pesquisa feições que poucos brasileiros associam ao norte do país: os vulcões que existiram no território onde hoje está a amazônia. O festival de erupções começou há cerca de 2 bilhões de anos, na era geológica conhecida como Paleoproterozoica, mas suas consequências perduram até hoje. A região presenciou eventos intensos de diferentes formas de vulcanismo, sobrepostos ao longo de milhões de anos, que presentearam o solo de uma área estimada em cerca de 1,2 milhão de quilômetros quadrados com depósitos de ouro e diversas ocorrências de cobre e molibdênio trazidos das profundezas da Terra à superfície pela lava. “Essa foi provavelmente a maior área de vulcanismo com tamanha intensidade no mundo”, afirma o geólogo.
Recentemente o grupo da USP estuda vestígios de vulcões carbonatíticos, que dão origem a rochas com minerais como calcita e dolomita, no município de São Félix do Xingu, no Pará. A região está na parte sul do cráton amazônico, uma área tectonicamente estável nos últimos 800 milhões de anos que começou a se formar há cerca de 3 bilhões de anos. Esses vulcões, de um tipo raro no mundo, lançavam magma associado a grandes depósitos de fósforo, elemento utilizado na produção de fertilizantes para a agricultura.
De acordo com Juliani, os vulcões amazônicos foram formados por diferentes processos entre 2 e 1,87 bilhão de anos atrás. Até os anos 1980 acreditava-se que o vulcanismo na região havia sido apenas aquele típico de regiões estáveis, com poucos terremotos e vulcões – chamado de anorogênico. Com a obtenção de mais material e novos estudos, ficou claro que essas formações foram mais complexas, acrescentando ao pacote o vulcanismo orogênico, característico de áreas instáveis, semelhantes às dos Andes, às do México e às do oeste dos Estados Unidos.
A água quente liberada durante a consolidação do magma dá origem às mineralizações conhecidas como hidrotermais, estudadas pelo grupo de Juliani. Essas alterações na região sul do Pará estão descritas em artigo publicado em abril deste ano no Journal of Volcanology and Geothermal Research. Para que o processo aconteça, é necessário que uma fonte transporte os metais para mais perto da superfície, papel desempenhado pelo vapor-d’água que acompanha o magma. A criação de um depósito mineral, como de fósforo ou de molibdênio, pode levar mais de 500 mil anos, nos quais os metais são carregados para próximo à superfície, onde ficam acumulados. Mas isso só ocorre se as condições geológicas do local permitirem. “Não conhecemos o tamanho dos depósitos na Amazônia. O que sabemos é que os metais certamente foram transportados e, pelas características mapeadas, temos fortes indícios de que houve acumulações nas regiões entre o rio Tapajós e o rio Xingu”, afirma.

Na estrada

A rotina dos pesquisadores na região é pesada, com grandes dificuldades de acesso a certas partes da floresta. O material que precisa ser transportado de volta ao laboratório para análise são pedaços de rochas e, para não correr o risco de perder fragmentos no caminho ou deixar algo para trás no aeroporto, Juliani conta que muitas vezes preferiu fazer o longo trajeto de caminhonete. O potencial da região para a descoberta de depósitos de minérios, reafirmado com os recentes estudos, é uma das motivações, embora seja necessário cuidado para evitar danos excessivos à floresta. “Não existem novas descobertas de recursos minerais suficientes para manter a produção de quase tudo que é utilizado nos dias de hoje, incluindo os equipamentos eletrônicos. Encontrar novas jazidas é uma necessidade para manter o bem-estar da sociedade”, diz o geólogo.
“Por causa da dificuldade de acesso, pouca gente se interessa em fazer pesquisa como essa na região”, afirma Carlos Marcello Dias Fernandes, geólogo do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Pará (UFPA), que desenvolve pesquisas com Juliani. Segundo ele, nenhum outro lugar no mundo apresenta vestígios de eventos vulcânicos tão antigos com tão boa preservação. “Nem todos os locais mapeados se tornarão minas para ser exploradas economicamente, mas esses estudos nos dão informações importantes sobre como a Amazônia se formou. É uma questão para a qual ainda faltam muitas respostas”, diz.
Fernandes destaca ainda o trabalho em conjunto que geólogos têm estabelecido com mineradoras brasileiras e estrangeiras na região. Os cientistas ajudam as empresas a encontrar os locais onde mais provavelmente estão os depósitos, e as companhias podem iniciar a sondagem, cara demais para os pesquisadores bancarem sozinhos. Cada metro de sondagem – perfuração das rochas para coleta de amostras – custa mais de R$ 2 mil e algumas delas podem atingir mais de 300 metros de profundidade. Em contrapartida, os geólogos ganham novas e melhores informações do que está debaixo da terra e foi encoberto pelo tempo para continuar a jornada e, quem sabe, desvendar novos mistérios dos ancestrais vulcões amazônicos.
Artigo científico
CRUZ, R. S. et al. Paleoproterozoic volcanic centers of the São Félix do Xingu region, Amazonian craton, Brazil: Hydrothermal alteration and metallogenetic potential

Fonte:  Jornal da USP

Mercado não aceita Desaforo!  

Mercado não aceita Desaforo!  

Uma das coisas que aprendi nesses 35 anos é que o mercado não aceita desaforo. Muito menos vingança!

Muitos acham que o mercado tem vida propria, como uma entidade autonoma. Outros acham que tem dono. Os tubas; dizem alguns, telegangue; dizem outros, os banqueiros; garantem os mais pragmaticos.

É tudo isso, e nada disso!!

Tem também a sorte! É, a sorte!!!!

Sorte de perceber a direção que o mercado vai tomar, e estar naquele momento com a cabeça em ordem.

Limpa de conceitos pré-estabelecidos (preconceitos).

Mas, acima de tudo é necessário ter HUMILDADE, para reconhecer quando se está na direção errada e CORAGEM, para mudar de lado. Uma coisa o mercado não aceita; ORGULHO.

O orgulho cega!!!! Impede que reconheçamos que aquilo que fizemos com tanta "certeza" possa não ser tão certo assim.

O mercado na minha opinião, é 80% inspiração e 20% transpiração.

Na inspiração se inclui naturalmente aquele fator psicologico que citei como sendo "sorte".

Se voce não está com a cabeça limpa, concentrado, e principalmente livre de influencias outras, que estejam te levando na direção contraria daquilo que voce "sente" é melhor dar um tempo!

Se voce está tentando desesperadamente "ir buscar" o ferro de qualquer jeito, não faça! A chance de aumentar o prejuizo é altissima.

Se está de "pé trocado", reconheça e pare de operar por alguns dias. Vá fazer outra coisa.Ver coisas diferentes.

Deixe espaço para o seu subconciente atuar. "Ele é sábio".

É o resumo de todas as tuas experiencias passadas, e o oraculo que vai te orientar para as decisoes futuras.

Acreditem: NÓS SABEMOS SEMPRE O QUE FAZER!!

O porque de não fazermos, exige um tratado de psicologia, metafisica e outras quantas ciencias se dispoem a estudar os fenomenos que atormentam os seres humanos, principalmente envolvendo uma das maiores energias deste planeta: Dinheiro.

Alguns acham que essa energia é maior até do que a da preservação da especie (no popular, TREPAR) eheheheheh.

Então meus caros paneleiros, não minimizem essa tarefa diaria de levantar uns trocados no tal mercado, porque não é tão simples.

Finalmente, quero dizer, que não conheço ninguém, que especule no mercado financeiro, que já não tenha experimentado o sabor amargo da derrota. Muito mais frequentemente do que o gostinho da vitoria.

Como alguém disse hoje aqui (foi o MICO) os especuladores (nós todos) ultimamente, tem se contentado em simplesmente empatar e continuar no jogo, achando que já está de bom tamanho poder participar "de graça".

That's all folks.

Burrão

Fonte:  Bastter.com

EUA enfrentam risco maior do que a quebra do Lehman Brothers

EUA enfrentam risco maior do que a quebra do Lehman Brothers

Setembro pode terminar com um desastre auto-infligido, diz relatório recente da agência de classificação de risco Standard & Poor's                       

São Paulo – Os Estados Unidos têm uma regra curiosa: quando a dívida do governo atinge um certo limite, ele precisa ser elevado pelo Congresso.
A data limite para isso acontecer desta vez é por volta de 29 de setembro, caso contrário o país terá que dar o calote.
Fazer isso seria “mais catastrófico para a economia do que a quebra em 2008 do Lehman Brothers”, um dos momentos chaves da crise financeira.
O alerta vem de um relatório recente da agência de classificação de risco Standard & Poor’s assinado por Beth Ann Bovino, sua economista-chefe para Estados Unidos.
A contração abrupta e desordenada do gasto governamental faria a economia entrar em recessão, apagando grandes parte dos ganhos feitos nos últimos anos.
Os títulos do Tesouro americano são considerados um dos mais seguros do mundo e o Partido Republicano controla Congresso, Senado e Casa Branca.
Ou seja, teria motivos de sobra e maioria fácil para elevar o teto sem drama. Mas “apostar em um governo americano racional pode ser arriscado”, alerta Beth.
Há republicanos que costumam usar estes momentos para forçar cortes de gastos do governo, o que levou a impasses nos últimos anos.
Em 2011, um acordo entre o então presidente Barack Obama e o Legislativo republicano para elevar o teto só foi celebrado dois dias antes da data-limite.
A tensão levou à semana mais turbulenta nos mercados globais desde a crise de 2008 e fez com que a própria S&P rebaixasse a nota americana em um degrau, o que nunca havia acontecido.
O risco nesse momento é que as conversas sobre o teto irão ocorrer de forma concomitante com as negociações para aprovação da continuidade do financiamento do governo.
O presidente Donald Trump ameaça não assinar um Orçamento que não tenha recursos para o muro na fronteira com o México, rejeitado por muitos republicanos e pela maior parte da população.
Só que sem um Orçamento, o governo é obrigado a suspender todas as suas operações não essenciais, algo que aconteceu da última vez em 2013.
O chamado shutdown em si já causaria em um impacto perverso na atividade: o cálculo da S&P é que cada semana de paralisação poderia comer 0,2 ponto percentual do crescimento do PIB no 4º trimestre, o equivalente a US$ 6,5 bilhões.

Fonte:  Exame