terça-feira, 12 de setembro de 2017

Apple lança iPhone X com preço a partir de 999 dólares

Apple lança iPhone X com preço a partir de 999 dólares



Lançamento do iPhone X durante evento em Cupertino, Estados Unidos 12/09/2017 REUTERS/Stephen Lam
(Reuters) - A Apple revelou nesta terça-feira o aguardado iPhone X, edição comemorativa de 10 anos do aparelho mais vendido da empresa, com preço que começa em 999 dólares e que aposta em novo design e ferramentas.
O iPhone X inclui uma tela OLED de 5,8 polegadas chamada pela empresa de “super retina”, com aproveitamento da imagem em toda a superfície frontal do aparelho e acabamento totalmente em vidro e aço inoxidável. A bateria do modelo também terá duas horas a mais de tempo de uso entre as recargas que o iPhone 7.
O novo modelo não inclui o botão home. Os usuários poderão ligar o celular tocando em qualquer ponto da tela, além de desbloqueá-lo com tecnologia de reconhecimento facial, disse a empresa, em evento em sua sede em Cupertino, na Califórnia. A tecnologia usa câmeras de infravermelho e de rede neural, afirmou um executivo da companhia.
As ações da Apple caíam mais 1 por cento às 16:03 (horário de Brasília) após o final da cerimônia de lançamento em que o presidente da companhia, Tim Cook, afirmou que se trata “do maior avanço desde o lançamento do iPhone original”.
A Apple também anunciou os modelos iPhone 8 e iPhone 8 Plus, que têm tecnologia à prova d’água e de poeira, câmeras equipadas com ferramentas de realidade aumentada e sistema de carga de bateria sem fio -- acoplada em um carregador específico.
O iPhone 8 será vendido a partir de 699 dólares, enquanto o iPhone 8 Plus terá preço inicial de 799 dólares.
A Apple afirmou que aceitará pedidos para o iPhone X a partir de 27 de outubro e as entregas acontecerão a partir de 3 de novembro, enquanto o iPhone 8 e o iPhone 8 Plus podem ser encomendados a partir de sexta-feira, com entrega prevista para começar em 22 de setembro.

Fonte: Reuters

Programa de revitalização da indústria mineral

Programa de revitalização da indústria mineral


Minas Gerais carrega no próprio nome suas raízes fincadas na produção mineral. O ouro e os diamantes centralizaram a acumulação de riquezas no século XVIII no Brasil colonial. A Inconfidência foi impulsionada pela luta por uma melhor distribuição dos frutos da exploração e por uma carga de tributos mais justa. Essa tradição ainda hoje mantém-se como maior produtor de minério de ferro, nióbio, calcário, fosfato e argilas, entre outros com potencial em médio prazo.
Arthur Bernardes, em célebre frase, advertiu que “minério não dá duas safras”. O boom das commodities foi fundamental para alavancar as exportações e o crescimento em anos recentes. Os dramáticos eventos que envolveram a Samarco a partir de Mariana e abraçando toda a bacia do rio Doce revelaram com crueza a complexidade desse tipo de exploração econômica e os riscos ambientais envolvidos. A correta equação entre municípios e Estados mineradores, a sociedade, as empresas e o governo federal interessa particularmente a Minas e ao Pará.
Certamente, não é justa a remuneração que municípios e Estados mineradores recebem por uma riqueza extraída em seu solo e que não garante desenvolvimento sustentável em longo prazo. Se compararmos as alíquotas dos “royalties” cobradas em outros países, como Austrália, Canadá e Rússia, fica clara a baixa tributação setorial. É evidente que o custo Brasil é alto e onera todas as cadeias produtivas, mas essa é uma agenda geral da sociedade que cobra soluções urgentes. Se, por outro lado, compararmos com o petróleo, veremos que os municípios e Estados mineradores arrecadam, em média, 15 vezes menos. A pouca nitidez na apuração da base de cálculo também prejudica a transparência e a precisão.
Há muitos anos, Minas cobra uma revisão do marco regulatório do setor mineral do governo e do Congresso. Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff assumiu o compromisso com o então governador Antonio Anastasia de resolver a questão em curto espaço de tempo. Os municípios e Estados mineradores continuam a ver navios até hoje.
Em boa hora, o governo Temer mandou de forma fatiada três medidas provisórias sobre o assunto: a MP 789 altera a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, a MP 790 muda o Código da Mineração, marco regulatório do setor, e a MP 791cria a Agência Nacional de Mineração, que substituirá o Departamento Nacional de Produção Mineral.
Serei o relator da MP 789. O mistério será, em ambiente de amplo debate, erguer uma solução que contemple municípios e Estados sem inviabilizar a operação competitiva das empresas. Os mineiros sabem fazer isso na trilha de JK e Tancredo: construir consensos dos dissensos, convergências das divergências, soluções a partir de problemas. Há que ser um jogo de ganha-ganha e não um perde-perde autofágico que tantas vezes paralisou o avanço das decisões.
Se tivermos êxito, estaremos resgatando um compromisso histórico com Minas e os mineiros.
Fonte: OTEMPO

   

Garimpeiro com nanotecnologia encontra ouro mais facilmente

Garimpeiro com nanotecnologia encontra ouro mais facilmente



Garimpeiro com nanotecnologia encontra ouro mais facilmente
Protótipo do sensor, cujos resultados podem ser lidos diretamente por meio de seus eletrodos. [Imagem: Rebecca Lai/University of Nebraska-Lincoln]


Como encontrar ouro
Yao Wu e Rebecca Lai, da Universidade de Nebraska, nos EUA, estavam trabalhando no desenvolvimento de sensores para detectar contaminantes na água.
E não há lugar melhor para procurar traços de metais, pesados ou não, do que nas proximidades de uma mineração, sobretudo nos rios e cursos d'água em volta.
Foi aí que a dupla percebeu que seus sensores não seriam úteis apenas para detectar quantidades-traço dos metais - eles detectam qualquer quantidade de metal presente na água, incluindo quantidades economicamente relevantes ou indicativas da presença de grandes concentrações desses metais nas proximidades.
Assim, em vez de se concentrar no cádmio, chumbo, arsênico e outros metaloides, normalmente vistos apenas pelo seu aspecto negativo quando entram na água para consumo humano ou animal, os pesquisadores começaram a procurar por sinais de ouro, platina, prata e mercúrio.
Os resultados mostraram que procurar ouro com os sensores é muito melhor do que com uma pá e uma bateia.
O sensor de DNA detecta Au(III), um íon de ouro que se origina da dissolução do ouro metálico - os sensores de mercúrio e prata também detectam íons dissolvidos de cada metal.
"O Au(III) detectado tem que vir do ouro metálico. Assim, se o íon de ouro é encontrado em um curso d'água, um depósito de ouro está em algum lugar nas proximidades," explicou Lai.
Garimpeiro com nanotecnologia encontra ouro mais facilmente
O ouro reage com as moléculas de DNA existentes no sensor, aparecendo claramente na corrente elétrica que flui pelo dispositivo. [Imagem: Rebecca Lai/University of Nebraska-Lincoln]
Sensor de ouro
Os sensores são fabricados em fitas de papel, sendo baratos, portáteis e reutilizáveis. Assim, em vez de coletar amostras e enviá-las ao laboratório para análise, o geólogo, minerador ou garimpeiro do futuro poderão sair com uma coleção de fitas e medir vários pontos de interesse ao longo dos cursos d'água.
E aqueles mais preocupados com contaminação continuarão podendo igualmente monitorar sua água quando os metais forem indesejados.
Wu e Lai testaram várias estratégias para encontrar especificamente ouro, incluindo sensores baseado em fluorescência, nanomateriais e até mesmo um biossensor de células de E. coli transgênica.
Mas os melhores resultados vieram com um sensor que usa moléculas de DNA, uma vez que diferentes íons metálicos têm diferentes interações com bases do DNA. O ouro, por exemplo, interage com a adenina, a prata com a citosina, o mercúrio com a timina etc.
"A exploração geoquímica do ouro está se tornando cada vez mais importante para a indústria mineral. Existe a necessidade do desenvolvimento de métodos analíticos sensíveis, seletivos e baratos capazes de identificar e quantificar ouro em amostras biológicas e ambientais complexas," concluiu Lai, que já está em contato com empresas para tentar colocar os sensores no mercado.

Fonte: Inovação Tecnológica 

Química Verde chega ao processamento dos metais




Meio ambiente

Química Verde chega ao processamento dos metais

Química Verde chega ao processamento dos metais
A estratégia da química verde é substituir substâncias perigosas usadas nos processos industriais por compostos benignos e recicláveis.[Imagem: Michael J. Krause/Western University]
Mineração e metalurgia
A mineração e a indústria metalúrgica estão na base de todo o parque industrial mundial. Dada essa essencialidade, têm aumentado os esforços para que esses setores econômicos façam seu trabalho com o menor impacto ambiental possível.
Um desses esforços, que acaba de dar frutos de grande impacto e longo alcance, resultou na criação de uma nova forma de processar metais que não usa solventes e reagentes tóxicos.
O processo, que também consome muito menos energia do que as técnicas industriais atuais, promete reduzir substancialmente o impacto ambiental da produção de metais, seja a partir de matérias-primas minerais, seja de aparelhos eletrônicos reciclados.
"Num momento em que os depósitos naturais de metais estão em declínio, há um grande interesse em melhorar a eficiência do refinamento e da reciclagem dos metais, mas poucas tecnologias disruptivas estão sendo apresentadas. Isso é o que torna nosso avanço tão importante," disse o professor Jean-Philip Lumb, do Departamento de Química da Universidade McGill, no Canadá.
Metalurgia orgânica
A equipe desenvolveu um processo que usa moléculas orgânicas - em vez de cloro e ácido clorídrico - para ajudar a purificar o germânio, um dos metais semicondutores mais importantes para a indústria eletrônica, ao lado do silício. A seguir, eles constataram que a mesma técnica pode ser usada com outros metais usados pela indústria, como cobre, zinco, manganês e cobalto.
O pesquisador Martin Glavinovic deu o pontapé inicial ao sintetizar uma molécula que imita algumas das qualidades da melanina, a molécula biológica que determina a cor da nossa pele e do nosso cabelo. Ocorre que a melanina também tem a capacidade de se ligar aos metais.
Este "cofator orgânico" atua como um mediador que ajuda a extrair o germânio a temperatura ambiente, sem usar solventes. Hoje, não há nenhum minério conhecido que seja rico nesse elemento, que precisa ser extraído como subproduto da mineração de outras substâncias, como o zinco, o que exige uma série de passos adicionais. Usando a melanina sintética, todos esses passos e compostos químicos usados tornam-se desnecessários.
A equipe já começou a desenvolver a tecnologia para demonstrar que ela pode ser implantada economicamente em plantas industriais para uma ampla variedade de metais.
Química verde
Este é um resultado importante para o movimento da "química verde", que busca substituir os reagentes tóxicos utilizados nos processos industriais convencionais por alternativas mais amigáveis ao meio ambiente. A maioria dos avanços nesta área envolve a química orgânica - a síntese de compostos à base de carbono utilizados em produtos farmacêuticos e plásticos, por exemplo.
Mas só recentemente a química verde começou a apresentar as primeiras alternativas significativos na área dos metais - a mecanoquímica e a extração de cobre por um processo biológico estão entre elas.
"Há uma tremenda quantidade de trabalho que precisa ser feito para chegar de onde estamos agora para onde precisamos ir. Mas a plataforma funciona em diferentes tipos de metais e óxidos metálicos, e acreditamos que poderá se tornar uma tecnologia adotada pela indústria. Estamos buscando interessados com os quais possamos nos associar para avançar essa tecnologia," disse o professor Lumb.

Fonte:  Inovação Tecnológica 

Projetos liberam 5 milhões de ha de florestas à mineração

Projetos liberam 5 milhões de ha de florestas à mineração


Muito além do imbróglio em torno da extinção da Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (Renca), há um amplo interesse de mineradoras em explorar áreas protegidas no Brasil. E projetos de lei apresentados ao Congresso, se aprovados, poderiam liberar essa exploração, hoje proibida, em pelo menos 5 milhões de hectares nos próximos oito anos – um aumento de 13 vezes em relação à área hoje usada pela mineração em áreas protegidas.
É o que estima um estudo que cruzou as liberações previstas nesses projetos com cerca de 2.400 pedidos de empresas feitos ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) nos últimos anos para autorização de lavra em áreas onde hoje a exploração é proibida. O trabalho de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) levou em consideração os PLs 37/2011 (que propõe liberar mineração em todas as unidades de conservação de uso sustentável); 3682/2012 (que permite converter 10% das áreas de proteção integral para mineração); e 1610/1996 (que libera a mineração em terras indígenas sem restrições).
Só o último está em tramitação, mas os autores decidiram incluir os outros dois na análise “dado o cenário de instabilidade política”, conforme escreveram no trabalho, publicado na revista Environmental Conservation. O Ministério de Minas e Energia disse, por meio de nota, que requerimentos que se sobreponham a Unidades de Conservação com restrição total à mineração ou a terras indígenas são “inócuos” e serão indeferidos pelo DNPM. A reportagem também questionou se a pasta apoia os projetos de lei avaliados no estudo. “Nenhum dos projetos de lei citados no artigo atentam ou interferem com a legislação ambiental”, respondeu a pasta. O Instituto Brasileiro de Mineração não atendeu à reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Isto É Dinheiro